sábado, 28 de fevereiro de 2009

Só estou te envenenando, não vou te esfaquear

Último post do mês, após dias de preguiça.
Sexta-feira fui para a cidade do sanduíche, não sem antes ser tocada por Lady Murphy. Saí cedo de casa, porque minha mãe sempre diz que as coisas podem dar errado. E não é que a praga dela pegou? Já no terminal eu decidi esperar pelo ônibus vindouro, porque o que estava lá estava muito cheio e eu queria ir sentada com a mala. Esperei, e fiquei calmamente sentada no ônibus ouvindo música.E não é que o maldito quebra? E lá vamos nós andar com as malas(na chuva) para esperar outro ônibus (na chuva). O primeiro que passou estava hiper lotado, o motorista nem queria abrir. Nesse foram os que não tinham malas. Espera mais vinte minutos, passa outro, igualmente lotado. Mesmo assim eu e mais um infeliz com mala de rodinha conseguimos ir nos degraus. Claro que eu poderia discorrer sobre o fato de não querer pegar um ônibus lotado e terminar em outro mais lotado ainda, mas nem vou. Não agiria de outro modo...
Em casa nem tive muito tempo de terminar de ler o livro ou passar o dia na internet, porque minhas tias da capital foram fazer uma visita. E aí vocês sabem, né, comer-dormir-jogar baralho o dia todo. Na quarta, quando não tínhamos mais visitas, fui ao centro com minha mamis. No centro há uma rua comercial em cuja rua não passa carro, só nas transversais, porque ela é toda feita de lojas e para pessoas caroçarem. Pois bem, lá estávamos vendo vestidos indianos(porque minha mãe gosta, claro) quando um tio de bicicleta fala 'dá licença' e completa com 'calçada é para passar, não para ficar parado'. Se estivéssemos ocupando toda a calçada tudo bem, mas porque ele não passou pelo espaço enooooorme entre os dois quarteirões de lojas? Minha mãe, que também não é fácil, disse que calçada não era lugar de bicicleta, o que irritou ainda mais o homem, que nos mandou voltar para a China, ou para o Japão.
De volta à cidade dos ventos, assisti Milk com a Chelvis. Muito bom o filme sobre o primeiro político gay assumido dos Estados Unidos. No começo ele não gostava de ativismo nem nada, mas acabou se tornando representante da comunidade e irritou muita gente, até ser assassinado e se tornar um mártir. Bem, vejam o filme, gostei muito dele, claro que no fim tem um certo drama para induzir a chorar, mas vale bastante a pena. Interessante mesmo é discutir sobre como isso aconteceu há apenas 30 anos... quanta gente enrustida cheia de ódio! É triste...
Por falar em coisas tristes de filmes, assisti La Maison des Petits Cubes, curta de animação vencedor do oscar, indicação da Josei. Não entendo muito de animação, mas acho que foi feito em 2D, e tem daqueles efeitos das coisas se mexendo sabe, como se não fosse desenhado igual em todos os frames. Belo filme mudo sobre uma cidade em que a chuva obriga os moradores a fazerem novas casas no alto de suas casas, que são cada vez menores. Pode ser tudo uma metáfora, a chuva sendo o tempo, o tamanho das casas se referir ao quanto de vida que sobra/que se tem, ou não, tenho achado meio chato explicar metáforas esses tempos. Assistam e vejam que não é só de anime que se vive no Japão.
Estou há tempos querendo fazer um especial que não tem nada de 'querido diário' e, aproveitando a minha empolgação em digitar hoje, lá vou eu! Hoje temos o especial 'top 10 coisas de cinema que eu queria fazer'
10- Ficar presa na porta automática dos bancos
Ok, é idiota. Mas parece tão divertido... tipo cena de chaves. Mas nunca tive coragem, infelizmente.
9- Subir escada rolante descendente e descer escada rolante ascendente
A-ha! Isso eu fiz! E no shopping chique daqui, ainda! Em uma das vezes umas moças ficaram olhando feio, e na outra eu estava indo pro lado errado e o carinha da loja deixou eu fazer isso para não ter que dar uma volta muito grande. É divertido, mas dói bastante a perna.
8- Ser admirada por aqueles que me desprezavam
Tipo filme de nerd, ou moça que sempre foi bonita e ninguém percebia. É o tipo de coisa que eu não deveria admitir que seria legal que acontecesse, mas que seria, seria.
7- Descobrir algum segredo muito louco de família
Hm, feito. Parece coisa de filme mesmo, mas não posso falar mais que isso.
6- Aprender coisas do nada, como cantar, dançar, ou lutar
Vão dizer que nunca quiseram isso também? Em duas semanas descubro que nasci para cantar/dançar/lutar e me torno rica e famosa sem esforço.
5- Ser ameaçada pelo governo ou apenas grandemente injustiçada
Parece idiota isso, querer coisa ruim. Mas não é pelo fato em si, é que supostamente as pessoas ameaçadas pelo governo/grandemente injustiçadas dos filmes fazem algo de muito grande e especial.
4- Ficar preso em mercado/shopping
Tipo filme de terror/suspense, em que a energia acaba ou há algum desastre natural lá fora e as pessoas precisam passar a noite onde elas estão.
3- Fazer algum trabalho braçal em períodos de guerra
Para que estudantes de grego em períodos de guerra mundial? Todos precisam fabricar armas para soldados, ou plantar comida, ou tramar revolução.
2- Ficar muito doente e depois ficar bem
Esse é o tipo de pensamento de gente emo: 'se eu ficar doente de verdade vou descobrir quem gosta de mim'. Mas tem que ficar bom em breve né, ninguém quer morrer.
1- Salvar a vida de alguém de modo perigoso mas não muito
E quem não quer ser herói? Pode ser num atropelamento onde não aconteça nada pior que quebrar a perna, ou num incêndio de onde não se saia queimado. O que importa é dizer que não foi nada, e sair andando e colhendo a gratidão dos outros.
Fim de post, volto quando terminar a tradução... quer dizer, volto antes, beem antes...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mais um post, para a alegria de vocês, caros leitores. Na verdade o blog é mais um diálogo de mim para mim mesma, mas tudo bem.
Domingo fui à cidade cinzenta para encontrar meus amigos virtuais do isk(não tenho vida e daí?). Marquei de encontrar primeiro a Chuchu, cheguei em cima da hora, a batata estava sem colher e na verdade ela estava em outro lugar, mas no fim deu tudo certo. Do shopis fomos para a casa de uma moça, onde já tinha um monte de gente. Assistimos ao jogo, tomamos sorvete, jogaram truco... sim, eu me diverti, mas não AMOOOOOO todo mundo nem queria que fosse assim todo fim de semana.
Bem, agora me dêem deem malditareformaortográfica licença para ser emo. Eu sei que é besta, mas é pra isso que serve o blog. Não para ser besta, mas para armazenar as minhas besteiras.
Daí que essa semana minhas lentes de contato ficaram prontas. Como iam sair mais baratas que óculos acabei fazendo só elas. Sim, eu enxergo melhor com elas, bem melhor, aliás. Estou vendo as letras no computador maiores, e no livro também. O contra é não poder esfregar os olhos, coisa que eu sempre fiz o tempo todo. No entanto, o problema emo da semana é que estou me sentindo muito feia sem os óculos. De verdade. E não venham com a miguxice de 'mdom, você é linda de todos os jeitos', por favor. Amigos sempre acham os amigos lindos, é um cu, como se ser sexualmente atraente fosse a única qualidade do mundo. Mas voltando: de óculos até que eu me achava bonitinha, dependendo do ângulo da câmera. Mas sem os óculos eu só pareço uma japonesa gorda de cara amassada, não adianta sorrir, piscar, tirar de cima pra baixo... pode ser que eu precise me acostumar, pode ser que eu na verdade os óculos sejam uma metáfora para alguma imagem que eu fazia de mim mesma, mas também pode ser que eu seja feia mesmo e não haja nada que eu possa fazer. Além de me lamentar no blog, é claro.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

É possível a qualquer hora e em qualquer lugar, mesmo sem dinheiro

Aproveitando minha indisposição para ir à academia hoje com o dia de sol que fará hoje e finalmente vai me permitir lavar roupas, decidi postar de novo.
Nessa semana ficamos sabendo que o reajuste do aluguel aqui de casa ia ser uns 100 reais, o que obviamente não nos agradou. Então pedimos à imobiliária que perguntasse ao proprietário se ele poderia deixar de cobrar o reajuste. No meio tempo fomos a outra imobiliária e descobrimos um apartamento cujo aluguel era menor que o nosso, mas não era mobiliado. E é claro que a vaga surgiu antes de sabermos se iam reajustar aqui ou não. Entre contas e raciocínios decidimos agir como duas pessoas adultas, maduras e responsáveis: ligamos para os nossos pais para saber o que fazer. Os pais da Chelvis estavam trabalhando, claro, mas vejam o belo diálogo que tive com meu pai:
- Alô, pai? Coloca o aparelho no ouvido que eu quero conversar.
- Hein? Não precisa, estou ouvindo.
- Então pai, parece que o aluguel vai subir.
- QUE?
- O ALUGUEL PAI, VAI SUBIR(caps lock indicando volume e não agressividade).
- Então pague!
- NÃO PAI, ENTÃO EU E A CHELVIS ESTÁVAMOS PENSANDO EM VER OUTRA CASA, SÓ QUE ELA NÃO É MOBILIADA.
- Então mude!
- MAS O QUE O SENHOR ACHA MELHOR?
- Você que sabe, filha. O que você achar melhor.
No fim o aluguel não vai ser reajustado, então ficaremos aqui mesmo.
Ontem assisti 'Sim senhor', o filme novo do Jim Carrey. Vendo o filme me lembrei de um livro da minha infância, na verdade um livro que a Luty tinha que ler, mas que eu li também. Como eu era nerd desde a infância eu lia os meus livros da escola e os que a Luty tinha que ler também. Mas enfim, eu divago. O que eu ia dizer é que o filme é igual ao livro, só que, hm, mais escrachado. No livro, um menino não é lá muito feliz, até que um mágico ou alguma coisa assim diz que o segredo da vida é dizer 'xis'(ou seja, sorrir). Então ele sai dizendo x e fazendo amigos, até que ele sorri quando a professora está dando bronca, e descobre assim que é para sorrir, mas nem sempre. Então, o filme é igual ao livro, só que com humor mais adulto. A parte em que o Jim Carrey canta 'Jumper' do third eye blind é legal, assim como a banda Munchausen by proxy.
Por fim, meus desejos de feliz dia de são Valentim para vocês:
Voodoo!esse é do meez.com.

cheio de metafísica e açúcar na verdade dia 15 é dia do Santo Esqueleto, o vilão do He-man! Viva o ódio >:U

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Não ajuda se você chorar

É... uma semana sem postar, por pura preguiça.
Mas agora vamos contar a todos num post enorme como tem sido meus dias.
Filmes: assisti A Dúvida e o Leitor, ainda na onda oscar. A dúvida, cujos 4 atores principais estão indicados, é um belo filme cujo título é um perfeito resumo. A madre superiora desconfia que o padre é pedófilo, e tenta de todos os modos desmascará-lo. Quanto a nós, cada um que imagine se ele é culpado ou não... o Leitor está mais para um romance se usando do nazismo para ser mais dramático do que um drama nazista com romance no meio. O protagonista tem um caso na adolescência com uma mulher mais velha, que no fim descobre ter sido uma guarda em um campo de concentração. Bem, mais que isso é spoiler, então só posso dizer que chorei litros na parte das fitas.
Livros: finalmente terminei o terceiro livro da heptalogia 'Em busca do tempo perdido'! Cada livro tem um tema, e o desse foi a nobreza e os salões da época. Diversas partes muito boas, mas uma para ilustrar é quando ele pensa na gentileza da Duquesa de Guermantes. Porque quando ele a visita, ela é solícita e tenta agradá-lo de todas as formas, mas se ele fosse pedir qualquer pequeno favor que fosse, ela ia negar e achar um abuso... quanto mais 'nobre' a pessoa, menos preconceituosa ela tenta parecer.
Outro livro lido foi 'the importance of being earnest' do Oscar Wilde. É uma comédia que chamariam de costumes, sobre jovens amigos que inventam amigo/irmão para poderem fugir de suas obrigações cotidianas. É um livro bem curto e não vou dar mais detalhes para não contar o final, mas posso dizer que o humor provem principalmente da inversão de valores, como, por exemplo, quando Jack diz 'oh todo esse tempo estive falando a verdade' e Gwendolen responde que ainda há tempo para ele se recuperar.
Além disso viciei, hm, quero dizer, nos intervalos dos meus estudos, conheci dois jogos bem divertidos. Um é o super stacker, um jogo de equilíbrio. Consegui ganhar todos \o\ e só roubei em uma fase, olha só que orgulho! Outro é o Ragdoll cannon, jogo que lembra o Physics crayon(eu postei sobre ele faz um tempo já). Nele você direciona o canhão para um sinal onde se lê 'here', jogando seu boneco de pano. Claro que não é tão simples, a cada fase há um desafio diferente, em uma a placa cai rapidamente e você tem que direcionar o canhão pra baixo.
A última parte do post é dedicada ao meu karma, velhinhos que gostam de conversar. Sério, deve estar escrito na minha testa 'confidente de idosos' assim como na da Chelvis está escrito 'amiga dos gays'. Lá estava eu, fone no ouvido, olhando pro nada na fila do caixa automático, quando vejo a senhora da frente mover os lábios. Tiro o fone e percebo que ela está falando comigo 'é tanto medo nos dias de hoje né... a sua geração, do meu filho, é um perigo! Porque quando eu tinha a sua idade, minha vó me levava aos bailes, e a gente voltava 5h a pé pro bairro rico! Hoje em dia vai ficar no portão de casa às 5h!' e então era a vez dela, e ela parou de falar. Depois, andando na rua, bati o pé para tirar uma pedra do tênis, mas o senhor da casa da frente achou que eu estava brigando com o cachorro do vizinho dele e começou a falar dos cachorros da vizinhança, e como um correu atrás dele até a igreja. Concordei com tudo e voltei pra casa. Sinceramente não sei porque as pessoas acham que eu gosto de ouvi-las. São os óculos? A gordura? A cara de tonta? Enfim, também não tenho coragem de cortar a conversa antes do fim(só faço isso com jovens ha ha), então no fim parece que estou gostando de ouvir. Mas não estou, que fique bem claro.
E agora chega. Até o próximo post!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Não culpe o brilho do sol, não culpe a luz da lua

Antes de tudo: odeio insetos. Assim, MUITO. Quem eles pensam que são? Eu sei que nessa vida eu tenho matado muitas galinhas, peixes e bois para me alimentar, mas eu matei sabe, não deixei eles se coçando! Não aguento mais ser picada por pernilongos...
Bem, vamos lá resumir mais filmes:
Barry e a banda das minhocas: animação em 3d dinamarquesa, sobre minhocas fracassadas na vida que descobrem o que é diversão e amor através da música disco. Siiim, música disco! Nem preciso dizer que eu e Rachelvis cantamos e dançamos loucamente. O filme não tem nada de mais, mas me divertiu bastante. A animação é bem mais ou menos e tem uns erros de continuidade, como guitarras que mudam de cor ou personagens com uma roupa e depois outra. Recomendado para quem gosta de boogie.
Foi apenas um sonho: drama com Kate Winslet e Leonardo DiCaprio sobre o que é ser adulto e a falta de perspectiva de uma vida medíocre. Porque na juventude todos acham que devem trabalhar no que gostam e vão se dar bem nisso, e que será alguma coisa diferente dos pais e dos outros. Mas no fim casa, tem filhos, fica num escritório metade do dia e é isso. É um filme bonito...
Além dos filmes, livros! Terminei um de teoria da tradução, que tinha bem cara de estudo acadêmico. 80 páginas de introdução ao tema para 3 páginas de respostas em cima do muro às perguntas iniciais. O outro é uma tradução de uma sátira/pastiche de poemas épicos em geral. O estudo é bem interessante, e novamente a introdução começou beeeeeeem genérica para chegar numa conclusão que não concluía muita coisa. Acho que estou começando a entender como isso funciona...
Bem, é claro que vocês querem saber como anda a minha vida pessoal e já cansaram de ler sobre o tanto de filme que eu tenho visto. O que mudou nesses últimos dias é que agora sou fã de Ed Begley Jr!!!! Pelo nome talvez vocês não lembrem, mas ele fez aquele filme que todos já viram na sessão da tarde, She-devil/Ela é o diabo, sobre uma esposa gorda de desajeitada que é trocada pela Meryl Streeep e decide se vingar do marido em 4 fases. Segundo a Chel essa mulher também funda uma associação de mulheres, ou algo assim. Não é por esse filme que eu me tornei fã do ator, e sim pelo reality show da vida dele, Living with Ed. A série conta a vida dele e de sua esposa jovem e bonitona na casa ecologicamente correta dele. Ao invés dos outros astros de Hollywood, Ed mora numa casa pequena de dois quartos, com uma cerca feita de embalagens de leite, carro elétrico, painéis solares... além de ser vegan e dedicar seu tempo livre a causas ambientalistas e humanistas. Ele também tem uma bicicleta que gera energia para a casa, e no episódio que eu vi ele queria instalar jarros para aproveitar a água da chuva. Invejei demais aquela casa.
E por hoje é só, pessoal!