Posto longo à vista, por onde começo?
Que tal pelo começo da semana?
Segunda foi dia de seminário sobre o filósofo mais paranóico e perseguido de todos os tempos, Rousseau(que não é emo!). Apresentamos eu e a clone daquela que casou e fugiu(já chamada no blog de pilha palito). Correu tudo bem, exceto pela parte em que ela disse ter tirado da cabeça dela as relações quando a professora perguntou de onde ela tirou ¬¬! Bem, as partes. E também quando a professora antecipava algum ponto que só íamos falar mais pra frente.
Já hoje foi dia de seminário sobre dois autores que eu adoro *-* Platão e Luciano de Samósata! Era uma análise sobre alguns pontos em comum em obras homônimas deles, entre outras coisas. Gostei bastande de escrever o trabalho, mas na hora de apresentar... falei tudo em quinze minutos. Pois é, nem dei tempo para pensarem ou entenderem do que eu estava falando :( ... antes do seminário eu não estava nervosa, juro, eu estava calma e certa do que ia falar, mas foi só ficar de frente pro povo que eu já comecei a tremer e querer que passasse o mais rápido possível. Que menina problemática, pensam vocês, mas que caralho, penso eu. Porcaria de vida em sociedade...
Mas chega disso né, vamos para assuntos mais felizes.
Depois dos seminários de hoje fui almoçar na feirinha, e, enquanto almoçava, notei uma certa comoção no prédio básico(onde se ensinam as disciplinas básicas das exatas). Cheguei bem na hora de começarem os shows da hora do almoço de quinta(iniciativa da reitoria com um grupo de alguma coisa social cujo nome esqueci). Primeiro apresentou-se uma dupla de violão e voz, tocando mpb(Chico Buarque, Luis Gonzaga, Mônica Salmaso). Destaque para Vingança, música que eu gosto demais e que continuou muito bonita na versão deles. Em seguida veio uma dupla de piano e voz(aliás, é assim que vocês podem encontrá-los no youtube), que apresentaram músicas de seu espetáculo(basicamente mpb mineira) O Mar e O Sertão. Ainda bem que eu entrei na página deles antes de vir postar, quase digo que eles cantaram músicas do Mário Sertão lol. Os dois eram muito bons, e empolgaram o pessoal que se juntou por lá(lei de murphy: chegou uma frente fria hoje e eu fui sem agasalho pra unipunk. E adivinha atrás de quem não juntou ninguém para bloquear o vento gelado?).Tomara que tenha toda quinta, que é dia de almoçar na unicamp o/!
O último assunto do post é o surpreendente livro House of Leaves, de Mark Z. Danielewski. Um resumo abrangente porém sem graça seria dizer que é uma sátira à crítica acadêmica em geral. Mas o livro, apesar de cumprir muito bem essa função, vai muito além disso. Há também toda a brincadeira semiológica/concretista de disposição das palavras nas páginas nas partes de maior ação, um romance bem-estruturado e terror assustador de verdade. Sinopse sem grandes spoilers: Johnny Truant e seu amigo Lude encontram vários manuscritos e rascunhos no apartamento de um velho cego morto chamado Zampanò. Johnny começa a lê-los e descobre se tratar de um livro sobre um filme saído há alguns anos, chamado The Navidson Report. Conforme sua leitura vai avançando, Johnny começa a se envolver demais e perder a noção de realidade... será que pode ter o mesmo fim de Zampanò? Navidson Report são as gravações feitas por Will Navidson de sua família na casa nova, até descobrirem que o quarto mede uma polegada a mais internamente que externamente e as explorações começarem.
SPOILER TIME \o/: Eu disse que o livro era uma sátira à crítica acadêmica né, vamos explicar isso direitinho. Enquanto conta a história do filme, Zampanò cita, a cada parágrafo, um ou mais livros de estudiosos, chegando a citar até Pièrre Ménard(o 'escritor de dom quixote, segundo Borges). Quando fala de fotografia, as notas chegam a ocupar uma página inteira até! Bem, eu disse também que era um terror assustador né? Só não chega a ser mais porque a cada página há mais e mais comentários de outros estudiosos: o livro praticamente não dá espaçao ao leitor para que ele formule sua própria teoria do que realmente aconteceu na casa dos Navidson. O livro tem vários apêndices. Um deles(e o melhor, na minha opinião) contém as cartas enviadas pela mãe de Johnny enquanto ela está num hospício? sanatório?. Ela parece ser uma mulher muito inteligente e sensata, mas conforme as cartas vão passando ela vai ficando mais paranóica, chegando até a escrever uma carta em código para o filho, mesmo código que, se utilizado em outra carta revela a intrigante mensagem 'zampanò, who did you lose?'. Esse livro tem coisa demais, e isso que eu nem falei do minotauro...
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Já que a casa está vazia, vem me fazer companhia na janela da cozinha
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2 comentários:
Primeira!
Ah, então vc perdeu o Yakissoba de macarrão aprafuso do bandejão!
Seu comentário sobre este livro me fez lembrar de duas coisas. Uma é o episódio de Masters of Horror. Conta a história de um filme do mal e muito raro que faz as pessoas que o assistem comenterem assassinato e suicídio. Um cara vai atrás da equipe e para descobrir uma cópia do filme, pois um ziliardário vai pagar muito pro cara.
A segunda coisa, me lembrou o conto de HP Lovecraft, sobre um quarto que tem dimensões bizarras e é uma passagem pro mundo das criaturas geométricas e bizarras. Pra variar, não me lembro do nome do conto....
Tia blétis
eu li esse conto do lovecraft!!! mas prefiro aquele livro q acontece na antartida! perfeito! qto ao livro lido pela bloggeira, acho q lerei qdo estiver ja velho e caquetico, escrevendo carats em condigo para meus netos!!!! (oi! eu disse netos????)
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