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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu te conheço, você me dá nos nervos

Vamos começar o post com as boas novas da maratona dos casamentos. Talvez vocês não saibam, mas domingo casaram a A-lien e o Sephirot e meus primos que namoram há dez anos, um na cidade sanduíche e outro na cidade cinzenta, e eu e minha irmã comparecemos aos dois.
O primeiro casamento, na cidade sanduíche, era às 9h e o MCDM ia nos levar de carro mesmo sem saber o caminho. Apesar de uma bronca da Luty por eu ter impresso os mapas na versão texto e não na versão mapa conseguimos chegar com antecedência. O dia estava fresquinho, mas ficaram reclamando de estar muito frio. Bem, ventando estava, tanto que uma hora o vestido da noiva subiu, hihihi. Caham. Eu, Luty e Funny fomos madrinhas chiquérrimas e aguardamos sentadas e jogamos bolha de sabão no casal. A-lien entrou ao som de Yume no Naka e e Accidentally in love, belíssima com seu vestido retrô anos 60 meets gothic lolita meets sapato rosa. O pastor era uma mistura de jornalista com livro de autoajuda e eu quase dormi, mas até que foi rápido. Na verdade tudo foi rápido demais. Quando nos demos conta, já era hora de ir embora :(((((((((((((((((((! Só deu tempo de ve-los dançando a valsa ensaiada com passos de bon odori e o buquê, que a Luty não pegou ohohohohoho! Bem, fomos pra casa e o plano era papis nos levar ao aerporto da Prainha, só que obviamente ele esqueceu e não atendeu o telefone e queria almoçar antes de nos levar. Chegamos com meia hora de antecedência ao aeroporto, que não é tão longe, e me decepcionou um pouco porque imaginava aeroportos como coisas enoooormes cheias de gente chique com mala de rodinha. O avião não era tão apertado e eu senti um frio na barriga subindo e descendo. Só não deu pra dormir porque a viagem foi super curta.
Já na cidade cinzenta, almoçamos salgadinhos do restaurante dos 28 minutos e de lá para a igreja onde meu primo ia casar. A cerimônia não teve nada de interessante além da mamis com formiga na bu falando o tempo todo e querendo atravessar a igreja pra tirar foto. A festa teve salgadinhos bons, especialmente um de catupiry com bacon, e uma janta japonesa(eca) com um filé mignon bizarro empanado em massa folheada. Dancei até cansar e comi os deliciosos docinhos da festa.
E agora vamos para o drama do post e da minha vida. Sexta feira, a caminho da rodoviária, me liga meu orientador, para dizer que meu relatório final foi reprovado e que eu tenho um mês para fazer outro e que se esse for reprovado também terei que pagar a bolsa de volta(na verdade não, porque isso não está no contrato, mas isso não é o mais importante). Ele ia mandar por correio o parecer, mas eu disse que ia viajar, e ficou por isso. Depois ele mandou um e-mail falando que eu não me preocupava, e que eu tinha que ter consciência disso e eu só respondi que tinha dois casamentos e precisava viajar. Falei com o Herr Rennó e ele disse que eu não deveria ter ido ao casamento, porque eu preciso gastar todo meu tempo melhorando o texto que tá horrível e a vida adulta é feita de escolhas assim. Aí fiquei com vontade de desistir, porque nem pensei em não ir aos casamentos, não nasci pra vida acadêmica, só quero traduzir a vida toda não importa se pra isso terei que trabalhar numa coisa chata oito horas por dia. Essa pressão tá me deixando louca, e eu não consigo ver o apoio dos outros como um apoio porque todo mundo me acha tão inteligente e espera tanto de mim e eu estou desapontando a todos não sabendo fazer isso direito.Mas também não quero desistir agora e olhar pra trás depois e me lamentar porque eu não tentei fazer nada difícil nessa vida e sou fraca e covarde, além de incompetente e irresponsável. Só tenho vontade de chorar e comer chocolate, embora comer chocolate não tenha me deixado mais feliz. A casa tá suja, eu não tenho tomado banho e eu me odeio por ter consciência dos problemas mas não efetivamente a vontade de fazer alguma coisa. Mimimimimi mimimi mimimimimimi. Vou dormir que ganho mais (ou não, caso sonhe com professores me perguntando porque não vou fazer doutorado).

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Selva de concreto onde os sonhos são feitos

Daí que ontem à noite eu não tinha muita certeza se tinha tomado remédio ou não, então tomei e estou passando meio mal até agora. Acho que eu já tinha tomado os remédios sim.

Sonhei essa noite primeiro com a minha família toda, estávamos na rua ou algo assim e uma sorveteria estava muito lotada, e eu demorei quinze minutos só para ver o tamanho da fila. Daí corta pra casa, onde descubro que uma prima minha vai pra França no dia seguinte e não pode ficar para jantar. Pula para uma sala de aula do meu colegial. Duas meninas com quem estudei no primário vão ao banheiro, mas estão segurando um cachorro-quente. Elas cogitam entrar com a comida, mas acabam deixando do lado de fora. Eu como um pedaço e guardo o resto na geladeira da casa dos meus pais, e minha mãe perguntou de quem era aquela comida e eu menti. Quando eu cheguei de novo na sala de aula, as meninas perguntaram se era eu que tinha comido e eu disse que sim, porque achei que não era de ninguém. Daí elas me responderam com o absurdo 'se seu namorado vier aqui e não tiver etiqueta dizendo de quem é a gente vai poder comer ele também?' ao que eu respondi 'mas meu namorado pode falar que é meu, os sanduíches não' e elas riram, perguntando se eu tinha certeza. Também sonhei que estava atrasada para a prova do mestrado e que faltavam apenas dez minutos e eu não conseguia ligar para um táxi,mas isso é mais fácil de analisar.
Quinta passada o 6 ligou perguntando se eu queria ver o lançamento de uma revista multiartes lá na Lake House. Chegando lá os alunos ainda estavam arrumando as coisas e tinha um cara com um cofrinho GIGANTE arrumando os fios e na verdade a revista é meio antiarte. A primeira banda, cujo nome eu nem entendi, soava como legião urbana e a letra era ainda pior, meldels, e o cara uma hora gritou e eu achei que ele tava sendo desafinado de propósito, mas nem. Depois teve uma declamação que eu perdi porque estava do lado de fora, já que a música estava MUITO alta. Aí a dança. Vocês sabem que eu não sou chegada em dança contemporânea, essa em que as pessoas se jogam no chão ao som de músicas estranhas e se movem de um jeito mais estranho ainda. A primeira parte tinha um conceito até interessante, duas caixas de som em lados opostos da sala e as pessoas dançavam de acordo com a proximidade do som. Mas durou pouco. Logo todos tiraram a roupa, colocaram uns pedaços de pano e ficaram dando voltas pela sala, alguns fazendo movimentos cotidianos, outros só andando de um lado pro outro e talvez tivesse algum sentido, mas tudo estava meio sem direção. Finalmente todos colocaram as roupas de volta e saíram da sala. A última banda era boa, apesar de tocar apenas músicas de uma banda que pareciam todas iguais.
Ah, no fim de semana assisti Arsène Lupin, filme baseado numa série de livros francesa do início do século passado. Tem até um mangá sobre ele, e um filme dirigido pelo Miyazaki(O castelo de Cagliostro). A wikipédia diz que o personagem é tipo uma Carmen Sandiego mix com Robin Hood antagonista do Sherlock Holmes, ele rouba dos ricos, avisa dos roubos e nunca é pego. O filme mostra a história da vida dele e inclui um drama sobre o filho dele e uma feiticeira. O personagem é realmente engenhoso e bonitão e a Eva Green parece mais velha nesse filme.
Como vocês sabem, amanhã é o dia da qualificação do meu mestrado. Terça encontrei a Jayna e o Herr Rennó para treinar e só nisso já fiquei emocionamente abalada e eles perceberam, o que é ainda pior. A Luty sugeriu programação neurológica e o tio Dos Santos sugeriu beta bloqueadores, mas ninguém quis ficar me xingando para eu me acostumar com as críticas. Eu já disse isso no blog, mas vamos repetir agora que a guilhotina está próxima: sempre tudo foi fácil pra mim. Nunca precisei estudar muuuito para ir bem nas matérias, nunca achei que não fosse passar em alguma coisa. Aí vem a pós graduação e eu descubro que não sou boa nisso naturalmente, que preciso me esforçar. Mas eu não me esforço, me sinto culpada e vem a depressão, &c. Eu poderia ter escolhido parar e não me esforçar, mas eu quero terminar. Não sei o que vou fazer depois disso e nessas horas me alegro de não ter nascido numa família pobre, o que eu sei é que quero terminar o mestrado, mesmo que ele não saia lindo e maravilhoso como tudo que tenho feito até agora. Não vou desistir. E também não quero chorar na frente de todos como a criança que não consegue admitir críticas que sou. Vou aceitar todas as críticas e não me lamentar por não ter pensado naquilo antes. Vou melhorar o meu trabalho com a ajuda de outros, e isso não quer dizer que eu não tenha meu próprio mérito. Meu orientador não é meu pai, se meu trabalho está ruim ele não me odeia como pessoa. Eu demorei para buscar ajuda, mas eu busquei e consegui sair da letargia. Todo dia é um desafio sair de casa, decidir abrir o livro e estudar, comer coisas saudáveis. E eu posso não conseguir sempre, mas eu sei que tenho força para escolher o que é certo. Eu tenho pessoas que gostam de mim e em quem eu posso confiar. Eu vou morrer sozinha, mas isso não me impede de viver ajudando e sendo ajudada por outros. Eu não vou chorar amanhã, e não importa quantas críticas meu trabalho receba e eu tenha que refazer tudo, essa será minha vitória.
OPA tipos que acabei de saber que preciso solicitar online a qualificação e faltam menos de 24h e eu não fiz isso? Claaaaro que não posso culpar meu orientador por isso, só a mim mesma, apesar de eu não fazer a mínima ideia de que era preciso isso. Pronto, agora estou desesperada e desequilibrada de novo. Desejem me sorte para amanhã.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Às vezes eu choro na cama, só pra esvaziar a cabeça

Olá pra quem enche o rabo de comida num buffet de padaria e depois tem que pegar táxi pra casa porque descobre que o banheiro de lá não tem papel higiênico, esse post é pra você.

Sim, fiquei muito tempo ausente. Não, não vou recontar tudo que aconteceu porque sou uma vadia preguiçosa.
No meu aniversário ganhei vários presentes e um bolo sem açúcar SENDO QUE A DIABÉTICA É A OUTRA FILHA. Enfim. Conversei com amigos da cidade sanduíche e vi como os anos passaram. Aliás, um prêmio pra quem acertar de qual música vem o título do post. A dica é que tem '25 years' na letra.
Tô com muita dor de cabeça.
Volto amanhã (?) para terminar de contar as coisas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sou só um pobre rapaz, nao preciso de compaixão

E por todo esse tempo vi vários filmes, saí para alguns lugares e até li alguns livros. E estava para vir postar aqui, mas sempre ia fazer outra coisa. Hoje, voltando para casa, estava quase feliz, e bastante animada. Tinha ido pagar as contas e comprei um jantar saudável com frutas, e quando chegasse em casa o plano era voltar a mexer no mestrado. A uma quadra de casa tem uma escola infantil, e sempre que passo as criancinhas estão brincando e rolando na grama. Praticamente a descrição do paraíso. Assim que eu passo por lá, admirando a vida infantil, ouço um menininho gritar 'gorducha! Sua gorducha!' . Fico meio chocada e decido ignorar, e o menino continuou gritando até eu atravessar a rua e não conseguir mais ouvir. Se eu fosse uma pessoa adulta e madura ia ignorar e continuar vivendo minha vida como planejado, mas aconteceu de eu ser essa pessoa boba e traumatizada, então entrei em casa e comecei a chorar. E tudo volta à cabeça, desde que eu era uma criancinha e os outros riam de mim porque eu era gorda, até o ginásio, quando um menino disse 'claro que os homens não querem mulher inteligente. quem aqui gosta da m?' e no colegial, quando me diziam 'feliz dia do idiota' na hora do intervalo. E eu sei racionalmente que o passado passou e que eu tenho que ignorar essas pessoas, mas não consigo parar de me sentir mal, como se a todo e qualquer momento alguém vai aparecer e rir de mim e eu vou estar com as roupas de baixo na frente da escola toda e não será só um sonho desta vez.

Enfim, quem for comentar que é só eu emagrecer que isso passa, que tome no cu.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Uma cadeira é uma cadeira, mesmo quando não tem ninguém sentado nela

Daí que a minha vontade mesmo era de estar chorando pelos cantos comendo pizza de chocolate, mas decidi agir de modo mais maduro e vir reclamar no blog.
Mas vamos contar as coisas desde o começo. Como todos vocês sabem, nunca estive muito bem ou muito normal, e muito menos feliz comigo mesma. E as coisas foram se acumulando e se arrastando, até eu só ter vontade de chorar, não querendo nem matar o tempo na internet. A psicóloga do pronto atendimento da unipunk sorria muito, e disse que era muito triste eu não ter vida social. Ela recomendou que eu procurasse acompanhamento imediato e me deu uma lista com três nomes. Marquei com duas, em cujo endereço eu sabia(mais ou menos chegar). A primeira, vamos chamá-la de Risonha, sorri bastante e fica fazendo gracinhas para me animar, sem saber que EU ODEIO MUITO ISSO. Eu disse a ela que estava com problemas para terminar o mestrado, e ela falou para eu tentar aos poucos, primeiramente eu podia pegar o texto e corrigir. Desculpaê, mas eu não ACABEI DE FALAR que é justamente isso que com problemas para fazer? A segunda, vamos chamá-la de Mercenária, disse que eu deveria pagar as sessões de qualquer jeito, mesmo que eu avisasse com antecedência que iria faltar: daí o apelido. Ela sorri menos, o que é melhor, mas trabalha com associação livre, o que é bem pior. Eu tenho problemas para me expressar, então quando ela diz que é só eu ir falando o que penso sem me preocupar quando eu sei que não é só falar naturalmente e que ela está julgando cada palavra, nada sai. Então há vários daqueles momentos silenciosos bizarros, em que ela me olha com uma cara neutra e eu fico reparando na vela colorida que ela tem em cima da mesa, que não combina muito bem com a decoração vintage dela. Ela entrou no assunto delicado de namoros, e eu falei que a aparência era um obstáculo mas que a minha personalidade não é de deixar os outros se aproximarem também. Daí ela perguntou porque eu não emagrecia? E eu disse que isso não ia mudar muita coisa, porque eu não quero ninguém que só vá me querer pela minha aparência. E ela teve a audácia de dizer que eu devia tentar, vai que muda alguma coisa. Tô falando que não quero ninguém superficial, mulher! E psicologicamente o caminho é inverso, primeiro a pessoa se sente bem consigo mesma, depois ela decide emagrecer ou não. Quem está se odiando não vai fazer algo que seria bom para si mesmo.
Enfim, mas me falaram esperar mais um pouco. Pelo menos até eu ir ao psiquiatra e tomar os remédios que vão me curar (que as psicólogas leitoras do blog não se ofendam, mas praticamente todos por aqui, incluindo meu orientador, sugeriram ou terapia nenhuma ou psiquiatras). A dra. do Herr Rennó está ocupada até o ano que vem, então marquei com outra em cujo consultório consigo chegar. A raiva do dia é porque hoje era dia de consulta com a Mercenária, e eu, logo antes de sair de casa, percebo que meu tênis está com os amortecedores do pé esquerdo estraçalhados. Será que a dor na perna vinha disso? Daí lá vou eu procurar outros calçados. Poderia ir de sandália, mas aí teria que colocar a bermuda. Como Murphy me ama, o zíper estava quebrado. Colocar calças com sandália então, mesmo achando que não combina e a calça arrastando no chão. Obviamente já perdi o ônibus nessa hora, e vou ver táxis. Nenhum carro. Nos dois pontos. Mas vejam só que evolução: parei pra chorar no meio da rua? Não, voltei pra casa e ainda postei no blog! Agora vou sair para comprar tênis e quiçá o presente de dia das mães.
Próximo post: coisas mais felizes (?).

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quando estou quieta as pessoas pensam que estou triste, e geralmente é verdade

O post de hoje é:

Kate Nash- Don't you want to share the guilt

Discussões sobre como psicólogas sorriem demais ou diferenças entre pura preguiça e depressão só mês que vem.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um homem parecer uma mulher é degradante porque você acha que ser uma mulher é degradante

Um dia desses acordei desesperada porque ia perder a aula de francês às 11h. Peguei o celular e era 9h53. Olhando mais de perto, era 93h53, o que me fez perceber que era um sonho. Peguei o celular para ver de novo, e era 11h, mas as letras estavam todas espalhadas pela tela, porque na maior parte dos sonhos nunca consigo ler direito. Novamente pegando o celular, vejo que é 12h04, apesar de estar ainda meio escuro. Isso porque na verdade ainda era 7h30, e antes eu estava sonhando.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Todos esses lugares só me afogam

Na época em que muita gente achava o blog procurando pela letra daquela música cover de thousand miles, a média de visitas era de 20 pessoas por dia. Para vocês verem como anda a decadência da humanidade, a principal pesquisa hoje em dia é 'obras de van gogh', e a média de visitas é de 7 pessoas.
Começando pela sessão cinema da semana, Percy Jackson e o ladrão de raios. Apesar da Chelvis me dizer que o filme não era lá muito fiel à mitologia grega, fui do mesmo jeito. O filme foi chamado de novo Harry Potter, por ter um protagonista que não sabe que tem poderes, dois amigos que o ajudam e uma escola/acampamento. Só que Harry Potter criou seu próprio mundo mágico, ao invés de apresentar aos jovens uma visão mega distorcida do mundo grego, por exemplo. No filme os deuses tem vários filhos com os humanos, até aí ok. Mas Zeus os proíbe de vê-los porque Poseidon estava quase abandonando seus deveres de deus porque amava muito sua família(!!!!). Mais brega impossível dizer que Zeus achava ruim agir como um ser humano. O que querem dizer com 'agir como humano'? Ter emoções? Mais que os deuses gregos tinham? E tratar o Hades como o inferno, com caveiras e música medieval foi demais, também. Quer dizer, é realmente o inferno, mas todos iam para lá. Além disso Perséfone era não era humana, e sim filha de Deméter, e seu rapto serve mais como metáfora para as estações do ano do que para mostrar a maldade de Hades. Enfim, nem mesmo se tivesse acertado na mitologia seria um bom filme, já que segue o esquema já conhecido de jovem corajoso com poderes que 'desobedece' ao professor para salvar vidas.
Ah, a fisioterapia. Pensei que ia ser aquela coisa entediante, uma massagem no pulso, choque talvez, muito repouso. Que nada! O homem é do tipo da Chelvis, um louco. Primeiro passei meia hora ou mais alongando os braços. Depois exercício com pesinho, e, depois, BICICLETA ERGOMÉTRICA. No que isso vai ajudar meu pulso, vocês se perguntam, e eu também. O cara acha que precisa melhorar a musculatura do corpo todo, não só do pulso. Tudo bem, faz sentido, exercitar desde o ombro, mas o que as pernas tem a ver? A única coisa que me deixou feliz quando meu pulso começou a doer foi ter uma desculpa pra abandonar a academia, e agora isso??? Quem é amadrinhada pela Lady Murphy nunca deixa de se surpreender.
Ontem o Violinista e o 6 me chamaram para almoçar, e eu imaginei que depois poderia ir ao cinema comer pipoca e voltar para casa e ter uma vida tranquila. Que nada. Depois do almoço fomos a uma praça do bairro, onde praticamos uma modalidade perigosa de gangorra 2 a 1. Em seguida fomos a uma lanchonete, e depois para o apartamento deles, porque ia ter uma peça de teatro à noite. Na verdade fiquei no lobby vendo livros de arte enquanto eles se arrumavam e nem ligaram para o fato de estar esfriando e eu estar de bermuda, mas ok. O teatro foi em um bairro distante e mal afamado da cidade, e até começar a peça nem sabíamos do que se tratava. Era uma alegoria sobre o amor, a loucura e jogos de palavras ambíguos com Ninguém. Porque uma hora parecia que a peça era sobre o ninguém que vira um alguém, depois era sobre toda a humanidade, porque quando ninguém ama a musa, ela desaparece, e coisas do tipo. Nada muito emocionante ou envolvente ou mesmo engraçado(embora as pessoas, principalmente as adolescentes atrás de mim, tenham rido bastante). Além disso a musa estava vestida como uma fada da floresta, super brega. Enfim, depois da peça achei que o sofrimento estava no fim, mas ele nem tinha começado. O dono do espaço, um diretor de teatro, convidou a todos para uma reunião nos fundos do galpão, porque a ideia dele é oferecer algo cultural e depois integrar as pessoas. Se tivessem me avisado antes eu nem ia, mas como estava lá e era minoria, tive que ficar no meio das pessoas desconhecidas me perguntando o que eu fazia da vida, enquanto tomavam cerveja e comiam um cozido. Um tempo depois o dono do lugar chamou-nos para discutir sobre a peça, e obviamente morri de vergonha e não disse nada. Ainda bem que os outros são pessoas eloquentes e expressaram o que eu queria dizer. A noite foi passando e todo mundo se socializando e eu lá, com a maior cara de cu possível. O Violinista me pediu desculpas várias vezes, mas eu sei que a culpa é minha por não ser nem remotamente normal e ter uma fobia social incontrolável. O ápice de vergonha e vontade de morrer foi quando o dono do lugar disse que se eu estivesse cansada podia dormir em um dos quartos ou nos colchões, porque a festa ia varar a noite. Lá pela uma da manhã finalmente decidiram voltar, e eu já estava com um humor maravilhoso, dor de cabeça, frio e fome(já que não comi nada lá). É isso aí, quando digo que sou antissocial não estou fazendo graça, realmente não consigo ficar à vontade em ambientes com... pessoas.
Fico por aqui prometendo um post emocionante sobre a volta às aulas, ou não.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A pessoa caindo aqui sou eu

Aproveitando que acordei hoje às 6h morrendo de calor depois de ter um pesadelo, farei um post emo para combinar com meu humor, que não está dos melhores.
Não tenho estado satisfeita comigo mesmo nos últimos tempos... não tenho feito nada de útil. A tradução continua empacada, faço as tarefas do jeito mais meia boca possível, a casa está suja e preciso lavar roupas. Eu achei que ia conseguir fazer tudo direito esse ano, mas parece que minhas baterias acabaram tão rápido... e não faz sentido sabe, eu vou lá e me esforço para melhorar meu trabalho, ele melhora e eu desisto de tudo? Será que preciso desse tipo de reforço negativo para fazer as coisas? O que me mata é que eu sei que não deveria fazer assim, mas eu vou lá e faço. Platão não podia estar mais enganado quando acusou a ignorância dos males de ser a causa dos próprios, o que mais acontece é a pessoa saber que está fazendo merda para depois se arrepender.
Eu me sinto meio adolescente querendo viver perigosamente = muito idiota. Mas não consigo mudar. Não que eu tente com tanto esforço assim... talvez eu não queira mudar, porque ia dar muito trabalho. Tão vendo, tô com pobremas mentais na cabeça, só pode! Vontade de gritar e correr pelada na rua e bater a cabeça na parede pra ver se funciona viu... Até o post está sem nexo! Não consigo nem escrever parágrafos emo e coerentes. Então é isso aí. Vou aproveitar minha vontade de procrastinar para fazer uma lista de músicas legais com as quais me identifico, em nenhuma ordem particular. (Os links levam a uma página do youtube. Não consigo usar o embutido no blog ok.)

1- Sonata sopra la Monica - Biagio Marini
Com esse nome e sendo música barroca não tinha como não estar na lista.
2- Dreams - Cranberries
Essa música é muito bonita. Tirando a parte do 'you're a dream to me'. Romantismo = blé.
3- Grey Street - Dave Matthews Band
Essa é minha parte favorita: She could change everything about her using colors bold and bright/But all the colors mix together - to grey
4- To the moon and back - Savage Garden
Claro que Affirmation é a mais bonita&cheia de mensagens, mas deixem-me ser emo. 'Mama never loved her much/And, Daddy never keeps in touch/That's why she shies away from human affection'
5- Regina Spektor - Open
Ela tem várias músicas que poderiam encher a lista, mas acho que essa é a última na qual viciei...
6- God-like - Gogol Bordello
Essa música tem uma letra MUITOBOA. 'When I’m hurting myself/I just try to hurt you /you respond with tears/but they are never true'
7- Do you realize/ Fight test/ Yeah Yeah Yeah Song - Flaming Lips
Eu amava fight test até descobrir(porque óbvio, sou lenta) que é praticamente uma cópia de Father&Son, do ex-Cat Stevens. A música continua boa, mas caiu no meu conceito. Daí vem a meiga 'do you realize', que parece por demais com uma música do John Lennon. Então o link é de 'yeah yeah yeah', que por enquanto ninguém denunciou como cópia.
8-
If I ever feel better - Phoenix
Nunca fui de escutar uma música sem parar, mas essa...
'I'd better learn to accept that/There are things in my life that I can't control'
9- Selfish Man - Flogging Molly
'I'll never change or rearrange, till I've finished what I've started/And life leads me here /It shows me I have never really loved no one but me '
10- Let a boy cry - Gala
Para encerrar o post, música rbd dance dos anos 90! Adorava o cd dela lá por 98.

Edit: pff errei o branco do header. Mas nem vou trocar... photoshop demora demais pra abrir.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mais um post, para a alegria de vocês, caros leitores. Na verdade o blog é mais um diálogo de mim para mim mesma, mas tudo bem.
Domingo fui à cidade cinzenta para encontrar meus amigos virtuais do isk(não tenho vida e daí?). Marquei de encontrar primeiro a Chuchu, cheguei em cima da hora, a batata estava sem colher e na verdade ela estava em outro lugar, mas no fim deu tudo certo. Do shopis fomos para a casa de uma moça, onde já tinha um monte de gente. Assistimos ao jogo, tomamos sorvete, jogaram truco... sim, eu me diverti, mas não AMOOOOOO todo mundo nem queria que fosse assim todo fim de semana.
Bem, agora me dêem deem malditareformaortográfica licença para ser emo. Eu sei que é besta, mas é pra isso que serve o blog. Não para ser besta, mas para armazenar as minhas besteiras.
Daí que essa semana minhas lentes de contato ficaram prontas. Como iam sair mais baratas que óculos acabei fazendo só elas. Sim, eu enxergo melhor com elas, bem melhor, aliás. Estou vendo as letras no computador maiores, e no livro também. O contra é não poder esfregar os olhos, coisa que eu sempre fiz o tempo todo. No entanto, o problema emo da semana é que estou me sentindo muito feia sem os óculos. De verdade. E não venham com a miguxice de 'mdom, você é linda de todos os jeitos', por favor. Amigos sempre acham os amigos lindos, é um cu, como se ser sexualmente atraente fosse a única qualidade do mundo. Mas voltando: de óculos até que eu me achava bonitinha, dependendo do ângulo da câmera. Mas sem os óculos eu só pareço uma japonesa gorda de cara amassada, não adianta sorrir, piscar, tirar de cima pra baixo... pode ser que eu precise me acostumar, pode ser que eu na verdade os óculos sejam uma metáfora para alguma imagem que eu fazia de mim mesma, mas também pode ser que eu seja feia mesmo e não haja nada que eu possa fazer. Além de me lamentar no blog, é claro.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sou o herói da história, não preciso ser salvo

Ontem eu acordei cedo e pensei comigo mesma "que belo dia! Vou fazer alguma coisa legal hoje!" e decidi que ia doar sangue, o que não fazia desde 2007. Tomei café da manhã e fui lá a pé até o hemocentro, onde tudo aconteceu como sempre acontece: pega senha, tira pressão, analisa ferro do sangue, faz entrevista e finalmente doa. Daí é só tomar mais um lanche e voltar para casa. Voltei a pé, como sempre fiz, ignorando a distância maior existente entre o hemocentro e a minha nova casa. Chegando em casa, fui direto ao banheiro, e lembrei do que a moça disse assim que a doação terminou 'diarréia e vômito em menos de 48h, favor ligar aqui'. Consegui ligar o ventilador no quarto e juntei minhas últimas forças para chamar a Rachelvis. 'Rachel...' 'que foi?' 'Racheel...' 'que foi?' 'Racheeeeel' 'que foi????' 'acho que vou desmaiar' e daí eu lembro de ter a Chelvis atrás de mim falando para eu ir deitar e depois trocando a minha roupa, porque eu vomitei nela. Sim, caros leitores, quase tive uma morte de rockstar, engasgando com o vômito. Segundo a Chelvis eu fiquei com o olho aberto girando pra trás vomitando e não respondia a ela. Fiquei umas horas na cama, tentando tomar líquidos. Isso até terminar de vomitar tudo que tinha comido no hemocentro. Então a Chelvis chamou um táxi para irmos ao pronto socorro. Lá, aquela lerdeza de serviço público né, pega senha, verifica gravidade do caso, espera mais uma hora para ser atendida pelo médico... só tomei soro e depois voltei para casa. De madrugada passei mal de novo, dessa vez com febre e dor de cabeça. E então a Chelvis me deu um remédio e praticamente me deu um banho de água fria com toalhas e eu consegui dormir.
Não vou ficar reclamando de como fui idiota. Fui mesmo mas e daí? Ficar se culpando nunca leva a nada, a questão é que agora eu aprendi que andar meia hora é exercício físico sim...
Mas o post não é só para vocês rirem da minha idiotice. Na verdade é um post-agradecimento à Rachelvis, essa tratante que não lê o blog e vive atrás de mim no pc lendo o que estou escrevendo no msn. Ela está loucamente procurando empregos e mesmo assim cuidou de mim à tarde e à noite, sem almoçar e sem dormir. Assim como não é todo dia que a gente encontra uma louca melancólica egocêntrica como ela, não é todo dia que a gente encontra alguém que cuida com tanta atenção e disposição dos amigos.
E sim, estou com preguiça de mudar o template... quem sabe semana que vem...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Já que a casa está vazia, vem me fazer companhia na janela da cozinha

Posto longo à vista, por onde começo?
Que tal pelo começo da semana?
Segunda foi dia de seminário sobre o filósofo mais paranóico e perseguido de todos os tempos, Rousseau(que não é emo!). Apresentamos eu e a clone daquela que casou e fugiu(já chamada no blog de pilha palito). Correu tudo bem, exceto pela parte em que ela disse ter tirado da cabeça dela as relações quando a professora perguntou de onde ela tirou ¬¬! Bem, as partes. E também quando a professora antecipava algum ponto que só íamos falar mais pra frente.
Já hoje foi dia de seminário sobre dois autores que eu adoro *-* Platão e Luciano de Samósata! Era uma análise sobre alguns pontos em comum em obras homônimas deles, entre outras coisas. Gostei bastande de escrever o trabalho, mas na hora de apresentar... falei tudo em quinze minutos. Pois é, nem dei tempo para pensarem ou entenderem do que eu estava falando :( ... antes do seminário eu não estava nervosa, juro, eu estava calma e certa do que ia falar, mas foi só ficar de frente pro povo que eu já comecei a tremer e querer que passasse o mais rápido possível. Que menina problemática, pensam vocês, mas que caralho, penso eu. Porcaria de vida em sociedade...
Mas chega disso né, vamos para assuntos mais felizes.
Depois dos seminários de hoje fui almoçar na feirinha, e, enquanto almoçava, notei uma certa comoção no prédio básico(onde se ensinam as disciplinas básicas das exatas). Cheguei bem na hora de começarem os shows da hora do almoço de quinta(iniciativa da reitoria com um grupo de alguma coisa social cujo nome esqueci). Primeiro apresentou-se uma dupla de violão e voz, tocando mpb(Chico Buarque, Luis Gonzaga, Mônica Salmaso). Destaque para Vingança, música que eu gosto demais e que continuou muito bonita na versão deles. Em seguida veio uma dupla de piano e voz(aliás, é assim que vocês podem encontrá-los no youtube), que apresentaram músicas de seu espetáculo(basicamente mpb mineira) O Mar e O Sertão. Ainda bem que eu entrei na página deles antes de vir postar, quase digo que eles cantaram músicas do Mário Sertão lol. Os dois eram muito bons, e empolgaram o pessoal que se juntou por lá(lei de murphy: chegou uma frente fria hoje e eu fui sem agasalho pra unipunk. E adivinha atrás de quem não juntou ninguém para bloquear o vento gelado?).Tomara que tenha toda quinta, que é dia de almoçar na unicamp o/!
O último assunto do post é o surpreendente livro House of Leaves, de Mark Z. Danielewski. Um resumo abrangente porém sem graça seria dizer que é uma sátira à crítica acadêmica em geral. Mas o livro, apesar de cumprir muito bem essa função, vai muito além disso. Há também toda a brincadeira semiológica/concretista de disposição das palavras nas páginas nas partes de maior ação, um romance bem-estruturado e terror assustador de verdade. Sinopse sem grandes spoilers: Johnny Truant e seu amigo Lude encontram vários manuscritos e rascunhos no apartamento de um velho cego morto chamado Zampanò. Johnny começa a lê-los e descobre se tratar de um livro sobre um filme saído há alguns anos, chamado The Navidson Report. Conforme sua leitura vai avançando, Johnny começa a se envolver demais e perder a noção de realidade... será que pode ter o mesmo fim de Zampanò? Navidson Report são as gravações feitas por Will Navidson de sua família na casa nova, até descobrirem que o quarto mede uma polegada a mais internamente que externamente e as explorações começarem.
SPOILER TIME \o/: Eu disse que o livro era uma sátira à crítica acadêmica né, vamos explicar isso direitinho. Enquanto conta a história do filme, Zampanò cita, a cada parágrafo, um ou mais livros de estudiosos, chegando a citar até Pièrre Ménard(o 'escritor de dom quixote, segundo Borges). Quando fala de fotografia, as notas chegam a ocupar uma página inteira até! Bem, eu disse também que era um terror assustador né? Só não chega a ser mais porque a cada página há mais e mais comentários de outros estudiosos: o livro praticamente não dá espaçao ao leitor para que ele formule sua própria teoria do que realmente aconteceu na casa dos Navidson. O livro tem vários apêndices. Um deles(e o melhor, na minha opinião) contém as cartas enviadas pela mãe de Johnny enquanto ela está num hospício? sanatório?. Ela parece ser uma mulher muito inteligente e sensata, mas conforme as cartas vão passando ela vai ficando mais paranóica, chegando até a escrever uma carta em código para o filho, mesmo código que, se utilizado em outra carta revela a intrigante mensagem 'zampanò, who did you lose?'. Esse livro tem coisa demais, e isso que eu nem falei do minotauro...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Eu não queria chegar atrasada hoje, porque estou sempre atrasada e odeio estar atrasada

Primeiro de tudo: miguxos, lembrem-me de nunca mais morder o fio do fone de ouvido. No msn, no telefone, por e-mail, nos comentários do blog, ao vivo, não importa. Quando não ouço de um lado só, fica alternando! u.u
Olá queridos leitores do blog! Cá estou eu de novo a me lamentar. Mas, como sempre, vamos primeiramente contar o que tem acontecido na minha maisquemocionante vida. Na verdade não lembro de nada über memorável que eu tenha feito de sexta até hoje, então vamos pular essa parte.
Vamos às buscas! Bem, tem a busca 3A, que na verdade é um feed, tem pessoas que não colocam meu blog nos favoritos e preferem procurar no google pelo nome, e várias buscas pelo google images. Uma delas era 'cobertura de brigadeiro', que estranhamente correspondia a uma figura do meu desktop. As outras têm mais a ver: uma é 'acrobacia em tecido', da foto que eu tirei dos vizinhos artistas escondida do meu quarto e a outra é 'invenções da vinci', e a foto correspondente é uma da exposição dele que foi para a cidade sanduíche. Mas é claro que a busca mais importante é a... pelo nome da tia Blétis! Sim, stalkers da doutoranda bióloga acharam o blog!
Agora é a hora do .::drama::.
Como alguns de vocês sabem, tenho ajustado constantemente meu projeto de mestrado. Entretanto, o resultado está loooonge do satisfatório. Meu amado&idolatrado desorientador marcou uma reunião comigo para deixar bem claro: tenho muitas deficiências de escrita, além de imaturidade intelectual, e talvez não consiga melhorar até a hora de escrever o relatório, e ele não vai ter tempo de corrigir minuciosamente como ele está fazendo agora. Pelo menos a culpa de ser assim agora não é minha, meus professores de graduação deviam ter chamado a minha atenção na época, segundo ele. Maaaaaaaaaaasssss a responsabilidade é só minha para superar essas dificuldades. Claro que na hora eu fiquei completamente desesperada, quase chorei e desisti de tudo e pensei em fugir para uma colônia budista. Depois comecei a pensar no assunto e vi que na minha vida tudo tinha sido muito fácil. Nunca tive problemas para aprender nada na escola, nunca precisei estudar de verdade para nenhuma prova, nem vestibular. Até na faculdade, os trabalhos não foram fáceis, mas também nada que me deixasse sem dormir. A monitoria, o trabalho, foram mais ofertas que concursos. Não que eu reclame dessa vida e ache entediante, muito pelo contrário, nunca achei ruim. Mas poxa, justo quando tem um desafio de verdade eu vou dar prá trás? Tudo bem ter medo, mas desistir significaria não evoluir não é? Então I'm gonna get by, with a little help of my friends.

domingo, 28 de outubro de 2007

Se eu fosse marinheiro, era eu quem tinha partido

Aiai. Que preguiça de vida que eu tô.
Mas vim aqui postar, finalmente.
Quarta-feira fui ao cinema com a Chelvis e a Blétis, porque a gente queria fazer nada. Como não tem nada passando, decidimos ver Invasores, porque achamos que seria um filme de alien. O enredo é bem simples: uma nave espacial contaminada cai nos estados unidos, e as pessoas infectadas começam a agir sem emoções. Nicole Kidman é uma psiquiatra com um filho e um ex-marido loki contaminado que a contamina. E tem o pediatra que ela namora também. Mas enfim, o governo nega que haja esse vírus enquanto ele se espalha, a Nicole Kidman procura pelo filho com a ajuda do namorado, o amigo do namorada tenta achar a cura. Aí ela finge que é uma deles para achar o filho, pessoas negras ajudam ela e no fim, tudo dá certo. Parece um filme bobinho comum certo? O problema é a ideologia por trás dele. Porque no fim eles dizem que a guerra e a violência são consequência dos instintos humanos, e é melhor isso que ter emoção nenhuma e ser uma árvore(depois a tia Blétis fala melhor disso no blog dela).
Aqui em casa assisti Virgens Suicidas, filme da Sofia Coppola sobre 5 irmãs... suicidas. O filme é baseado num livro que a wikipedia diz ser inovador porque não tem um narrador específico, são as memórias e impressões dos vizinhos das meninas. Gostei do filme.
É. E a vida tá, sei lá, estranha. Esse ano tá mudando muita coisa na minha vida, não sei se aguento tudo, sabem? Aí eu ia relaxar no isketch esse fim de semana, mas um dos jogadores mais antigos e queridos por todos se matou e era algo que ninguém esperava mesmo.
Mas é a vida, não é? Às vezes as pessoas sabem esconder muito bem o que sentem e aí fazem coisas que a gente não sabe explicar. Eu mesma, quantos podem dizer que me conhecem profundamente? E mesmo se conhecessem, o que podem fazer por mim? Sempre se pode mostrar algum outro lado dos fatos, mas nada pode mudar o que a pessoa sente além dela mesma. Ó vida. Acho que vou tomar sorvete.
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Olha que legal, eu tentei fazer mas não deu certo, alguém faz e me dá?
Cortar e dobrar!isso é um link.