Daí que mais uma semana da minha vida passou e nada de muito emocionante aconteceu. Mas, nada de abandonar o blog, vamos lá falar de... filmes!
Sábado fui ao cinema com a Blétis e a Chelvis assistir dois filmes. Primeiro foi Mamma Mia!, baseado num musical que só tem músicas do Abba. A história é bem bobinha: uma menina vai se casar e convida seus três possíveis pais. Sua mãe é uma hippie que cuida de um hotel na Grécia, logo, há belos cenários e pessoas gregas fazendo figuração. Toca praticamente todas as músicas famosas do Abba, cantadas pelos atores. Ninguém canta bem também, mas o divertido foi cantar e dançar no cinema. Só vá ver se for fã da banda, porque o filme em si...
O outro filme foi Ensaio sobre a Cegueira, adaptado do livro de José Saramago. O enredo básico é sobre uma epidemia de cegueira que ocorre numa grande cidade, e não tem nenhuma causa aparente. Então o governo confina todos os cegos num hospital e larga eles lá. E só uma mulher enxerga, e é ela que vai liderar o grupo. Bastante coisa acontece, e muito se discute pela internet que o fato de ela ser a única que enxerga na verdade significar que ela é a única que não vê, afinal a cegueira deles é branca, como se fosse um excesso de luz e não uma falta. Outro ponto principal é o fato de eles serem abandonados e tudo virar uma zona... como no Nevoeiro, vem um acontecimento tipo fim do mundo e ninguém(tirando os protagonistas, claro) consegue manter a calma. Insinuando que a natureza humana é má sem as leis? Bem, vejam e decidam.
Para terminar, mais uma da sessão 'coisas que só acontecem comigo'. Na viagem de volta pra cá(a cidade sanduíche), o ônibus parou na estrada. Primeiro eu achei que alguém ia descer, mas aí outras pessoas desceram e umas meninas voltaram rindo. Depois um homem parou na porta e disse "Quem aí tem mala lá embaixo?" E eu q//// e desci para ver o que tinha acontecido. Saindo da cidade do Sílex Pirômaco, onde desceram alguns passageiros, as malas começaram a cair do bagageiro, provavelmente porque não fecharam ele direito. A minha ainda estava lá, mas em pouco tempo vi o motorista voltando na escuridão com várias malas.
E é isso, se pá até aconteceu mais coisa, mas nah.
sábado, 20 de setembro de 2008
23 anos e tão cansada da vida
Postado por M.D.O.M. às 9:10 PM 3 comentários
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Ela podia mudar sua vida com cores brilhantes, mas elas se misturam e ficam cinza
E daí que a minha mão se recuperou no dia seguinte e nada de ruim aconteceu dessa vez.
Quinta-feira eu fui à unipunk assistir ao concerto de cravo e almoçar. O concerto foi muito bom, músicas da família Bach com um professor. Mas é claro que sempre há contratempos: as luzes apagaram, acenderam, apagaram e foram acesas e o som do aspirador de pó irritou o cravista e ele foi lá reclamar. Na feirinha o suco já tinha acabado em quase todas as barracas, e eu fui comprar um na barraca de pastel. O tio quase que me deu troco errado, mas eu disse 'eu dei dois reais, não dez' e ele começou a falar que foi uma bela atitude, que é difícil de achar gente assim hoje em dia, enormediscursosobremoralidadenosdiasdehoje para terminar comentando que a filha dele estava concorrendo à prefeitura da cidade dos ventos. Eu já estava montando na minha mente um super post sobre como as pessoas elogiam atitudes que deveriam ser padrão mas aí ele falou isso e agora fica só como um acontecimento estranho.
E à tarde lá fui eu feliz e contente para a minha aula de francês né, e o professor me disse 'veio ver a Chelvis' e eu 'não!' e ele 'então pra que? Sua aula é amanhã!' QQQQQQQQQQ Sim queridos leitores, errei o dia e concordei com a aula de sexta no fim da tarde(não que eu tenha muita opção também). Pelo menos a escola de idiomas não é tão longe de casa...
O livro lido da semana é Histórias Apócrifas, de Karel Tchapek, um escritor tcheco famoso por ter 'inventado' a palavra robô. Não nesse livro, em outro(que eu vou ler mais pra frente do semestre)! Esse é a versão satírico-irônica de vários acontecimentos históricos, como uma palestra de um filósofo(onde ele discorre sobre o que seriam a razão, a sabedoria e a astúcia para depois se desculpar por ter falado de coisas nada a ver) o nascimento de cristo(narrado pela mulher do dono da estalagem, revoltada por ter que abrigar um casal desconhecido com uma mulher grávida) e a história de Romeu e Julieta(na qual um monge italiano discute com um nobre inglês sobre qual versão é a verdadeira ou mais bonita).
E o filme da semana é A cor do Paraíso(ou cor de Deus), filme iraniano porém compreensível(ou não). A história é simples e bonita: Mohammed é um garoto cego cuja mãe morreu e cujo pai pensa que ele é um estorvo. Pode parecer estranho que um filme sobre a vida de um garoto cego seja tão visualmente belo, mas de fato somos nós que vemos menos. Logo no começo Mohammed ouve pios e descobre que passarinhos filhotes caíram do ninho. Ele coloca-os no bolso, sobe na árvore de onde caíram e recoloca-os no ninho. Como vocês devem ter percebido, a cor de Deus é o que o garoto ouve e toca. Tudo muda quando seu pai decide torná-lo aprendiz do carpinteiro cego do povoado e daí pra frente seria spoiler demais. Mas o filme é muito bonito, em todos os sentidos.
Acho que por hoje é só... que sono...
Postado por M.D.O.M. às 9:37 PM 4 comentários
Labels: filmes, lei de murphy, livros, unipunk
sábado, 6 de setembro de 2008
Outro dia estava tão quente que dava pra fritar um ovo
E mais uma semana se passa na minha mais que emocionante vida... e conforme o tempo passa eu posto menos, mas o google redireciona mais gentes aleatórias prá cá. Vai entender!
Terça-feira eu descobri que o texto não fazia muito sentido porque o professor não colocou a parte mais importante no xerox ¬¬! Para a semana que vem eu baixei o texto da internet, que é mais garantido.
Essa semana terminei The Great Gatsby, de F. Scott Fitrzgerald. É um livro que demora um pouco para começar a ação, mas quando começa prende muito a atenção. Resumindo toscamente o livro é contado do ponto de vista de Nick, que afirma no início não fazer julgamentos sobre ninguém e assim se envolveu com alguém que representa tudo que ele desprezava, seu vizinho Jay Gatsby(no final ele vai dizer que não é tanto ele, mas o que foi feito dele). Gatsby sempre fazia festas enormes em sua mansão, mas não aproveitava nada, pois sempre foi apaixonado por Daisy, prima casada de Nick. É quando ele tenta se aproximar novamente que o livro pega fogo. Além de romance e tragédia o livro detalha bem a sociedade em que o próprio Fitzgerald vivia: rica, luxuosa e amoral, a época do Jazz(entre a primeira guerra e a queda da bolsa de 29, tempos da lei seca etc). Muito bom e reomendado, além de ser curto.
Outro livro que eu li essa semana foi Abril Despedaçado, de Ismail Kadaré(e que foi adaptado por Walter Salles). Eu gostei bastante do filme, e mais ainda do livro, é claro. No livro, duas histórias correm paralelas: Gjorg Berisha deve matar alguém do clã dos Kryeqyq, devido a uma não tão antiga rivalidade entre as duas famílias: eles seguem o Kanun, código antiquíssimo da Albânia que(entre outras coisas) estabelece o dever de se matar quando alguém da família foi morto; ao mesmo tempo, um jovem casal de recém-casados da cidade decide passar a lua-de-mel nas montanhas, pois o marido é um escritor que defende com veemência o Kanun(segundo ele é trágico sim, mas também é grandioso). Gjorg, após ter matado o assassino de seu irmão, recebe a 'trégua' de um mês: depois disso pode ser morto a qualquer momento. O título do livro refere-se ao tempo restante de Gjorg, sua trégua termina no meio de abril. As duas narrativas seguem juntas, Gjorg, depois de matar, lamenta-se sabendo que não poderia ter escapado desse destino e o casal discute sobre o Kanun, com direito a até uma digressão do feitor de sangue, homem que coleta o dinheiro cobrado por cada morte(pois é, o governo local ganha dinheiro com isso). Há uma parte em que ele diz que a cada ano diminuem as mortes, o príncipe cobra-o por isso, e que se naquele 17 de março não houvesse o assassinato cometido por Gjorg talvez tudo estivesse perdido. Outra parte que eu gosto é quando dizem que o escritor não faz nada para impedir tantas mortes, ele só consegue ver e escrever sobre isso, mas pra quê? E claro que a parte mais bonita é SPOILER EM PRETO o final, a esposa do escritor e Gjorg se olham, apaixonam-se e fica aquela ansiedade se vão se encontrar ou não, ele tenta correr atrás da carruagem preta e, assim que sua trégua termina, perto de vê-la novamente ele leva o tiro e seu último pensamento é que seu assassino é ele mesmo, e que morreu um mês atrás. FIM DO SPOILER!
Falando em livros, os que eu encomendei há um mês chegaram e lá fui eu para o shopping de rico pegá-los. Chegando lá, vou direto à livraria, acho o lugar de encomendas, tiro o recibo e a moça diz 'mas esse papel é da livraria X', e eu me toco que estou na livraria Y! Balbucio qualquer coisa e saio correndo em direção à livraria certa, onde pego meus queridos livros da loeb. Aproveitando que estava por lá, decidi assistir um filme. Hm, que tal esse o Nevoeiro, que parece de suspense? Mais para frente vocês verão como essa idéia foi ruim...
Tinha bem pouca gente na sala, o que é ruim para um filme de suspense/terror, porque parece que você está sozinho, mas por outro lado é bom, porque ninguém vai ver você fechar os olhos de medo. Enfim, o filme começa com uma tempestade terrível, que destrói a janela do protagonista, e ele e o filho vão ao mercado na cidade comprar coisas para estocar. Quando um terrível nevoeiro chega e envolve toda a cidade uuuuuuuh incluindo o mercado, e um cara chega com o nariz sangrando e dizendo que há coisas no nevoeiro. Alguns saem do mercado e são mortos rapidamente. Uma mãe diz que deixou os filhos em casa, pergunta se alguém quer acompanhá-la mesmo com os monstros lá fora e sai sozinha. Em pouco tempo todos entram em pânico: tentáculos puxam um cara que abre um pouco o portão dos fundos, uma fanática religiosa começa a dizer que é o apocalipse e que ela é a mensageira divina, insetos gigantes quebram o vidro da frente e pegam as pessoas. Daí a turminha do bem planeja uma fuga do mercado, mas precisa encarar os fanáticos doidos. Antes que alguém diga que o filme é contra a religião, podemos lembrar que o inseto não mata a mulher mais religiosa. Para mim o filme(e provavelmente o livro também) é sobre a reação das pessoas a acontecimentos que elas não entendem. Há muita discussão no filme, as pessoas ficam toda hora achando que as outras estão falando aquilo só para desprezarem-nas, e as pessoas rapidamente entram no papo da fanática. Apesar de muitas cenas ugh!! o filme também tem muito diálogo. O motivos dos acontecimentos é bem... vamos dizer, não muito original entretanto semi-plausível e o final do filme(que não é o mesmo do livro) é bem controverso SPOILER enquanto no livro(segundo eu li) o fim fica em suspenso, com pai e filho viajando de carro, no filme a gasolina acaba no meio da névoa e as pessoas do carro decidem morrer por tiro a serem comidas. Como só tem 4 balas no revólver, o protagonista mata todos, incluindo seu filho, entra em desespero(lógico né) e sai do carro para ser morto por um bicho, quaaaaando chega na verdade um tanque do exército, o nevoeiro se dissipa, soldados passam com lança-chamas e ele vê no caminhão de sobreviventes a mãe que queria sair do mercado com seus dois filhos. Bem desesperador! Aí a gente pode pensar 'mas se ele tivesse esperado dois minutos!'. Esse fim foi realmente de terror FIM DO SPOILER.
O filme é bom, a idéia de vê-lo foi ruim porque à noite, enquanto eu era atacada por mosquitos e seus zumbidos não conseguia parar de pensar nele e no triste Abril Despedaçado.
Falando em coisas de suspense, li o mangá 20th Century Boys, do mesmo autor de Monster, Naoki Urasawa. Aqui, um grupo de amigos de infância descobre que suas brincadeiras e seu símbolo foram tomados por um tal de 'Amigo', que mata um(ou mais!) do grupo. A identidade do verdadeiro 'Amigo' é uma grande supresa, toda hora o autor faz parecer que é alguém, para depois mostrar que não. O esquema do mangá é semelhante ao de Monster: mocinho bonzinho, vilão traumatizado de infância que conhecia o mocinho, moça forte que luta pelo que quer, policiais e políticos corruptos e sedentos pelo poder. No entanto, 20th Century Boys me parece mais grandioso: a história caminha numa direção mais apocalíptica/sobrenatural e o mocinho vai descobrindo a força dentro de si. Muuuito bom! Recomendo a todos! E tem 22 volumes(mais dois do epílogo).
E hoje no banho escorreguei e caí, deixando minha mão direita num estado não grave, porém dolorido. A Chel me emprestou um negócio de colocar no pulso e estou conseguindo digitar e usar o mouse, mas quero ver para limpar a casa...
Postado por M.D.O.M. às 10:23 PM 5 comentários
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