E por todo esse tempo vi vários filmes, saí para alguns lugares e até li alguns livros. E estava para vir postar aqui, mas sempre ia fazer outra coisa. Hoje, voltando para casa, estava quase feliz, e bastante animada. Tinha ido pagar as contas e comprei um jantar saudável com frutas, e quando chegasse em casa o plano era voltar a mexer no mestrado. A uma quadra de casa tem uma escola infantil, e sempre que passo as criancinhas estão brincando e rolando na grama. Praticamente a descrição do paraíso. Assim que eu passo por lá, admirando a vida infantil, ouço um menininho gritar 'gorducha! Sua gorducha!' . Fico meio chocada e decido ignorar, e o menino continuou gritando até eu atravessar a rua e não conseguir mais ouvir. Se eu fosse uma pessoa adulta e madura ia ignorar e continuar vivendo minha vida como planejado, mas aconteceu de eu ser essa pessoa boba e traumatizada, então entrei em casa e comecei a chorar. E tudo volta à cabeça, desde que eu era uma criancinha e os outros riam de mim porque eu era gorda, até o ginásio, quando um menino disse 'claro que os homens não querem mulher inteligente. quem aqui gosta da m?' e no colegial, quando me diziam 'feliz dia do idiota' na hora do intervalo. E eu sei racionalmente que o passado passou e que eu tenho que ignorar essas pessoas, mas não consigo parar de me sentir mal, como se a todo e qualquer momento alguém vai aparecer e rir de mim e eu vou estar com as roupas de baixo na frente da escola toda e não será só um sonho desta vez.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Sou só um pobre rapaz, nao preciso de compaixão
Enfim, quem for comentar que é só eu emagrecer que isso passa, que tome no cu.
Postado por M.D.O.M. às 6:55 PM
Labels: drama, querido diário
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1 comentários:
Eu entendo... Nunca cheguei a passar exatamente por isto, mas sempre fui a patinha feia da escola, a nerd (quando isto não era moda) e talz. Uma coisa que me consola é pensar nas coisas que já consegui enquanto os coleguinhas-babacas-focados-na-aparência continuam os mesmos losers de sempre.
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