Daí que essa semana foi a semana da primeira vez. Fiz altas coisas pela primeira vez.
Em ordem cronológica: segunda cortei o cabelo do Violinista, porque ele não queria pagar um cabeleireiro. Ele só estava com uns mullets horríveis, então taquei a tesoura de cortar papel e cortei. Até que ficou bom por ter sido a primeira vez, ele só reclamou de umas duas coisas depois. Depois, indo à unipunk bandejar de carona no carro do Seis, um carro bateu atrás, anotamos a placa e depois da janta fui pela primeira vez a uma delegacia. Como já era noite estava bem vazia e não muito emocionante, mas aprendi que policiais não gostam de piada nem sabem português.
Já na terça eu fiz biscoitos alemães, e eles ficaram bons! Ou as pessoas foram educadas. A opinião da Chelvis não conta porque ela é uma avestruz... Os biscoitos foram para a minha apresentação, já que na semana anterior eu faltei para ir ao show e tive a cara de pau de dizer que estava estudando(primeira vez que minto assim para uma escola também).
Bem, essa semana também assisti o primeiro Fama, para comparar com o segundo. O esquema do filme é o mesmo, mostrar a evolução dos alunos em pequenas cenas e terminar com a formatura. Só que aqui tem mais... problemas, eu diria. Tem o gay, o que não sabe escrever, aborto... e a cena do 'teste do sofá' acontece mesmo. Em compensação, tem uma cena gratuita de peitos e as histórias não são muito bem desenvolvidas também. Pelo menos a música tema toca durante o filme.
E na aula de tragédias o professor passou duas versões de Édipo Rei. A primeira tem texto do Yeats e é dos anos 50. O futuro capitão Kirk faz parte do coro e o Hal-2000 é o mensageiro de Corinto, olha que chique! A montagem é meio tradicional meio modernosa, todos usam máscaras e roupas no estilo antigo, mas o Édipo é todo dourado e a Jocasta prateada, e os que sabem da verdade usam branco, contrastando com o coro, que usa cinza/marrom. Achei lindo! A segunda montagem tem música do Stravinski e texto em latim que foi adaptado do grego primeiramente para o francês. Além disso o interlúdio(?) é na língua de quem estiver montando, como foi encenado no Japão, toda hora aparece uma japonesa muito louca e malvada que parece estar rindo do Édipo. E o mensageiro usa roupa de samurai, muito bizarro.
Finalmente terminei de ler La Disparition! É um livro francês cuja maior peculiaridade é não ter a letra 'e'. Às vezes o autor rouba e usa uma ou outra expressão em inglês, ou abrevia cortando o 'e', e em outras ele humilha, fazendo uma enumeração enorme, ou criando textos em inglês e em alemão. Mas o texto em si é sobre a Danação, ou melhor, começa com Anton Voyl(brincadeira com voyelle, vogal) desaparecendo e seus amigos se reunindo para saber o que aconteceu. Com o passar do tempo(ou das páginas) mais pessoas vão desaparecendo e vamos sabendo de uma história que parece irrelevante, mas não é. Vale bastante a pena! Não encontrei nenhuma tradução para o português, mas tem uma para o inglês, se não me engano.
E é isso aí. Post já está grande, vou poupá-los de minhas reclamações costumeiras de como nunca nada muda em mim e nunca vou conseguir ter uma alta autoestima.
1 comentários:
yes, continue repetindo e acreditando nisso ¬¬
quero ver essa versão modernosa!
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