Não morri nem desisti do blog. Só entrei em uma fase deveras preguiçosa. Eu poderia me desculpar, mas não é como se vocês estivessem sentindo aquela falta dos meus textos como eu sinto dos episódios de Lost.
Por onde começo? Bem, tem a história da passagem de ônibus... eu falo muito da Lady Murphy aqui, porque ela é minha fadamadrinha/anjadaguarda. Mas o Herr Rennó disse que muitas coisas acontecem por causa da Lady Dummy, e a história a seguir é uma delas. Queria ir para a cidade-sanduíche na páscoa, e comprei a passagem via internet para 7 da manhã de quinta. Quase perco o ônibus, porque nem dormi e quando saí de casa esqueci dos ovos, e tive que achar um táxi correndo. Chego na rodoviária, ómi do guichê me diz que meu nome não está na lista de reservas? -mas eu fiz moço! -'não está aqui, e agora o ônibus está cheio, vai ter que comprar outra' -'masmasmas- -'só dá para resolver isso lá, não aqui'. E nem com o meu extrato do banco dizendo que eu comprei uma passagem lá o cara aceita. E lá fui eu jogar pelos ares 40 reais, comprando a passagem com dinheiro. Na cidade sanduíche, meus pais me lembram que nem sabia o nome do cara que me atendeu, e logo, de que adianta o extrato? Enfiei o sorvete na testa e bati a cabeça na parede, mas não resolvi nada, é claro.
Ganhei muitos ovos de páscoa, mas não enjoeei de chocolate... e só passei mal com o ovo diet. Porque sempre esqueço que o adoçante diet em excesso dá diarréia? Acho que não posso reclamar muito de como ninguém nunca aprende, já que eu mesma vivo repetindo meus erros.
Só vi filme ruim, e faço questão de falar mal de todos no blog e ocupar preciosas linhas em que poderia desenvolver melhor a análise dos livros que vem a seguir.
Presságio é um filme de suspense em que uma menina há 50 anos parece ter previsto todos os acidentes que mataram um significativo número de pessoas no mundo/estados unidos. No fim(spoiler!), é mais um filme de alien matando a humanidade. Vocês estão se perguntando agora porque eu achei o filme ruim... ora, a humanidade é sim destruída, mas os aliens fazem uma nova arca de noé para recomeçar do zero em outro planeta de cg ruim. Os seres humanos vamos fazer tudo de novo e os aliens vão ter que voltar para matar-nos mais uma vez. Pfff! Além disso esses aliens pareciam mais vampiros que aliens, e sussurravam como o monstro de fumaça de Lost. Só vejam o filme se gostarem de metrôs colidindo, aviões caindo e pessoas pegando fogo.
Outro filme foi Street Fighter- A lenda de Chun Li. Nem vou comentar a escolha da atriz, que além de ser mestiça, não tem as coxas da lutadora. O bizarro é que tudo bem, colocaram uma mãe ocidental para dar uma disfarçada, mas ela criança é feita por uma chinesa que não tem olho claro! O roteiro do filme parece coisa de filme policial ruim: menina tem o pai levado por bandidos que querem a ajuda deles para fazer negócios, ela cresce, aprende a lutar, enfrenta o bandidão e vence, fim. Tem a dupla de policiais que não faz muita coisa, uma bonitona e um gostosão que deviam ser personagens de SF também, mas são tão meh que nem parecem.
O último filme ruim dos últimos tempos é Dragon Ball evolution. Como disse o tio Dos Santos, evolution quer dizer que vão mudar tudo na história. E mudaram mesmo: Goku, além de ser um ocidental ¬¬, vai ao colégio, é humilhado e gosta da menina mais popular da escola. Aí o vô morre e ele descobre que tem que salvar o mundo, e para isso precisa ter fé em si mesmo. Só não é pior porque tem algumas piadas infames, provavelmente tudo que Toriyama pode fazer para salvar seu filme. Tantos clichês... e a primeira fase do anime era tão divertida!
Hoje é o dia do livro segundo a unesco, mas isso não quer dizer que li mais ou melhor.
Terminei The adventures of Tom Sawyer, do Mark Twain. Todos conhecem a história do menino que apronta todas mas no fundo tem um bom coração... ela tem sido utilizada largamente por mangás. É bem divertido mesmo, e é desses livros que o autor aproveita para fazer comentários sarcásticos sobre os adultos e a sociedade da época. Recomendo.
Também li O Jogador, do Dostoiévski. São as notas de um jogador, explicando o que se passou para que ele chegasse aonde está. Tem mais críticas e comentários aos estrangeiros&russos que alta jogatina, mas o vício certamente tem destaque na trama, além de ser muito bem descrito. Muitos dizem que é autobiográfico, porque o autor foi um tempo um jogador ativo de roletas. O final é surpreendente e um tanto aflitivo. A parte que mais gostei foi quando ele entra em uma espécie de delírio, me lembrou o Memórias do Subsolo.
Encerrando a seção literária do post, temos o Discurso da Servidão Voluntária, de Etienne de la Boétie. Não gosto muito de comentar os textos que leio para a faculdade, mas esse é bem curto e não cheio de jargões. O autor discute a questão da tirania se perguntando porque o povo se permite ser dominado. Há dois motivos principais: o costume, porque a natureza, mesmo amando a liberdade, pode se acostumar facilmente a ser dominada; e o fato das pessoas trocarem favores com quem está no poder. Num parágrafo muito interessante ele diz que o tirano não é sustentando por milhões, e sim por quatro ou cinco, dos quais dependem seiscentos, e deles seis mil, todos intrincados numa rede de favorecimentos. No fim, há tantas pessoas para quem a tirania ajuda quantas a quem só prejudica. Uma coisa interessante do texto é que o autor só da exemplos da antiguidade, assim como o Montaigne. É realmente como se a Idade Média fosse uma era das trevas mesmo, e o mundo para os renascentistas começasse na Grécia Antiga, passasse pelo Império Romano e puft, século XV.
Já que o post ficou enorme mesmo, vamos lá falar das minhas inutilidades.
Essa semana meu favorito saiu do American Idol! Que coisa, o outro que foi salvo semana passada canta muito pior! Mas vou continuar assistindo, é claro... tão triste não ter ninguém com quem falar isso, o pessoal pela internet gosta do cara que grita com a língua de fora.
No meu tempo livre(não que eu tenha um, eu deixo de estudar para isso na verdade) viciei no poupée. Site para menininhas pra fazer upload de fotos de coisas 'fashion' e em troca você ganha items para vestir sua boneca, ou lacinhos, a moeda do site. Lendo as regras, vi que um dos itens podia ser 'book covers', o que para mim significa capas de livro. E lá fui eu fotografar meus livros, muito melhor que fotografar minhas roupas. Daí surgiu a dúvida se 'book cover' na verdade não se referia a capas frescas feitas para os livros pelas pessoas. Só que aquela porcaria não tem e-mail de contato caso a FAQ não responda o que foi perguntado. Eu sei que capas de livro não são itens fashion como jóias, sapatos ou bolsas, mas se tá lá que pode... acho que ficarei na dúvida eternamente.
Eu também tinha altas reflexões sobre a vida, mas elas ficarão para o próximo post(se eu lembrar, é claro).
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Os políticos mudam, mas eles nunca vão mudar isso
Postado por M.D.O.M. às 9:14 PM
Labels: filmes, lei de murphy, livros, séries
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4 comentários:
afsssssss viciei vc uhauhau
ah manos, posta nunca vi ninguem perder ribbons
Li em algum lugar que os japoneses odiaram Dragon Ball Evolution, porque fugiu da estória original. Eu nem me arrisquei a assistir.
Também viciei em poupee...
Quero assistir Dragon Ball por um sentimento masoquista de ver o quão ruim ficou...
E também viciei no poupée.
Sabe, você também resolveu ver logo esses 3 filmes. São 3 filmes que não gasto nem um centavo pra ver e só irei ver se a companhia valer MUITO a pena.
Não li Tom Sawyer, mas adoro Mark Twain (meu xará!)
E 40 reais pros ares é um saco mesmo hein >.<
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