quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O problema com abril, é o problema com maio, é o problema com junho e julho

Olha só como estou melhorando, dessa vez nem vou me lamentar por ter passado tanto tempo sem postar...

Bem, daí que semana passada fui para a cidade sanduíche, porque domingo foi o dia dos pais. Como sempre, consegui carona pela internet(é um yahoogrupo confiável gentes!). Enquanto esperava, parou um carro na frente de casa. Como eu não conhecia a pessoa oferecendo carona dessa vez, já fui abrindo a porta do carro. O motorista só olhou pra mim e fez sinal de negativo. Eu me afastei, meio assim, e logo chegou uma moça, por quem o rapaz estava esperando de verdade. Sou rainha em pagar micos, vocês já devem saber... meia hora de cólica depois, o carona de verdade chegou, um rapaz que estudou com a Luty no colegial e cuja irmã estudou comigo. Mundinho pequeno!
Na cidade sanduíche, fui ao Bon Odori com a minha família, e lá encontrei a Phunny e a A-lien. Estava vaziiiiio... tudo por causa da gripe de ficção científica(como diria a Josei). Até minha mãe estava com medo de ir. Lá um homem ficou se oferecendo para lavar as mãos de todos com álcool gel. Eu recusei, é claro. Só fui lavar as mãos em casa >:U! Bem, o evento em si foi bem calmo, dancei bastante. Do modo tradicional, óbvio... tem sempre um grupo de jovens que moderniza os passos, mas para mim isso faz perder o significado de cada dança... a colheita não parece mais colheita, o pescador não parece mais pescador... os antepassados deles devem estar se revirando.
Essa semana terminei de ver Som e Fúria, a minissérie que estava passando na tv há pouco tempo. É sobre um grupo de teatro, basicamente. O diretor antigo morre e o novo é um ator que foi famoso mas ficou louco. Gostei bastante, é difícil ver coisa divertida de verdade na televisão brasileira. Deve ser porque foi adaptado de um seriado canadense... até a segunda fase é meio apressada demais, porque adaptaram duas fases em uma. Assistam!
Por falar em Shakespeare, também li tragédias, mas gregas, para a disciplina que farei de ouvinte esse semestre(sim, é uma vergonha eu fazer mestrado nisso e não ter lido nem as tragédias mais famosas). Terminei a saga de Orestes... lembro de ter contado no weblogger a história e aqui de novo quando li Electra. Nem vou contar tudo de novo hein? Bem, Coéforas é basicamente a mesma coisa que Electra, só que dessa vez o protagonista é Orestes, o que veio para matar a mãe e o padrasto. Tem uma certa indecisão, porque apesar de ter o apoio de Apolo ele sabe que matar parentes é um crime punido pelas Erínias. No fim ele acaba matando, as Erínias surgem, fim. Já Eumênides é o julgamento de Orestes, devidamente arranjado por Apolo, e com a parcial juíza Atena. De um lado, as Erínias, filhas da Noite, que ficam buzinando na cabeça de quem mata um parente, do outro, Orestes, que não se arrepende em nada por ter matado a mãe, já que a mãe matou o pai primeiro. Eu achei o julgamento muito engraçado... Apolo diz que mãe não é parente, ela só fica grávida, mas o filho é só do pai, e por isso matar o pai é pior que matar a mãe. As Erínias respondem que Zeus então seria o maior criminoso, porque matou seu pai, mas Apolo e Atena dizem que Zeus pode tudo então fim, Orestes absolvido. Claro que as Erínias ficam putas, e sabe como Atena resolve a situação? Oferecendo fama e louvor! Que absurdo! Ela diz que se elas se tornaram Eumênides e virarem 'padroeiras' de Atenas toda a cidade vai amá-las. E elas aceitam!!! Eu lembro uma vez do professor de olhos azuis escuros dizer que Alceste era a única tragédia com final feliz, mas essa também é uma tragédia não-trágica. Quer dizer, só eu devo achar bem trágico trocar uma existência de aterrorizar as pessoas por gratidão de uma cidade...

2 comentários:

Luciana Omia disse...

de ondeveio o título?

Josei disse...

Eu não assisti Som e Fúria porque achei que seria "bleh". Não confio na Globo...