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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu te conheço, você me dá nos nervos

Vamos começar o post com as boas novas da maratona dos casamentos. Talvez vocês não saibam, mas domingo casaram a A-lien e o Sephirot e meus primos que namoram há dez anos, um na cidade sanduíche e outro na cidade cinzenta, e eu e minha irmã comparecemos aos dois.
O primeiro casamento, na cidade sanduíche, era às 9h e o MCDM ia nos levar de carro mesmo sem saber o caminho. Apesar de uma bronca da Luty por eu ter impresso os mapas na versão texto e não na versão mapa conseguimos chegar com antecedência. O dia estava fresquinho, mas ficaram reclamando de estar muito frio. Bem, ventando estava, tanto que uma hora o vestido da noiva subiu, hihihi. Caham. Eu, Luty e Funny fomos madrinhas chiquérrimas e aguardamos sentadas e jogamos bolha de sabão no casal. A-lien entrou ao som de Yume no Naka e e Accidentally in love, belíssima com seu vestido retrô anos 60 meets gothic lolita meets sapato rosa. O pastor era uma mistura de jornalista com livro de autoajuda e eu quase dormi, mas até que foi rápido. Na verdade tudo foi rápido demais. Quando nos demos conta, já era hora de ir embora :(((((((((((((((((((! Só deu tempo de ve-los dançando a valsa ensaiada com passos de bon odori e o buquê, que a Luty não pegou ohohohohoho! Bem, fomos pra casa e o plano era papis nos levar ao aerporto da Prainha, só que obviamente ele esqueceu e não atendeu o telefone e queria almoçar antes de nos levar. Chegamos com meia hora de antecedência ao aeroporto, que não é tão longe, e me decepcionou um pouco porque imaginava aeroportos como coisas enoooormes cheias de gente chique com mala de rodinha. O avião não era tão apertado e eu senti um frio na barriga subindo e descendo. Só não deu pra dormir porque a viagem foi super curta.
Já na cidade cinzenta, almoçamos salgadinhos do restaurante dos 28 minutos e de lá para a igreja onde meu primo ia casar. A cerimônia não teve nada de interessante além da mamis com formiga na bu falando o tempo todo e querendo atravessar a igreja pra tirar foto. A festa teve salgadinhos bons, especialmente um de catupiry com bacon, e uma janta japonesa(eca) com um filé mignon bizarro empanado em massa folheada. Dancei até cansar e comi os deliciosos docinhos da festa.
E agora vamos para o drama do post e da minha vida. Sexta feira, a caminho da rodoviária, me liga meu orientador, para dizer que meu relatório final foi reprovado e que eu tenho um mês para fazer outro e que se esse for reprovado também terei que pagar a bolsa de volta(na verdade não, porque isso não está no contrato, mas isso não é o mais importante). Ele ia mandar por correio o parecer, mas eu disse que ia viajar, e ficou por isso. Depois ele mandou um e-mail falando que eu não me preocupava, e que eu tinha que ter consciência disso e eu só respondi que tinha dois casamentos e precisava viajar. Falei com o Herr Rennó e ele disse que eu não deveria ter ido ao casamento, porque eu preciso gastar todo meu tempo melhorando o texto que tá horrível e a vida adulta é feita de escolhas assim. Aí fiquei com vontade de desistir, porque nem pensei em não ir aos casamentos, não nasci pra vida acadêmica, só quero traduzir a vida toda não importa se pra isso terei que trabalhar numa coisa chata oito horas por dia. Essa pressão tá me deixando louca, e eu não consigo ver o apoio dos outros como um apoio porque todo mundo me acha tão inteligente e espera tanto de mim e eu estou desapontando a todos não sabendo fazer isso direito.Mas também não quero desistir agora e olhar pra trás depois e me lamentar porque eu não tentei fazer nada difícil nessa vida e sou fraca e covarde, além de incompetente e irresponsável. Só tenho vontade de chorar e comer chocolate, embora comer chocolate não tenha me deixado mais feliz. A casa tá suja, eu não tenho tomado banho e eu me odeio por ter consciência dos problemas mas não efetivamente a vontade de fazer alguma coisa. Mimimimimi mimimi mimimimimimi. Vou dormir que ganho mais (ou não, caso sonhe com professores me perguntando porque não vou fazer doutorado).

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Selva de concreto onde os sonhos são feitos

Daí que ontem à noite eu não tinha muita certeza se tinha tomado remédio ou não, então tomei e estou passando meio mal até agora. Acho que eu já tinha tomado os remédios sim.

Sonhei essa noite primeiro com a minha família toda, estávamos na rua ou algo assim e uma sorveteria estava muito lotada, e eu demorei quinze minutos só para ver o tamanho da fila. Daí corta pra casa, onde descubro que uma prima minha vai pra França no dia seguinte e não pode ficar para jantar. Pula para uma sala de aula do meu colegial. Duas meninas com quem estudei no primário vão ao banheiro, mas estão segurando um cachorro-quente. Elas cogitam entrar com a comida, mas acabam deixando do lado de fora. Eu como um pedaço e guardo o resto na geladeira da casa dos meus pais, e minha mãe perguntou de quem era aquela comida e eu menti. Quando eu cheguei de novo na sala de aula, as meninas perguntaram se era eu que tinha comido e eu disse que sim, porque achei que não era de ninguém. Daí elas me responderam com o absurdo 'se seu namorado vier aqui e não tiver etiqueta dizendo de quem é a gente vai poder comer ele também?' ao que eu respondi 'mas meu namorado pode falar que é meu, os sanduíches não' e elas riram, perguntando se eu tinha certeza. Também sonhei que estava atrasada para a prova do mestrado e que faltavam apenas dez minutos e eu não conseguia ligar para um táxi,mas isso é mais fácil de analisar.
Quinta passada o 6 ligou perguntando se eu queria ver o lançamento de uma revista multiartes lá na Lake House. Chegando lá os alunos ainda estavam arrumando as coisas e tinha um cara com um cofrinho GIGANTE arrumando os fios e na verdade a revista é meio antiarte. A primeira banda, cujo nome eu nem entendi, soava como legião urbana e a letra era ainda pior, meldels, e o cara uma hora gritou e eu achei que ele tava sendo desafinado de propósito, mas nem. Depois teve uma declamação que eu perdi porque estava do lado de fora, já que a música estava MUITO alta. Aí a dança. Vocês sabem que eu não sou chegada em dança contemporânea, essa em que as pessoas se jogam no chão ao som de músicas estranhas e se movem de um jeito mais estranho ainda. A primeira parte tinha um conceito até interessante, duas caixas de som em lados opostos da sala e as pessoas dançavam de acordo com a proximidade do som. Mas durou pouco. Logo todos tiraram a roupa, colocaram uns pedaços de pano e ficaram dando voltas pela sala, alguns fazendo movimentos cotidianos, outros só andando de um lado pro outro e talvez tivesse algum sentido, mas tudo estava meio sem direção. Finalmente todos colocaram as roupas de volta e saíram da sala. A última banda era boa, apesar de tocar apenas músicas de uma banda que pareciam todas iguais.
Ah, no fim de semana assisti Arsène Lupin, filme baseado numa série de livros francesa do início do século passado. Tem até um mangá sobre ele, e um filme dirigido pelo Miyazaki(O castelo de Cagliostro). A wikipédia diz que o personagem é tipo uma Carmen Sandiego mix com Robin Hood antagonista do Sherlock Holmes, ele rouba dos ricos, avisa dos roubos e nunca é pego. O filme mostra a história da vida dele e inclui um drama sobre o filho dele e uma feiticeira. O personagem é realmente engenhoso e bonitão e a Eva Green parece mais velha nesse filme.
Como vocês sabem, amanhã é o dia da qualificação do meu mestrado. Terça encontrei a Jayna e o Herr Rennó para treinar e só nisso já fiquei emocionamente abalada e eles perceberam, o que é ainda pior. A Luty sugeriu programação neurológica e o tio Dos Santos sugeriu beta bloqueadores, mas ninguém quis ficar me xingando para eu me acostumar com as críticas. Eu já disse isso no blog, mas vamos repetir agora que a guilhotina está próxima: sempre tudo foi fácil pra mim. Nunca precisei estudar muuuito para ir bem nas matérias, nunca achei que não fosse passar em alguma coisa. Aí vem a pós graduação e eu descubro que não sou boa nisso naturalmente, que preciso me esforçar. Mas eu não me esforço, me sinto culpada e vem a depressão, &c. Eu poderia ter escolhido parar e não me esforçar, mas eu quero terminar. Não sei o que vou fazer depois disso e nessas horas me alegro de não ter nascido numa família pobre, o que eu sei é que quero terminar o mestrado, mesmo que ele não saia lindo e maravilhoso como tudo que tenho feito até agora. Não vou desistir. E também não quero chorar na frente de todos como a criança que não consegue admitir críticas que sou. Vou aceitar todas as críticas e não me lamentar por não ter pensado naquilo antes. Vou melhorar o meu trabalho com a ajuda de outros, e isso não quer dizer que eu não tenha meu próprio mérito. Meu orientador não é meu pai, se meu trabalho está ruim ele não me odeia como pessoa. Eu demorei para buscar ajuda, mas eu busquei e consegui sair da letargia. Todo dia é um desafio sair de casa, decidir abrir o livro e estudar, comer coisas saudáveis. E eu posso não conseguir sempre, mas eu sei que tenho força para escolher o que é certo. Eu tenho pessoas que gostam de mim e em quem eu posso confiar. Eu vou morrer sozinha, mas isso não me impede de viver ajudando e sendo ajudada por outros. Eu não vou chorar amanhã, e não importa quantas críticas meu trabalho receba e eu tenha que refazer tudo, essa será minha vitória.
OPA tipos que acabei de saber que preciso solicitar online a qualificação e faltam menos de 24h e eu não fiz isso? Claaaaro que não posso culpar meu orientador por isso, só a mim mesma, apesar de eu não fazer a mínima ideia de que era preciso isso. Pronto, agora estou desesperada e desequilibrada de novo. Desejem me sorte para amanhã.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Assim devera eu ser se não fora não querer

Bem, e não é que com a qualificalçao por perto eu tenho ainda menos vontade de estudar? Pelo menos isso garante a vocês, leitores do blog, mais um post divertidíssimo &c.

No último fim de semana de agosto eu, Jayna, Herr Renno e Siciliana organizamos o chá de bebê da filha da Mlle Daidalia. Já que ela se chama Daidalia, sua filha será chamada no blog de Ícara. Eu fiz os convites e ímãs da lembrancinha, além do cardápio e uma torta salgada. A tia do Herr Renno fez a decoração fofíssima de laços e cegonhas de graça, e garantiu a decoração das próximas 18 festas. Foi só a gente e a família da Daidalia, e, como pessoas gordinhas organizando é claro que sobrou MUITA comida. Tinha tortas e patês e pães e de sobremesa salada de frutas, bolo, cupcakes, brigadeiro, torta de limão... muitas horas de riso e divertimento, embora os tratantes tenham se negado a fazer brincadeiras de chá de bebê.
No fim de semana seguinte, encontro com o pessoal da net na cidade cinzenta. Fui com minha irmã, a Melissa e uma aleatória com síndrome de Rachelvis para pontos turísticos, como a rua do dia da Anunciação e o mercado municipal com o famoso sanduíche de mortadela que nem é tão grande assim, só muito gordo. À noite encontramos mais gentes num karaokê box, embora tenhamos ficado muito pouco tempo e eu nem tenha perdido a voz. No dia seguinte, o restaurante com jogos de novo *___* jogamos um pouco de tabu, jenga de novo, claro, pula pirata e muitos outros. De lá fomos em uma agitada viagem de carro com o Picapau até a casa da Einstein, e seus colegas de casa cheirando a cannabis. Abrimos a janela e cantamos num jogo de xbox muito legalzinho. Mas por pouco tempo, eu e Luty ainda tínhamos que ir pra cidade sanduíche então fomos embora com o por do sol.
Ah, sobre a sorte. Parece que enviei um texto mal-impresso para um dos professores da banca, o Homem Aranha. Claro que na hora já imaginei que ele ia me xingar e mandei um e-mail pedindo desculpas, mas ele disse que não tinha problema e até culpou o Bill Gates. Daí que nem lembrei de dar o texto pro meu orientador também, e corri para mandar uma cópia (bem impressa) para ele. Na volta pra casa comprei meu almoço e ainda deu tempo de pegar o carinha do sedex com a minha encomenda. Certamente algo muito trágico e murphyado acontecerá ainda essa semana.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Às vezes acho que tenho sorte, às vezes acho que não

E daí que sábado passado foi o casamento da minha prima Pagodeira. E minha mãe cismou mque não ia pra cidade cinzenta sozinha, então lá fui eu da cidade dos ventos para a cidade sanduíche e de lá para a cidade cinzenta. Ficamos na casa da minha tia Malvada, que nem é tão longe ou tão grande como disseram. A Luty foi lá no sábado para todo mundo se arrumar junto e, entre piadas obscenas e risos minha maquiagem ficou parecendo a de uma prostituta vietnamita ao invés de uma dançarina de flamenco, como quis minha irmã. O casamento em si foi aquelas coisas de sempre, pessoas chorando, padre falando um monte de coisa senso comum e eu com dor no pé por querer usar o salto mais fino que tenho. Achei que a festa ia ser sem graça, mas obviamente eu me acabei de dançar na pista de dança. Se alguém achar um exercício físico que lembre dançar em baladas me avise.
Mamis queria vir comigo, mas eu rejeitei porque minha casa estava(bem, está) uma bagunça e eu não queria que ela fosse para arrumar a casa(porque ela é como o Monk em limpeza). Ela então me deu dinheiro para pagar uma faxineira, e lá vou eu em mais uma empreitada patrocinada por Lady Murphy. Primeiro que o site em que eu sempre vou não tinha nada, segundo que só tinha um anúncio no mercado e a mulher não me atendeu umas três vezes. Tentei online e achei uma empresa que cobrava 390 reais pra me achar alguém. Até comprei o jornal e pasmei, só tem seção de procura-se, não de ofereço serviços. O tio dos Santos disse que era um sinal divino para que eu arrumasse meu quarto, mas finalmente a mulher para quem eu tinha ligado segunda apareceu e virá semana que vem, kekekeke.
Entre outras coisas com final menos feliz, consegui rasgar minhas duas calças jeans... agachando. Elas nem estavam apertadas, mas sabe-se lá como o tecido estava bem desgastado. Sabe-se lá como também consegui entrar numa calça um número menor que estava no armário e não precisei sair por aí de moletoom. Passei no banco para transferir dinheiro da conta patrocinada pelo estado para a conta patrocinada pelo pai e no extrato me dou conta que passei um cheque sem fundo!!! O cheque caiu no mesmo dia do cartão de crédito, e aí já viu né(eu pago passagens de ônibus no cartão de crédito, antes que me chamem de consumista). O pior é que eu não lembro o que comprei. Na minha memória, não paguei nada nesse dia ou no anterior com cheque. MELDELS ACABEI DE LEMBRAR a loja de produtos naturais do lado de casa!!! Aff, até passei no Boticário perguntando se alguém tinha passado um cheque sem fundo lá AHUHUAHUAUHA, sério, só eu mesmo para fazer coisas assim.Bem, lembrem-me de passar lá segunda e pagar.
E é isso aí, pagamentos de dívidas e festas de aniversário no próximo post.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E há tempestades que não conseguimos prever

Não sei se vocês lembram quando eu falei do anime NHK no yokoso (procurei no google, julho de 2007)... era sobre um rapaz que não saía de casa de modo algum, vivia jogando no computador e desistiu da faculdade. No Japão eles chamam essas pessoas extremamente antissociais de hikikomori. Pois bem, ontem à noite, quando eu saí para jantar, reparei que é isso mesmo o que eu me tornei. Eu queria jantar alguma coisa gostosa para compensar a tristeza do dia, e pensei em comer batata frita da lanchonete do palhaço, que é a coisa mais próxima de casa com esse prato. Chegando lá, vi que estava cheio de gente, e então decidi fazer compras na loja de conveniência. E, do nada, lembrei que uma das características dos hikikomori é só sair de casa para fazer compras em lojas de conveniência porque elas estão abertas quando não tem ninguém na rua. Claro que a minha desculpa é não querer encontrar pessoas conhecidas, e não sair para comprar comida de madrugada. No anime o rapaz só sai do seu estado letárgico porque uma mocinha apaixonada por ele tenta ajudar. Porque essa tem que ser a solução pra tudo nos animes/seriados/filmes? Ainda bem que há outras alternativas, como... remédios psiquiátricos.
Sobre a virada cultural: sabe se lá como saí daqui na hora do almoço e só encontrei a Luty perto da hora da janta. Primeira parada: Jair Oliveira. O ingresso era um kg de alimento não perecível e só nos lembramos disso... quando estávamos num shopping. Sem mercados por perto. Após andar muito e tirar foto da vitrine da H. stern achamos uma mercearia. O kg do arroz era doze reais. Um pocket show não vale doze reais. Mas compramos mesmo assim. Pra vocês verem como o tempo andou contra nós, o show começava 19h30 e teve no máximo uma hora. Jantamos e pegamos condução até a próxima parada: estação da luz, sinfônica tocando os carmina burana, que começava às 22h. E a que horas chegamos? 22h40! Pelo menos ainda deu para ouvir alguns minutos, mesmo que algumas pessoas muito mal-educadas quisessem ficar conversando. O pior foi uma dupla comentando como o show estava lotado, que era uma surpresa, que coisa o povo se interessando por cultura né, que bonito, vamos continuar enaltecendo a importância de um evento assim por meio de uma conversa pedante que vai irritar todos por perto que, por sua vez, vão nos odiar eternamente por atrapalhar o concerto. Enfim, saímos de lá sem saber o que fazer, procurando em vão por algum folheto informativo. Diálogo real: 'L- pra onde você quer ir? eu- ao cinema com musicais! Sabe onde fica? L - Não, mas a gente pode... procurar pelo centro, onde vai estar um inferno. eu- Er... então vamos para o cinema com degustação que você queria ir.l L- Mas você não queria ver musicais? eu- Sim, mas se não sabemos chegar... L - Mas o que você quer fazer? eu- Vamos logo pra avenida da cidade'. Chegamos lá bem em cima da hora(meianoite), e o cinema já estava lotado. Andamos três estações de metrô na avenida até o café do chico, onde comemos de novo e pensamos no próximo passo. Já era 1h30 e o show do Café Tango(um dos 937 grupos em que o Violinista toca) era às 3h várias estações de metrô depois, então decidimos chegar muito antes, só para garantir. Em um dos momentos mais hilariantes da noite, assim que saímos da estação não sabíamos onde exatamente era o lugar. Andamos algumas quadras e nada, só pessoas aleatórias pelas ruas. Por sorte(?) achamos um ponto de táxi, e pegamos um táxi para... atravessar a avenida. Sim caros leitores, era do outro lado da rua e não vimos. O motorista deu umas voltinhas só para dar dez reais e nos deixou lá, e eu lembrei imediatamente que era perto da ex-casa dos meus avós e futura casa do meu primo. Assim que chegamos, ouvimos uma moça perguntar sobre a programação, e o rapaz da entrada não tinha certeza se estava certo. Isso, acaba mesmo com o nosso planejamento! Fiquei lendo enquanto a Luty dormia e justo quando você precisa que o tempo passe rápido parece que você passou anos da sua vida sentada esperando. Enfim, a Luty continuou dormindo por todo o show, seguindo o exemplo do rapaz atrás de nós, e eu quase achei que era a única pessoa lá que não sabia dançar tango. Queríamos ainda ver Double You, mas começava às 5h, e saímos de lá 5h, e eu comecei a sentir dó da minha irmã, que estava com sono desde às 20h00. Fomos para a casa dela, dormimos até ser hora do almoço e depois de almoçar: show do abba cover!!!! Chegamos lá uns vinte minutos antes do horário programado e já estava bem lotado. Conseguimos chegar mais ou menos perto, atrás de pessoas que falavam inglês e na frente de um cara que dizia que a Agneta era a mulher dos sonhos da infância dele e do lado de um cara que fazia muitas, muitas perguntas chatas. O show foi lindo, me acabei de cantar e tentar dançar num espaço tão apertado, e por ter sido numa área considerada muito perigosa da cidade, foi bem tranquilo. Cheguei aqui com os pés doendo loucamente, mas até que num humor bom.
E daí parece que tudo quer te convencer, ou melhor, me convencer que nada dá certo. Primeiro foi o episódio de house, em que ele surta com o psiquiatra falando que ele não tinha as respostas e que o house fez tudo que ele mandou e ainda não era feliz. Ok, não vamos surtar por antecipação pensando que vai dar errado em um ano, vamos acreditar no tratamento. E aí vem a Rachelvis dizer que já tomou esse remédio enquanto tomava outro que também mexia com a cabeça e eu Q/ 1) não deu certo com ela, porque daria comigo? 2) não quero ficar igual a ela, porfavorporfavorporfavor! Depois eu estava na unipunk conversando com o Violinista, e ele estava comentando como um amigo dele que tomava remédios de cabeça estava achando tudo lindo, e se perguntando como as pessoas podiam ser infelizes. Até aí, tudo bem, nada de negativo. E vem um cara, do nada, se intrometer na conversa, falando que um cara desses devia ser trancado num quarto escuro e apanhar pra ver se aprendia. A gente ficou meio chocado, com entreolhares típicos de filme e o cara não parava de falar como esses remédios funcionavam só por um tempo e que uma funcionária da biblioteca czar leites tentou se matar lá dentro enforcada, foi impedida por outros funcionários, levada ao hospital, e no mesmo dia se matou no campus numa árvore adequada a sua estatura. Sério. Com essas palavras. E encerro o post de hoje com essa pérola da indiscrição e falta de noção alheia, volto aqui antes do fim do mês(espero).

quarta-feira, 31 de março de 2010

Ei, isso não é jeito de dizer adeus

Postando rapidamente na última meia hora do mês só para ter pelo menos um post por semana no blog. No fim de semana fui para a cidade cinzenta, mesmo com o joelho dolorido. Encontrei a Luty, jantamos e fomos assistir a um filme em um cinema para onde as pessoas vão super chiques. Assistimos Os homens que encaravam cabras, comédia baseada num livro sobre o uso da paranormalidade pela inteligência militar dos EUA. O fime é uma sátira sobre fatos reais, mas bem mais zoada, e achei bem leve, no estilo de Queime depois de ler. Certamente o George Clooney é o que há de melhor, ah, e também a parte em que ele conta que a maior parte dos soldados não atira para matar, então porque não usar a paz para resolver a guerra? E aí eles usam alucinógenos e fazem ioga.
Na manhã do dia seguinte eu e Luty fomos a um bar com jogos para comemorar um aniversário. Tudo no cardápio tem nome de jogos, e o cardápio simula um baralho. Jogamos jenga(que eu nem sabia que tinha esse nome), detetive de simpsons, academia, pula macaco, quebrando o gelo e tabu. Muito divertido! Quero voltar lá mais vezes!
Bem, e é com um certo pesar misturado a um alívio que informo a saída de Diomedes, o caçador, daqui. Rachelvis não estava tendo tempo pro gato, e ele não tinha onde brincar, e ela não podia viajar por causa dele. Enfim, esse negócio de ser mãe/pai é muito complexo, tem que estar pronto pra isso. E não estávamos, e agora Didi vai morar no campo das minas gerais.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Decore os salões com ramos de Ilex

Daí que hoje estou resfriada, menstruada e com estudos mega atrasados. Qual a primeira reação? Ir chorar na cama a tarde toda com um rolo de papel higiênico, é claro! Mas, como vocês sabem, decidi não ser mais uma criança mimada que chora sempre que as coisas não dão certo, e vim postar no blog para ter a ilusão de estar fazendo alguma coisa útil.

Vou esquecer de algumas coisas no meio do caminho, mas vamos lá.
Fui à feira do livro na cidade cinzenta, e nem comprei muita coisa, considerando que dois livros eu já li mas queria ter em casa e dois outros são presente. Encontrei e conversei com o magnânimo Herr Rennó, que ainda pegou um livro para mim na biblioteca(sim, eu só me aproveito dos meus amigos).
Na terçafeira(agora escreve junto?) seguinte foi a apresentação de roda de hamster. Fiquei nervosa mas no fim deu tudo quase certo. Um dos meninos foi pro lado errado numa hora, só que ficou parecendo que eu é que tinha errado. Perguntei ao Violinista se tinha sido tão ridículo quanto ele esperava, e ele respondeu 'muito mais' e que, no entanto, fora a melhor da noite. Fiquei até o fim, já que as apresentações da rachelvis foram todas no final, e sofri demais com as apresentações alheias, principalmente com as de pular corda, que o povo errou tudo. Também, quem é monitor dessa atividade né chelvis...
No fim de semana voltei à cidade cinzenta para o aniversário de uma pessoa palhaça que visita o blog e nunca comenta, portanto não darei parabéns nem muitos detalhes aqui. O que importa é que fomos ao boliche e eu, mesmo com problemas no pulso e não devendo jogar, joguei e fiz um strike e um spare \o/! Dormi no apartamento de uma moça que sempre cede a casa ao povo e fui embora domingo.
De filme, acho que vi mais coisa mas não lembro? Então o review ou resenha ou resmungo de hoje vai para Do começo ao fim, polêmico filme brasileiro sobre o incesto de dois irmãos. E só. Nenhuma atuação memorável, roteiro sem graça de filme romântico e buenos aires parece uma cidade sem graça. Até as bee que estavam no cinema falaram 'cabô? assim?' quando acenderam as luzes. Claro que é um filme inovador por tratar desse assunto como se fosse um filme romântico qualquer, mas essa virtude é o erro do diretor também. Sem tensão, sem história e tem aquelas coisas óbvias como falar do collor pra mostrar que hoje em dia eles são adultos, aí eles passam por um cemitério e a babá não quer deixar entrar porque morte não é coisa de criança e meses depois alguém morre, e uma hora a criancinha fala pra mãe nunca deixar prenderem eles numa gaiola, embora não se toque no tema do preconceito. O pior de tudo, porém, é quererem que eu acredite que os irmãos só se tocaram depois que a mãe morreu, quando o mais velho devia ter uns 27 anos. Enfim, só valeria a pena se as cenas deles pelados tivesse um com o pau duro ou algo assim.
Li Eterno Marido, do Dostoievski, pelo meu projeto de ler tudo que ele escreveu. É sobre um marido que vai visitar o amante quando a esposa morre. O título vem da descrição que o amante dá do cara, que ele é desses que nasceu para ter uma esposa e aguentá-la e sustentá-la. Pode parecer um drama, mas na verdade tem muito suspense, e os personagens não são óbvios. Duzentas páginas que passaram voando, recomendo.
Agora sim posso ir pra cama chorar e ter dó de mim mesma. Ou posso sair na chuva e comprar o chá de vick que minha mãe sempre fala para eu tomar quando estou resfriada. Ou posso jogar mahjong...


sábado, 14 de novembro de 2009

Viu, mas não escreveu

É triste como as coisas mudam, mas nunca para melhor. Como o blog, por exemplo, tão abandonado e eu sempre dando desculpas por esquecer de atualizar...

No fim de outubro fui para a casa dos meus pais, dormir e comer. Assisti ao filme do Michael Jackson com a Luty e não achei graaaandes coisas. É como pagar para ver um dvd... tem uns extras de bastidores, Michael dizendo que precisa poupar a voz, enfim, só que a gravadora certamente vai ganhar mais dinheiro assim do que se fosse vender os dvds direto. Além disso também tivemos um bondencontro especial de halloween, com bexigas laranjas e copos pretos, no qual comemos e conversamos sobre a vida. Ó da vida adulta, pessoas já falando de empregos e casamentos e eu aqui vivendo de mestrado&internet só observando as pessoas normais e suas complicações, sem saber se um dia estarei completamente adaptada à vida em sociedade.
Daí que não é porque não apareço aqui que estou necessariamente muito ocupada na 'vida real'. As louças estão empilhadas, a casa uma sujeira... e eu posso culpar tudo no meu pulso dolorido! Olha só que fácil! No entanto, não parei de ir às aulas de roda ginástica, das quais terei que desistir inevitavelmente(talvez na próxima ida ao médico).
Assisti a versão nova de Fama nos cinemas. Sabem do que se trata né, um colégio especial de artes performáticas: dança, música, teatro. O filme tenta fazer um super panorama, desde as audições até a formatura na vida de uns 10 alunos, e nem preciso dizer que não dá certo. Fica tudo muito rápido, não vemos como eles superam seus problemas, só que superam(ou não). Além disso mudaram o cabelo de alguns, mas todos ficam com a mesma cara nesses 4 anos. O ingresso só vale pela Karen de Will&Grace, interpretando aqui uma professora de canto.
Além de não postar no blog e não arrumar a casa, quis ser ultra rebelde e fazer coisas irresponsáveis. Decidi na segunda-feira ir a um show na terça na cidade cinzenta, sem saber como ir ou como voltar. Graças ao meu perfil semifalso de orkut consegui gente pra me acompanhar de metrô/trem. Meia noite achei mais pessoas da cidade para ir junto. Terça de manhã consegui carona de carro. Quisera eu fazer algo emocionante e perigoso, mas quiseram os deuses que eu não me arriscasse nem matasse minha mãe do coração. Bem, a intenção é o que conta, não é mesmo? Chegamos lá uma hora antes de começar e estava bem vazio, até consegui ficar na grade. Às 22h começou Super Furry Animals, o pessoal não se empolgou, mas eu gostei de algumas músicas. Tocaram uma hora e saíram, e a esse ponto, a casa já estava mais cheia, mas ainda vazia. E então, Gogol Bordello! \o/! Gentes, cês não sabem o que é um show se não viram isso. Todo mundo pulando e cantando o tempo todo, as músicas todas emendadas e eles correndo de um lado pro outro do palco por duas horas! Valeu muito a pena, de novo! E ainda no fim do show os integrantes foram pro espaço entre o palco e a grade agradecer o público e pegar nas mãos do povo *-*! Quando saímos, a rua estava toda escura. Claro, era a noite do famoso apagão, e apesar do vocalista ficar falando que lá fora estava escuro mas que nós tínhamos luz eu nem me toquei que poderia ser isso. A casa de shows era o único lugar com gerador das redondezas, e após alguns minutos de filme de terror a luz já estava voltando em algumas ruas, e quando chegamos em Zefir a energia tinha voltado completamente.
Para completar a semana, mais música ontem, mas dessa vez clássica e em Pequenínea, com carona certa de ida e de volta. O foda de ir com músicos é que não tem com quem discutir se foi bom ou não. Para mim é tudo sempre lindo, mas para eles uns foram melhores que outros, um foi muito ruim, não sei o quê de não sei qual movimento é lindo, &c, &c.
E é isso aí. Vou ver se tomo vergonha na cara essa semana e arrumo a casa e ajeito os links.
Ahhhhhhhh sim. Estou no google wave e é a coisa mais inútil e divertida dos últimos tempos. Por enquanto só tenho editado &re-editado mensagens da Rachel. Se quiserem um convite(metade dos leitores já tem, mas enfim), mandem mensagem no msn, ou no plurk, ou e-mail, ou me segue e dá RT no post(ha).


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O problema com abril, é o problema com maio, é o problema com junho e julho

Olha só como estou melhorando, dessa vez nem vou me lamentar por ter passado tanto tempo sem postar...

Bem, daí que semana passada fui para a cidade sanduíche, porque domingo foi o dia dos pais. Como sempre, consegui carona pela internet(é um yahoogrupo confiável gentes!). Enquanto esperava, parou um carro na frente de casa. Como eu não conhecia a pessoa oferecendo carona dessa vez, já fui abrindo a porta do carro. O motorista só olhou pra mim e fez sinal de negativo. Eu me afastei, meio assim, e logo chegou uma moça, por quem o rapaz estava esperando de verdade. Sou rainha em pagar micos, vocês já devem saber... meia hora de cólica depois, o carona de verdade chegou, um rapaz que estudou com a Luty no colegial e cuja irmã estudou comigo. Mundinho pequeno!
Na cidade sanduíche, fui ao Bon Odori com a minha família, e lá encontrei a Phunny e a A-lien. Estava vaziiiiio... tudo por causa da gripe de ficção científica(como diria a Josei). Até minha mãe estava com medo de ir. Lá um homem ficou se oferecendo para lavar as mãos de todos com álcool gel. Eu recusei, é claro. Só fui lavar as mãos em casa >:U! Bem, o evento em si foi bem calmo, dancei bastante. Do modo tradicional, óbvio... tem sempre um grupo de jovens que moderniza os passos, mas para mim isso faz perder o significado de cada dança... a colheita não parece mais colheita, o pescador não parece mais pescador... os antepassados deles devem estar se revirando.
Essa semana terminei de ver Som e Fúria, a minissérie que estava passando na tv há pouco tempo. É sobre um grupo de teatro, basicamente. O diretor antigo morre e o novo é um ator que foi famoso mas ficou louco. Gostei bastante, é difícil ver coisa divertida de verdade na televisão brasileira. Deve ser porque foi adaptado de um seriado canadense... até a segunda fase é meio apressada demais, porque adaptaram duas fases em uma. Assistam!
Por falar em Shakespeare, também li tragédias, mas gregas, para a disciplina que farei de ouvinte esse semestre(sim, é uma vergonha eu fazer mestrado nisso e não ter lido nem as tragédias mais famosas). Terminei a saga de Orestes... lembro de ter contado no weblogger a história e aqui de novo quando li Electra. Nem vou contar tudo de novo hein? Bem, Coéforas é basicamente a mesma coisa que Electra, só que dessa vez o protagonista é Orestes, o que veio para matar a mãe e o padrasto. Tem uma certa indecisão, porque apesar de ter o apoio de Apolo ele sabe que matar parentes é um crime punido pelas Erínias. No fim ele acaba matando, as Erínias surgem, fim. Já Eumênides é o julgamento de Orestes, devidamente arranjado por Apolo, e com a parcial juíza Atena. De um lado, as Erínias, filhas da Noite, que ficam buzinando na cabeça de quem mata um parente, do outro, Orestes, que não se arrepende em nada por ter matado a mãe, já que a mãe matou o pai primeiro. Eu achei o julgamento muito engraçado... Apolo diz que mãe não é parente, ela só fica grávida, mas o filho é só do pai, e por isso matar o pai é pior que matar a mãe. As Erínias respondem que Zeus então seria o maior criminoso, porque matou seu pai, mas Apolo e Atena dizem que Zeus pode tudo então fim, Orestes absolvido. Claro que as Erínias ficam putas, e sabe como Atena resolve a situação? Oferecendo fama e louvor! Que absurdo! Ela diz que se elas se tornaram Eumênides e virarem 'padroeiras' de Atenas toda a cidade vai amá-las. E elas aceitam!!! Eu lembro uma vez do professor de olhos azuis escuros dizer que Alceste era a única tragédia com final feliz, mas essa também é uma tragédia não-trágica. Quer dizer, só eu devo achar bem trágico trocar uma existência de aterrorizar as pessoas por gratidão de uma cidade...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Eu sou quem eu sou quem eu sou, bem, quem sou eu?

M, sua vadia, segunda não é mais final de semana! O que posso fazer, caros leitores, nunca se pode prever exatamente como as coisas serão.
Mas enfim, vamos falar da minha agitadíssima vida social em virtude do meu aniversário. Meu primeiro parabéns veio obviamente da Rachelvis, que ficou acordada até a meianoite só para poder finalmente entregar os presentes. Ganhei um cachecol roxo, um abajur de fibra ótica e um troço de bolinhas que ficam batendo, também conhecido como pêndulo de newton. Durante o dia de sábado recebi algumas ligações e muitos parabéns virtuais, claro. Almocei fora com a Chelvis, e depois ela fez um bolo com cobertura de brigadeiro. Descobrimos que bolo que acaba de sair do forno pode derreter velas de cera...
À noite a Jayna passou em casa com o Jayno para comer pizza e bolo. Tirei altas fotos do bolo, mas nenhuma ficou boa, infelizmente. Preciso achar o tripé para tirar fotos sem tremer.
Domingo eu e Chelvis fomos a uma festa junina tradicional, na rua da tia da Jayna. Tinha um monte de gente vestida a caráter, comida típica e até uma banda. Alugaram uma cama elástica também, mas não pude brincar. Comi demais e dancei quadrilha também. Nossa, fazia muuuito tempo que não dançava quadrilha! É muito divertido. Fiquei ajudando na brincadeira da bexiga ao alvo e até ganhei uma prenda no sorteio.
Domingo finalmente terminei de ler Jacques, o fatalista. Que saudade eu estava do Diderot! Gente, o ómi escreve muito bem, me diverti horrores com o livro! Diz a introdução (escrita pelo Bobby Ramone) que o livro foi muito criticado por ser uma cópia do Cândido de Voltaire. Bem, ambos trazem um protagonista que só se fode mas um acredita que vivemos no melhor dos mundos possíveis e outro que está tudo escrito lá em cima. Mas o papel do narrador de Diderot Voltaire nunca faria igual! Jacques está a cavalo com seu amo tentando contar a história de seus amores. Mas não sabemos de onde vem e para onde vão (e você sabe para onde vai, leitor?), e toda hora acontece alguma coisa que interrompe a história. O narrador até fala 'se isso fosse um romance a pessoa a cavalo ali seria o capitão de Jacques. Mas não é'. É lindo gentes, duzentas páginas que passam voando cheias de humor.
A música do título é 'Dancing Nancies', do Dave Matthews Band. Ela foi por um tempo minha música tema por causa do verso '23 and so tired of life, such a shame to throw it all away' e pode-se dizer que a marca dos meus 23 anos foi a minha emice indecisão com a vida. O refrão diz 'could I have been anyone other than me' e é basicamente sobre as escolhas da vida e como 'dark clouds may hang around me sometimes but I'll work out'. Não que oh, agora tenho 24 anos sou adulta, madura & responsável de um dia pro outro, mas é o que eu quero pro ano vindouro. Até os 25 anos quero ter defendido o mestrado e decidido o que fazer da vida depois dele. Ou não.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Eu já me coloquei em tantas situações caóticas

E cá estou eu quebrando minha palavra de novo! Como se vocês não soubessem que isso ia acontecer... mas agora o próximo que fizer minha mãe entrar no blog terá as tripas arrancadas pela boca com uma colher de chá, fiquem avisados. Por falar em gente entrando no blog, alguém comentou na minha caixa da verdade do orkut que eu sou emo, só reclamo e não faço nada. O que é estranho por dois motivos, um que é um perfil mezzo fake e eu só adiciono gente que conheci pela internet, e dois porque nunca passei o endereço do blog pra elas, então não teriam como saber do meu lado ultradramático. A Luty(uma das únicas a saber da existência do blog e do orkut) jurou que não foi ela, então não sei quem poderia ser, além de uma pessoa com um bom domínio do português. Mas também ó, foda-se, se eu só reclamo no blog pare de ler ok, beijos! Chega dessa vida de se diminuir pelos outros, quero(um dia, no futuro) superar meus traumas, não aumentá-los.
Enfim, minha über interessante vida. No fim de semana passado fui à cidade sanduíche para a festa de quinze anos da filha da minha prima. Foi uma festa bem tradicional, ou seja, tinha quinze meninas com o mesmo vestido fazendo par com quinze meninos com a mesma gravata, e toda aquela cerimônia. Falei pra minha mãe que foi bom eu ter ganho um nintendo 64 e não uma festa, porque que não teria quinze amigas para chamar, e de jeito nenhum ia chamar alguém de quem não gostasse. Lá no balcão de bebidas eles vendiam bebidas alcoólicas para os adolescentes, mas perguntaram pra a minha prima de vinte e quatro anos se ela tinha dezoito... eles deviam estar trabalhando bêbados. No fim da festa, depois das valsas e homenagens, começou a 'discoteca' e tocou aquela música 'piriguete'. Minha mãe, que nunca tinha ouvido a música, horrorizou-se, é claro. 'Que é isso?'- 'Música, mãe' - 'mas e essa letra???' - 'é tipo funk.'-'e não é funk?'- 'não, é reggaeton' -'é o que?' -'reggaeton. Deixa pra lá'. E ficou fazendo careta até a música terminar. Para sorte dela e azar da Luty fomos embora pouco tempo depois, no meio da Lady Gaga.
Minha família aproveitou e deu os presentes de aniversário já naquele fim de semana. Da minha tia e dos meus pais ganhei um pijama, quer dizer, ganhei um pijama de cada, totalizando dois pijamas fofos de frio. Da minha irmã ganhei um mensageiro dos ventos e a segunda edição do método de grego com catchup, cortesia do garçom da lanchonete árabe. Também escolhi no mercado o bolo mais doce e cheio de glacê, e a Luty comprou e fez brigadeiro em lata.
Nessa semana fiquei ainda mais de mal com a vida e enviei o famigerado relatório, além de resolver coisas relacionadas à casa nova.
Hoje acordei menstruando litros, odiando a tudo e a todos e querendo passar o dia jogando mahjong. A Rachelvis ficou insistindo para que almoçássemos fora, e como achei que ela queria me alegrar aceitei, para ela não passar o resto do dia tentando me animar com outras coisas. Estava tão mal que até saí mais arrumada. Chegando no centro, quem encontro no ponto de ônibus? Sim, herr Rennó estava lá nos esperando, e algum tempo depois, chega a Jayna! Palmas para a Chelvis, caros leitores, finalmente ela conseguiu mentir sem dar na cara! Almoçamos no Joaneti, famoso bar-restaurante da cidade. Comi um salmão tão gostoso *-*! E não paguei nada! E até ganhei um vale-pizza! Depois ficamos andando um pouco pelo centro, e de lá para o apartamento do namorido do Herr Rennó. Conversamos a tarde toda e depois a Jayna e o Jayno nos trouxeram até em casa. Ver os amigos funciona mesmo, estou menos mau humorada do que antes. Até posso pensar em passar o aniversário fazendo outra coisa além de chorar as pitangas por não ser metade do que eu poderia ser, &c, &c.
Culturalmente, queria ter terminado um livro grande e cheio dos assuntos, mas só consegui terminar um curto e não tão interessante com menos discussões. Chama-se 'o desertor' e é um poema heróico- cômico, em que situações mais 'baixas' são tratadas como se fossem épicas. Então tem os deuses ajudando as pessoas, uso de símiles, descrições das batalhas, &c. O enredo é engraçadinho: a Ignorância conduz universitários preguiçosos ao campo para trabalharem, por causa da reforma da educação do marquês de pombal.
Acho que é isso... posto ainda no fim de semana para comentar sobre meu emocionante aniversário.

sábado, 20 de junho de 2009

Não quero realmente conhecer alguém que foi feito para este mundo

Esses dias estava revirando os arquivos do blog, e me senti mal por dois motivos. O primeiro e mais óbvio é porque eu vi que desde sempre reclamo de procrastinar as coisas e não estudar o suficiente. E não é modéstia, é porque realmente não faço isso. O segundo é que mesmo assim eu postava quase todo dia em 2006! Sério, minha vida já foi mais emocionante... ou eu já fui mais falante.
Bem, quanto a minha semana, a única coisa mais postável foi a festa junina dos educadores físicos, nessa quarta, à qual fui obrigada a comparecer pela Rachelvis, uma das responsáveis pela barraca dos doces. Tínhamos combinado de ir com a Jayna, mas como esta é uma vaca préhistórica, disse que só podia ir e ficar uns 5 minutos. Mas vocês sabem como é festa da unipunk, nada começa na hora, e ficamos esperando a Rachelvis jogar truco, depois a barraca(que na verdade era só uma mesa) chegar... no fim a Jayna foi embora sem comer os bolos(aliás sua coisa, vi que você entrou no blog e não comentou, trate de comentar ou não estarei na festa da pipoca). Quando finalmente a mesa chegou nem pude comer bolo, porque ninguém pensou em pegar troco e eu tive que sair por aí trocando dinheiro. Aproveitei pra mandar correio elegante cantado pra Rachelvis... durou uns 20 segundos e ela não se irritou, mas pelo menos passou uma pequena vergonha em público. Antes que me mandassem trocar mais notas de dez reais, parei para conversar com amigos de amigos, olha só que poço de sociabilidade eu estava naquela noite! Descobri que a) só gente estranha se relaciona com gente estranha e b) sou um dos 'caras' mesmo. Passou uma menina peituda e os rapazes ficaram olhando um pro outro por um tempo, até que eu disse 'podem falar na minha frente, não ligo' e eles 'porra, que peitão! e é magra a menina!'. Não ligo mesmo, se tivesse passado um ómi bão por lá eu também comentaria... e é claro que não passou, só tinha adolescente por lá, nem parecia festa de universidade. Lady Murphy devia estar dormindo naquela noite, já que quando os moços foram embora Chelvis tinha terminado também de vender os bolos, e fomos para casa.
Como vocês provavelmente não estão interessados nas notas de rodapé da minha tradução, vou falar sobre a memória, esse trem esquisito. Sempre confiei muito na minha, já que há diversos fatos dos quais lembro detalhadamente mesmo que contenham coisas que me envergonhem( e olha que tem tanta coisa assim minhas gentes, mais ainda do que eu posto). Daí a Luty me lembra do dia em que bati a cabeça no telescópio do observatório e faço ele mudar de lugar, tudo bem que já faz uns... 15/14 anos, mas eu esqueci! Claro que não sou Funes(do conto do Borges, leiam que é bom), mas coisas assim eu geralmente lembro. E nessa semana o Violinista disse que já me deu um toblerone, e que eu me espantei porque era um chocolate caro(que coisa de pobre, achar toblerone caro). Mas q/ mew, como posso ter esquecido que já ganhei um chocolate caro, ou melhor, como posso ter esquecido que já comi um chocolate caro de graça? (antes que venham com comentários engraçadinhos, disse-me ele que o presente foi por causa daquela história[preguiça de achar o link, só sei que foi em 2006] do carinha que me pagou uma hora de monitoria em chocolates) Fui ver no blog, e não postei isso, mas até aí, tem muita coisa que acontece e eu não posto(ha!). O que suscita outra questão: porque não postei sobre isso na época? Não consigo lembrar. Dizem que você é o que lembra, o que é uma pena, porque queria ser uma pessoa que ganha chocolates caros por saber grego clássico.
Para encerrar, trivia do blog: quando os títulos dos posts viraram letra de música?

sábado, 30 de maio de 2009

O que estou tentando dizer não vai sair como eu quero falar

Parem de rir da minha cara ¬.¬ eu sei que às vezes, muuuito de vez em quando, eu solto um drama aqui, mas é para vocês me apoiarem e chorarem comigo, oras!
É claro que deu tudo certo na quarta, porque eu sou uma gênia e tive uma idéia muitoa boa pro trabalho dei sorte. Depois da aula o professor até me fez pagar um café pra ele, olha só as intimidades. Parece que o povo sempre se encontra depois da aula e fica conversando.
Quinta-feira foi um bom dia. Na hora do almoço vi uma apresentação da orquestra sinfônica da unipunk com o coral oficial, e tinha um cravo acompanhando. Depois fiquei estudando e à noite mais cravo, dessa vez numa apresentação de um trio de música barroca. Vi uma corda de violino 'quebrar', fez um barulho estranho. Vai ver é porque é feita de tripas.
Já sexta foi bizarro, os funcionários estão em greve na universidade, mas as aulas continuam. Não sei de quem foi a idéia de levar um videokê para o ciclo ácido... claro que nem deu pra estudar naquelas mesinhas. Fiquei num banco, mas começou a ventar bem frio, e decidi ir ao centro burocrático. Lá estava vazio, tão vazio que os funcionários decidiram ver funk no youtube. Entre frio e funk, nem precisamos pensar né? Terminei a leitura no ciclo ácido de novo, o videokê tinha acabado.
Hoje fui ao shopis terminar de ler o que devia, e aproveitei para ir ao cinema comer pipoca. Assisti 'um ato de liberdade', tipos um lista de schindler alternativo. É baseado em uma história real também, sobre bielorrussos que montam uma espécie de comunidade de judeus na floresta, e tentam sobreviver à segunda guerra. Muito bem feito, e o Liev Schreiber tá praticamente fazendo de novo o dente de sabre, só que com sotaque russo. Pra quem gosta de tiros e drama do holocausto(que é um tema batido, convenhamos), boa pedida.
Para quem me ama e é rico(ok, nenhum de vocês leitores, mas vamos fingir que sim), me apaixonei por um livro na loja francesa de livros! 'Eu sou um gato', de Natsume Soseki, sobre um gato que vai morar com um professor, e tece os mais divertidos comentários sobre a humanidade. Li as primeiras 80 páginas, o que é pouco, considerando que o livro tem umas 400.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tem um zumbi no gramado... não queremos zumbis no gramado

Tem umas coisas que a gente só percebe quando está tarde demais. Eu, por exemplo, só faço as coisas quando são absolutamente necessárias. Como comprar calças, por exemplo. Só agora percebi que a maior parte delas está rasgando. E é claro que não comprarei outras até essas rasgarem de vez. Ler notícias também é algo que eu deveria fazer mais, mas só pensei no assunto quando cheguei no terminal de ônibus e um funcionário me disse que estavam em greve. Logo, não fui pro alemão, mas vejam por esse lado, me animei a escrever no blog após muuuito tempo.
Eu devia ter um caderno da bondade/maldade à la Mundo Bizarro para anotar assunto para os posts, porque agora já esqueci de praticamente tudo que fiz.
Fui pra cidade cinzenta conhecer a virada cultural e pessoas do plurk. A virada é aquelas coisas né, cheia de gentes mais interessadas em balada e festa que em cultura, virgens gritando no cinema e filas enorrrmes. Cultura mesmo falta... se bem que a popular nem faltava, tinha várias estátuas de rua, um cara cantando música ruim com carro de som na rua, artistas de circo, &c.
Assisti dois filmes, ainda não bons, mas menos ruins.
Um foi 'eu te amo, cara', que é meio comédia romântica para homens. Um rapaz decide casar, mas se desespera ao descobrir que não tem amigos para serem os padrinhos, enquanto a namorada tem váárias amigas. Daí vem a série de piadas né, ele conhece um cara fanático por futebol, um que acha que ele é gay, um velhinho... e a amizade de verdade vem com um cara que ele conhece por aí. E mais piadas comparando o relacionamento deles com um namoro. Melhor que a média, principalmente por ter o Rush tocando no filme!!!111!!!!1
Outro foi Wolverine. Sim, é um monte de cenas de ação com um romance ultra piegas(meldels o que era aquela explicação do nome...), mas eu gostei. Principalmente por ter o Hugh Jackman pelado, claro(podem chamar de çafada ok). Além disso(spoiler?) não sabia que o Wolverine e o Dente de sabre(que é feito por um ator meio fraco para ser ele) eram irmãos!! Por onde estive??
Terminei de ler A Prisioneira, quinto livro de sete de Em busca do Tempo Perdido. O autor conta sua vida praticamente conjugal com Albertina, aquela que ele só quis casar quando soube que ela tinha caso com outras. O protagonista tenta vigiá-la de todas as formas e quando pensa em se separar dela porque ficou tedioso, descobre que ela pode estar vendo alguma moça escondido e fica todo desesperado. O final do livro é muito bom também, novamente emocionante e motivando a ler o próximo. Minha visão do amor fica cada vez menos romântica a cada livro que termino...
Outra coisa que me impediu de postar esses tempos foi o jogo Plants vs Zombies. Lembrem-me de não jogar mais nada que me recomendarem. Pelo menos não enquanto preciso terminar coisas do mestrado... Bem é um típico jogo de defesa, você é o dono de uma casa que está sendo invadida por zumbis e, por sorte, tem plantas que podem defender seu jardim/quintal/telhado. Não é muito difícil(tanto que eu já zerei), e depois de ganhar o jogo ainda aparecem diversos minijogos. Tentador demais... Assistam ao video, e se acharem legal baixem/comprem o jogo.
Troquei de header de novo, e o resultado é mais um exemplo para a campanha anti-inclusão digital. Ok, assumo que usei photoshop, mas a maquiagem é de verdade.
Sabem a letra de música de dois posts atrás? Está fazendo o blog ter umas 15 visitas por dia! Não que isso faça alguma diferença, já que não tem nenhuma postagem über interessante para que os fãs de Stefhany comentem ou favoritem o blog. Quase me sinto mal por conseguir visitas assim...
Mas por hoje é só. JURO que volto em breve.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Rapidamente passa o velho ano, Fa-la-la-la-la, la-la-la-la

Daí que estou morrendo de preguiça de contar tuuuudo que aconteceu na viagem. Ha! Quem lê pensa que foi über emocionante e cheio de altas aventuras.
Sábado de manhã deixamos o Diomedes no hotel e fomos de carona com dois caras da unipunk. Paramos para almoçar em algum lugar de beira de estrada, e já era em minas, porque o pão de queijo estava muito gostoso. Encontramos uma atriz famosa que está na novela das 6 agora... mas eu só reconheci quando vi bem de perto... é a atriz de amarelo manga.
Chegamos super cedo e já fomos para a casa de campo da Chelvis. Os dias lá podem ser resumidos em comida e arrumação. Eu e a Chelvis ofereceremos serviços de faz-tudo aqui no bairro nobre: montar camas, churrasqueiras, assentos de privada. Ah, também aprendi a jogar truco mineiro!
Para a parte interessante da viagem: o evento. A universidade federal do pão de queijo é graaaaande, e feia como a universidade da cidade cinzenta. A faculdade de letras é meio perdida, mas deu pra achar a sala fácil. Almoçamos e esperamos... e esperamos... apresentei meu projeto 2.0, e, para minha surpresa, lá estava o maior especialista no autor que eu estudo com uma versão impressa e corrigida acompanhando. A Chelvis disse que eu só gaguejei uma vez, o que é uma coisa boa. E o professor vai me mandar um artigo que eu quero ler, outra coisa boa. Ele também fez várias críticas construtivas e disse que o trabalho estava bom. Agora é hora de re-escrever para deixar melhor.
E é isso aí. Preciso sair do pc para me dedicar de verdade à prova de sexta.

sábado, 25 de outubro de 2008

Estou voltando para destruir tudo que nos ensinaram errado

Claro que todos vocês estão curiosos para saber sobre o tim festival, mas é claro que preciso contar as coisas menos interessantes antes para manter a expectativa.
Daí que terça chegou uma caixa de coisas para a Chelvis. E cá estava eu no computador quando ela veio mostrar o incrível artefato que reúne colher, garfo e faca numa coisa coisa, tipo um canivete. Eu obviamente nem estava prestando atenção, até que vejo-a correndo e dizendo que se cortou. Até aí, bem acidentes acontecem, fazer o quê. Mas um tempo depois ela disse que não parava de sangrar e que deveríamos ir para o centro de saúde aqui perto. Chamamos um táxi e ela foi com o dedo envolto em guardanapos. No fim ela só fez um ponto falso e levou uma dolorosa vacina contra tétano. Mas o doido foi quando voltamos pra casa e reparemos que tinha sangue dela no chão, no armário e até no xerox em cima da mesa do computador. Ugh!
Hoje fui comprar tênis no shopis com a Chelvis, e acabamos também vendo um filme cujo título em português é tão nada a ver que nem vou falar. Dan in Real Life é uma comédia romântica com todos os elementos típicos: apaixonar, não pode dar certo, alguma briga, dá certo, lição de moral do tipo 'só agora vejo a verdade' e, obviamente, final feliz com direito a casamento. Bem sessão da tarde/filme fofo, e a trilha sonora, do Sondre Lerche, é muito boa.
E agora, preparem-se para um longo relato repleto de momentos histéricos: Tim Festival 2008! \o/
Assim que a Luty me contou que Gogol Bordello estava na lista dos possíveis artistas desse ano já me preparei para pagar quanto fosse para ir. Por sorte, o ingresso saiu por apenas 30 reais. Mas e para achar modo de ir? Nenhuma caravana, nenhum conhecido, nada. Daí a Luty disse que ia junto e a gente voltava de táxi mesmo sem saber se era longe ou perto da casa do Cunhado. A uma semana(ou menos) do show achei uma caravana, ou melhor, uma caravana me achou, e a Luty nem precisou ir mais. Sexta-feira, aulas devidamente canceladas por um motivo tão nobre e lá vou eu ao shopis-parque esperar a van. Esperamos quase uma hora até a menina dos pequenos vales chegar e enfrentamos congestionamento na cidade cinzenta, chegando umas duas horas depois do que esperávamos. O que não fez muita diferença, já que tinha só umas quinze pessoas na nossa frente na fila. Assim que os portões se abriram, uma parte do grupo foi pegar autógrafo do Dan Deacon, que estava jantando(e que foi muito simpático com eles e até desenhou no ingresso). Conseguimos chegar à grade e quando o rapaz voltou com a cerveja disse que estavam dando pingentes de celular com a ameba símbolo do evento. Duas moças da grade se empolgaram e quiseram ir lá pegar, pedindo para que guardássemos os lugares delas na grade. Só que elas nunca voltaram, liberando mais espaço para nós *-*! Não demorou muito e começou o show do Junior Boys. E antes a gente tava 'nossa, que merda, vamos ter que aguentar essa rave antes do Gogol' mas aí eles começaram a tocar e nos surpreenderam, porque os músicos são muito bons! Eu gostei bastante da apresentação deles! E teve uma hora que um dos meninos da excursão escreveu num papel 'take us backstage', mas o vocalista disse ' why do you want to go there? the backstage is boring'. Depois foi o Dan Deacon, amiguinho do pessoal da van. Ele fez o show no meio do público, bem na nossa frente! Mas na frente mesmo, com os fotógrafos quase empurrando a gente pra conseguir tirar foto dele e com um dos meninos segurando a caixa de som pra ele e até great show conseguimos falar pra ele. E a música dele é bem dançante mesmo, e ele toca e canta dançando no meio do povo, todo empolgado, subindo na mesa e tudo o mais. E ele todo interativo também, fazendo o povo dançar no meio da pista e organizando praticamente um túnel de quadrilha. Muito bom! Quando ele vier de novo tô lá, nem que seja nessas raves que duram o dia todo. O terceiro e über aguardado show foi do Gogol Bordello. Gentes, que coisa linda! Cantei até doer a garganta e dancei o máximo que as pessoas me empurrando permitiram. O ponto alto foi Start Wearing Purple. Antes de começar a música propriamente dita ele cantou um pedaço de Morena Tropicana *o* e ficou tomando vinho. Durante a música ele ficou pulando de um lado pro outro com a garrafa, jogando vinho nas pessoas da grade, tipo eu. Nunca mais lavo minha bolsa, só para poder dizer 'essa mancha é do vinho do Eugene Hütz' tiete eu magina? Pena que só durou uma hora! Agora que o vocalista tá morando no Rio bem que eles podiam fazer show só deles... Ah, em uma das músicas o rapaz que estava ao meu lado(e que era da excursão) ficou falando que amava uma das backing vocals. No fim, na hora dos agradecimentos, ela disse que amava ele também e deu uma set list pra ele, e a outra pro outro menino da caravana. Além disso o pessoal também conseguiu pegar baqueta e palhetas. E ainda o vocalista passou no vão entre o palco e a grade dar um oi e deu pra vê-lo mais de perto ainda! Pena que não deu pra agarrar, mas uma outra menina mais pro lado conseguiu driblar os seguranças e abraçá-lo. Depois do show, comprar muita água e camiseta deles e ir embora no meio do outro show do Dj que parecia mais uma balada normal. Ainda tentamos ir até os camarins, mas os seguranças ficavam falando que não era naquela portaria u_U. Por fim, um deles disse que duas meninas conseguiram entrar antes, e que provavelmente não tinham deixado a gente porque estávamos em muitos. Mas valeu a pena só o show e ter cantado e dançado loucamente.
Fiquem com Eugene e sua bermuda com cinto arco-íris e anti-nazismo e o vinho:

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eu viajei o mundo procurando entender os tempos de hoje

Eu poderia postar sobre como nada nessa vida dá certo e como eu gostaria de jogar minha tradução pela janela, mas vou poupá-los do drama desnecessário.
Esses tempos terminei de ler As Moscas, do Sartre. É uma peça encaixando a filosofia dele na tragédia do Orestes(vocês sabem né, o pai sacrificou a filha, a esposa e o amante mataram o pai e o filho(Orestes) mata a mãe. Eu já falei dessa história e das Erínias em algum lugar do blog. Ou foi no weblogger?). Eu gostei porque a moral da história é que quem é livre e se responsabiliza por seus atos não tem porque ter remorso do que faz, bem existencialista mesmo.
Na mesma área cultural mas no extremo oposto de qualidade, vou comentar sobre a série do Mortal Kombat. Sim, há uma série para a televisão do jogo, centrada na rivalidade entre Shang Tsung e Kung Lao e só tem uma temporada. A série até tenta ser legal, com algumas piadas, Rayden tentando ser divertido, aquelas coisas de dualidade da pessoa e termos que enfrentar nosso lado ruim mas... não dá gentes. Além da série ter efeitos muito toscos por ter sido feita no fim dos anos 90, todas as mulheres na série usam roupas curtas e apertadas e se insinuam pros protagonistas, o enredo não anda, o vilão tem muitos poderes mas não consegue de modo algum matar o mocinho ou seus amigos... e tem umas cenas ótemas, como quando Kung Lao vai encher o cantil de água, fala umas bobagens e tampa como se tivesse enchido(só se for de ar). Street Fighter- the later years é muito melhor...
E nesse fim de semana foi dia de cozinha aqui em casa. No sábado fizemos salada de fruta com 7 frutas e no domingo gelatina colorida(que obviamente não deu certo) e alcachofra com chilli. Tudo muito gostoso e até que saudável.
E antes de encerrar o post, uma notícia boa(finalmente): consegui uma caravana para ver o Gogol Bordello sexta \o\ /o/!
Por fim, admirem a beleza de um terço de alcachofra com chilli.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Há muitos entre nós que sentem que a vida é só uma piada

Depois de... dez dias? sem postar cá estou eu de novo para alegria de meus leitores. Bem, tá bom que os fiéis são uns... dois ou três, mas sempre tem uma dúzia de malucos que entram pelo google.
Bem, vamos começar falando do que todos querem ler: o evento About us, em São Paulo.
Já começou com as minhas famosas trapalhadas: depois de vinte minutos no ponto de ônibus eu e Luty decidimos ir ao terminal, de onde o ônibus tinha acabado de sair e o próximo sairia em 24 minutos. (Mais tarde a Chel nos contaria que o ônibus que esperávamos não passa de fim de semana) Então, fazer o quê, fomos de táxi. Chegamos lá no ponto de encontro em cima da hora, mas ainda tivemos que esperar um carinha ¬¬ seria melhor ter ido de ônibus.
Enfim, aí chegamos lá né, evento super ecológico sobre sustentabilidade e... não podia entrar com comida! Até aí a gente entende, no mundo moderno capitalista neo-liberal se eles tão vendendo comidas a preços caríssimos lá dentro não podemos entrar com comida de fora. Mas o que eles faziam com a comida de fora? JOGAVAM NA LIXEIRA!!!!!!!!!!!!!! Como pode um evento que prega a sustentabilidade, o cuidado com o mundo e &c fazer uma coisa dessas??? Como diria meu pai, desperdiçar comida é pecado, então comi meu chocolate correndo para não ter que jogá-lo fora. Lá dentro, vários estandes sobre reutilização de objetos, outro sobre os media(como diria prof Faustilho, mídia é coisa de Pato Donald), até uma árvore feita de metal que diziam transformar em cor as mensagens de celular enviadas pra ela, ou algo do tipo.
As barracas de comida vendiam comida orgânica e saudável e sanduíches a NOVE reais, além das barracas de cerveja e refrigerante, que nada têm de saudável mas dão lucro. Falando em coisas não saudáveis, estavam dando um porta-bituca pro povo fumar e não sujar a grama. Claro que no fim do show tava tudo sujo né, mas enfim, isso de tentar educar o povo através de música não dá muito certo a não ser que seja lavagem cerebral com crianças.
Enfim, os shows. Chegamos no show do nx0, cujas músicas sem rima e sem ritmo duraram apenas meia hora, para alívio dos nossos ouvidos. Depois foi o Seu Jorge, que foi legal mas nada tão empolgante. E aí a Vanessa da Mata, que canta bem mesmo, e que só foi cantar Good Luck no show do lindo maravilhoso Ben Harper. Aliás, é a pior música dos dois! Fala sério! Por isso que fez tanto sucesso...
E aí às 20h veio Dave Matthews Band *-* tava morrendo de dor na perna já de ficar de pé mas foi MUUUITOO BOM! As músicas não são como no cd, tem um monte de instrumental, porque todos os músicos são excelentes. E tocaram quase todas que eu adoro, só faltou Grey Street, mas tocou Satellite, Crash into me, Dancing Nancies, Ants Marching! E ainda teve Ben Harper tocando e cantando All Along the Watchtower! Melhor show que já vi! E na volta muito cansaço, e Luty e motorista estressados u_u.
De resto, já terminei as burocracias da bolsa de mestrado, só falta terminar o dito cujo.
E hoje, nossa, preciso contar! Eu saí da prova de alemão, e tava chovendo e ventando e eu tinha que voltar a pé. Na avenida tem uma faixa de pedestre e uma lombada, vocês deduzem que serve pra que? Pros carros diminuirem a velocidade e deixarem os pedestres passarem, principalmente em dias de chuva. Mas não aqui em Zefir! Fui atravessar e ainda levei buzinada! Claro, não se pode mais andar na faixa de pedestre na chuva... esse mundo é mesmo sem solução.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Você não precisa estar certo sempre

E no fim de semana fui para a cidade-sanduíche, comer, dormir e dar o presente de dia dos pais. Todo ano meu pai pede a mesma coisa: chinelos magnéticos. Mal demos o pacote ele já foi jogando pra longe o par antigo.
Sábado à noite foi dia de Bondencontro, com a presença de quase todas: claro que a Tachona não foi, apesar de ter sido quem propôs que nos encontrássemos. Conversamos, comemos, &c, mas é claro que a lei de murphy não me poupou(esses dias encontrei o Monsieur Rennó, e ele disse que eu sou enrolada e culpo o acaso. Não discordo muito dele...). Estava chovendo, mas não muito forte quando fomos para o ponto de ônibus, eu e Luty. E, de repente, cai o mundo sobre nós. Já completamente molhadas, voltamos para casa trocar de roupas. E eu, que sempre levo uma calça a mais e nunca uso não levei dessa vez e tive que ir de saia e salto u__u.
Quinta-feira assisti os dois filmes que encerraram o festival de cinema japonês contemporâneo da unipunk, Ninguém Pode Saber e Tekkon Kinkreet. Ninguém pode saber ganhou a palma de ouro pela atuação do menino mais velho que precisa cuidar dos seus irmãos quando a mãe, uma doida que nem deixa eles irem à escola, encontra um novo namorado e sai de casa, mandando dinheiro beeem de vez em quando. Além de ficar com raiva da mãe, ficamos com dó do garoto, que tem que cuidar dos três irmãos mais novos, administrar as contas da casa e ser uma criança normal, que tem suas necessidades de fazer amigos e se divertir. O filme tem aquele ritmo japonês lento, tem só um momento de música induzindo a choro, na parte mais dramática do filme mesmo. Vale a pena, assistam.
O outro filme é uma animação baseada num mangá que se chama Preto e Branco, o nome dos dois protagonistas. Tekkon Kinkreet é um trocadilho com Tekkin Concrete- concreto reforçado, segundo a Wikipedia. Tem uma hora que o Branco fala como o concreto é alguma coisa que eu esqueci agora, mas dava um efeito poético. Mas voltando à história do filme, é sobre dois amigos(Preto e Branco, com personalidades distintas como seus nomes) que moram nas ruas e cuidam das coisas da cidade dele até que uns gângsters aparecem e eles vão cuidar disso. Mas, como sempre, a sinopse básica engana. Primeiro que eles são muito fortes e praticamente voam, e o filme tem bastante sangue. Segundo que apesar disso o filme não é especialmente de ação ou aventura, mas sim sobre o relacionamento entre os personagens, e a possibilidade de amar em tempos de guerra urbana. Além disso a animação é muito boa, gostei demais da parte do sonho do Branco.
Terminei de jogar um dos episódios de Sam&Max! Segundo o 40>o, Sam&Max era um jogo 2D policial cômico de ir clicando nas coisas e descobrindo as pistas que caiu com a moda do 3D. A versão 3D não deu certo e eles decidiram ir lançando em episódios porque sairia mais barato. Eu joguei o episódio 104, Abe Lincoln must die. Além do Sam, o cachorro vestido de detetive e Max, o coelho psicopata terrivelmente divertido, todos os personagens podem falar coisas non-sense e engraçadas, se o jogador escolher isso. E tem as piadas sutis(?), como o presidente marionete, o governador ex-ator de tv, o pseudo-russo da loja de conveniência paranóico, &c. Tudo bem que eu travei umas duas vezes no jogo e tive que pedir a ajuda do tio Dos Santos, mas o resto eu pensei sozinha e me achei muito esperta por isso. Quero jogar o resto, eventualmente.
Sexta-feira o marcante foi ter deixado a máquina fotográfica cair no chão e com isso ferrar o canhão da lente e ter que mandar para a assistência.
Ah, finalmente terminei de ler Utopia, de Thomas Morus. Além de ser um grande clássico da literatura ele está na bibliografia secundária de uma das disciplinas que estou fazendo esse semestre. Todos vocês sabem do que ele fala né, o autor conta que encontrou um cara viajado pelo mundo que começou a contar sobre um país maravilhoso chamado Utopia onde tudo dá certo e todos respeitam a lei. Mas é obviamente uma desculpa para o Sr.Morus expor como devia ser o Estado ideal e criticar a ambição dos nobres e poderosos, inaugurando o socialismo e o comunismo(seja lá qual for a diferença entre eles, que eu já esqueci). Vocês também sabem que utopus vem do grego e quer dizer não-lugar(mas não é grega, ela foi cunhada por ele) e essa obra inaugurou o gênero utópico(se é que existe um, isso é controverso). Uma coisa que eu achei interessante é quando ele fala dos que descumprem a lei, que viram escravos e trabalham pro Estado. Pois bem, eles fazem o escravos utilizarem colares e anéis, tirando todo o status das pedras raras para que a população não sinta vontade de ter jóias e se mostrar por isso. E isso me lembrou o que eu estava lendo na Consolação da Filosofia, do Boécio, a Filosofia está tentando dizer ao Boécio que ser exilado não quer dizer que perdeu tudo, porque o dinheiro e o ouro são coisas que não têm valor em si: tanto que só notamos seu valor quando nos desfazemos deles.
E já que estamos falando de livros e o post vai ficar gigante e vocês vão poder ler aos poucos porque provavelmente vou demorar a voltar aqui e agora mesmo ninguém deve estar prestando atenção la la la la vamos falar da Bienal do Livro.
Ah não, antes disso teve o sábado passado à noite, eu, a Chel, a Blétis e o amigo da Chel, o... o... er, vamos chamá-lo de atleta de Tai chi. Fomos ao lugar que tem nome de bar, mas as pessoas vão mais para comer que para beber. O coquetel de frutas sem álcool que eu sempre peço tá tão mais caro, mas ele é tão gostoso *-*! E o escondidinho continua uma delícia, nham nham!
E agora, a bienal. Fomos eu, Chelvis e Blétis para a cidade cinzenta na manhã do domingo atrás de livros e livros. Foi fácil chegar, porque tem um ônibus fazendo o translado do povo da rodoviária até o local do evento. Tava cheio de gente, principalmente famílias sem ter o que fazer. Os estandes não estavam tão lotados, só os de auto-ajuda eheheh! E, nossa, como tinha estande de livro de auto-ajuda ou religioso! Além dos de comida no meio e até um da bovespa. Mas o mais cômico foi certamente o dos livrinhos de banca tipo Sabrina, os romances melosos que são todos iguais e em todos a mocinha ama e sofre. O cenário era de um castelo, e os vendedores estavam fantasiados de princesa, noiva, vampiro... e tinham até uma promoção, responda porque precisa de romance em sua vida. Eu e a tia Blétis morremos de rir, a Chel até ficou meio constrangida por rirmos na cara deles. Pena que minha câmera está na assistência, não pude tirar boas fotos disso. Nem do Ziraldo! Nem da turma da mônica, ou do cocoricó, ou dos backyardigans. E encontramos lá a A-lien e o Sephirot, que no dia anterior estavam na cidade-sanduíche.
A parte boa foram as promoções de alguns estandes e os estandes de livros internacionais *-* comprei tanta coisa com bons preços! E até comprei livros pro mestrado, olha que boa estudante eu sou que não compra só clássicos da literatura para se divertir. Voltamos com os pés doendo de tanto andar(e isso que só demos uma volta!) e com as costas doendo de carregar livro, mas é claro que valeu a pena. Agora so falta sair do computador e ir lá ler.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Quando você está dentro do exterior dos pensamentos, você continua sendo o mesmo?

Vamos tentar postar u_u
Bem, eu vi Wall-e com a Rachelvis no sábado, apesar de termos perdido o ônibus e o comecinho do filme. Wall-e é sobre preservação do meio ambiente e consumismo, e tem uma animação linda, de encher os olhos mesmo. A primeira parte, quando ele está sozinho e acaba de conhecer a Eva, é muito bonitinha. Já o fim... bem, finais felizes não são o meu favorito, vocês sabem. E é aquelas coisas né, o filme fica contra as grandes empresas, o consumismo, mas aí as crianças vão lá comprar todos os produtos do filme. E também quando SPOILER mostra o recomeço da humanidade, parece que tudo tá se repetindo >_<. Mas as cenas finais desenhadas em vários 'estilos de arte' ficaram bem legais, e os bonequinhos pixelados dos créditos também.
Enquanto passava a roupa no domingo assisti The Cube, o original de 1969, emprestado da tia Blétis. Eu só assisti o Hypercube, e ele não é nada de filosófico, no fim é só um filme de ação com uma reviravolta sem graça no fim. Já esse não, ele é todo doido e psicológico questionador da realidade que percebemos. Tem várias partes doudas, mas uma que eu posso contar sem estragar muito é quando várias pessoas aparecem no cubo dele e ele não consegue tocar nas bebidas, e a mulher explica que é porque ela é uma projeção. E ele fica dizendo que não é projetado, que existe de verdade, até que olha prum lado e vê a si mesmo do lado de fora, e percebe que é projetado. Muito bom!
Ontem fui a um concerto de música japonesa no 4C, que foi de graça porque é um dos eventos comemorativos do centenário da imigração pela Unipunk. Quando cheguei já tinham acabado os ingressos, mas o guardinha disse que era preu voltar na hora do show mesmo que talvez desse pra entrar. Quando eu voltei os organizadores estavam com os ingressos sobrando em mãos dando pro povo, e consegui entrar. Como tinha gente no lugar marcado, fui para uma outra fileira... até que uma família disse que os lugares eram deles. Por sorte tinha uma poltrona vazia mais pra frente e fiquei por lá até o fim. Sobre o concerto em si: que coisa linda! É tipos música clássica japonesa, e eles tocaram músicas compostas há séculos e outras agora, acompanhados até por um sintetizador e uma viola caipira. O tio da viola caipira fez um arranjo de 'cuitelinho' pra shakuhachi(flauta) ehehehe, ficou legal, parece japonês mesmo. E eu vi um koto (é aquele instrumento de cordas que toca no chão), aliás, 2, parece que o moderno tem 17 cordas e o antigo tem 13. E também o shamisen(o de 3 cordas), que só tocou uma música. \o\
Mas claro que as coisas boas da vida são muito poucas comparadas com os infortúnios. E hoje de manhã levamos Didi ao veterinário, após notarmos febre e um olho aquoso no gato. Ele está com um início de infecção respiratória, e o olho é trauma de briga, assim como a perna inchada e a orelha machucada. Vai ter que tomar dois comprimidos, e ainda passar dois colírios por uns dias, além de não poder sair de casa. Ao sairmos da clínica, Rachelvis foi na frente com o gato na caixa porque é mais forte. E lá vou eu atrás, fechando a porta de vidro quando (insira onomatopéia aqui) a porta estraçalha sobre mim. Cena de filme mesmo, principalmente porque eu só tive uns arranhões bem de leve. E não Luty, não vão me fazer pagar pela porta ¬¬.
Para terminar o post, aviso que em breve Didi volta ao template do blog. É que eu ia colocar outra foto dele, mas lembrei que aqui não tinha photoshop e aí revoltei. Mas aguardem.