Aproveitando que preciso tomar remédio daqui a quarenta minutos, vou chorar as mágoas aqui no blog.
Lembrei que não contei aqui da pseudo-cigana que me cercou na rua, curiosamente no mesmo dia do show do Gogol Bordello. Pois bem, lá estava eu, indo para o banco, quando uma senhora de dentes cinza e vestuário à la cigana me pára na rua e diz que vai ler a minha mão sem cobrar nada. Vocês sabem que eu não acredito nessas coisas, mas a mulher me cercou e ainda tinha duas delas por perto, então aceitei ouvir as abobrinhas. Ela disse que eu tinha um homem moreno e um branco que gostavam de mim mas eu não tinha nenhum porque uma velha gorda estava fazendo macumba contra mim e por isso nada na minha vida dava certo. Porém, se eu pagasse dez reais, ela ia desmanchar a macumba e me arranjar um homem. Claro que eu disse que não tinha nem dez, nem cinco nem dois, mas não podia sair sem dar nada(vai que ela aumentava a macumba) e deixei minhas moedas com ela. Fiquei com muita raiva disso! Porque, ela achar que eu sou feia e não tenho homem, tudo bem, eu entendo. Mas além disso achar que sou tonta o suficiente para acreditar que isso é por macumba e que pagando dez reais tudo vai se resolver... ah não!
Enfim, domingo fui ao pedalinho com a Rachelvis realizar nosso sonho turístico. Foi tudo lindo e divertido, até a hora de sair do pedalinho. Uma perna foi e a outra não queria ir, e acabei batendo-a com força. Ficou um roxo horrível, mas até que não está doendo mais agora.
Segunda eu assisti Última Parada 174, filme baseado no documentário Ônibus 174, que por sua vez é baseado em fatos reais, no caso o sequestro do ônibus no Rio de Janeiro em 2000 por um rapaz que acabou sendo morto pela polícia antes de chegar na delegacia. Última Parada 174 parece mais um filme de hollywood que um filme tragédia-verdade-pobreza brasileiro. Há muitas coincidências na vida sofrida dos personagens, e principalmente no final que anuncia boa coisas. Além disso, o protagonista tem muitas chances de mudar e levar uma vida fora das ruas, mas ele não quer isso, como se a natureza dele fosse ser assim. Ponto positivo: um dos atores de Tropa de Elite aparece aqui como um representante do Bope que não consegue negociar com o sequestrador, bem irônico.
Terça-feira foi um dia bem tumultuado, saímos para almoçar com a secretária da escola onde a Chel trabalha e, no caminho, ouvimos miados de gato. A Chelvis reparou que saíam de uma caixa de sapato, e lá estava um filhotinho de gato preto chorando. Passamos a tarde toda procurando um lugar onde ele pudesse ficar para ser doado, mas ninguém quer gatos de rua, só cachorros de marca raça. À noite jantamos com a Jayna numa lanchonete tipo EUA anos 60.
Quarta acordei com gripe, provavelmente pelo sorvete do dia anterior(mas eu vi no yahoo que é comum ter gripe na primavera). Nem fui nas aulas, mas tive que pegar o gato e decidir sobre a vida dele, já que a pet shop não ia mantê-lo lá por mais uma noite. A Chelvis, über dramática, disser que era melhor sacrificar o gato do que deixá-lo na unipunk passando fome e frio. Mas às vezes é preciso apostar na sorte, e eu acabei deixando ele numa praça perto de outros gatos, talvez ele fosse aceito entre eles... ser responsável pelo destino de alguém é cruel demais... não quero ter esse tipo de poder de novo.
Hoje acordei ainda gripada, e não fiz nada o dia todo além de sair pra almoçar com a Chel e tomar o remédio que tirou minha febre momentaneamente. Já estava emo antes porque a minha vida acadêmica(na verdade minha única parte da vida onde acontece alguma coisa) ia mal, agora que nem isso eu consigo(essa moleza da gripe me deixa preguiçosa demais) estou pior ainda. E o mundo não vai me pegar no colo e dizer que tudo passa e que um dia vou ser feliz, tenho que aguentar e sair dessa porra de situação sozinha. Eu entendo isso perfeitamente, e concordo que estamos todos sozinhos com as nossas decisões perante a vida. Mas isso não quer dizer que eu não tenha momentos de fraqueza em que eu preciso disso. O que, por sua vez, não quer dizer que eu goste desses momentos.
E, a pedidos, encerro o post com Gogol Bordello \o/!
Essa é a minha música favorita deles:
God-like
E essa é a mais famosa:
Start wearing purple
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Vou transformar todas as cobras em osso
Postado por M.D.O.M. às 12:15 AM
Labels: filmes, lei de murphy, passeios, querido diário, reflexão
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9 comentários:
eu nao quero ver o filme do 174, pois a crítica não tem sido boa e o documentário é muito, mas muito bom mesmo. Eles devem ter estragado a história.
Uma pergunta idiota: por que vcs não ficaram com o gatinho? Não quero desanimar, mas já desanimando: os gatos não vivem em grupo. São seres solitários.
Tia Blétis
kkkkkkkk Mônica, vc não acredita na cigana nem nessas coisas, mas por via das dúvidas largou umas moedas pra ela? A cigana te pegou direitinho kkkkkkkk Ciganas são fodas!!!
E a Rachel tá virando uma sanguinária kkkkkk! O gato acaba se virando, é bem mais esperto que cachorro!
A Chel achou que o Diomedes ia matar o gatinho, porque ele anda muito brigão esses dias, além de termos que vacinar/vermifugar/alimentar mais uma boca...
E não foi por via das dúvidas Samara huahuahua! Foi para não ser assaltada!
Mas q pessoa sem coração. Deixar um filhote na rua. Foi tão péssima qnto as pessoas q não aceitaram o bichinho antes. Ainda achou a idéia de deixar na praça uma boa! Os gatos só não são tão individualistas qnto vc. Eles se viram mto bem sim, mas não qndo são filhotes. Agora deve estar pensando: "deve estar td bem com ele." Só pra q vc saiba: PROVAVELMENTE NÃO ESTÁ. E sim, vc tem culpa nisso. É um blog q eu nunca mais passo perto.
Ass: ScS
Sinto dizer isso, Monica, mas concordo com o que esta última pessoa escreveu. Devo ser sincera e dizer que fiquei puta mesmo (e chateada) com o que vcs fizeram com o animal. Como eu falei com a Britney, da próxima vez que vcs pegarem um animal da rua, entreguem para mim que eu dou um jeito.
Julia
monica, meu amor, aprenda a dizer essa palavras q ja um tempo venho tentando te ensinar: VAO TOMAR NOS TEUS CUS!!!!!!
pq, mo, as pessoas SO SABEM cuidar da vida dos outros pq as proprias e LASTIMAVEIS vidas nao lhes interessam pelo nojo q o proprio reflexo no espelhos lhes causam...
era so um gato... acredite...
ok, por decoro retiro o cu... mas soh ele...
com certeza o anônimo deixa de comer pra cuidar de varios bichinhos abandonados, deixa de comprar um celular ou qq coisa da moda pra poder ajudar criancinhas carentes... e ainda tem tempo de ficar bisbilhotando blog dos outros
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