quinta-feira, 23 de abril de 2009

Os políticos mudam, mas eles nunca vão mudar isso

Não morri nem desisti do blog. Só entrei em uma fase deveras preguiçosa. Eu poderia me desculpar, mas não é como se vocês estivessem sentindo aquela falta dos meus textos como eu sinto dos episódios de Lost.
Por onde começo? Bem, tem a história da passagem de ônibus... eu falo muito da Lady Murphy aqui, porque ela é minha fadamadrinha/anjadaguarda. Mas o Herr Rennó disse que muitas coisas acontecem por causa da Lady Dummy, e a história a seguir é uma delas. Queria ir para a cidade-sanduíche na páscoa, e comprei a passagem via internet para 7 da manhã de quinta. Quase perco o ônibus, porque nem dormi e quando saí de casa esqueci dos ovos, e tive que achar um táxi correndo. Chego na rodoviária, ómi do guichê me diz que meu nome não está na lista de reservas? -mas eu fiz moço! -'não está aqui, e agora o ônibus está cheio, vai ter que comprar outra' -'masmasmas- -'só dá para resolver isso lá, não aqui'. E nem com o meu extrato do banco dizendo que eu comprei uma passagem lá o cara aceita. E lá fui eu jogar pelos ares 40 reais, comprando a passagem com dinheiro. Na cidade sanduíche, meus pais me lembram que nem sabia o nome do cara que me atendeu, e logo, de que adianta o extrato? Enfiei o sorvete na testa e bati a cabeça na parede, mas não resolvi nada, é claro.
Ganhei muitos ovos de páscoa, mas não enjoeei de chocolate... e só passei mal com o ovo diet. Porque sempre esqueço que o adoçante diet em excesso dá diarréia? Acho que não posso reclamar muito de como ninguém nunca aprende, já que eu mesma vivo repetindo meus erros.
Só vi filme ruim, e faço questão de falar mal de todos no blog e ocupar preciosas linhas em que poderia desenvolver melhor a análise dos livros que vem a seguir.
Presságio é um filme de suspense em que uma menina há 50 anos parece ter previsto todos os acidentes que mataram um significativo número de pessoas no mundo/estados unidos. No fim(spoiler!), é mais um filme de alien matando a humanidade. Vocês estão se perguntando agora porque eu achei o filme ruim... ora, a humanidade é sim destruída, mas os aliens fazem uma nova arca de noé para recomeçar do zero em outro planeta de cg ruim. Os seres humanos vamos fazer tudo de novo e os aliens vão ter que voltar para matar-nos mais uma vez. Pfff! Além disso esses aliens pareciam mais vampiros que aliens, e sussurravam como o monstro de fumaça de Lost. Só vejam o filme se gostarem de metrôs colidindo, aviões caindo e pessoas pegando fogo.
Outro filme foi Street Fighter- A lenda de Chun Li. Nem vou comentar a escolha da atriz, que além de ser mestiça, não tem as coxas da lutadora. O bizarro é que tudo bem, colocaram uma mãe ocidental para dar uma disfarçada, mas ela criança é feita por uma chinesa que não tem olho claro! O roteiro do filme parece coisa de filme policial ruim: menina tem o pai levado por bandidos que querem a ajuda deles para fazer negócios, ela cresce, aprende a lutar, enfrenta o bandidão e vence, fim. Tem a dupla de policiais que não faz muita coisa, uma bonitona e um gostosão que deviam ser personagens de SF também, mas são tão meh que nem parecem.
O último filme ruim dos últimos tempos é Dragon Ball evolution. Como disse o tio Dos Santos, evolution quer dizer que vão mudar tudo na história. E mudaram mesmo: Goku, além de ser um ocidental ¬¬, vai ao colégio, é humilhado e gosta da menina mais popular da escola. Aí o vô morre e ele descobre que tem que salvar o mundo, e para isso precisa ter fé em si mesmo. Só não é pior porque tem algumas piadas infames, provavelmente tudo que Toriyama pode fazer para salvar seu filme. Tantos clichês... e a primeira fase do anime era tão divertida!
Hoje é o dia do livro segundo a unesco, mas isso não quer dizer que li mais ou melhor.
Terminei The adventures of Tom Sawyer, do Mark Twain. Todos conhecem a história do menino que apronta todas mas no fundo tem um bom coração... ela tem sido utilizada largamente por mangás. É bem divertido mesmo, e é desses livros que o autor aproveita para fazer comentários sarcásticos sobre os adultos e a sociedade da época. Recomendo.
Também li O Jogador, do Dostoiévski. São as notas de um jogador, explicando o que se passou para que ele chegasse aonde está. Tem mais críticas e comentários aos estrangeiros&russos que alta jogatina, mas o vício certamente tem destaque na trama, além de ser muito bem descrito. Muitos dizem que é autobiográfico, porque o autor foi um tempo um jogador ativo de roletas. O final é surpreendente e um tanto aflitivo. A parte que mais gostei foi quando ele entra em uma espécie de delírio, me lembrou o Memórias do Subsolo.
Encerrando a seção literária do post, temos o Discurso da Servidão Voluntária, de Etienne de la Boétie. Não gosto muito de comentar os textos que leio para a faculdade, mas esse é bem curto e não cheio de jargões. O autor discute a questão da tirania se perguntando porque o povo se permite ser dominado. Há dois motivos principais: o costume, porque a natureza, mesmo amando a liberdade, pode se acostumar facilmente a ser dominada; e o fato das pessoas trocarem favores com quem está no poder. Num parágrafo muito interessante ele diz que o tirano não é sustentando por milhões, e sim por quatro ou cinco, dos quais dependem seiscentos, e deles seis mil, todos intrincados numa rede de favorecimentos. No fim, há tantas pessoas para quem a tirania ajuda quantas a quem só prejudica. Uma coisa interessante do texto é que o autor só da exemplos da antiguidade, assim como o Montaigne. É realmente como se a Idade Média fosse uma era das trevas mesmo, e o mundo para os renascentistas começasse na Grécia Antiga, passasse pelo Império Romano e puft, século XV.
Já que o post ficou enorme mesmo, vamos lá falar das minhas inutilidades.
Essa semana meu favorito saiu do American Idol! Que coisa, o outro que foi salvo semana passada canta muito pior! Mas vou continuar assistindo, é claro... tão triste não ter ninguém com quem falar isso, o pessoal pela internet gosta do cara que grita com a língua de fora.
No meu tempo livre(não que eu tenha um, eu deixo de estudar para isso na verdade) viciei no poupée. Site para menininhas pra fazer upload de fotos de coisas 'fashion' e em troca você ganha items para vestir sua boneca, ou lacinhos, a moeda do site. Lendo as regras, vi que um dos itens podia ser 'book covers', o que para mim significa capas de livro. E lá fui eu fotografar meus livros, muito melhor que fotografar minhas roupas. Daí surgiu a dúvida se 'book cover' na verdade não se referia a capas frescas feitas para os livros pelas pessoas. Só que aquela porcaria não tem e-mail de contato caso a FAQ não responda o que foi perguntado. Eu sei que capas de livro não são itens fashion como jóias, sapatos ou bolsas, mas se tá lá que pode... acho que ficarei na dúvida eternamente.
Eu também tinha altas reflexões sobre a vida, mas elas ficarão para o próximo post(se eu lembrar, é claro).

domingo, 5 de abril de 2009

Post especial de letra de música

Tem tanta, mas tanta gente chegando no blog procurando a letra da música da Stefhany que eu até fiquei com dó de não ter o que elas procuram, afinal, também muitas vezes já cliquei num link que não me levava à resposta esperada.
Então aí vai, Eu sou Stefhany, de Stefhany, versão da música A Thousand Miles, da Vanessa Carlton. Não esqueçam de procurar no youtube o clipe da versão brasileira, com direito a coreografia de Beyoncé e tudo o mais.

Em frente do meu portão
Te Esperei
Te Esperei
Não Veio

Agora vou te mostrar que
Não Sou mulher
Não Sou Mulher
De Esperar
Eu Sou Linda Absoluta
Eu Sou Stefhany

No meu Cross Fox
Eu Vou Sair
Vou Dançar
Me Divertir
Não Vou Ficar Mais Te Esperando
Pois Agora eu Sou Demais

E ao Chegar a Festa Vejo Você
Dançando e Beijando
Outra Mulher
Será Se Você Pensa Que Vou Chorar
Me Disesperar como
Um Velho e Bobo Rômance
Eu Sou Linda Absoluta
Eu Sou Stefhany

No meu Cross Fox
Eu Vou Sair
Vou Dançar
Me Divertir
Não Vou Ficar Mais Ficar Mais Te Esperando
Pois Agora Eu Sou Demais

Ah Ah Eu Esperei De Mais
Ah Ah Não Vou Ficar Aqui
Ah Ah Não Posso Mais Ficar Aqui

Enfrente do Meu Portão
Te Esperei
Te Esperei
Não Veio

Agora Vou Te Mostrar Que
Não Sou Mulher
Não Sou Mulher de Esperar
Eu Sou Linda
Absoluta
Eu Sou Stefhany

No Meu Cross Fox
Vou Sair
Vou Dançar
Me Divertir Oh !
Não Vou Ficar Mais te Esperando
Não Vou Mais Ficar Mais Te Esperando
Pois Agora Eu Sou

Não Não Não
Eu Vou Sair
Vou Dançar
Me Divertir
Não Vou Ficar Mais Te Esperando
Pois Agora Eu Sou
Agora Eu Sou DEMAIS

Chore todas as suas lágrimas sobre mim

E lá se vai mais uma semana... o ano está passando muito rápido. Na verdade foram esses últimos anos que passaram voando. Isso ou estou ficando velha e nostálgica.
Quinta-feira duas coisas ótemas aconteceram, a primeira é que minha lente grudou no olho e eu fiquei doida desesperada esperando a Chelvis voltar para me ajudar a tirar. A segunda é que descobri que o gato está depressivo. Sim caros leitores, Didi não aguentou o sumiço de suas mães de casa e, como sua natureza já era emo, acabou ficando depressivo: fazendo xixi nas nossas camas e emagrecendo quase um kg. A veterinária recomendou floral, e se não der certo acupuntura, e se não der certo, remédio tarja preta. Prá vocês verem como eu e Chelvis estamos über preparadas para sermos mães! Que belo trabalho fizemos... ah sim, ele está castrado faz quase um ano, mas age como se fosse o pegador da rua. Mas como falta ferramenta, volta e meia a gata gorda do vizinho está aqui comendo a comida dele ¬¬. Ai gentes, sério, não nasci para cuidar de ninguém.
Para distrair, vamos falar de filmes.
E nessa semana tem dois, Spirit e Passageiros.
Spirit é um filme dirigido pelo Frank Miller que segue a estética de Sin City, mas ao contrário deste último não é muito fiel aos quadrinhos. No filme o protagonista tem poderes heroísticos, mas nos quadrinhos ele só finge a morte para continuar investigando. O que salva o filme é o Samuel L Jackson interpretando o vilão cientista louco estereotipadíssimo e seus ajudantes clones cujos nomes terminam com 'os'(daí temos ethos, pathos, logos, sos, adios, amigos). Como disse uma crítica, o filme fica em dúvida entre o noir e o batman anos 60 e acaba não se decidindo por nada.
Passageiros é um filme que no começo parece um suspense bem suspeito, que conta a história de sobreviventes de uma queda de avião que começam a desaparecer. Mas no fim é um dramalhão! Ah, que decepção, preferia que fosse uma coisa mais assustadora... pelo menos teve o Patrick Wilson pelado.
Hoje cortei meu dedo na cadeira de rodinha(hein, como?) e pior que foi fundo u.u
Além disso estou com preguiça da vida. Alguém me dá uns tapas pra eu acordar?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Interrompemos a transmissão urgente de fatos aleatórios e pseudoculturais de M para transmitir um mimimi da mesma.
Esses últimos dias percebi de verdade que é preciso pesar as consequências das nossas ações. Uma coisinha que a gente acha que é simples tempos depois se transforma em algo que merece um post gigante de uma pessoa morrendo de sono.
Fui tentar dormir agora e o que percebo? Sim coleguinhas, o gato fez xixi na minha cama. Pela terceira vez... em uns dez dias. Imaginem como estou feliz e bem-humorada/bemhumorada neste instante.
Tudo começou já faz umas semanas, quando o gato parou de usar a areia. Sabe-se lá porquê, mas sabe-se que ele começou a usar a areia do vizinho. Daí o cachorro da amiga da Chel fez xixi no pote dele(que eeeeeu lavei). E então o gato fez xixi nos meus bichinhos que tinham acabado de voltar da lavanderia e eu tive que mandar de novo. Alguns dias depois, ele faz xixi nas camisetas em cima da cama. Dessa vez achei melhor lavar na mão, e lá vou eu esfregar com sabãovanishvejaálcool e deixar de molho por um dia(não um dia direto, algumas horas, depois lavar de novo e molho de novo). E é claro que uma camiseta continua fedendo e irá para o lixo. Hoje, após um dia estafante de não fazer nada vou dormir e, surpresa de novo! Xixi de gato no travesseiro e no edredon. Deixei tudo no tanque lá fora, para levar para a lavanderia(de novo!). O foda é que da primeira vez eu já tinha perguntado pra Chel 'cadê a pá pra limpar o xixi do outro gato na areia do Didi?' e ela disse 'sumiu' e fim, nem procurou(essa era meio que responsabilidade dela, como a minha é colocar comida).
Antes que me venha mais um stalker que nunca comenta achar que estou falando mal do gato, já digo que não é isso. A questão é que quando decidi adotar o gato junto com a Chel achei que ia ser fácil, como era fácil cuidar das gatas da república. Dá comida, troca areia, leva no veterinário de vez em quando... às vezes o gato quer amor, você dá e fim. Mas que nada, nesses poucos meses de se tentar criar um gato de rua ele já deixou a gente sem dormir quando tentamos torná-lo um gato caseiro, trouxe baratas, pássaros pequenos e grandes mortos, e agora, xixi na cama. Embora, como tenha dito a Chelvis, possa ser também o gato do vizinho, aquele que eu já peguei comendo a comida do Didi. Se com o gato já estamos tendo problemas, imagina com filhos? Sério, tem que ter muito instinto de preservação da espécie ou medo de ficar sozinho na velhice para querer passar 9 meses com alterações no corpo para depois se arregaçar tendo o filho, passar noites em claro cuidando da coisinha que só cagacomechora, ensinar tudo que a criança curiosa quer, ouvir do filho que ele te odeia na adolescência e ser trocada por outra pessoa quando fica adulto.
E também achei que eu gostasse de gatos, mas era tudo mentira. Eles são certamente as criaturas mais fofas do mundo, mas a companhia deles não me alegra, e eu canso muito rápido de fazer carinho nele(ainda bem que gatos não lêem, ou eu estaria causando danos que precisariam de vários anos de terapia pro gato agora).
Bem, talvez isso fosse necessário para eu descobrir que realmente sou uma pessoa sem coração que não consegue gostar de bebês ou gatos ou coisinhas fofas indefesas. E não sei o que fazer. Obviamente não vou deixar de cuidar do gato só porque é difícil, mas também não sei se dá para tentar trancar ele de novo aqui dentro e não dormir por uma semana, ou trancar ele pra fora pra sempre com a comida e areia e água disponíveis para todos os gatos da vizinhança. Que falha de ser humano que sou! Mas tentarei manter um mínimo de dignidade não jogando o gato fora e inventando algum tipo de desculpa que não seja 'não tinha travesseiro nem edredon e morri de ódio de mim mesma' para não ir à aula de manhã.