Terminei o trabalho que faltava, já empacotei todos os livros, mas nada de descanso. Amanhã é dia de viagem e depois mudanças/carretos. Mas como a preguiça manda, vim aqui postar ao invés de encaixotar o resto das coisas.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
As coisas querem ser coisas que na verdade não são
Postado por M.D.O.M. às 7:34 PM 3 comentários
Labels: buscas, lei de murphy, séries
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Eu sou quem eu sou quem eu sou, bem, quem sou eu?
M, sua vadia, segunda não é mais final de semana! O que posso fazer, caros leitores, nunca se pode prever exatamente como as coisas serão.
Mas enfim, vamos falar da minha agitadíssima vida social em virtude do meu aniversário. Meu primeiro parabéns veio obviamente da Rachelvis, que ficou acordada até a meianoite só para poder finalmente entregar os presentes. Ganhei um cachecol roxo, um abajur de fibra ótica e um troço de bolinhas que ficam batendo, também conhecido como pêndulo de newton. Durante o dia de sábado recebi algumas ligações e muitos parabéns virtuais, claro. Almocei fora com a Chelvis, e depois ela fez um bolo com cobertura de brigadeiro. Descobrimos que bolo que acaba de sair do forno pode derreter velas de cera...
À noite a Jayna passou em casa com o Jayno para comer pizza e bolo. Tirei altas fotos do bolo, mas nenhuma ficou boa, infelizmente. Preciso achar o tripé para tirar fotos sem tremer.
Domingo eu e Chelvis fomos a uma festa junina tradicional, na rua da tia da Jayna. Tinha um monte de gente vestida a caráter, comida típica e até uma banda. Alugaram uma cama elástica também, mas não pude brincar. Comi demais e dancei quadrilha também. Nossa, fazia muuuito tempo que não dançava quadrilha! É muito divertido. Fiquei ajudando na brincadeira da bexiga ao alvo e até ganhei uma prenda no sorteio.
Domingo finalmente terminei de ler Jacques, o fatalista. Que saudade eu estava do Diderot! Gente, o ómi escreve muito bem, me diverti horrores com o livro! Diz a introdução (escrita pelo Bobby Ramone) que o livro foi muito criticado por ser uma cópia do Cândido de Voltaire. Bem, ambos trazem um protagonista que só se fode mas um acredita que vivemos no melhor dos mundos possíveis e outro que está tudo escrito lá em cima. Mas o papel do narrador de Diderot Voltaire nunca faria igual! Jacques está a cavalo com seu amo tentando contar a história de seus amores. Mas não sabemos de onde vem e para onde vão (e você sabe para onde vai, leitor?), e toda hora acontece alguma coisa que interrompe a história. O narrador até fala 'se isso fosse um romance a pessoa a cavalo ali seria o capitão de Jacques. Mas não é'. É lindo gentes, duzentas páginas que passam voando cheias de humor.
A música do título é 'Dancing Nancies', do Dave Matthews Band. Ela foi por um tempo minha música tema por causa do verso '23 and so tired of life, such a shame to throw it all away' e pode-se dizer que a marca dos meus 23 anos foi a minha emice indecisão com a vida. O refrão diz 'could I have been anyone other than me' e é basicamente sobre as escolhas da vida e como 'dark clouds may hang around me sometimes but I'll work out'. Não que oh, agora tenho 24 anos sou adulta, madura & responsável de um dia pro outro, mas é o que eu quero pro ano vindouro. Até os 25 anos quero ter defendido o mestrado e decidido o que fazer da vida depois dele. Ou não.
Postado por M.D.O.M. às 10:48 PM 3 comentários
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Eu já me coloquei em tantas situações caóticas
E cá estou eu quebrando minha palavra de novo! Como se vocês não soubessem que isso ia acontecer... mas agora o próximo que fizer minha mãe entrar no blog terá as tripas arrancadas pela boca com uma colher de chá, fiquem avisados. Por falar em gente entrando no blog, alguém comentou na minha caixa da verdade do orkut que eu sou emo, só reclamo e não faço nada. O que é estranho por dois motivos, um que é um perfil mezzo fake e eu só adiciono gente que conheci pela internet, e dois porque nunca passei o endereço do blog pra elas, então não teriam como saber do meu lado ultradramático. A Luty(uma das únicas a saber da existência do blog e do orkut) jurou que não foi ela, então não sei quem poderia ser, além de uma pessoa com um bom domínio do português. Mas também ó, foda-se, se eu só reclamo no blog pare de ler ok, beijos! Chega dessa vida de se diminuir pelos outros, quero(um dia, no futuro) superar meus traumas, não aumentá-los.
Enfim, minha über interessante vida. No fim de semana passado fui à cidade sanduíche para a festa de quinze anos da filha da minha prima. Foi uma festa bem tradicional, ou seja, tinha quinze meninas com o mesmo vestido fazendo par com quinze meninos com a mesma gravata, e toda aquela cerimônia. Falei pra minha mãe que foi bom eu ter ganho um nintendo 64 e não uma festa, porque que não teria quinze amigas para chamar, e de jeito nenhum ia chamar alguém de quem não gostasse. Lá no balcão de bebidas eles vendiam bebidas alcoólicas para os adolescentes, mas perguntaram pra a minha prima de vinte e quatro anos se ela tinha dezoito... eles deviam estar trabalhando bêbados. No fim da festa, depois das valsas e homenagens, começou a 'discoteca' e tocou aquela música 'piriguete'. Minha mãe, que nunca tinha ouvido a música, horrorizou-se, é claro. 'Que é isso?'- 'Música, mãe' - 'mas e essa letra???' - 'é tipo funk.'-'e não é funk?'- 'não, é reggaeton' -'é o que?' -'reggaeton. Deixa pra lá'. E ficou fazendo careta até a música terminar. Para sorte dela e azar da Luty fomos embora pouco tempo depois, no meio da Lady Gaga.
Minha família aproveitou e deu os presentes de aniversário já naquele fim de semana. Da minha tia e dos meus pais ganhei um pijama, quer dizer, ganhei um pijama de cada, totalizando dois pijamas fofos de frio. Da minha irmã ganhei um mensageiro dos ventos e a segunda edição do método de grego com catchup, cortesia do garçom da lanchonete árabe. Também escolhi no mercado o bolo mais doce e cheio de glacê, e a Luty comprou e fez brigadeiro em lata.
Nessa semana fiquei ainda mais de mal com a vida e enviei o famigerado relatório, além de resolver coisas relacionadas à casa nova.
Hoje acordei menstruando litros, odiando a tudo e a todos e querendo passar o dia jogando mahjong. A Rachelvis ficou insistindo para que almoçássemos fora, e como achei que ela queria me alegrar aceitei, para ela não passar o resto do dia tentando me animar com outras coisas. Estava tão mal que até saí mais arrumada. Chegando no centro, quem encontro no ponto de ônibus? Sim, herr Rennó estava lá nos esperando, e algum tempo depois, chega a Jayna! Palmas para a Chelvis, caros leitores, finalmente ela conseguiu mentir sem dar na cara! Almoçamos no Joaneti, famoso bar-restaurante da cidade. Comi um salmão tão gostoso *-*! E não paguei nada! E até ganhei um vale-pizza! Depois ficamos andando um pouco pelo centro, e de lá para o apartamento do namorido do Herr Rennó. Conversamos a tarde toda e depois a Jayna e o Jayno nos trouxeram até em casa. Ver os amigos funciona mesmo, estou menos mau humorada do que antes. Até posso pensar em passar o aniversário fazendo outra coisa além de chorar as pitangas por não ser metade do que eu poderia ser, &c, &c.
Culturalmente, queria ter terminado um livro grande e cheio dos assuntos, mas só consegui terminar um curto e não tão interessante com menos discussões. Chama-se 'o desertor' e é um poema heróico- cômico, em que situações mais 'baixas' são tratadas como se fossem épicas. Então tem os deuses ajudando as pessoas, uso de símiles, descrições das batalhas, &c. O enredo é engraçadinho: a Ignorância conduz universitários preguiçosos ao campo para trabalharem, por causa da reforma da educação do marquês de pombal.
Acho que é isso... posto ainda no fim de semana para comentar sobre meu emocionante aniversário.
Postado por M.D.O.M. às 10:05 PM 2 comentários
Labels: eventos, passeios, patinetes, querido diário
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Aviso
Oi.
Não sei se já disse isso aqui, mas eu que ensinei minha mãe, que não tem escolaridade básica completa, a usar msn e a pesquisar receita no google. Mas ela não sabe usar direito, às vezes começa a escrever na parte de 'busca de contatos' do msn, se não entrar automaticamente ela não entra, e ela não sabe que links começam com http://.
Por isso não acreditei quando ela disse que entrou aqui no blog 'por acaso', procurando no 'googlo'. 'Procurando o que mãe?' 'Não sei, já estava lá'.
Então esse post é para mandar tomar no cu o filho da puta que achou uma boa ideia mandar pra minha mãe o link de um site onde eu sempre posto quando a vida está uma merda. Se eu posto aqui sob um pseudônimo e não uso o nome das pessoas é porque não quero que todos fiquem sabendo não é? Essa também é a razão de eu não sair por aí divulgando o blog em nick de msn ou em outro lugar. Porque é O MEU LUGAR DE DESABAFO. E se estou postando aqui é porque não quero ligar para os meus pais e deixá-los imensamente preocupados achando que sou uma pessoa infeliz, e que eles fizeram tudo errado. Não que eles tenham sido os pais modelo de acordo com a cartilha, mas os meus problemas emocionais quem tem que resolver sou eu, agora que sou uma adulta não tão racional mas muito paranóica. Quem decide o que contar da MINHA vida sou eu. "Se não quer que divulgue não escreva na internet", alguém pode dizer. E é isso aí. Vou mudar de blog e de pseudônimo e de tudo e só vai achar quem eu autorizar por e-mail. Muita coisa me irrita, mas pouca coisa me tira do sério... como isso.
Postado por M.D.O.M. às 11:18 PM 3 comentários
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Nunca me falaram do fracasso que eu ia me tornar
Eu juro que não é minha intenção postar no blog só quando não estou de posse completa das minhas faculdades mentais, mas fazer o quê, de tempos em tempos(ou quase sempre) eu faço alguma besteira enorme e preciso desabafar em algum lugar. Mas, vamos retroceder e falar sobre livros primeiro.
˙ɹɐƃnl ɯnƃlɐ ɯǝ ɹɐɟɐqɐsǝp osıɔǝɹd ǝ ǝɯɹouǝ ɐɹıǝʇsǝq ɐɯnƃlɐ oçɐɟ nǝ (ǝɹdɯǝs ǝsɐnb no)sodɯǝʇ ɯǝ sodɯǝʇ ǝp 'ênb o ɹǝzɐɟ sɐɯ 'sıɐʇuǝɯ sǝpɐplnɔɐɟ sɐɥuıɯ sɐp ɐʇǝldɯoɔ ǝssod ǝp noʇsǝ oãu opuɐnb ós ƃolq ou ɹɐʇsod oãçuǝʇuı ɐɥuıɯ é oãu ǝnb oɹnɾ nǝ
Respirem fundo porque o post de hoje é grande!
Da lista de 'livros para ler no banheiro', terminei um livro de poesias do Vinícius de Moraes, que também está na lista 'nunca é tarde para conhecer a literatura brasileira'. Não tenho muitos comentários sobre o livro, gostei de alguns poemas, de outros nem tanto, e tem aqueles que vocês todos conhecem, como a rosa de hiroshima, desculpemmeasfeiasmasbelezaéfundamental, era uma casa muito engraçada, &c &c. Meu favorito, claro, é o soneto do gato morto(google nele gentes, o post já está bem grande).
Da lista de livros de fora da faculdade, finalmente terminei a heptalogia Em Busca do Tempo Perdido, de Proust. O sétimo livro, O Tempo Redescoberto, é e não é um encerramento típico de romance. Porque o autor conta como estão todos os personagens da obra, quem morreu, quem acabou casando com quem... mas também ele encerra o livro descobrindo sua vocação de escritor e descrevendo seu método de escrita(o qual, segundo os críticos, é o que ele fazia mesmo). Uma das notas de uma tradução diz que fizeram um estudo (!!) e viram que as frases dele são mesmo duas vezes mais longas que as frases dos outros romances. Alguns podem pensar que as milhares de páginas são uma enrolação, mas ele tem um jeito muito envolvente, ao menos para mim. Além das belíssimas descrições de paisagens, as descrições psicológicas são bastante detalhadas, o que é o mais divertido, porque ele sempre acha uma razão escondida para as pessoas fazerem as coisas. Um trecho bastante interessante é quando, na primeira parte, dedicada à descrever a primeira guerra mundial, ele comenta sobre os salões das senhoras da época, todas muito politizadas. Na aparência, é claro, pois(deixe-me ver se consigo citar de cabeça) estavam mais preocupadas com a falta de um tipo de bolinho do que com a invasão da França pela Alemanha, e, ao ler o jornal, preocupadas, comentando sobre as últimas notícias, um sorriso deixava ver que no fundo ela estava mais preocupada com o bolinho que conseguira. Ah, na minha cabeça soava mais bonito. Imaginem isso, mas escrito por um escritor, não por uma blogueira 'querido diário'.
Nossa, dá pra fazer postagens inteiras sobre os livros, a visão dele de amor, de como ele foi o primeiro procrastinador da história, ou de como ele suspeita que todos sejam gays no livro, porque ele mesmo era na vida real. Para encerrar, já que vocês(exceto o Herr Rennó) nem vão ler os livros mesmo, digo que ele redescobre o tempo no passado. Nas pessoas, nas lembranças que elas tem das coisas, aí está o tempo puro, e a literatura serve como tradução disso.
Já de livros da área, li as traduções do meu amado&idolatrado desorientador das Electras de Eurípedes e Sófocles. Não sei se estou ficando menos burra mais esperta, mas não achei tão difícil de ler como achei as outras traduções. Enfim, vocês conhecem a história(principalmente quem conhecer a síndrome de Electra). Agamêmnon caçou na terra errada e teve que sacrificar a filha para conseguir ganhar na guerra de Tróia. Sua esposa, Clitemnestra, se aproveitou para fazer o amante matá-lo, dizendo que era por causa da filha. A outra filha, Electra, ficou contra a mãe, e mandou o irmão pra longe, para que ele não fosse morto pelo padrasto, e esperou ele voltar para vingar o pai. Já falei da saga no blog, incluindo as Erínias e... peraí, acho que foi no weblogger, não aqui. Mas enfim, são duas belas tragédias, e embora digam que não é para comparar, prefiro a força e o drama de Sófocles.
E agora, preparem os olhos para o mimimi.
Tem o mestrado. E tem a tradução do mestrado. E tem eu enviando aos poucos pro meu orientador. Daí tem o relatório. E a tradução, inteira, no relatório, sem ter mandado pro professor antes. Ok, podem chamar de idiota agora. Se antes eu já pensava que ele me achava uma burra, agora tenho certeza que deve me achar burra e... não sei, sem noção. Não que ele esteja redondamente enganado nas duas instâncias, mas nunca é legal que alguém que você admira pense isso de você, e com razão ainda por cima. Toda vez que eu acho que eu posso melhorar e fazer as coisas direito eu faço alguma coisa errada. E hoje, enquanto comia um bolo trufado sabor sensação, tive uma epifania: não comi porque o bolo ia me dar um grande prazer e eu ia esquecer a imbecil que sou, comi como uma punição, só pra depois eu me culpar por não caber nas calças. Mas como constatar sem agir é praticamente inventar desculpa para errar, vou mudar. Mesmo. Mas só depois que essa barra de chocolate branco acabar...
(Por outro lado, boas notícias! Em breve o blog vai mudar... aguardem)
Postado por M.D.O.M. às 3:18 PM 2 comentários
Labels: filmes, lei de murphy, livros