sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Vou transformar todas as cobras em osso

Aproveitando que preciso tomar remédio daqui a quarenta minutos, vou chorar as mágoas aqui no blog.
Lembrei que não contei aqui da pseudo-cigana que me cercou na rua, curiosamente no mesmo dia do show do Gogol Bordello. Pois bem, lá estava eu, indo para o banco, quando uma senhora de dentes cinza e vestuário à la cigana me pára na rua e diz que vai ler a minha mão sem cobrar nada. Vocês sabem que eu não acredito nessas coisas, mas a mulher me cercou e ainda tinha duas delas por perto, então aceitei ouvir as abobrinhas. Ela disse que eu tinha um homem moreno e um branco que gostavam de mim mas eu não tinha nenhum porque uma velha gorda estava fazendo macumba contra mim e por isso nada na minha vida dava certo. Porém, se eu pagasse dez reais, ela ia desmanchar a macumba e me arranjar um homem. Claro que eu disse que não tinha nem dez, nem cinco nem dois, mas não podia sair sem dar nada(vai que ela aumentava a macumba) e deixei minhas moedas com ela. Fiquei com muita raiva disso! Porque, ela achar que eu sou feia e não tenho homem, tudo bem, eu entendo. Mas além disso achar que sou tonta o suficiente para acreditar que isso é por macumba e que pagando dez reais tudo vai se resolver... ah não!
Enfim, domingo fui ao pedalinho com a Rachelvis realizar nosso sonho turístico. Foi tudo lindo e divertido, até a hora de sair do pedalinho. Uma perna foi e a outra não queria ir, e acabei batendo-a com força. Ficou um roxo horrível, mas até que não está doendo mais agora.
Segunda eu assisti Última Parada 174, filme baseado no documentário Ônibus 174, que por sua vez é baseado em fatos reais, no caso o sequestro do ônibus no Rio de Janeiro em 2000 por um rapaz que acabou sendo morto pela polícia antes de chegar na delegacia. Última Parada 174 parece mais um filme de hollywood que um filme tragédia-verdade-pobreza brasileiro. Há muitas coincidências na vida sofrida dos personagens, e principalmente no final que anuncia boa coisas. Além disso, o protagonista tem muitas chances de mudar e levar uma vida fora das ruas, mas ele não quer isso, como se a natureza dele fosse ser assim. Ponto positivo: um dos atores de Tropa de Elite aparece aqui como um representante do Bope que não consegue negociar com o sequestrador, bem irônico.
Terça-feira foi um dia bem tumultuado, saímos para almoçar com a secretária da escola onde a Chel trabalha e, no caminho, ouvimos miados de gato. A Chelvis reparou que saíam de uma caixa de sapato, e lá estava um filhotinho de gato preto chorando. Passamos a tarde toda procurando um lugar onde ele pudesse ficar para ser doado, mas ninguém quer gatos de rua, só cachorros de marca raça. À noite jantamos com a Jayna numa lanchonete tipo EUA anos 60.
Quarta acordei com gripe, provavelmente pelo sorvete do dia anterior(mas eu vi no yahoo que é comum ter gripe na primavera). Nem fui nas aulas, mas tive que pegar o gato e decidir sobre a vida dele, já que a pet shop não ia mantê-lo lá por mais uma noite. A Chelvis, über dramática, disser que era melhor sacrificar o gato do que deixá-lo na unipunk passando fome e frio. Mas às vezes é preciso apostar na sorte, e eu acabei deixando ele numa praça perto de outros gatos, talvez ele fosse aceito entre eles... ser responsável pelo destino de alguém é cruel demais... não quero ter esse tipo de poder de novo.
Hoje acordei ainda gripada, e não fiz nada o dia todo além de sair pra almoçar com a Chel e tomar o remédio que tirou minha febre momentaneamente. Já estava emo antes porque a minha vida acadêmica(na verdade minha única parte da vida onde acontece alguma coisa) ia mal, agora que nem isso eu consigo(essa moleza da gripe me deixa preguiçosa demais) estou pior ainda. E o mundo não vai me pegar no colo e dizer que tudo passa e que um dia vou ser feliz, tenho que aguentar e sair dessa porra de situação sozinha. Eu entendo isso perfeitamente, e concordo que estamos todos sozinhos com as nossas decisões perante a vida. Mas isso não quer dizer que eu não tenha momentos de fraqueza em que eu preciso disso. O que, por sua vez, não quer dizer que eu goste desses momentos.
E, a pedidos, encerro o post com Gogol Bordello \o/!
Essa é a minha música favorita deles:
God-like
E essa é a mais famosa:
Start wearing purple

sábado, 25 de outubro de 2008

Estou voltando para destruir tudo que nos ensinaram errado

Claro que todos vocês estão curiosos para saber sobre o tim festival, mas é claro que preciso contar as coisas menos interessantes antes para manter a expectativa.
Daí que terça chegou uma caixa de coisas para a Chelvis. E cá estava eu no computador quando ela veio mostrar o incrível artefato que reúne colher, garfo e faca numa coisa coisa, tipo um canivete. Eu obviamente nem estava prestando atenção, até que vejo-a correndo e dizendo que se cortou. Até aí, bem acidentes acontecem, fazer o quê. Mas um tempo depois ela disse que não parava de sangrar e que deveríamos ir para o centro de saúde aqui perto. Chamamos um táxi e ela foi com o dedo envolto em guardanapos. No fim ela só fez um ponto falso e levou uma dolorosa vacina contra tétano. Mas o doido foi quando voltamos pra casa e reparemos que tinha sangue dela no chão, no armário e até no xerox em cima da mesa do computador. Ugh!
Hoje fui comprar tênis no shopis com a Chelvis, e acabamos também vendo um filme cujo título em português é tão nada a ver que nem vou falar. Dan in Real Life é uma comédia romântica com todos os elementos típicos: apaixonar, não pode dar certo, alguma briga, dá certo, lição de moral do tipo 'só agora vejo a verdade' e, obviamente, final feliz com direito a casamento. Bem sessão da tarde/filme fofo, e a trilha sonora, do Sondre Lerche, é muito boa.
E agora, preparem-se para um longo relato repleto de momentos histéricos: Tim Festival 2008! \o/
Assim que a Luty me contou que Gogol Bordello estava na lista dos possíveis artistas desse ano já me preparei para pagar quanto fosse para ir. Por sorte, o ingresso saiu por apenas 30 reais. Mas e para achar modo de ir? Nenhuma caravana, nenhum conhecido, nada. Daí a Luty disse que ia junto e a gente voltava de táxi mesmo sem saber se era longe ou perto da casa do Cunhado. A uma semana(ou menos) do show achei uma caravana, ou melhor, uma caravana me achou, e a Luty nem precisou ir mais. Sexta-feira, aulas devidamente canceladas por um motivo tão nobre e lá vou eu ao shopis-parque esperar a van. Esperamos quase uma hora até a menina dos pequenos vales chegar e enfrentamos congestionamento na cidade cinzenta, chegando umas duas horas depois do que esperávamos. O que não fez muita diferença, já que tinha só umas quinze pessoas na nossa frente na fila. Assim que os portões se abriram, uma parte do grupo foi pegar autógrafo do Dan Deacon, que estava jantando(e que foi muito simpático com eles e até desenhou no ingresso). Conseguimos chegar à grade e quando o rapaz voltou com a cerveja disse que estavam dando pingentes de celular com a ameba símbolo do evento. Duas moças da grade se empolgaram e quiseram ir lá pegar, pedindo para que guardássemos os lugares delas na grade. Só que elas nunca voltaram, liberando mais espaço para nós *-*! Não demorou muito e começou o show do Junior Boys. E antes a gente tava 'nossa, que merda, vamos ter que aguentar essa rave antes do Gogol' mas aí eles começaram a tocar e nos surpreenderam, porque os músicos são muito bons! Eu gostei bastante da apresentação deles! E teve uma hora que um dos meninos da excursão escreveu num papel 'take us backstage', mas o vocalista disse ' why do you want to go there? the backstage is boring'. Depois foi o Dan Deacon, amiguinho do pessoal da van. Ele fez o show no meio do público, bem na nossa frente! Mas na frente mesmo, com os fotógrafos quase empurrando a gente pra conseguir tirar foto dele e com um dos meninos segurando a caixa de som pra ele e até great show conseguimos falar pra ele. E a música dele é bem dançante mesmo, e ele toca e canta dançando no meio do povo, todo empolgado, subindo na mesa e tudo o mais. E ele todo interativo também, fazendo o povo dançar no meio da pista e organizando praticamente um túnel de quadrilha. Muito bom! Quando ele vier de novo tô lá, nem que seja nessas raves que duram o dia todo. O terceiro e über aguardado show foi do Gogol Bordello. Gentes, que coisa linda! Cantei até doer a garganta e dancei o máximo que as pessoas me empurrando permitiram. O ponto alto foi Start Wearing Purple. Antes de começar a música propriamente dita ele cantou um pedaço de Morena Tropicana *o* e ficou tomando vinho. Durante a música ele ficou pulando de um lado pro outro com a garrafa, jogando vinho nas pessoas da grade, tipo eu. Nunca mais lavo minha bolsa, só para poder dizer 'essa mancha é do vinho do Eugene Hütz' tiete eu magina? Pena que só durou uma hora! Agora que o vocalista tá morando no Rio bem que eles podiam fazer show só deles... Ah, em uma das músicas o rapaz que estava ao meu lado(e que era da excursão) ficou falando que amava uma das backing vocals. No fim, na hora dos agradecimentos, ela disse que amava ele também e deu uma set list pra ele, e a outra pro outro menino da caravana. Além disso o pessoal também conseguiu pegar baqueta e palhetas. E ainda o vocalista passou no vão entre o palco e a grade dar um oi e deu pra vê-lo mais de perto ainda! Pena que não deu pra agarrar, mas uma outra menina mais pro lado conseguiu driblar os seguranças e abraçá-lo. Depois do show, comprar muita água e camiseta deles e ir embora no meio do outro show do Dj que parecia mais uma balada normal. Ainda tentamos ir até os camarins, mas os seguranças ficavam falando que não era naquela portaria u_U. Por fim, um deles disse que duas meninas conseguiram entrar antes, e que provavelmente não tinham deixado a gente porque estávamos em muitos. Mas valeu a pena só o show e ter cantado e dançado loucamente.
Fiquem com Eugene e sua bermuda com cinto arco-íris e anti-nazismo e o vinho:

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eu viajei o mundo procurando entender os tempos de hoje

Eu poderia postar sobre como nada nessa vida dá certo e como eu gostaria de jogar minha tradução pela janela, mas vou poupá-los do drama desnecessário.
Esses tempos terminei de ler As Moscas, do Sartre. É uma peça encaixando a filosofia dele na tragédia do Orestes(vocês sabem né, o pai sacrificou a filha, a esposa e o amante mataram o pai e o filho(Orestes) mata a mãe. Eu já falei dessa história e das Erínias em algum lugar do blog. Ou foi no weblogger?). Eu gostei porque a moral da história é que quem é livre e se responsabiliza por seus atos não tem porque ter remorso do que faz, bem existencialista mesmo.
Na mesma área cultural mas no extremo oposto de qualidade, vou comentar sobre a série do Mortal Kombat. Sim, há uma série para a televisão do jogo, centrada na rivalidade entre Shang Tsung e Kung Lao e só tem uma temporada. A série até tenta ser legal, com algumas piadas, Rayden tentando ser divertido, aquelas coisas de dualidade da pessoa e termos que enfrentar nosso lado ruim mas... não dá gentes. Além da série ter efeitos muito toscos por ter sido feita no fim dos anos 90, todas as mulheres na série usam roupas curtas e apertadas e se insinuam pros protagonistas, o enredo não anda, o vilão tem muitos poderes mas não consegue de modo algum matar o mocinho ou seus amigos... e tem umas cenas ótemas, como quando Kung Lao vai encher o cantil de água, fala umas bobagens e tampa como se tivesse enchido(só se for de ar). Street Fighter- the later years é muito melhor...
E nesse fim de semana foi dia de cozinha aqui em casa. No sábado fizemos salada de fruta com 7 frutas e no domingo gelatina colorida(que obviamente não deu certo) e alcachofra com chilli. Tudo muito gostoso e até que saudável.
E antes de encerrar o post, uma notícia boa(finalmente): consegui uma caravana para ver o Gogol Bordello sexta \o\ /o/!
Por fim, admirem a beleza de um terço de alcachofra com chilli.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Que estranho ver você chorar

Aeee tenho assunto menos de uma semana depois! Nada de muito emocionante, mas já é alguma coisa.
Sábado fui comprar ingresso pro Tim Festival \o/! Vou assistir ao show do Gogol Bordello dia 24 *-* nem sei ainda que ônibus vou pegar, mas vou de qualquer jeito!
Aproveitei para ir ao cinema, e na falta de algum filme interessante decidi apoiar o cinema nacional. Péssima decisão. Assisti ao filme do Bezerra de Menezes na maior esperança de que fosse sobre a vida dele, a caridade, a luta contra escravidão... mas no fim era um filme toscamente produzido sobre como ele virou espírita ¬¬!
Segunda assisti outro filme, dessa vez enquanto passava roupa. Não sei qual nome ficou em português, mas é o Scoop, do Woody Allen. É um filme bem sessão da tarde, no máximo engraçadinho sobre uma estudante de jornalismo que recebe informações sobre um assassinato enquanto está num truque de mágica. Nada de brilhante, mas o doido é que me fez sonhar com isso.
Vocês lembram daquele telejornal, aqui agora? Bem, sonhei com a Cristina(também conhecida como alô cristina)! Eu estava num estágio de telejornalismo, e até pensei em desistir do mestrado por ele, porque ganhava mais. Aproveitei também para elogiar a chefa e dizer que era sua fã, e que ela e o cara que esqueci o nome eram a melhor dupla de apresentadores. E durante o treinamento eu senti sono, e pensei comigo mesma "não posso ficar com sono, porque bocejar na tv é muita falta de classe".
É. E esses tempos tenho tido muito ódio das coisas, o que provavelmente quer dizer que estou com ódio de mim mesma. Daí fiz essa header pro blog, com uma foto minha. Ficou ruim, e grande parte da culpa está na minha foto... dependendo do meu humor eu mudo de novo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Vou te mandar um cartão postal com três clichês diligentes

Preparados para mais um post semanal? Mais fácil colocar o blog nos feeds do que ficar entrando todo dia... quer dizer, ninguém entra todo dia em busca dos meus maravilhosos escritos, exceto os que procuram por nomes chiques no google.
Bem, no fim de semana comemoramos o níver da Phanie na lanchonete que serve o sanduíche com o nome da cidade. O aniversário era dela, mas ela que entregou presentes a todas, da viagem que ela fez ao Japão em julho. Eu ganhei uma árvore com Totoro *-* e ímãs de geladeira de =)!!! Além disso, ela fez escala em Amsterdã, e adivinhem só o que ela trouxe de lá 8-). Sim, isso mesmo, um pirulito de cannabis sativa(supostamente), que tinha gosto de mato e não deixou nenhuma de nós (mais) doida. E estávamos nós sentadas do lado de fora, trocando presentes e aproveitando a brisa fresca, quando começou a tempestade, que quase fez a energia de lá cair e jogou pó nos nossos olhos. Quando eu e a Lu chegamos em casa a energia tinha acabado há algum tempo e minha mãe nos recebeu com velas. Mas a energia voltou logo, de madrugada.
Nessa semana terminei de ler Frankenstein de Mary Shelley, um clássico que só li para a aula mesmo. Mas eu gostei bastante! Claro que com a explicação do prof entendi bem melhor, mas enfim. Resumidamente, é uma narrativa rocambole que começa com Walton, que deseja navegar até o Pólo Norte para achar o ponto magnético da terra, contando à sua irmã como encontrou Frankenstein(que apesar do nome é italiano) e como este último contou-lhe sobre sua monstruosa invenção. No meio da narrativa do Frank ainda tem a história de como sua criatura educou-se e virou do mal. Dá pra discorrer muitas horas sobre o livro, então vou só contar o que foi dito na aula de interessante. Primeiro, o contexto histórico: revolução industrial inglesa, invidualismo e produção em massa provocam o surgimento da chamada literatura fantástica e seus monstros e tabus superados pela psicanálise(ponto discutível). O professor falou que as descrições da natureza usadas no livro(que são uma inovação) servem para evocar o sublime(esse sentimento meio avassalador de que você é um nada mortal) e para contrastar com a descrição da vil criatura. No colóquio Rousseau tinha uma apresentação sobre o filófoso e o livro e, apesar de não ter visto, creio poder explicar a semelhança... do meu jeito. A criatura, assim como Rousseau, ama a humanidade, mas não recebe amor de volta(por motivos diferentes, claro) e decide então vingar-se. Rousseau, na análise psicanalítica(não briga comigo Léo) de Starobinski, pela sua inabilidade social, decide se afastar da sociedade para provar seu valor. No livro, quando criador e criatura discutem, o último diz que vai se afastar da sociedade e morar na américa do sul(XD), porém o doutor diz não acreditar nisso, porque ele vai querer voltar e vai exigir o amor dos homens, e vai se revoltar uma vez mais por não ter obtido. Não achei assustador, mas na época devia ter sido bastante.
E fiiiiinalmente terminei o segundo livro da... heptalogia(?) Em Busca do Tempo Perdido. Esse volume se chama "À sombra das Raparigas em Flor" e fala justamente das paixões adolescentes do protagonista. Primeiro com Gilberta, a filha do Swann(o do primeiro volume, lembram?), e depois com todas as garotas do grupinho de Balbec, nas férias de verão. Pode não parecer um tema lá muito interessante para ocupar 420 páginas, mas Proust não ganhou toda a fama à toa. A visão dele dos amores de adolescente não é como se ele estivesse vivendo os de novo, ele é bem lúcido e explicativo em suas considerações. E com isso eu quero dizer que ele não é nada romântico. Por exemplo, ele sabe que o amor é mais idealização do que algo de verdade, e que quanto mais conhecemos a pessoa vamos trocando as informações ideais imaginadas pelas verdadeiras, que são sempre menos interessantes. Claro que com isso ele não quer dizer que o sentimento não era verdadeiro, ele só tenta justificar porque tomou essa ou aquela atitude. Por exemplo, em Balbec, quando ele está em dúvida sobre qual das meninas ele gosta(na verdade ele gosta de todas as raparigas em flor), primeiro ele pensa que tem que ser Albertina, mas quando Gisela se junta a eles por um momento e depois deve ir embora, ele acredita que ela o ama e que é recíproco, e que eles ficarão juntos e terão juras de amor, mas quando ele perde o trem para despedir-se dela, volta suas atenções para Albertina. Mas é claro que o que mais me emocionou foi a parte da Gilberta. Primeiro ele a vê e já se apaixona, depois consegue ser amigo dela e por fim, depois de uma briga muito pequena, decide se afastar ao invés de pedir desculpas, para ver se ela vai sentir falta dele e assumir que sempre o amou. Ela sente falta da amizade dele, mas ele continua bancando o difícil, achando que assim vai se valorizar aos olhos dela, até vê-la na rua com outro homem e se decepcionar. Ficou um resumo bem resumido, mas as divagações dele sobre como um dia ela vai dizer que o amava e ele vai dizer que a amava também me pareceram bem familiares são muito bonitas. Ainda bem que os primeiros amores passam.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Há muitos entre nós que sentem que a vida é só uma piada

Depois de... dez dias? sem postar cá estou eu de novo para alegria de meus leitores. Bem, tá bom que os fiéis são uns... dois ou três, mas sempre tem uma dúzia de malucos que entram pelo google.
Bem, vamos começar falando do que todos querem ler: o evento About us, em São Paulo.
Já começou com as minhas famosas trapalhadas: depois de vinte minutos no ponto de ônibus eu e Luty decidimos ir ao terminal, de onde o ônibus tinha acabado de sair e o próximo sairia em 24 minutos. (Mais tarde a Chel nos contaria que o ônibus que esperávamos não passa de fim de semana) Então, fazer o quê, fomos de táxi. Chegamos lá no ponto de encontro em cima da hora, mas ainda tivemos que esperar um carinha ¬¬ seria melhor ter ido de ônibus.
Enfim, aí chegamos lá né, evento super ecológico sobre sustentabilidade e... não podia entrar com comida! Até aí a gente entende, no mundo moderno capitalista neo-liberal se eles tão vendendo comidas a preços caríssimos lá dentro não podemos entrar com comida de fora. Mas o que eles faziam com a comida de fora? JOGAVAM NA LIXEIRA!!!!!!!!!!!!!! Como pode um evento que prega a sustentabilidade, o cuidado com o mundo e &c fazer uma coisa dessas??? Como diria meu pai, desperdiçar comida é pecado, então comi meu chocolate correndo para não ter que jogá-lo fora. Lá dentro, vários estandes sobre reutilização de objetos, outro sobre os media(como diria prof Faustilho, mídia é coisa de Pato Donald), até uma árvore feita de metal que diziam transformar em cor as mensagens de celular enviadas pra ela, ou algo do tipo.
As barracas de comida vendiam comida orgânica e saudável e sanduíches a NOVE reais, além das barracas de cerveja e refrigerante, que nada têm de saudável mas dão lucro. Falando em coisas não saudáveis, estavam dando um porta-bituca pro povo fumar e não sujar a grama. Claro que no fim do show tava tudo sujo né, mas enfim, isso de tentar educar o povo através de música não dá muito certo a não ser que seja lavagem cerebral com crianças.
Enfim, os shows. Chegamos no show do nx0, cujas músicas sem rima e sem ritmo duraram apenas meia hora, para alívio dos nossos ouvidos. Depois foi o Seu Jorge, que foi legal mas nada tão empolgante. E aí a Vanessa da Mata, que canta bem mesmo, e que só foi cantar Good Luck no show do lindo maravilhoso Ben Harper. Aliás, é a pior música dos dois! Fala sério! Por isso que fez tanto sucesso...
E aí às 20h veio Dave Matthews Band *-* tava morrendo de dor na perna já de ficar de pé mas foi MUUUITOO BOM! As músicas não são como no cd, tem um monte de instrumental, porque todos os músicos são excelentes. E tocaram quase todas que eu adoro, só faltou Grey Street, mas tocou Satellite, Crash into me, Dancing Nancies, Ants Marching! E ainda teve Ben Harper tocando e cantando All Along the Watchtower! Melhor show que já vi! E na volta muito cansaço, e Luty e motorista estressados u_u.
De resto, já terminei as burocracias da bolsa de mestrado, só falta terminar o dito cujo.
E hoje, nossa, preciso contar! Eu saí da prova de alemão, e tava chovendo e ventando e eu tinha que voltar a pé. Na avenida tem uma faixa de pedestre e uma lombada, vocês deduzem que serve pra que? Pros carros diminuirem a velocidade e deixarem os pedestres passarem, principalmente em dias de chuva. Mas não aqui em Zefir! Fui atravessar e ainda levei buzinada! Claro, não se pode mais andar na faixa de pedestre na chuva... esse mundo é mesmo sem solução.