quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo, Adeus Ano Velho

Eu mudei.

Não de vida ou de pensamentos, mas de blog. Consegui importar todos os posts e apesar de não conseguir eliminar a propaganda do googleads, até que estou feliz com o template.
Novos posts(e com sorte mais frequentes) aqui: mdom.blog.com

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Nunca quis nada de você, exceto tudo que tinha e o que sobrou depois disso

Eu poderia vir aqui e fazer um post enorme sobre o fato de ter perdido shows que eu adoraria ter ido semana passada como Phoenix, Of Montreal, Mika e Scissor Sister e cantado e me acabado mas nãããão só fiquei sabendo deles em cima da hora aí nem tinha como ir e eles nunca mais vão voltar pra cá e eu vou morrer sem vê-los, mas não farei isso. Fiquem apenas com uma frase terrívelmente construída.

Vou reclamar de outra coisa na verdade. Vocês talvez lembrem que no fim de 2008 decidi entrar na academia, e lá fiquei até o fim de 2009, quando meu pulso deu um chilique. Daí veio a depressão e aí sim que nunca mais pensei em academia. Até semana passada, quando a moça da recepção me ligou perguntando por onde eu andava e se já tinha terminado a fisioterapia. Fiquei sem reação e obviamente botei toda a culpa no mestrado. Ela disse que ia me dar um tempo pra pensar e eu achei que ela ia esquecer. Mas nããão, lá vem ela ligar de novo e perguntar porque eu não voltava. E certamente eu podia simplesmente falar para ela cuidar da vida dela ou coisas assim, ou começar a falar da minha vida e chorar, ou anotar o celular e nunca mais atendê-lo. Claro que fiquei como uma tonta só concordando.
E é isso aí, um dia volto com notícias felizes.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não aponte isso pra mim a não ser que queira atirar

Bem, daí que a preguiça impera e a lerdeza da internet me irrita por demais então só vou deixar uns resultados de testes aqui, flw, vlw.





DisorderRating
Paranoid Personality Disorder:Very High
Schizoid Personality Disorder:High
Schizotypal Personality Disorder:Moderate
Antisocial Personality Disorder:High
Borderline Personality Disorder:Moderate
Histrionic Personality Disorder:High
Narcissistic Personality Disorder:High
Avoidant Personality Disorder:Very High
Dependent Personality Disorder:High
Obsessive-Compulsive Disorder:Moderate

-- Take the Personality Disorder Test --
-- Personality Disorder Info --

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu estava andando pela rua pensando na vida, quando a cobra de um cara piscou pra mim

Caros leitores, estou muito orgulhosa de mim mesma. Consegui expor minha opinião ao desorientador sem medo e ele aceitou! Antes de voltar a trabalhar decidi então postar alguma coisa para vocês não sentirem tanto a minha falta.
Quase consegui consertar meu horário de dormir, mas continuo tendo sonhos muito vívidos e muito bizarros. Outro dia sonhei que a casa dos meus pais estava caindo e que eu consegui tirá-los de lá, mas eu precisava voltar para buscar água ou morreríamos de sede. Depois sonhei com america's next top model, e depois com um carinha com quem eu estudei no colegial me dizendo que ia me pagar se eu arranjasse um cd com fontes(tipos) pra ele.
Ah, faz um bom tempo que não falo de filmes... assisti a vários: Tropa de Elite 2(muito bom), A Lenda dos Guardiões(corujas!!!!S2), Piranha 3D(horrível), A Suprema Felicidade(filme sem rumo), Homens em Fúria(título bizarro, filme bom).
E terminei de ler Baudolino(Umberto Eco), finalmente! Gostei bastante, é cheio de humor e detalhes históricos interessantes da Idade Média. Basicamente Baudolino, um mentiroso assumido, conta sua história de vida, desde que conheceu Frederico Barba Ruiva(o histórico). O primeiro capítulo é um dos melhores: escrito como se fosse pelo jovem Baudolino, é cheio de erros ortográficos e de um ritmo agitado.
Bem, o post tá curto, mas é só pra avisar que estou viva mesmo. Agora vou sair do pc que a moça vai limpar a casa.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Embora meus sonhos não sejam o que parecem

Enquanto espero o cara que vai arrumar a infiltração da Rachelvis e que já está uma hora atrasado, por que não um post com os sonhos ultra bizarros que venho tendo?

Ontem mesmo quase tive um sonho lúcido. Digo quase porque embora tenha afirmado em voz alta no sonho que estava sonhando, não consegui controlar muita coisa. Eu estava na universidade do pão de queijo, sendo que quem está na cidade é a Rachelvis. Bem, tento ligar para o 40>o, mas ele não atende. Daí ligo para o tio Dos Santos, e falo pra ele que estou sonhando. Mas nem em sonhos ele me leva a sério. Então fui para um metrô (tenho sonhado bastante com metrôs) e fiquei correndo e gritando na estação, afinal, era um sonho. Na hora de sentar todos os bancos ficaram muito pequenos, e eu acabei tendo que sentar em dois.
Corta para a casa do meu tio aqui na cidade dos ventos, que na verdade não é a casa dele.Eu e minha mãe estamos hospedadas há um tempo, mas mamãe não quer dormir na outra cama do meu quarto, ela disse que prefere a sala. Ela leva minhas roupas sujas de lá, inclusive uma calcinha com um absorvente, que horror. Saio com ela para regar as plantas da minha tia, que na verdade estão no quintal da cidade sanduíche. Tem um bicho gelatinoso e meio coelho meio rato entre as plantas, e ele parece gostar de mim e me seguir para a sala. Daí eu tenho um ataque, como se fosse uma barata atrás de mim e a dona, que parece morar com meus tios mas não é minha prima, fica chamando ele para eu poder sair. Corta para a cena final de um filme asiático. A mãe que abandonou a criança está arrependida, e é o momento de reencontrá-lo. Ele está parado na chuva, depois que a família do marido rico dessa mãe humilhou a criança. Ela abre a porta do carro e a criança entra, final feliz. Corta para todos na piscina, incluindo meus amigos da faculdade. Tem também vários peixes na piscina, e eu comento com o Herr Rennó que odeio a humanidade, mas prefiro pessoas a peixes nadando comigo.
O infeliz ainda não chegou, então dá mais tempo para eu falar que a minha psicóloga achou alguém que revisa textos acadêmicos e essa moça disse que dava para ver no meu texto que faltou orientação. Então aeee, não desisti, tô fazendo, ficando em solia, fazendo, solia, solia,escrevendo, solia. Mais detalhes... em breve.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu te conheço, você me dá nos nervos

Vamos começar o post com as boas novas da maratona dos casamentos. Talvez vocês não saibam, mas domingo casaram a A-lien e o Sephirot e meus primos que namoram há dez anos, um na cidade sanduíche e outro na cidade cinzenta, e eu e minha irmã comparecemos aos dois.
O primeiro casamento, na cidade sanduíche, era às 9h e o MCDM ia nos levar de carro mesmo sem saber o caminho. Apesar de uma bronca da Luty por eu ter impresso os mapas na versão texto e não na versão mapa conseguimos chegar com antecedência. O dia estava fresquinho, mas ficaram reclamando de estar muito frio. Bem, ventando estava, tanto que uma hora o vestido da noiva subiu, hihihi. Caham. Eu, Luty e Funny fomos madrinhas chiquérrimas e aguardamos sentadas e jogamos bolha de sabão no casal. A-lien entrou ao som de Yume no Naka e e Accidentally in love, belíssima com seu vestido retrô anos 60 meets gothic lolita meets sapato rosa. O pastor era uma mistura de jornalista com livro de autoajuda e eu quase dormi, mas até que foi rápido. Na verdade tudo foi rápido demais. Quando nos demos conta, já era hora de ir embora :(((((((((((((((((((! Só deu tempo de ve-los dançando a valsa ensaiada com passos de bon odori e o buquê, que a Luty não pegou ohohohohoho! Bem, fomos pra casa e o plano era papis nos levar ao aerporto da Prainha, só que obviamente ele esqueceu e não atendeu o telefone e queria almoçar antes de nos levar. Chegamos com meia hora de antecedência ao aeroporto, que não é tão longe, e me decepcionou um pouco porque imaginava aeroportos como coisas enoooormes cheias de gente chique com mala de rodinha. O avião não era tão apertado e eu senti um frio na barriga subindo e descendo. Só não deu pra dormir porque a viagem foi super curta.
Já na cidade cinzenta, almoçamos salgadinhos do restaurante dos 28 minutos e de lá para a igreja onde meu primo ia casar. A cerimônia não teve nada de interessante além da mamis com formiga na bu falando o tempo todo e querendo atravessar a igreja pra tirar foto. A festa teve salgadinhos bons, especialmente um de catupiry com bacon, e uma janta japonesa(eca) com um filé mignon bizarro empanado em massa folheada. Dancei até cansar e comi os deliciosos docinhos da festa.
E agora vamos para o drama do post e da minha vida. Sexta feira, a caminho da rodoviária, me liga meu orientador, para dizer que meu relatório final foi reprovado e que eu tenho um mês para fazer outro e que se esse for reprovado também terei que pagar a bolsa de volta(na verdade não, porque isso não está no contrato, mas isso não é o mais importante). Ele ia mandar por correio o parecer, mas eu disse que ia viajar, e ficou por isso. Depois ele mandou um e-mail falando que eu não me preocupava, e que eu tinha que ter consciência disso e eu só respondi que tinha dois casamentos e precisava viajar. Falei com o Herr Rennó e ele disse que eu não deveria ter ido ao casamento, porque eu preciso gastar todo meu tempo melhorando o texto que tá horrível e a vida adulta é feita de escolhas assim. Aí fiquei com vontade de desistir, porque nem pensei em não ir aos casamentos, não nasci pra vida acadêmica, só quero traduzir a vida toda não importa se pra isso terei que trabalhar numa coisa chata oito horas por dia. Essa pressão tá me deixando louca, e eu não consigo ver o apoio dos outros como um apoio porque todo mundo me acha tão inteligente e espera tanto de mim e eu estou desapontando a todos não sabendo fazer isso direito.Mas também não quero desistir agora e olhar pra trás depois e me lamentar porque eu não tentei fazer nada difícil nessa vida e sou fraca e covarde, além de incompetente e irresponsável. Só tenho vontade de chorar e comer chocolate, embora comer chocolate não tenha me deixado mais feliz. A casa tá suja, eu não tenho tomado banho e eu me odeio por ter consciência dos problemas mas não efetivamente a vontade de fazer alguma coisa. Mimimimimi mimimi mimimimimimi. Vou dormir que ganho mais (ou não, caso sonhe com professores me perguntando porque não vou fazer doutorado).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Todos os seus sonhos estão a caminho.

Olá para você que comprou um chocolate sem açúcar para a irmã diabética e comeu tudo num momento de desespero só para depois cagar até o cu fazer bico. Melhor que isso só ficar resfriada e menstruada para dois casamentos, ou ter o e-mail mandando spam a todos, ou ter o relatório final de mestrado rejeitado. Ou tudo isso junto.

MASPORÉMCONTUDOENTRETANTO, passei da fase de ficar reclamando da vida(aham, senta lá), então vou contar alguns sonhos muito loucos que eu tive esses dias.
Num deles eu estava andando a pé até a unipunk pela avenida um, caminho que eu fazia quando ainda morava na república. Daí eu percebia que eu estava com dois bichos de pelúcia embaixo da blusa, e não podia aparecer assim lá. Parei na banca para comprar um jornal e pedir uma sacola(ia jogar o jornal fora e colocar os bichinhos na sacola), mas a vendedora disse que não tinha o jornal do dia e me ofereceu uma revista que tinha uma prima minha e duas tias, incluindo a tia que morreu em 2003. Daí eu acordei. E contei pra minha irmã sobre o sonho muito estranho que eu tive, com a nossa prima numa revista contando histórias da família e... eu acordei de novo. Estava na minha cama daqui e era 4 da manhã. Foi a primeira vez que duvidei da realidade.
Em outro sonho, meu pai tinha uma habilidade ninja de descobrir quem estava 'se transformando' em um zumbi, ou algo do mal. Essas pessoas tinham um troço amarelo no olho, e quando meu pai as encontrava, falava em voz alta e um monte de gente ia atrás deles. Corta pra eu, meu pai e um aleatório numa mesa dessas de bar. Eu vi nos olhos do aleatório a tal sombra amarela, e ele disse que tomava um remédio para combater os sintomas, e que meu pai e eu estávamos com isso também, e eu respondi que podia tomar esse remédio também. E os outros que tinham sido pegos? Bem, sem explicação. Na mesma noite, estavam dois caras praticamente iguais em uma espécie de calabouço. Era tipo o hellraiser mas sem os arames no rosto. O do bem estava meio preso, mas aí começou a desaparecer numa fumaça, e o do mal foi atrás. Quando ele entrou na fumaça ele começou a ver tudo duplicado. E quanto mais ele andava mais multiplicavam as coisas. Ele tinha um canivete na mão, e uma hora começou a chover canivetes nele(haaaaa) e a cortar a pele e os músculos e doía e ele continuava andando, até ele se tornar algo assustador e conseguir sair e se reconstruir e xingar o cara do bem.
Tem mais sonho mas esqueci? Bem, daí que depois de semana passada fiquei devendo uma explicação pro orientador né, e com a ajuda do Herr Rennó consegui escrever tudo que precisava falar e até treinei em casa. Fui falar com ele e o que ele diz? Que pelo lado pessoal ele gostou de eu ter essa iniciativa, mas pelo lado profissional foda-se, vamos trabalhar. O tio dos Santos disse que eu não deveria resumir as coisas(será que é por isso que escrevo mal?), então digo com as palavras do ómi que 'não adianta ficar procurando justificativas a posteriori, precisa melhorar o texto agora' porque afinal, COMO ASSIM EU TINHA MEDO DELE QUE SEMPRE FOI TÃO ABERTO NÃO É MESMO. Bem, na hora de trabalhar eu travei e chorei, mas isso fica pra outro post.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Não importa o quão pequeno, o primeiro passo é o mais importante de todos

Após chorar copiosamente na quinta, acordei na sexta até que não muito nervosa, e cheguei na minha qualificação antes de todos os professores. Fiquei treinando a programação neurolinguística que a Luty falou, mas não se funciona muito se a pessoa não acredita nisso já.

Foram duas horas durante as quais não chorei, embora meu trabalho estivesse sendo arrasado. Merecidamente, é claro. Anotei tudo e no fim os professores ficaram fofocando e eu saí sozinha da sala. Respirei aliviada por não ter chorado, mas pensando já no que teria que mudar. Nenhum dos professores entende do autor que eu traduzi, então eles ficaram sugerindo coisas como 'estudos críticos' e 'outros artigos', como se eu não tivesse procurado por isso loucamente. Concordei e disse que ia procurar mais. Um dos professores cortou toda a parte teórica porque estava fraca e não ia dar tempo de melhorar.
Corta para hoje, dia de conversar com o desorientador. Tudo que ele não me cobrou em três anos ele decidiu cobrar hoje. Foi a conversa mais horrível que já tive na vida. Acho que o pior sentimento deve ser a culpa, porque eu fiquei arrasada. Antes da qualificação eu disse pra psicóloga que eu tinha medo dos professores perguntarem o que eu fiz todo esse tempo de mestrado porque o trabalho estava muito ruim. Ela disse que isso era um medo meu, não deles.E não é que o ómi me pergunta isso? Ele também criticou o relatório final que passou pelas mãos dele e ele não mandou refazer, disse que eu deveria ter trancado o mestrado mesmo sem saber o que fazer da vida(sendo que eu falei que não ia trancar porque sabia que não ia voltar mais, mesmo sem saber o que fazer da vida), falou de novo que como era possível que eu tivesse formado em filosofia escrevendo tão mal, disse que não ter trancado foi uma irresponsabilidade e aí ele disse que era difícil dialogar comigo porque eu era muito quieta, que até na qualificação os professores perceberam isso, aí parece que não estou dando a devida atenção. E além disso eu esqueci de numerar as páginas, e isso parece displicência com o trabalho. Chorei tudo que não tinha chorado na sexta, e não consegui me explicar. Quer dizer, me desculpar. Fui tentar falar que lamentava ter procurado ajuda tão tarde, porque eu tinha medo dele, mas aí ele veio com um 'todo mundo tem problemas' e que não era para eu ter autocomplacência. Nem consegui dizer que não era minha vida pessoal que atrapalhava o mestrado e sim não ir bem no mestrado que me deixou depressiva. Mas enfim, não há desculpa que salve, agi mal e tenho que enfrentar as consequências, não chorar como uma menininha. Quando eu conseguir me controlar, é claro.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Selva de concreto onde os sonhos são feitos

Daí que ontem à noite eu não tinha muita certeza se tinha tomado remédio ou não, então tomei e estou passando meio mal até agora. Acho que eu já tinha tomado os remédios sim.

Sonhei essa noite primeiro com a minha família toda, estávamos na rua ou algo assim e uma sorveteria estava muito lotada, e eu demorei quinze minutos só para ver o tamanho da fila. Daí corta pra casa, onde descubro que uma prima minha vai pra França no dia seguinte e não pode ficar para jantar. Pula para uma sala de aula do meu colegial. Duas meninas com quem estudei no primário vão ao banheiro, mas estão segurando um cachorro-quente. Elas cogitam entrar com a comida, mas acabam deixando do lado de fora. Eu como um pedaço e guardo o resto na geladeira da casa dos meus pais, e minha mãe perguntou de quem era aquela comida e eu menti. Quando eu cheguei de novo na sala de aula, as meninas perguntaram se era eu que tinha comido e eu disse que sim, porque achei que não era de ninguém. Daí elas me responderam com o absurdo 'se seu namorado vier aqui e não tiver etiqueta dizendo de quem é a gente vai poder comer ele também?' ao que eu respondi 'mas meu namorado pode falar que é meu, os sanduíches não' e elas riram, perguntando se eu tinha certeza. Também sonhei que estava atrasada para a prova do mestrado e que faltavam apenas dez minutos e eu não conseguia ligar para um táxi,mas isso é mais fácil de analisar.
Quinta passada o 6 ligou perguntando se eu queria ver o lançamento de uma revista multiartes lá na Lake House. Chegando lá os alunos ainda estavam arrumando as coisas e tinha um cara com um cofrinho GIGANTE arrumando os fios e na verdade a revista é meio antiarte. A primeira banda, cujo nome eu nem entendi, soava como legião urbana e a letra era ainda pior, meldels, e o cara uma hora gritou e eu achei que ele tava sendo desafinado de propósito, mas nem. Depois teve uma declamação que eu perdi porque estava do lado de fora, já que a música estava MUITO alta. Aí a dança. Vocês sabem que eu não sou chegada em dança contemporânea, essa em que as pessoas se jogam no chão ao som de músicas estranhas e se movem de um jeito mais estranho ainda. A primeira parte tinha um conceito até interessante, duas caixas de som em lados opostos da sala e as pessoas dançavam de acordo com a proximidade do som. Mas durou pouco. Logo todos tiraram a roupa, colocaram uns pedaços de pano e ficaram dando voltas pela sala, alguns fazendo movimentos cotidianos, outros só andando de um lado pro outro e talvez tivesse algum sentido, mas tudo estava meio sem direção. Finalmente todos colocaram as roupas de volta e saíram da sala. A última banda era boa, apesar de tocar apenas músicas de uma banda que pareciam todas iguais.
Ah, no fim de semana assisti Arsène Lupin, filme baseado numa série de livros francesa do início do século passado. Tem até um mangá sobre ele, e um filme dirigido pelo Miyazaki(O castelo de Cagliostro). A wikipédia diz que o personagem é tipo uma Carmen Sandiego mix com Robin Hood antagonista do Sherlock Holmes, ele rouba dos ricos, avisa dos roubos e nunca é pego. O filme mostra a história da vida dele e inclui um drama sobre o filho dele e uma feiticeira. O personagem é realmente engenhoso e bonitão e a Eva Green parece mais velha nesse filme.
Como vocês sabem, amanhã é o dia da qualificação do meu mestrado. Terça encontrei a Jayna e o Herr Rennó para treinar e só nisso já fiquei emocionamente abalada e eles perceberam, o que é ainda pior. A Luty sugeriu programação neurológica e o tio Dos Santos sugeriu beta bloqueadores, mas ninguém quis ficar me xingando para eu me acostumar com as críticas. Eu já disse isso no blog, mas vamos repetir agora que a guilhotina está próxima: sempre tudo foi fácil pra mim. Nunca precisei estudar muuuito para ir bem nas matérias, nunca achei que não fosse passar em alguma coisa. Aí vem a pós graduação e eu descubro que não sou boa nisso naturalmente, que preciso me esforçar. Mas eu não me esforço, me sinto culpada e vem a depressão, &c. Eu poderia ter escolhido parar e não me esforçar, mas eu quero terminar. Não sei o que vou fazer depois disso e nessas horas me alegro de não ter nascido numa família pobre, o que eu sei é que quero terminar o mestrado, mesmo que ele não saia lindo e maravilhoso como tudo que tenho feito até agora. Não vou desistir. E também não quero chorar na frente de todos como a criança que não consegue admitir críticas que sou. Vou aceitar todas as críticas e não me lamentar por não ter pensado naquilo antes. Vou melhorar o meu trabalho com a ajuda de outros, e isso não quer dizer que eu não tenha meu próprio mérito. Meu orientador não é meu pai, se meu trabalho está ruim ele não me odeia como pessoa. Eu demorei para buscar ajuda, mas eu busquei e consegui sair da letargia. Todo dia é um desafio sair de casa, decidir abrir o livro e estudar, comer coisas saudáveis. E eu posso não conseguir sempre, mas eu sei que tenho força para escolher o que é certo. Eu tenho pessoas que gostam de mim e em quem eu posso confiar. Eu vou morrer sozinha, mas isso não me impede de viver ajudando e sendo ajudada por outros. Eu não vou chorar amanhã, e não importa quantas críticas meu trabalho receba e eu tenha que refazer tudo, essa será minha vitória.
OPA tipos que acabei de saber que preciso solicitar online a qualificação e faltam menos de 24h e eu não fiz isso? Claaaaro que não posso culpar meu orientador por isso, só a mim mesma, apesar de eu não fazer a mínima ideia de que era preciso isso. Pronto, agora estou desesperada e desequilibrada de novo. Desejem me sorte para amanhã.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Há um homem solitário dizendo que seus amigos morreram

Incrivelmente nada aconteceu de muito terrível semana passada, o que me leva a pensar que algo muito terrível acontecerá nessa semana, justo a da qualificação.

Acordei cedo para estudar, mas mesmo após o café da manhã estou sonolenta. Ao invés de voltar para a cama, serei uma boa moça e vou postar sobre os filmes que eu vi.
Assisti ao último mestre do ar sem ter visto o desenho, e acho que foi melhor, porque muitas pessoas não gostaram da adaptação. Não que eu tenha gostado do filme, que é aquela coisa previsível e no meio dos esquimós sabe se lá porque tem gente loira de olho claro, mas eu adoro sobretudo reclamar de adaptações. Sei lá, só vá ver se você... quiser ver.
Solomon Kane é baseado em uma série de quadrinhos dos anos 30, e tem uma Europa Renascentista ainda com muita cara de Idade Média. Kane era um pirata muito foda, até que um dia o demônio vem buscar sua alma, e ele se converte. Até que um dia ele é expulso do templo lá onde ele vive e descobre que sua missão é matar os demônios que rondam o lugar. Tem também um drama por ele ter saído de casa e o pai ter feito um pacto com o demo para salvar o outro filho e uma mocinha bonita que ele salva mas não fica junto, porque é pra ter continuação. Até que foi divertidinho e o cara era bonitão.
Meu Malvado Favorito mostra que ser vilão está na moda. Mas não um vilão cruel, um meio bobo e com um grande coração. Gru quer roubar a lua, e seu plano malévolo inclui usar crianças para entrar na casa do inimigo que possui a arma encolhedora. Obviamente ele se apega às crianças, &c e tal. Interessante é mostrar a mãe dele sendo uma vaca, o que sugere que mães que nunca valorizam seu filho fazem com que eles se tornem pessoas do mal. Apesar de eu ter visto dublado e odiar crianças, até que gostei.
Por último, Topografia de um desnudo. É um filme brasileiro sobre um tema interessante, a matança de mendigos pela polícia a mando do governo no rio de janeiro nos anos 60. O mais interessante é que com a ditadura os casos foram arquivados e ninguém foi punido. Para uma suposta visita da rainha Elizabeth e construção de um edifício, os moradores de um lixão vão sendo assassinados. Até que um dia, uma jornalista de coluna social se envolve com a história e... bem, sem final feliz, já que foi baseado em fatos reais. O enredo tinha tudo para dar num bom filme, mas a diretora deve ser inexperiente e eles não deviam ter muito dinheiro pra produzir. Apesar de muitos atores da globo/famosos o filme, que é adaptado de uma peça, parece uma peça filmada. Acho que a diretora devia ter cortado umas partes meio surreais e não repetir quinze vezes o diálogo inicial. De qualquer modo, vejam se estiver passando aí na sua cidade, prestigiem o cinema nacional e a história do país &c.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Assim devera eu ser se não fora não querer

Bem, e não é que com a qualificalçao por perto eu tenho ainda menos vontade de estudar? Pelo menos isso garante a vocês, leitores do blog, mais um post divertidíssimo &c.

No último fim de semana de agosto eu, Jayna, Herr Renno e Siciliana organizamos o chá de bebê da filha da Mlle Daidalia. Já que ela se chama Daidalia, sua filha será chamada no blog de Ícara. Eu fiz os convites e ímãs da lembrancinha, além do cardápio e uma torta salgada. A tia do Herr Renno fez a decoração fofíssima de laços e cegonhas de graça, e garantiu a decoração das próximas 18 festas. Foi só a gente e a família da Daidalia, e, como pessoas gordinhas organizando é claro que sobrou MUITA comida. Tinha tortas e patês e pães e de sobremesa salada de frutas, bolo, cupcakes, brigadeiro, torta de limão... muitas horas de riso e divertimento, embora os tratantes tenham se negado a fazer brincadeiras de chá de bebê.
No fim de semana seguinte, encontro com o pessoal da net na cidade cinzenta. Fui com minha irmã, a Melissa e uma aleatória com síndrome de Rachelvis para pontos turísticos, como a rua do dia da Anunciação e o mercado municipal com o famoso sanduíche de mortadela que nem é tão grande assim, só muito gordo. À noite encontramos mais gentes num karaokê box, embora tenhamos ficado muito pouco tempo e eu nem tenha perdido a voz. No dia seguinte, o restaurante com jogos de novo *___* jogamos um pouco de tabu, jenga de novo, claro, pula pirata e muitos outros. De lá fomos em uma agitada viagem de carro com o Picapau até a casa da Einstein, e seus colegas de casa cheirando a cannabis. Abrimos a janela e cantamos num jogo de xbox muito legalzinho. Mas por pouco tempo, eu e Luty ainda tínhamos que ir pra cidade sanduíche então fomos embora com o por do sol.
Ah, sobre a sorte. Parece que enviei um texto mal-impresso para um dos professores da banca, o Homem Aranha. Claro que na hora já imaginei que ele ia me xingar e mandei um e-mail pedindo desculpas, mas ele disse que não tinha problema e até culpou o Bill Gates. Daí que nem lembrei de dar o texto pro meu orientador também, e corri para mandar uma cópia (bem impressa) para ele. Na volta pra casa comprei meu almoço e ainda deu tempo de pegar o carinha do sedex com a minha encomenda. Certamente algo muito trágico e murphyado acontecerá ainda essa semana.

domingo, 12 de setembro de 2010

Lá na rua tem violência e nenhum lugar pra pendurar as roupas

Olá pra você cuja vizinha tem a cara de pau de deixar o despertador ligado de domingo às 6 da manhã e ainda apertando 'soneca' até às 8h.

Li um bocado de coisas(ou não) nos últimos tempos.
Finalmente terminei Moby Dick, justamente quando tava gostando mais dele. Engana-se quem pensa que o livro é sobre caçar baleias, que nada, é um monte de filosofia disfarçada de aventura. Que é o que deixou o livro mais interessante, é claro. Além disso tem uma sutil homossexualidade, embora o tio Dos Santos diga que é coisa da minha cabeça pervertida.
Também li Orlando, belíssimo livro da Virginia Woolf. É supostamente uma biografia de uma moça do século XVII que se vestia de homem, mas também uma homenagem a uma amante da autora. Aliás, o filho dessa amante parece que gostou bastante. Enfim, é sobre um homem que do nada se torna mulher e vive por 3 séculos, mas tudo isso é tratado como se fosse comum. O que é bom mesmo são as digressões da autora, claro. Uma parte que eu gostei bastante é que ela fala que a Orlando era boa com os criados, amava os animais e as plantas, tinha amigos, mas para a sociedade o único amor que a mulher pode ter é o de abrir as pernas, então ela teve que arranjar um marido.
E para encerrar, li Garota Interrompida, sim, o que baseou o filme que eu não vi. É realmente um livro interessante sobre uma moça contando como é ser considerada louca e a vida dentro de uma instituição. Parece que antigamente(nos anos 60) ser promíscua era um sintoma de problemas mentais. Espero que em alguns anos não gostar de sair também seja descartado. Ah, sim, o título do livro refere-se a um quadro do Vermeer, garota interrompida na aula de música, com o qual a autora faz uma belíssima comparação com sua própria vida interrompida.
De qualquer modo, estou com sono e volto ainda essa semana para falar de eventos & filmes &c.

sábado, 28 de agosto de 2010

Ninguém sabe onde eles vão acordar

Um grande *boom* nas faces de vocês por acharem que eu só voltaria em outubro. Prometi um post sobre filmes, e cá estou eu.

O primeiro é Salt, o famoso filme que era pra ser do Tom Cruise e acabou virando a Angelina Jolie. Logo, nada dela sensualizando nas cenas. É um filme de espião, em que a cada cena o espião está de um lado, e isso até que é interessante. Mas a ideia original, de um agente russo criando pequenos espiões sem alma da união soviética para um dia tomar conta dos eua é meio demais né. E o pior é a Angelina Jolie conseguir ser hm, des-hipnotizada, por ter descoberto o amor verdadeiro. Enfim, nada de pensar demais com esse filme.
A Origem não é um filme complicado como alguns tem dito. Num futuro nada distante há pessoas que vivem de roubar ideias das mentes dos outros durante os sonhos. Há modos de se defender também, seu subconsciente ataca os invasores com armas. Uma equipe é contratada para implantar uma ideia, algo bastante complexo, logo, precisam ter um plano cheio de detalhes também. O maior problema é que o líder do grupo ainda está abalado pela morte da esposa. É um filme bem engenhoso, e também cheio de tiros, e uma história de amor bem hollywoodiana.
E por último, os Mercenários, aquele que foi rodado no brasil mas fala da colômbia, ops de alguma ditadura latina que produz coca. Pra mim é uma comédia com explosões, mas o tio Dos Santos disse que segue a linha de Duro de Matar. O bom é que ele não se leva a sério, então tem o Stallone falando que o Schwarzenegger quer ser presidente, e o Jet Li reclamando que é menor que os outros.
Tá tarde. Volto depois para falar dos livros.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não sou ovelha negra, nem qualquer menina da vida

Tanta, mas tanta coisa aconteceu, que a cada dia tenho menos vontade de postar um post gigante.

Mentira, quase nada aconteceu, eu que sou uma vagabunda mesmo.
Bem, já que vocês estão ávidos por novidades, aviso que minha qualificação já está marcada e nesse exato momento eu deveria estar revisando a dissertação ao invés de estar postando aqui/jogando tetris. Aliás, tudo deu errado para encontrar meu amado&idolatrado desorientador. Cheguei super cedo na unipunk para imprimir uma cópia do texto, só para encontrar impressoras quebradas. Corri pelos institutos e consegui imprimir, mas cheguei atrasada no encontro. No mesmo dia eu ia entregar o relatório final, quando descubro que não imprimi um dos arquivos. No outro dia, volto à universidade e esse arquivo não abre direito no computador. Ótimo. Um dos caras consegue arrumar e eu finalmente entrego tudo e fico liiiiiiivreeeeee de burocracias. Pelo menos por enquanto.
Um dia a faxineira veio aqui, mas eu estava com tanto, tanto sono, que disse a ela que tava meio doente e precisava descansar(não posso assumir a vadiagem assim pra todo mundo né). Só que os deuses estão sempre contra os preguiçosos, e na semana seguinte fiquei com faringite, tossindo os pulmões e quase sem voz. A médica disse para eu descansar e não sair de casa de modo algum, então aproveitei para viajar para a cidade sanduíche. Claro que não descansei o que devia, já que mamis não tem com quem conversar e aproveitou para fofocar de tudo que podia, além de sair comigo várias vezes para mandar fazer o meu vestido chiquérrimo red carpet e comprar coisas.
Ah sim, mandei fazer o vestido para o casamento do qual serei madrinha, que emoção. Quase me senti uma pessoa adulta e responsável ao receber a caixinha com o convite de madrinha e um bloquinho que parece biscoito.
Bem, volto em breve com um post de livros/filmes.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sonhei que corríamos de flechas fulgurantes

Daí que quando se tem uma dor de cabeça que segundo o google é enxaqueca e muito, muito calor, apesar de parecer estar frio lá fora, o melhor a se fazer é postar no blog. Hoje meu corpo decidiu ficar contra mim. Além da dor de cabeça, toda vez que vinha sentar na frente do computador eu ficava com sono, e toda vez que ia deitar não conseguia dormir. Não é de se espantar que minha produtividade hoje tenha sido zero. Isso porque prometi que entregava o texto até o fim da semana, affff, e o Herr Rennó me ajudou a pensar em tantas coisas :( .
Mas enfim, as semanas passadas. Terminei de ler Intermitências da Morte, do José Saramago, e não gostei muito. Quer dizer, é tudo muito engenhoso, como ele conta o que aconteceria se a morte decidisse parar de trabalhar, mas a parte interessante mesmo são as páginas finais, e aí parece que ele podia ter ficado mais tempo nisso que no resto.
Assisti a vários filmes, como é de praxe. Primeiro foi Shrek para sempre, ou seja lá qual for o nome. É engraçadinho e só. Tem um esquema bem típico de comédia romântica e nenhuma transgressão ou coisa do gênero, só uma lição de moral bem boba.
À prova de morte, conhecido como homenagem do Quentin Tarantino aos filmes B dos anos 70, me divertiu bastante, apesar do tanto de sangue. Eu gosto dos diálogos longos dele, provavelmente porque estou acostumada a ler coisas longas. E as mulheres tem celulite, achei isso muito bom.
O Bem-Amado eu assisti para preencher a cota de incentivo ao cinema nacional. A novela é do tempo da minha mãe, e se o filme tivesse sido feito naquela época seria uma pornochanchada. Tem um prefeito corrupto, um líder da oposição não mais honesto, puxassacos e três irmãs se jogando no prefeito. Diverte mas não traz nenhuma denúncia importante ou coisa assim.
Ponyo veio para os cinemas daqui com doooois anos de atraso, sabe se lá porquê. Animação fofíssima da Ghibli baseada num livro ocidental. Na verdade tem uma hora que parece a lenda da pequena sereia, mas tirando isso é muito bom e bonito. Tem uma pequena mensagem sobre a poluição dos mares, mas é o máximo de realismo que o filme tem.
Agora o momento mimimi do blog. Cheguei à conclusão(com a ajuda da psicóloga risonha) que meus pais não são mais figuras paternas. Talvez nunca tenham sido, na verdade. Mas uma das coisas que motivou minha crise acho que foi isso, ter passado alguns meses cuidando da minha mãe e descobrindo que agora eu que devo cuidar dos meus pais, e não o contrário. É foda, porque aí vou correr e chorar nos braços de quem? Por outro lado, tá mais do que na hora de eu agir como uma pessoa adulta&responsável&e dona do próprio nariz, por mais que eu não queira.
De bônus, uma trágica história médica. A psiquiatra falou que eu deveria ir à ginecologista, para fazer exame de tireoide(qual o sentido disso eu não sei). Não sei se vocês lembram, mas da última vez que fui em uma ela me receitou sibutramina porque eu estava muito gorda. Dessa vez marquei em outra, mas estando ainda mais obesa é claro que não pude deixar de ouvir 'conselhos'. Mas ao invés de remédios semelhantes à anfetamina essa doutora ficou falando de Deus. Primeiro lá estava eu pelada com as pernas abertas e ele fica falando que a humanidade tá desse jeito porque os homens preferem ser filhos do macaco e não de deus. Depois ela disse que deus nos fez à semelhança dele, e não com tantos quilos a mais. Ela falou para eu ir a uma nutricionista e orar muito a deus e ler um capítulo do novo testamento por dia. Saí de lá querendo comer batata frita com refrigerante, mas por sorte tinha um restaurante de prato feito lá perto e eu pude ser saudável. Porra, eu sei que estou gorda, será que os médicos não podem tentar aconselhar de um jeito que não ofenda? Quanto mais me falam 'nossa, mas você está gorda mesmo' mais me dá vontade de comer chocolate e ficar na frente do computador. Sim, pai, estou falando para o senhor. Um dia falo ao vivo, por enquanto fica registrado no blog.
E por fim, parabéns à tia Josei, que, ao acertar a música título do post passado, ganhou um FABULOSO desenho feito por mim com o mouse.
Eu e tia Josei(com seu vestido hentai rosa) num belíssimo fundo arcoíris.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Às vezes eu choro na cama, só pra esvaziar a cabeça

Olá pra quem enche o rabo de comida num buffet de padaria e depois tem que pegar táxi pra casa porque descobre que o banheiro de lá não tem papel higiênico, esse post é pra você.

Sim, fiquei muito tempo ausente. Não, não vou recontar tudo que aconteceu porque sou uma vadia preguiçosa.
No meu aniversário ganhei vários presentes e um bolo sem açúcar SENDO QUE A DIABÉTICA É A OUTRA FILHA. Enfim. Conversei com amigos da cidade sanduíche e vi como os anos passaram. Aliás, um prêmio pra quem acertar de qual música vem o título do post. A dica é que tem '25 years' na letra.
Tô com muita dor de cabeça.
Volto amanhã (?) para terminar de contar as coisas.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Às vezes acho que tenho sorte, às vezes acho que não

E daí que sábado passado foi o casamento da minha prima Pagodeira. E minha mãe cismou mque não ia pra cidade cinzenta sozinha, então lá fui eu da cidade dos ventos para a cidade sanduíche e de lá para a cidade cinzenta. Ficamos na casa da minha tia Malvada, que nem é tão longe ou tão grande como disseram. A Luty foi lá no sábado para todo mundo se arrumar junto e, entre piadas obscenas e risos minha maquiagem ficou parecendo a de uma prostituta vietnamita ao invés de uma dançarina de flamenco, como quis minha irmã. O casamento em si foi aquelas coisas de sempre, pessoas chorando, padre falando um monte de coisa senso comum e eu com dor no pé por querer usar o salto mais fino que tenho. Achei que a festa ia ser sem graça, mas obviamente eu me acabei de dançar na pista de dança. Se alguém achar um exercício físico que lembre dançar em baladas me avise.
Mamis queria vir comigo, mas eu rejeitei porque minha casa estava(bem, está) uma bagunça e eu não queria que ela fosse para arrumar a casa(porque ela é como o Monk em limpeza). Ela então me deu dinheiro para pagar uma faxineira, e lá vou eu em mais uma empreitada patrocinada por Lady Murphy. Primeiro que o site em que eu sempre vou não tinha nada, segundo que só tinha um anúncio no mercado e a mulher não me atendeu umas três vezes. Tentei online e achei uma empresa que cobrava 390 reais pra me achar alguém. Até comprei o jornal e pasmei, só tem seção de procura-se, não de ofereço serviços. O tio dos Santos disse que era um sinal divino para que eu arrumasse meu quarto, mas finalmente a mulher para quem eu tinha ligado segunda apareceu e virá semana que vem, kekekeke.
Entre outras coisas com final menos feliz, consegui rasgar minhas duas calças jeans... agachando. Elas nem estavam apertadas, mas sabe-se lá como o tecido estava bem desgastado. Sabe-se lá como também consegui entrar numa calça um número menor que estava no armário e não precisei sair por aí de moletoom. Passei no banco para transferir dinheiro da conta patrocinada pelo estado para a conta patrocinada pelo pai e no extrato me dou conta que passei um cheque sem fundo!!! O cheque caiu no mesmo dia do cartão de crédito, e aí já viu né(eu pago passagens de ônibus no cartão de crédito, antes que me chamem de consumista). O pior é que eu não lembro o que comprei. Na minha memória, não paguei nada nesse dia ou no anterior com cheque. MELDELS ACABEI DE LEMBRAR a loja de produtos naturais do lado de casa!!! Aff, até passei no Boticário perguntando se alguém tinha passado um cheque sem fundo lá AHUHUAHUAUHA, sério, só eu mesmo para fazer coisas assim.Bem, lembrem-me de passar lá segunda e pagar.
E é isso aí, pagamentos de dívidas e festas de aniversário no próximo post.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Do jeito que você quiser

Olá você cujo orientador pediu notícias do trabalho só para dizer que não tinha tempo para ler agora.
Nesses últimos tempos tenho me sentido bem melhor. Revisei a introdução da dissertação, lavei louças, aprendi a subir a carreira no crochê e finalmente terminei de ler o primeiro volume de Les Misérables. Vou falar dele quando tiver terminado o segundo volume.
Na sessão cinema, assisti ao Toy Story 3D e quase me emocionei, o que foi muito estranho. Parece até que eu tenho um coração agora. O 3d é bem dispensável e o Totoro não fala nada, mas é bem divertido o filme. Claro que a melhor parte é o Ken metrossexual. Ou o Sr batata tortilla?
Também assisti KickAss, um filme de meta-herói. Sobre qualquer um poder ser herói(ou não), embora eu ache que ficaria muito mais legal se fosse um kill bill da vida, com uma vingança sanguinolenta.
Agora é hora de reclamar. Semana passada Rachelvis disse que não sabia se estaria bem para comemorar meu aniversário. Como ela é uma pessoa de lua, essa semana já estava toda empolgada de novo. A Jayna pegou a gente em casa e deixou a Chelvis na unipunk para a aula dela. Ficamos conversando e voltamos lá uma hora depois, quando a aula supostamente terminaria. Ligamos, e ela diz que está assistindo a uma apresentação, mas já está no fim. 20 minutos depois, ligamos de novo e eu pergunto 'você quer sair com a gente ou quer ver a apresentação?' 'os dois' 'não. Escolha' 'Tá'. Então ela chega, com a cara fechada e diz que só foi ver a apresentação porque decidiu sair mais cedo da aula para ver a gente, mas nós não atendemos os celulares. E é claro que ao invés de falar que ficou chateada com a gente, ela decidiu dar o troco querendo ver uma apresentação de ginástica no horário em que tínhamos combinar de sair. Falei para passar em casa para pegar meu celular, e pergunto a Rachelvis se ela quer trocar de roupa ou deixar a mochila em casa. Ela responde fazendo manha e eu digo a ela que ela tá falando naquele tom. Ela disse que sim e daí, e falei que se fosse para ela ficar de mau humor era melhor nem ir, o que obviamente a fez entrar correndo na casa dela. Quando eu fui pegar minha carteira ainda tive que ouvir ela dizer que só precisava de cinco minutos para se acalmar no carro e nem isso eu dei a ela, como se todas as vezes que ela fizesse pirraça ela tivesse melhorado. Uma coisa é não saber disfarçar os sentimentos, outra é agir como uma criancinha quando as coisas não acontecem como o desejado. Enfim, saí com a Jayna, e conversamos e comemos comidas gostosas e nos divertimos, e ela me deu uma echarpe chiquérrima e roxa.
Volto novamente com notícias do casamento e do meu aniversário.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Assaltei lojas de conveniência porque achei que elas facilitariam

Caros leitores, quase morri do coração agora. Lá estava eu procurando citações para engordar minha dissertação quando encontro uma online de uma enciclopédia bizantina do século X, em inglês com o original do lado. Eba, que sorte! Procuro pelo nome do autor que eu estudo e o que encontro? Um santo que nasceu no século III e morreu mártir. Q/ Fui procurar no google e, pasmem, em vários sites ele estava como um santo de janeiro. Toda minha dissertação baseada no quanto ele foi rbd e satírico e eu me deparo com isso? Só não morri porque fui procurar de novo na enciclopédia e descobri que existem dois... Felipe de Santos históricos(até colocaria o nome verdadeiro dele, mas sou paranoica demais).
Assim que o envelope com o relatório final estiver no correio volto aqui para contar sobre eventuais filmes, livros e problemas da minha vida.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Talvez eu possa convencer o tempo a ir mais devagar, me dando mais tempo para virar adulta

Daí que eu tava na fossa, me sentindo a gorda que todos apontam na rua e riem. Nas ruas do centro, voltando pra casa, ouvi alguém falar 'gordinha!' quando na verdade estavam chamando o guardinha perto de mim. Paranoia, a gente vê por aqui. Daí uma pessoa X me contou uma coisa que eu meio que esperava mas não queria que acontecesse, na verdade eu queria justamente o oposto. Como a pessoa X me pediu segredo de Estado, não posso contar aos leitores do blog, mas bem que eu tava com vontade ascfhdsiufh7833qer3jdeoiwsdcvh0rt34qrfwhbefnclsouhfgbh!!!!

Para controlar minha enorme ansiedade de sair espalhando isso por aí(sério, tô quase tendo espasmos), vou contar sobre os livros e filmes que vi nesses tempos de não postagem.
Começando pelos filmes. Assisti a vários, começando por... O Golpista do Ano, que na verdade deveria se chamar o golpista do século. Foi baseado na história de um prisioneiro dos eua que já fugiu diversas vezes e fazia vários golpes. O filme é mais sobre o relacionamento dele com um outro prisioneiro, e como ele conseguiu libertá-lo e fazer ele ser preso de novo. Podia ter sido um dramalhão, mas tem altas doses de comédia para compensar o romance. Recomendado.
O próximo filme é Princípe da Pérsia, baseado em algum jogo que certamente não é o que eu jogava no dos na casa dos meus primos. Tem bastante ação, alguma comédia e um enredo tão clichê que nem valeu a pena ter visto, apesar dos músculos do Jake Gyllenhaal.
Também assisti Esquadrão Classe A, sabe se lá por quê. É uma comédia de ação sobre um grupo militar muito foda e maluco que é enganado por um grupo paramilitar e planejam vingança. A única parte mais ou menos interessante é quando um deles diz ter se convertido na cadeia e não acredita mais na violência. Mas como é hollywood, ele descobre que há coisas pelas quais se deve lutar, quer dizer, matar.
Cartas para Julieta eu queria assistir por causa do Gael Garcia Bernal, mas ele aparece muito pouco e com um personagem chato. Em Verona, algumas mulheres respondem às dúvidas amorosas deixadas na suposta casa da Julieta Capuleto. A protagonista do filme responde uma carta de cinquenta anos atrás e a senhorinha chega na Itália com o neto para encontrar o amor de sua vida, enquanto o marido da protagonista tá num leilão de vinho, ou seja, nem preciso terminar de contar.
Comecei a ler na livraria francesa(que não é realmente a Livraria Francesa) o livro do Hugh Laurie, o Vendedor de Armas. É sobre um agente secreto que acaba por se ver envolvido em uma conspiração sobre a indústria das armas e das guerras. Achei bem engraçado e a toda hora tem alguma reviravolta. E foi escrito antes do 9/11, apesar de parecer que foi escrito por causa dele.
Também li a trilogia Millenium, do sueco Stieg Larsson. Como eu gostei do filme, achei que o livro ia ter mais detalhes, e tem mesmo. O primeiro, Os Homens que não Amavam as Mulheres, merece muito mais esse título do que o filme. Além do crime principal e o estupro da protagonista, as epígrafes dos capítulos são porcentagens da violência sexual na Suécia. Não conto mais do enredo porque é praticamente igual ao filme, exceto a parte em que o Mikael transa com quase metade das mulheres do livro.
O segundo livro mais parece um filme de ação que de crime policial: vários assassinatos são cometidos e a principal suspeita é a Lisbeth Salander. Tentando provar a inocência dela, o Mikael acaba se deparando com um complô de instituições secretas, governo, polícia e até gangues de motocicletas. Após muitos tiros e perseguições e pessoas sendo enterradas vivas, o segundo livro termina com a ambulância chegando.
O terceiro livro precisa limpar a bagunça do segundo, então em mais da metade dele Lisbeth está no hospital se recuperando dos ferimentos enquanto Mikael tenta arranjar documentos provando a inocência dela e agentes secretos tentam encobrir seus rastros. Ah sim, o tema da violência contra as mulheres continua nos outros livros: no segundo o repórter que morreu estava investigando a prostituição de jovens do leste europeu na Suécia e no terceiro uma amiga do Mikael é assediada por ser a nova chefa. Achei os livros bem envolventes, quem quiser ler eu empresto.
E é isso aí.
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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sou só um pobre rapaz, nao preciso de compaixão

E por todo esse tempo vi vários filmes, saí para alguns lugares e até li alguns livros. E estava para vir postar aqui, mas sempre ia fazer outra coisa. Hoje, voltando para casa, estava quase feliz, e bastante animada. Tinha ido pagar as contas e comprei um jantar saudável com frutas, e quando chegasse em casa o plano era voltar a mexer no mestrado. A uma quadra de casa tem uma escola infantil, e sempre que passo as criancinhas estão brincando e rolando na grama. Praticamente a descrição do paraíso. Assim que eu passo por lá, admirando a vida infantil, ouço um menininho gritar 'gorducha! Sua gorducha!' . Fico meio chocada e decido ignorar, e o menino continuou gritando até eu atravessar a rua e não conseguir mais ouvir. Se eu fosse uma pessoa adulta e madura ia ignorar e continuar vivendo minha vida como planejado, mas aconteceu de eu ser essa pessoa boba e traumatizada, então entrei em casa e comecei a chorar. E tudo volta à cabeça, desde que eu era uma criancinha e os outros riam de mim porque eu era gorda, até o ginásio, quando um menino disse 'claro que os homens não querem mulher inteligente. quem aqui gosta da m?' e no colegial, quando me diziam 'feliz dia do idiota' na hora do intervalo. E eu sei racionalmente que o passado passou e que eu tenho que ignorar essas pessoas, mas não consigo parar de me sentir mal, como se a todo e qualquer momento alguém vai aparecer e rir de mim e eu vou estar com as roupas de baixo na frente da escola toda e não será só um sonho desta vez.

Enfim, quem for comentar que é só eu emagrecer que isso passa, que tome no cu.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quero seu amor e a vingança do seu amado

Tudo começa na quinta. Faltei no alemão e à noite, crise de choro. Por sorte Chelvis estava voltando da aula e me ouviu(segundo ela parecia que eu estava rindo). Ela também me deu a excelente dica de chorar com o travesseiro abafando para os vizinhos não notarem. Mas enfim, ela me tirou da frente do computador, me deu água e disse para eu concentrar na respiração. Minha irmã, desesperada, decidiu tirar a sexta das horas extras para vir me ver. O que foi bom, porque ela varreu a casa e pagou o almoço e trouxe o ds que eu fiquei jogando na viagem. Opa, estou adiantando demais. Assim que ela avisou que vinha, fui comprar passagem para a cidade sanduíche para ela via internet. E não é que descubro que comprei errado pra mim mesma? Compro outra e vejo que o guichê não funciona mais às 23h. Paciência, ligo de manhã. De manhã ninguém atende e à tarde ligo para as agências das duas cidades e me informam que eu devo ver isso na rodoviária. No guichê da rodoviária dizem para eu conversar sobre a troca da passagem na cidade sanduíche. No guichê da rodoviária da cidade sanduíche o atendente me diz que eu deveria ir à sede da agência, que só abre de segunda à sexta. Segunda às 10h saio de casa, 10h30 sou atendida. Do guichê central para o marketing, e no marketing abrem um processo para ver se dá certo. Saio de lá 10h45 e compro a passagem para o ônibus das 11h às 10h57, praticamente um filme de hollywood. E é claro que o ônibus atrasa vinte minutos, e eu sou obrigada a ouvir um homem falar sobre o trabalho, a filha, a sogra e como os japoneses são honestos e em recife tem muita lésbica porque os homens são violentos.

Na cidade sanduíche, muita comida, ds do cunhado e festa de 80 anos da tia, onde tive que ouvir meu pai reclamar da minha escolha de curso e da minha falta de namorado. Pelo menos ganhei mais doce da tia *-*.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E há tempestades que não conseguimos prever

Não sei se vocês lembram quando eu falei do anime NHK no yokoso (procurei no google, julho de 2007)... era sobre um rapaz que não saía de casa de modo algum, vivia jogando no computador e desistiu da faculdade. No Japão eles chamam essas pessoas extremamente antissociais de hikikomori. Pois bem, ontem à noite, quando eu saí para jantar, reparei que é isso mesmo o que eu me tornei. Eu queria jantar alguma coisa gostosa para compensar a tristeza do dia, e pensei em comer batata frita da lanchonete do palhaço, que é a coisa mais próxima de casa com esse prato. Chegando lá, vi que estava cheio de gente, e então decidi fazer compras na loja de conveniência. E, do nada, lembrei que uma das características dos hikikomori é só sair de casa para fazer compras em lojas de conveniência porque elas estão abertas quando não tem ninguém na rua. Claro que a minha desculpa é não querer encontrar pessoas conhecidas, e não sair para comprar comida de madrugada. No anime o rapaz só sai do seu estado letárgico porque uma mocinha apaixonada por ele tenta ajudar. Porque essa tem que ser a solução pra tudo nos animes/seriados/filmes? Ainda bem que há outras alternativas, como... remédios psiquiátricos.
Sobre a virada cultural: sabe se lá como saí daqui na hora do almoço e só encontrei a Luty perto da hora da janta. Primeira parada: Jair Oliveira. O ingresso era um kg de alimento não perecível e só nos lembramos disso... quando estávamos num shopping. Sem mercados por perto. Após andar muito e tirar foto da vitrine da H. stern achamos uma mercearia. O kg do arroz era doze reais. Um pocket show não vale doze reais. Mas compramos mesmo assim. Pra vocês verem como o tempo andou contra nós, o show começava 19h30 e teve no máximo uma hora. Jantamos e pegamos condução até a próxima parada: estação da luz, sinfônica tocando os carmina burana, que começava às 22h. E a que horas chegamos? 22h40! Pelo menos ainda deu para ouvir alguns minutos, mesmo que algumas pessoas muito mal-educadas quisessem ficar conversando. O pior foi uma dupla comentando como o show estava lotado, que era uma surpresa, que coisa o povo se interessando por cultura né, que bonito, vamos continuar enaltecendo a importância de um evento assim por meio de uma conversa pedante que vai irritar todos por perto que, por sua vez, vão nos odiar eternamente por atrapalhar o concerto. Enfim, saímos de lá sem saber o que fazer, procurando em vão por algum folheto informativo. Diálogo real: 'L- pra onde você quer ir? eu- ao cinema com musicais! Sabe onde fica? L - Não, mas a gente pode... procurar pelo centro, onde vai estar um inferno. eu- Er... então vamos para o cinema com degustação que você queria ir.l L- Mas você não queria ver musicais? eu- Sim, mas se não sabemos chegar... L - Mas o que você quer fazer? eu- Vamos logo pra avenida da cidade'. Chegamos lá bem em cima da hora(meianoite), e o cinema já estava lotado. Andamos três estações de metrô na avenida até o café do chico, onde comemos de novo e pensamos no próximo passo. Já era 1h30 e o show do Café Tango(um dos 937 grupos em que o Violinista toca) era às 3h várias estações de metrô depois, então decidimos chegar muito antes, só para garantir. Em um dos momentos mais hilariantes da noite, assim que saímos da estação não sabíamos onde exatamente era o lugar. Andamos algumas quadras e nada, só pessoas aleatórias pelas ruas. Por sorte(?) achamos um ponto de táxi, e pegamos um táxi para... atravessar a avenida. Sim caros leitores, era do outro lado da rua e não vimos. O motorista deu umas voltinhas só para dar dez reais e nos deixou lá, e eu lembrei imediatamente que era perto da ex-casa dos meus avós e futura casa do meu primo. Assim que chegamos, ouvimos uma moça perguntar sobre a programação, e o rapaz da entrada não tinha certeza se estava certo. Isso, acaba mesmo com o nosso planejamento! Fiquei lendo enquanto a Luty dormia e justo quando você precisa que o tempo passe rápido parece que você passou anos da sua vida sentada esperando. Enfim, a Luty continuou dormindo por todo o show, seguindo o exemplo do rapaz atrás de nós, e eu quase achei que era a única pessoa lá que não sabia dançar tango. Queríamos ainda ver Double You, mas começava às 5h, e saímos de lá 5h, e eu comecei a sentir dó da minha irmã, que estava com sono desde às 20h00. Fomos para a casa dela, dormimos até ser hora do almoço e depois de almoçar: show do abba cover!!!! Chegamos lá uns vinte minutos antes do horário programado e já estava bem lotado. Conseguimos chegar mais ou menos perto, atrás de pessoas que falavam inglês e na frente de um cara que dizia que a Agneta era a mulher dos sonhos da infância dele e do lado de um cara que fazia muitas, muitas perguntas chatas. O show foi lindo, me acabei de cantar e tentar dançar num espaço tão apertado, e por ter sido numa área considerada muito perigosa da cidade, foi bem tranquilo. Cheguei aqui com os pés doendo loucamente, mas até que num humor bom.
E daí parece que tudo quer te convencer, ou melhor, me convencer que nada dá certo. Primeiro foi o episódio de house, em que ele surta com o psiquiatra falando que ele não tinha as respostas e que o house fez tudo que ele mandou e ainda não era feliz. Ok, não vamos surtar por antecipação pensando que vai dar errado em um ano, vamos acreditar no tratamento. E aí vem a Rachelvis dizer que já tomou esse remédio enquanto tomava outro que também mexia com a cabeça e eu Q/ 1) não deu certo com ela, porque daria comigo? 2) não quero ficar igual a ela, porfavorporfavorporfavor! Depois eu estava na unipunk conversando com o Violinista, e ele estava comentando como um amigo dele que tomava remédios de cabeça estava achando tudo lindo, e se perguntando como as pessoas podiam ser infelizes. Até aí, tudo bem, nada de negativo. E vem um cara, do nada, se intrometer na conversa, falando que um cara desses devia ser trancado num quarto escuro e apanhar pra ver se aprendia. A gente ficou meio chocado, com entreolhares típicos de filme e o cara não parava de falar como esses remédios funcionavam só por um tempo e que uma funcionária da biblioteca czar leites tentou se matar lá dentro enforcada, foi impedida por outros funcionários, levada ao hospital, e no mesmo dia se matou no campus numa árvore adequada a sua estatura. Sério. Com essas palavras. E encerro o post de hoje com essa pérola da indiscrição e falta de noção alheia, volto aqui antes do fim do mês(espero).

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quando será a minha vez?

Já estava planejando começar o post cheia de mimimi, mas parece que vocês leram minha mente e não deixaram o post vazio de comentários. De qualquer modo, já estou com o remédio em mãos e o post será apenas sobre... entretenimento.

Primeiro a série Drop Dead Diva, de apenas treze episódios e que eu acho que não chegou a passar aqui. Uma modelo estereotípica morre e volta no corpo de uma advogada gorda e inteligente, que por acaso trabalha com seu namorado(ex, já que ela morreu). É uma comédia com direito no meio, com alguns casos que parecem impossíveis, mas que são solucionados com a inteligência que restou da advogada e a inocência da modelo. Tem alguns coadjuvantes muito bons, como a modelo que continua sendo sua amiga, o anjo da guarda e a assistente sarcástica e eficiente. Parece que vai ter uma segunda temporada esse ano, eu recomendo.
Assisti a alguns filmes também. Date Night é uma comédia tipo sessão da tarde com algumas piadas engraçadas, mas que não salvam o filme. Homem de Ferro 2 é legalzinho, embora eu não tenha assistido ao primeiro e nem lido os quadrinhos. A trilha sonora é boa... mas o roteiro é bem sem graça: antiherói age de seu jeito peculiar, quase estraga tudo mas no fim salva o mundo e beija a namorada. E claro, já assisti ao filme novo da Alice. E tá bom que minha memória para alguns livros não é boa, mas o filme não parece nenhum dos dois, ficou muito... são e quase político.
Bem, aproveitando o espaço, meu mais novo vício, apresentado a mim pela Jayna, é o looklet.com(vide widget ao lado). Ficar vestindo as modelos com roupas chiques é o que há.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Uma cadeira é uma cadeira, mesmo quando não tem ninguém sentado nela

Daí que a minha vontade mesmo era de estar chorando pelos cantos comendo pizza de chocolate, mas decidi agir de modo mais maduro e vir reclamar no blog.
Mas vamos contar as coisas desde o começo. Como todos vocês sabem, nunca estive muito bem ou muito normal, e muito menos feliz comigo mesma. E as coisas foram se acumulando e se arrastando, até eu só ter vontade de chorar, não querendo nem matar o tempo na internet. A psicóloga do pronto atendimento da unipunk sorria muito, e disse que era muito triste eu não ter vida social. Ela recomendou que eu procurasse acompanhamento imediato e me deu uma lista com três nomes. Marquei com duas, em cujo endereço eu sabia(mais ou menos chegar). A primeira, vamos chamá-la de Risonha, sorri bastante e fica fazendo gracinhas para me animar, sem saber que EU ODEIO MUITO ISSO. Eu disse a ela que estava com problemas para terminar o mestrado, e ela falou para eu tentar aos poucos, primeiramente eu podia pegar o texto e corrigir. Desculpaê, mas eu não ACABEI DE FALAR que é justamente isso que com problemas para fazer? A segunda, vamos chamá-la de Mercenária, disse que eu deveria pagar as sessões de qualquer jeito, mesmo que eu avisasse com antecedência que iria faltar: daí o apelido. Ela sorri menos, o que é melhor, mas trabalha com associação livre, o que é bem pior. Eu tenho problemas para me expressar, então quando ela diz que é só eu ir falando o que penso sem me preocupar quando eu sei que não é só falar naturalmente e que ela está julgando cada palavra, nada sai. Então há vários daqueles momentos silenciosos bizarros, em que ela me olha com uma cara neutra e eu fico reparando na vela colorida que ela tem em cima da mesa, que não combina muito bem com a decoração vintage dela. Ela entrou no assunto delicado de namoros, e eu falei que a aparência era um obstáculo mas que a minha personalidade não é de deixar os outros se aproximarem também. Daí ela perguntou porque eu não emagrecia? E eu disse que isso não ia mudar muita coisa, porque eu não quero ninguém que só vá me querer pela minha aparência. E ela teve a audácia de dizer que eu devia tentar, vai que muda alguma coisa. Tô falando que não quero ninguém superficial, mulher! E psicologicamente o caminho é inverso, primeiro a pessoa se sente bem consigo mesma, depois ela decide emagrecer ou não. Quem está se odiando não vai fazer algo que seria bom para si mesmo.
Enfim, mas me falaram esperar mais um pouco. Pelo menos até eu ir ao psiquiatra e tomar os remédios que vão me curar (que as psicólogas leitoras do blog não se ofendam, mas praticamente todos por aqui, incluindo meu orientador, sugeriram ou terapia nenhuma ou psiquiatras). A dra. do Herr Rennó está ocupada até o ano que vem, então marquei com outra em cujo consultório consigo chegar. A raiva do dia é porque hoje era dia de consulta com a Mercenária, e eu, logo antes de sair de casa, percebo que meu tênis está com os amortecedores do pé esquerdo estraçalhados. Será que a dor na perna vinha disso? Daí lá vou eu procurar outros calçados. Poderia ir de sandália, mas aí teria que colocar a bermuda. Como Murphy me ama, o zíper estava quebrado. Colocar calças com sandália então, mesmo achando que não combina e a calça arrastando no chão. Obviamente já perdi o ônibus nessa hora, e vou ver táxis. Nenhum carro. Nos dois pontos. Mas vejam só que evolução: parei pra chorar no meio da rua? Não, voltei pra casa e ainda postei no blog! Agora vou sair para comprar tênis e quiçá o presente de dia das mães.
Próximo post: coisas mais felizes (?).

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quando estou quieta as pessoas pensam que estou triste, e geralmente é verdade

O post de hoje é:

Kate Nash- Don't you want to share the guilt

Discussões sobre como psicólogas sorriem demais ou diferenças entre pura preguiça e depressão só mês que vem.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um homem parecer uma mulher é degradante porque você acha que ser uma mulher é degradante

Um dia desses acordei desesperada porque ia perder a aula de francês às 11h. Peguei o celular e era 9h53. Olhando mais de perto, era 93h53, o que me fez perceber que era um sonho. Peguei o celular para ver de novo, e era 11h, mas as letras estavam todas espalhadas pela tela, porque na maior parte dos sonhos nunca consigo ler direito. Novamente pegando o celular, vejo que é 12h04, apesar de estar ainda meio escuro. Isso porque na verdade ainda era 7h30, e antes eu estava sonhando.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Para falar a verdade, estou mentindo

O que há de se melhor para fazer quando a preguiça impede de estudar? Atualizar o blog, é claro. Até fui ao cinema no fim de semana só para poder engordar o post. Assisti primeiro Como Treinar seu Dragão, filme bonitinho que não precisava muito ser 3D. Numa vila viking, os adultos estão tendo muito problemas com os dragões, que atacam suas plantações. Enquanto isso, o jovem Soluço deseja apenas que seu pai o aceite como é, ou seja, nada viking. Ele faz amizade com um dragão fofo que parece um pokémon e assim aprende a derrotar os dragões sem matá-los. Além disso ele descobre que os dragões não são malvados, eles roubam ovelhas para alimentar o dragão-rei (?). Essa parte foi meio tosca, mas enfim. O pai do protagonista e líder da vila(que não é nada estoico, ao contrário do seu nome) não o ouve e vai atacar o dragão gigante pobremente armado, e quando todos acham que é o fim, os adolescentes da vila(que são só 5, embora haja uns trocentos adultos) surgem montados em dragões para ajudar. Claro que a estrela e mártir do filme que ganha de todos. O melhor personagem do filme é o dragão fofo. E dessa vez vou poupar a todos(ou não) do meu discurso feminista, sem tocar no assunto do interesse romântico do mocinho, que é a mais forte e corajosa do grupo, mas obviamente é ofuscada e salva pelo homem da relação.
Também assisti ao Ilha do Medo, um bom filme de suspense e teorias da conspiração. Quando vi o trailer pensei que ia ser igual a Gothika, onde a protagonista começa a ver coisas estranhas numa instituição psiquiátrica e descobre que está internada lá. Nesse sentido realmente não é muito diferente, tem tiros e sustos, e no fim ele descobre que fez algo terrível, mas aqui 'sem justificativa'. As duas horas de filme anteriores a essa cena, em que ele é um policial investigando um desaparecimento no local, eram uma encenação do diretor, que esperava que assim ele voltasse à realidade(é, isso ficou forçado). Ele volta a si, mas parece que não por muito tempo, e decidem que ele precisa ser lobotomizado, pois é um louco violento. E aí vem a cena bonita do filme: enquanto ele caminha em direção aos médicos para a cirurgia ele diz 'o que é melhor... morrer como um homem bom ou viver como um monstro?'.
Bem, sabe se lá porquê, tenho lembrado de todos os meus sonhos nos últimos dias. Meu subconsciente anda se exercitando muito... primeiro ele quis me lembrar da conversa sobre vestidos que tive com minha irmã. Depois sonhei com uma moça da cidade sanduíche, e durante o dia lembrei que era aniversário dela. É claro que sonhos com artistas da globo, filmes pornô com anões e eu ficando cega de um olho são mais metafóricos, mas prefiro nem saber o que eles querem dizer.
Finalizando, voltei à fisioterapia, agora que o doutor voltou ao trabalho. Ele disse que minha postura está melhor do que antes por causa dos exercícios, mas aposto que tem muito mais a ver comigo assistindo america's next top model e rupaul's drag race e fazendo das ruas minha passarela.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Lá fora está frio, com neblina, e chovendo

E cá estou eu, num humor completamente fleumático, atualizando o blog.
Não lembro muito bem dos últimos dias, ou nada aconteceu, ou estou com mais problemas do que pensava.
Sexta foi dia de voltar para a cidade sanduíche, e eu ia pegar carona com uma moça de ascendência nipônica bem típica: baixa, magra, calma, fala igual a uma amiga minha, estuda exatas. Íamos pegar ainda um rapaz perto da universidade religiosa perto da unipunk, mas ela não sabia muito bem como chegar. O rapaz deu umas indicações meio confusas de virar à esquerda, à direita, padaria, &c, e dissemos que íamos ligar quando estivéssemos perto para ele explicar melhor. É claro que Lady Murphy resolveu nos ajudar e, além de nos perdermos o rapaz não atendia o celular de modo algum. A menina deve ter ligado umas vinte vezes, e nada. E ela também foi ficando cada vez mais brava, entrou numa contramão, quase bateu, e xingou o cara várias vezes, ela até se desculpou por ter ficado tão brava. No fim, o rapaz ligou meia hora depois para dizer que nem ia mais, porque tinha surgido um problema na empresa dele, ha-ha-ha.
Essa mudança de tempo me deixou, além de muito feliz, muito resfriada(donde o 'fleumático' supracitado. Fleuma = catarro). A mesa do computador está cheia de papel, meu nariz já está todo sensível e espirro cada vez que a)troco de roupa b) venta c)vou comer. Ainda bem que comprei sopa semana passada. Tá bom que a primeira era ruim, e essa vem numa caixinha dessas de leite, mas tudo é melhor que cozinhar. O que me lembra que essa semana chegou ao fim quase e nem chamei uma faxineira. Vou ter que pelo menos varrer(e levantar mais pó, logo espirrar) o monte de cabelos (ok, ok, detalhes demais). Ah sim, comprei colombas pascais, aproveitando o preço muito barato delas. Ovo de páscoa não vale a pena, mas colombas pela metade do preço... nham-nham!
Faz tempo que não falo dos meus sonhos aqui! Não sei se é o frio, ou o resfriado, ou dormir tarde, mas tenho tido uns sonhos bem movimentados. Um dia sonhei que estava na cidade cinzenta(que era bem mais bonita no sonho) e não queria voltar para cá, então fui pegar metrô para ir ao cinema. Na verdade fui parar em algum tipo de congresso ou conferência, para a qual eu não tinha me inscrito. Inesperadamente, meus ex-colegas de faculdade estavam lá, inclusive o tio Dos Santos, embora eu não pudesse vê-lo, já que ele estava em um de seus momentos de questionar a realidade. A palestrante era uma mistura de uma professora minha do pré com uma da quinta série, e perguntou o que eu fazia lá, porque eu não me inscrevera. Eu disse que queria vê-la, e ela me passou o e-mail. Para deixar a história ainda mais louca, fomos todos dormir na cada de drag queens, e não tinha cama ou cadeira para todos. No dia seguinte sonhei que estava fazendo compras com a Luty, em uma loja bem... minimalista em termos de decoração, digamos. Ela estava pensando em comprar uma bolsa, e eu fiquei olhando os outros produtos, todos muito baratos. O vestido, por exemplo, ia sair por sessenta reais, mas eu fiquei com medo de não servir em mim. Duas coisas que merecem ser ditas a respeito do sonho: primeiro que eu nunca consigo ler nada nos sonhos, e nesse consegui ler os preços, parabéns inconsciente pelos detalhes! A outra é que nessa semana mesmo disse à Luty que não ia na formatura do nosso primo por não ter roupa e ela disse que existia sim vestido de festa barato. Parece que no fundo eu queria ir...


Até o próximo post, no qual os humores devem estar balanceados...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Ei, isso não é jeito de dizer adeus

Postando rapidamente na última meia hora do mês só para ter pelo menos um post por semana no blog. No fim de semana fui para a cidade cinzenta, mesmo com o joelho dolorido. Encontrei a Luty, jantamos e fomos assistir a um filme em um cinema para onde as pessoas vão super chiques. Assistimos Os homens que encaravam cabras, comédia baseada num livro sobre o uso da paranormalidade pela inteligência militar dos EUA. O fime é uma sátira sobre fatos reais, mas bem mais zoada, e achei bem leve, no estilo de Queime depois de ler. Certamente o George Clooney é o que há de melhor, ah, e também a parte em que ele conta que a maior parte dos soldados não atira para matar, então porque não usar a paz para resolver a guerra? E aí eles usam alucinógenos e fazem ioga.
Na manhã do dia seguinte eu e Luty fomos a um bar com jogos para comemorar um aniversário. Tudo no cardápio tem nome de jogos, e o cardápio simula um baralho. Jogamos jenga(que eu nem sabia que tinha esse nome), detetive de simpsons, academia, pula macaco, quebrando o gelo e tabu. Muito divertido! Quero voltar lá mais vezes!
Bem, e é com um certo pesar misturado a um alívio que informo a saída de Diomedes, o caçador, daqui. Rachelvis não estava tendo tempo pro gato, e ele não tinha onde brincar, e ela não podia viajar por causa dele. Enfim, esse negócio de ser mãe/pai é muito complexo, tem que estar pronto pra isso. E não estávamos, e agora Didi vai morar no campo das minas gerais.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Como eu deveria demonstrar se eu nem sei?

Olá leitores que sentiram muitíssimo a minha falta! Quando eu fico mais de uma semana sem postar vocês devem imaginar que estou muito ocupada, dedicando-me aos estudos. O que ocorre é o contrário, na verdade. Quando fico muito tempo sem postar é preguiça, e quem tem preguiça de postar, porque não teria de estudar? Mas enfim, cá estou, para dividir com vocês e o mundo os últimos acontecimentos emocionantes da minha vida. Ou apenas reclamar, como sempre.
Quinta passada me encontrei com meu amado&idolatrado desorientador, e estava morrendo de medo, por ter que encarar as consequências de minha vagabundagem. É claro que a paranoia nunca se reflete na realidade(ainda bem) e ele foi muito atencioso e bonzinho comigo, como se lesse o blog soubesse que tenho problemas para ser prolixa escrever.
GAH!
A energia acabou aqui e comeu metade do post. Resumindo: na correção ele disse que fui sintética demais. Hoje descobri que estou com inflamação no joelho e vou tomar um remédio cuja prescrição é retida na farmácia. E agora cai o mundo aqui. Bjs.

terça-feira, 16 de março de 2010

Você não pode tirar o céu de mim

Olá a todos que entram no blog sem ser para procurar obras de van gogh! Sei que não aguentavam mais esperar por posts de minha emocionante vida, mas... nada de EMOCIONANTE ocorre, nem livros ou filmes ou séries para salvar um post.
Quer dizer, assisti Wristcutters- a love story, só porque tem trilha do gogol bordello. Eu sei que o Eugene Hutz é foda e um personagem e tanto, mas acho meio tosco ter personagem baseado nele mesmo, e ainda com outro ator fazendo. Enfim, no filme os suicidas vão para uma espécie de 'paraíso' dos suicidas, que na verdade é igual à terra. Quer castigo pior do que se matar e não conseguir? O protagonista, Zia, se matou por causa da namorada, e quando descobre que ela está por lá também começa o road movie. Só que acabam colocando coisa demais e o filme termina superficial e todo romanticozinho.
Domingo o Violinista e o 6 me chamaram para um churrasco no prédio deles. Comi muito pão com alho e batata, e fiquei lá até depois do final ajudando a arrumar as coisas, já que o 6 passou mal. Entrei no apartamento deles e não achei tão bagunçado como eles disseram, só rola uma falta de vergonha na cara de recolher o que está no chão e dar uma arrumada.
E é isso aí. De resto, só fiquei olhando pra introdução da dissertação mais apagando que escrevendo e me desesperando por ser uma vadia procrastinadora que não consegue escrever nem sob pressão e ainda morre de medo de ser repreendida. Preparem-se para minha morte na quinta-feira, quando encontrarei meu amado&idolatrado desorientador.
Mas vamos terminar o post alegres com um teste de personalidade de america's next top model:

sexta-feira, 5 de março de 2010

A barata não pode andar mais, porque lhe faltam as patas de trás.

Sim, o post de hoje será dedicado ao maior acontecimento dos últimos tempos nessa semana: a invasão das baratas no meu armário. Tudo começou na sexta à noite, quando vi uma barata IMENSA andando na minha gaveta de meias. Bem, podia ser uma barata só, então deixei pra lá. Domingo vejo novamente uma barata, dessa vez menor, e o desespero bate. Como sou medrosa esperei a Chelvis ter um tempo livre para me ajudar, e como ela é mega ocupada, só podia ser na terça. Pois bem, lá fomos nós duas com a cara e a coragem e um inseticida nas mãos tirar as gavetas do armário e descobrir de onde saíam as baratas. Tiramos todas as roupas e gavetas e jogamos inseticida. Logo sai uma baratinha, depois uma baratona e outra baratinha. Para descansar do cheiro ficamos na casa da Chel por um tempo, depois voltamos e jogamos mais inseticida, e matamos mais baratinhas. Fizemos isso por umas duas horas, e decidimos ligar para a imobiliária. Após algumas horas de espera, eles deram o telefone de uma empresa de dedetização e disseram que o dono não ia pagar. Como eu não ia esperar mais dias com baratas em casa acabei chamando do mesmo jeito. Lady Murphy, não satisfeita fez com que eles só pudessem vir bem na hora do meu alemão. Eles acharam ainda dezenas de baratas no meu armário, e nem pisavam nelas! Eles só diziam 'elas vão morrer, pra que matar?' e pegavam com a mão, ecaecaeca! Mas o pior foi ter descoberto um ninho de baratas embaixo da pia. Assim que mudei pra cá, a imobiliária disse que ia mandar alguém para consertar a madeira podre debaixo da pia, mas como eu nunca precisei do espaço também não reclamei. Mas deveria, porque lá só tinha barata enorme! Uma delas subiu no pano de prato e se eu não tivesse gritado o rapaz nem teria tirado ela de lá. Tá bom que grande parte do meu medo é pura histeria e os caras estão acostumados com esses seres nojentos, mas no pano de prato não né? Eles foram embora e a Chelvis me ajudou a varrer, ainda que ela mesma estivesse horrorizada e me xingando por ter dedetizado minha casa. Como se a culpa fosse minha que o armário fechado por semanas tenha se tornado um ambiente propício para a instalação de baratas! As da pia eu tenho culpa vai, por ter esquecido que existia e não ter aberto em meses. Enfim, depois da limpeza me toquei que elas tinham passado e deixado seus cocôs que eu achei que era só poeira em todas as minhas roupas. Fui para o shopping comprar calcinhas e meias, e aproveitei e comprei calça jeans também. Na manhã seguinte, Chelvis me lembra que não comprei blusas. VDM, como diriam por aí. Coloquei a blusa suja do dia seguinte e fui à loja aqui do lado comprar qualquer coisa. Só não poderia imaginar que lá eles vendiam blusas de seda de 400 reais e mesmo a blusa que eu acabei comprando, embora a mais barata da loja e com 30% de desconto, foi a roupa mais cara que já comprei na vida, e nem é roxa ou laranja ou ultra fashion. Com esse tempo, a primeira baciada de roupas lavadas só ficou seca mesmo hoje, e finalmente tenho roupas de novo. Deixei o armário aberto até hoje também, e joguei montes de veja para tentar desinfetar.
Ai, e hoje, mais tristeza na minha vida. A Luty está com meus pais agora, e diz ela que eles começaram a perguntar se a gente bebia (nem vou discorrer sobre os pais não terem ideia se as filhas fazem isso ou não). Daí que mamis, ainda traumatizada por ter lido o blog, fala que um dia eu misturei bebidas aqui e desmaiei? Mas só bebi porque aqui fico muito sozinha, o que foi uma escolha minha, já que poderia ter feito faculdade lá. S-O-C-O-R-R-O-!. Certamente vocês não lembram de uma história dessas, e é porque ela está distorcendo o post em que contei que bebi um copo (embora a chelvis diga que tenha sido menos) do vinho dela e fiquei vermelha, mas nem fiquei muito louca. E provavelmente estava triste por causa do mestrado, o que é bem frequente.
Enfim. Espero voltar no fim de semana com notícias mais felizes, ou menos desgraçadas.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Todos esses lugares só me afogam

Na época em que muita gente achava o blog procurando pela letra daquela música cover de thousand miles, a média de visitas era de 20 pessoas por dia. Para vocês verem como anda a decadência da humanidade, a principal pesquisa hoje em dia é 'obras de van gogh', e a média de visitas é de 7 pessoas.
Começando pela sessão cinema da semana, Percy Jackson e o ladrão de raios. Apesar da Chelvis me dizer que o filme não era lá muito fiel à mitologia grega, fui do mesmo jeito. O filme foi chamado de novo Harry Potter, por ter um protagonista que não sabe que tem poderes, dois amigos que o ajudam e uma escola/acampamento. Só que Harry Potter criou seu próprio mundo mágico, ao invés de apresentar aos jovens uma visão mega distorcida do mundo grego, por exemplo. No filme os deuses tem vários filhos com os humanos, até aí ok. Mas Zeus os proíbe de vê-los porque Poseidon estava quase abandonando seus deveres de deus porque amava muito sua família(!!!!). Mais brega impossível dizer que Zeus achava ruim agir como um ser humano. O que querem dizer com 'agir como humano'? Ter emoções? Mais que os deuses gregos tinham? E tratar o Hades como o inferno, com caveiras e música medieval foi demais, também. Quer dizer, é realmente o inferno, mas todos iam para lá. Além disso Perséfone era não era humana, e sim filha de Deméter, e seu rapto serve mais como metáfora para as estações do ano do que para mostrar a maldade de Hades. Enfim, nem mesmo se tivesse acertado na mitologia seria um bom filme, já que segue o esquema já conhecido de jovem corajoso com poderes que 'desobedece' ao professor para salvar vidas.
Ah, a fisioterapia. Pensei que ia ser aquela coisa entediante, uma massagem no pulso, choque talvez, muito repouso. Que nada! O homem é do tipo da Chelvis, um louco. Primeiro passei meia hora ou mais alongando os braços. Depois exercício com pesinho, e, depois, BICICLETA ERGOMÉTRICA. No que isso vai ajudar meu pulso, vocês se perguntam, e eu também. O cara acha que precisa melhorar a musculatura do corpo todo, não só do pulso. Tudo bem, faz sentido, exercitar desde o ombro, mas o que as pernas tem a ver? A única coisa que me deixou feliz quando meu pulso começou a doer foi ter uma desculpa pra abandonar a academia, e agora isso??? Quem é amadrinhada pela Lady Murphy nunca deixa de se surpreender.
Ontem o Violinista e o 6 me chamaram para almoçar, e eu imaginei que depois poderia ir ao cinema comer pipoca e voltar para casa e ter uma vida tranquila. Que nada. Depois do almoço fomos a uma praça do bairro, onde praticamos uma modalidade perigosa de gangorra 2 a 1. Em seguida fomos a uma lanchonete, e depois para o apartamento deles, porque ia ter uma peça de teatro à noite. Na verdade fiquei no lobby vendo livros de arte enquanto eles se arrumavam e nem ligaram para o fato de estar esfriando e eu estar de bermuda, mas ok. O teatro foi em um bairro distante e mal afamado da cidade, e até começar a peça nem sabíamos do que se tratava. Era uma alegoria sobre o amor, a loucura e jogos de palavras ambíguos com Ninguém. Porque uma hora parecia que a peça era sobre o ninguém que vira um alguém, depois era sobre toda a humanidade, porque quando ninguém ama a musa, ela desaparece, e coisas do tipo. Nada muito emocionante ou envolvente ou mesmo engraçado(embora as pessoas, principalmente as adolescentes atrás de mim, tenham rido bastante). Além disso a musa estava vestida como uma fada da floresta, super brega. Enfim, depois da peça achei que o sofrimento estava no fim, mas ele nem tinha começado. O dono do espaço, um diretor de teatro, convidou a todos para uma reunião nos fundos do galpão, porque a ideia dele é oferecer algo cultural e depois integrar as pessoas. Se tivessem me avisado antes eu nem ia, mas como estava lá e era minoria, tive que ficar no meio das pessoas desconhecidas me perguntando o que eu fazia da vida, enquanto tomavam cerveja e comiam um cozido. Um tempo depois o dono do lugar chamou-nos para discutir sobre a peça, e obviamente morri de vergonha e não disse nada. Ainda bem que os outros são pessoas eloquentes e expressaram o que eu queria dizer. A noite foi passando e todo mundo se socializando e eu lá, com a maior cara de cu possível. O Violinista me pediu desculpas várias vezes, mas eu sei que a culpa é minha por não ser nem remotamente normal e ter uma fobia social incontrolável. O ápice de vergonha e vontade de morrer foi quando o dono do lugar disse que se eu estivesse cansada podia dormir em um dos quartos ou nos colchões, porque a festa ia varar a noite. Lá pela uma da manhã finalmente decidiram voltar, e eu já estava com um humor maravilhoso, dor de cabeça, frio e fome(já que não comi nada lá). É isso aí, quando digo que sou antissocial não estou fazendo graça, realmente não consigo ficar à vontade em ambientes com... pessoas.
Fico por aqui prometendo um post emocionante sobre a volta às aulas, ou não.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Esconda qualquer traço de tristeza

Olá pra você que entra no blog pelo iPhone, pessoa rica e chique ou pobre com dívidas, quando puder deixe um comentário só para eu saber quem é porque tenho fixação anal e quero ter controle de tudo na minha vida.
Cá estou eu de volta, não porque coisas emocionantes tenham acontecido, mas porque estou enrolando para não estudar. Na cidade sanduíche, mamis está quaaaase lá, mas ainda tem um mês para se recuperar. A situação é bem tensa, e cada um lida de um jeito. Mamis tem estado emotiva, quase chorou pensando que não ia me ver envelhecer e chorou se perguntando porque tinha que passar por esse sofrimento. Papis transforma sua insegurança em nervosismo. Eu tenho que ser paciente e racional, quando na verdade, como vocês sabem, sou uma menininha chorona. Pelo menos eu tenho comida. E o blog. Não tenho mais mahjong nem tetris, porque meu pulso decidiu de vez que está de mal comigo.
Hoje fui à fisioterapia da unipunk, mas essa primeira sessão não teve nada de exercício. Não vou nem comentar que o rapaz já me chamou de gorda e vagabunda, falando que na próxima eu ia fazer X e Y, e poderia até fazer um pouco de bicicleta ergométrica, já que eu tinha tempo disponível. Mas hoje foi só um aparelho estranho de ondas curtas que supostamente ativam o metabolismo e fazem esquentar onde está inflamado.
Terminei de ler 'Cem Anos de Solidão', do Gabriel Garcia Marquez. O violinista disse que o livro era como essas sabrinas da vida, mas comprei porque era da edição de capa bonita da academia real espanhola, como o don quijote que eu já falei no blog em(google) março de 2007. Enfim, o livro narra a história da família Buendía, fundadora de um povoado e cheia das tragédias. Além de muito drama o livro é de realismo fantástico, então há fantasmas, pragas, pessoas ascendendo aos céus, &c. São sete gerações com nomes que se repetem, ainda bem que tem uma árvore genealógica no livro. Eu fui lendo achando que era só um relato descritivo de uma família com muita tragédia e sexo, mas até que o final fantástico dá um sentido ao livro. Recomendo, mas não muito, porque o livro não vai mudar sua vida, mas dá vontade de ficar lendo e saber o que acontece com todos.
Volto com mais mimimi em breve, aguardem.