sábado, 20 de junho de 2009

Não quero realmente conhecer alguém que foi feito para este mundo

Esses dias estava revirando os arquivos do blog, e me senti mal por dois motivos. O primeiro e mais óbvio é porque eu vi que desde sempre reclamo de procrastinar as coisas e não estudar o suficiente. E não é modéstia, é porque realmente não faço isso. O segundo é que mesmo assim eu postava quase todo dia em 2006! Sério, minha vida já foi mais emocionante... ou eu já fui mais falante.
Bem, quanto a minha semana, a única coisa mais postável foi a festa junina dos educadores físicos, nessa quarta, à qual fui obrigada a comparecer pela Rachelvis, uma das responsáveis pela barraca dos doces. Tínhamos combinado de ir com a Jayna, mas como esta é uma vaca préhistórica, disse que só podia ir e ficar uns 5 minutos. Mas vocês sabem como é festa da unipunk, nada começa na hora, e ficamos esperando a Rachelvis jogar truco, depois a barraca(que na verdade era só uma mesa) chegar... no fim a Jayna foi embora sem comer os bolos(aliás sua coisa, vi que você entrou no blog e não comentou, trate de comentar ou não estarei na festa da pipoca). Quando finalmente a mesa chegou nem pude comer bolo, porque ninguém pensou em pegar troco e eu tive que sair por aí trocando dinheiro. Aproveitei pra mandar correio elegante cantado pra Rachelvis... durou uns 20 segundos e ela não se irritou, mas pelo menos passou uma pequena vergonha em público. Antes que me mandassem trocar mais notas de dez reais, parei para conversar com amigos de amigos, olha só que poço de sociabilidade eu estava naquela noite! Descobri que a) só gente estranha se relaciona com gente estranha e b) sou um dos 'caras' mesmo. Passou uma menina peituda e os rapazes ficaram olhando um pro outro por um tempo, até que eu disse 'podem falar na minha frente, não ligo' e eles 'porra, que peitão! e é magra a menina!'. Não ligo mesmo, se tivesse passado um ómi bão por lá eu também comentaria... e é claro que não passou, só tinha adolescente por lá, nem parecia festa de universidade. Lady Murphy devia estar dormindo naquela noite, já que quando os moços foram embora Chelvis tinha terminado também de vender os bolos, e fomos para casa.
Como vocês provavelmente não estão interessados nas notas de rodapé da minha tradução, vou falar sobre a memória, esse trem esquisito. Sempre confiei muito na minha, já que há diversos fatos dos quais lembro detalhadamente mesmo que contenham coisas que me envergonhem( e olha que tem tanta coisa assim minhas gentes, mais ainda do que eu posto). Daí a Luty me lembra do dia em que bati a cabeça no telescópio do observatório e faço ele mudar de lugar, tudo bem que já faz uns... 15/14 anos, mas eu esqueci! Claro que não sou Funes(do conto do Borges, leiam que é bom), mas coisas assim eu geralmente lembro. E nessa semana o Violinista disse que já me deu um toblerone, e que eu me espantei porque era um chocolate caro(que coisa de pobre, achar toblerone caro). Mas q/ mew, como posso ter esquecido que já ganhei um chocolate caro, ou melhor, como posso ter esquecido que já comi um chocolate caro de graça? (antes que venham com comentários engraçadinhos, disse-me ele que o presente foi por causa daquela história[preguiça de achar o link, só sei que foi em 2006] do carinha que me pagou uma hora de monitoria em chocolates) Fui ver no blog, e não postei isso, mas até aí, tem muita coisa que acontece e eu não posto(ha!). O que suscita outra questão: porque não postei sobre isso na época? Não consigo lembrar. Dizem que você é o que lembra, o que é uma pena, porque queria ser uma pessoa que ganha chocolates caros por saber grego clássico.
Para encerrar, trivia do blog: quando os títulos dos posts viraram letra de música?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Matrimônio, matrimônio, isso é lá com Santo Antônio

Aproveitando a minha dor de cabeça, que tal um post no blog?
Nesse feriado fui para a cidadessanduíche comer e dormir descansar e ver a família. Não fiz nada de útil, como sempre, mas estou com vontade de contar.
Sábado fomos a uma exposição de dinossauros que está tendo no cinema da estrada. Primeiro achei que era brinks, porque mew, como assim o nome científico do dinossauro é baurusuchus salgadoensis? Mas depois o MCDM foi perguntar o deus google e ele disse que uma criança na década de 80 que descobriu a ossada na cidade. Mas no fim era tudo pra vender bichos de pelúcia de dinossauro. Pena que não tinha de velociraptor, se não eu comprava.
Em casa fizemos fondue com um aparelho pobre e ganhado em bingo, tanto que a cerâmica queimou. Quer dizer, achamos que tinha queimado, mas era só fuligem, e dá para usar novamente. Se bem que eu duvido um bocado que meus pais vão fazer só pros dois...
O bolo de Santo Antônio da paróquia estava tão gostoso... e ninguém em casa achou medalhinha ou imagem do santo, embora certas pessoas coflutycof quisessem de todo o jeito, ahahaha!
Já na cidade dos ventos, assisti ao mais famoso filme de suspense de todos os tempos, Psicose. Achei que a cena do chuveiro era o ápice do filme, mas que nada, é só o começo! A música é realmente assustadora, do começo ao fim. Não tenho certeza, mas deve ser também o primeiro filme a focar no aspecto psicológico(ou melhor, o primeiro a fazer isso muito bem) do assassino(dã, se chama psicose né). A gente acha que é uma coisa, e daí, OH! É algo mais complicado e assustador. Gostei bastante, apesar de ter me dado dor de cabeça até agora...
Aproveitando a falta de assunto do post, vou divagar sobre um dos meus milhares de passatempos internéticos: distributedproofreaders(eu ia colocar link, mas tá fora do ar agora). Não lembro se já falei dele no blog(o vinho acabou com minha memória, como diria o tio Dos Santos), mas acho que ninguém liga se eu repetir. O project gutenberg vocês conhecem, é o que disponibiliza na internet textos de domínio público. Mas como ele transforma livros de papel em textos digitados? Via dp! Primeiro uma máquina 'lê' o livro e transforma em textos, porém, há livros antigos demais, ou com uma fonte diferente, e ela pode ler errado. E é aí que entram os voluntários, comparando uma página com a outra, corrigindo, eliminando números de página, &c. Se eu não me engano tem umas 4 fases até o 'smooth reading', que é quando uma pessoa lê o livro como lazer, para ver se acha algum erro, e depois ele é disponiblizado. Eu acho divertido ficar caçando erros da máquina nos textos... uma vez peguei um texto em alemão até, mas nem devia, porque as correções feitas pelos revisores vem com comentários no idioma do texto. Além disso tem uns textos em português antigo, e eu adoooro ficar comparando com o atual, de quais palavras a grafia está diferente, como se usava tal expressão, essas coisas de gente nerd maluca. Chega agora né! Até algum dia, leitores!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Fique longe de romantismos, pois é por aí que o amor costuma começar

Chega de drama nesse blog! Estou falando sério, esses posts emo estão me deixando mal. Não sou assim gentes, juro! Sou só uma pessoa que odeia a humanidade e tem um pouco de senso de humor, não uma vítima do mundo. Cheeeeegaaaaaaa AAARRRGHHHHH!
Bem, só comentando uma última coisa ruim da minha vida: quebrei uma das lentes de contato. De novo. Como saí da fase emo não vou nem dizer que não quero mais comprar lentes e que não vale a pena ficar gastando tanto dinheiro com uma pessoa desastrada como eu. Vou ver com meus pais o que fazer. No domingo, depois de quebrar a lente, ainda estava na fase emo e decidi encher a cara. Tomei uma taça de vinho, achei HORRÍVEL e fiquei vermelha, muito vermelha, e com calor. Daí dormi. Uma das coisas que eu não entendo é como o povo pode beber meia garrafa disso, ou uma inteira, só pra, sei lá, esquecer os problemas da vida, ou liberar geral, ou qualquer coisa assim. Uma taça pra nunca mais, anotem isso caros leitores(foi mal movimento xstraightxedgex, mas não vai se repetir).
Sábado porém, foi um dia legal. Jayna finalmente veio em casa e fizemos fondue de queijo e de chocolate. Fondue é tão gostoso! Usamos os dois réchauds da Chelvis, um para cada sabor. Eles ainda estão na pia... eu ia lavar, mas a Chelvis disse que não precisava. Vamos ver se até domingo vão estar lá, ehehehe!
E eu estava toda mimimi =~~~~ porque não estava conseguindo escrever textos pro francês né, mas acho que era só fase. Ainda bem, porque uma das únicas coisas das quais me orgulho é ser muito boa em aprender idiomas novas, praticamente a melhor que conheço /modéstia [off] on. Sem isso, eu seria... uma desastrada sem inteligência prática, cheia de sarcasmo e ódio pra dar.
Na falta do que dizer aqui, fiquem com uma imagem biita de solia:

É meu avatar pós Ghostmas. Quero uma roupa de dragão ao vivo!! E suspensórios arcoíris! E pinças enormes!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vou tentar ficar, mas é em vão quando você está longe

Bem, hoje teremos um post sobre um assunto quase nunca comentado no blog: livros.
Quase nunca comentado por vocês, claro, porque eu sempre comento o que leio.
O primeiro deles é o sexto livro da heptalogia(?) Em Busca do Tempo Perdido, de Proust. Caso vocês tenham esquecido, no último livro o protagonista estava vivendo com Albertina em sua casa, não porque a amasse, mas porque sentia ciúmes loucamente da menina. Já no começo do sexto livro(eu poderia avisar que tem spoilers, mas vocês nem tão lendo) ela foge da casa(supostamente por não aguentar mais viver numa prisão) e... morre. É baseado em fatos reais, dizem os críticos, porque parece que o Proust teve um amante que ele amava muito e morreu do nada num acidente de avião(aqui ela morre a cavalo). Aí tem os tempos de ele ficar chocado, sofrer lembrando, e não muito tempo depois ele já começa a deixar de amar e as lembranças que ficam são só as boas. Interessante quando ele diz que só consegue dizer que perdeu uma pessoa querida quando não a ama mais mesmo. Outro ponto interessante é que o autor é gay, mas no livro ele é heterossexual e todo o resto que é gay. Enfim, só falta mais um livro para terminar e não se se fico triste ou feliz com isso.
Para a disciplina da unipunk li Rei Lear(eu sei, é vergonhoso não conhecer tudo de Shakespeare). Como o ómi é bão! Conta a história do Rei Lear e suas três filhas, duas delas bajuladoras e uma sincera. Então o rei divide o reino entre as duas bajuladoras e expulsa a sincera. Mas o rei não se toca depois que não é mais rei, e continua tentando reinar, e as duas filhas ficam com raiva e se unem(será?) contra ele. No fim os maus são punidos e metade do elenco morre, claro. Na discussão em sala falaram que a peça foi exibida no natal, e que isso poderia querer dizer que antes da vinda de Jesus o mundo estava em caos porque não tinha mais um rei direito. Bem, mais do que uma peça sobre os malefícios de se dividir um reino e fazer os filhos brigarem por poder, também é um belo discurso a favor da honestidade.
Para encerrar, um livro que eu comprei na loja do sorriso amarelo e com um selo de autoestima na capa, Baltazar Gracián, Manual de Prudência. Comprei porque já foi citado em sala como um livro de conduta 'cavalheiresca' do século XVII. É um dos livros que você vê que a editora não prestou muita atenção, principalmente por ter classificado como autoajuda. Além de se contradizer demais(primeiro diz que boa sorte e má sorte não existem, o que existe é prudência ou imprudência, depois diz que há alguns dias de má sorte e devemos aguenta-los, aí diz para usar de todo e qualquer meio para ser o primeiro, para depois dizer que não se deve trair o caráter por isso), o livro dá umas dicas que eu acho que não é muito autoajuda... do tipo 'a multidão nunca sabe de nada', 'seja uma pessoa diferente com cada um que você encontra', 'arranje um terceiro para fazer as coisas vis por você porque o povo sempre culpa a ferramenta e não o autor'. Gostei do livro, pena que não são todos os aforismas.
Não que eu goste de fazer drama(ha, eu!), mas ó da vida viu. Já estava me sentindo mal por não conseguir escrever um mísero texto de francês(não pelo francês, por não saber me expressar), aí quarta teve prova oral de alemão. Eu estava tranquila, porque sou uma Sprachengenie e falo melhor que, oi, todos. Daí o Herr Rennó faltou por motivos pessoais, e eu mudei de dupla. Só errei uma coisa(ok, errei várias vezes e é uma coisa simples), enquanto a menina errou isso, outras coisas e falou pior, e ficamos com a mesma nota, oito.
SIM ESTOU RECLAMANDO POR UM OITO OK, DEIXEM ME SER NERD, BJS.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

E eu sou teimosa e eu grito e eu vou te cortar

Tem um filme bem sessão da tarde que se chama 28 dias, com a Sandra Bullock, em que ela vai a um centro de reabilitação. A história toda é bem típica de comédia romântica, mas eu lembro que no final do rehab é dito que se você conseguir cuidar de uma planta e de um animal por um ano você está pronto para se relacionar com alguém, e o filme meio que termina com o amigo gay que ela faz lá chorando porque nunca mais vai ter sexo na vida.
Vocês sabem que de gato eu não sirvo para cuidar mesmo, e plantas eu nunca tentei, mas certamente ia dar na mesma, e pior, porque ela ia morrer bem rápido.
E seres humanos então, pfff. As pessoas acham que é uma máscara esse meu lado rbd, e que eu não sou malvada, mas isso se baseia na teoria errônea de que sempre devemos esperar o melhor das pessoas. Mas eu sou assim, estúpida, egoísta, paranóica. Eu xingo quem eu gosto com uma facilidade incrível, e sempre reclamo quando as coisas não são como eu quero. E consegui ser completamente insensível com o único amigo que eu já tive, não amigo no sentido de pessoa que eu não quero que morra quando os aliens vierem destruir a terra, amigo de trocar confidências, de dizer que ama e que vai estar ao lado pra sempre, essas coisas de filme infantil e séries de tv. É claro que eu poderia pedir desculpas e tentar ser uma pessoa mais decente, mas eu não vou fazer isso simplesmente porque não vai ser assim. Vou continuar sendo uma pessoa problemática e afastando as pessoas, porque é só isso que sei fazer. E talvez seja só isso que eu quero fazer.