sábado, 6 de setembro de 2008

Outro dia estava tão quente que dava pra fritar um ovo

E mais uma semana se passa na minha mais que emocionante vida... e conforme o tempo passa eu posto menos, mas o google redireciona mais gentes aleatórias prá cá. Vai entender!
Terça-feira eu descobri que o texto não fazia muito sentido porque o professor não colocou a parte mais importante no xerox ¬¬! Para a semana que vem eu baixei o texto da internet, que é mais garantido.
Essa semana terminei The Great Gatsby, de F. Scott Fitrzgerald. É um livro que demora um pouco para começar a ação, mas quando começa prende muito a atenção. Resumindo toscamente o livro é contado do ponto de vista de Nick, que afirma no início não fazer julgamentos sobre ninguém e assim se envolveu com alguém que representa tudo que ele desprezava, seu vizinho Jay Gatsby(no final ele vai dizer que não é tanto ele, mas o que foi feito dele). Gatsby sempre fazia festas enormes em sua mansão, mas não aproveitava nada, pois sempre foi apaixonado por Daisy, prima casada de Nick. É quando ele tenta se aproximar novamente que o livro pega fogo. Além de romance e tragédia o livro detalha bem a sociedade em que o próprio Fitzgerald vivia: rica, luxuosa e amoral, a época do Jazz(entre a primeira guerra e a queda da bolsa de 29, tempos da lei seca etc). Muito bom e reomendado, além de ser curto.
Outro livro que eu li essa semana foi Abril Despedaçado, de Ismail Kadaré(e que foi adaptado por Walter Salles). Eu gostei bastante do filme, e mais ainda do livro, é claro. No livro, duas histórias correm paralelas: Gjorg Berisha deve matar alguém do clã dos Kryeqyq, devido a uma não tão antiga rivalidade entre as duas famílias: eles seguem o Kanun, código antiquíssimo da Albânia que(entre outras coisas) estabelece o dever de se matar quando alguém da família foi morto; ao mesmo tempo, um jovem casal de recém-casados da cidade decide passar a lua-de-mel nas montanhas, pois o marido é um escritor que defende com veemência o Kanun(segundo ele é trágico sim, mas também é grandioso). Gjorg, após ter matado o assassino de seu irmão, recebe a 'trégua' de um mês: depois disso pode ser morto a qualquer momento. O título do livro refere-se ao tempo restante de Gjorg, sua trégua termina no meio de abril. As duas narrativas seguem juntas, Gjorg, depois de matar, lamenta-se sabendo que não poderia ter escapado desse destino e o casal discute sobre o Kanun, com direito a até uma digressão do feitor de sangue, homem que coleta o dinheiro cobrado por cada morte(pois é, o governo local ganha dinheiro com isso). Há uma parte em que ele diz que a cada ano diminuem as mortes, o príncipe cobra-o por isso, e que se naquele 17 de março não houvesse o assassinato cometido por Gjorg talvez tudo estivesse perdido. Outra parte que eu gosto é quando dizem que o escritor não faz nada para impedir tantas mortes, ele só consegue ver e escrever sobre isso, mas pra quê? E claro que a parte mais bonita é SPOILER EM PRETO o final, a esposa do escritor e Gjorg se olham, apaixonam-se e fica aquela ansiedade se vão se encontrar ou não, ele tenta correr atrás da carruagem preta e, assim que sua trégua termina, perto de vê-la novamente ele leva o tiro e seu último pensamento é que seu assassino é ele mesmo, e que morreu um mês atrás. FIM DO SPOILER!
Falando em livros, os que eu encomendei há um mês chegaram e lá fui eu para o shopping de rico pegá-los. Chegando lá, vou direto à livraria, acho o lugar de encomendas, tiro o recibo e a moça diz 'mas esse papel é da livraria X', e eu me toco que estou na livraria Y! Balbucio qualquer coisa e saio correndo em direção à livraria certa, onde pego meus queridos livros da loeb. Aproveitando que estava por lá, decidi assistir um filme. Hm, que tal esse o Nevoeiro, que parece de suspense? Mais para frente vocês verão como essa idéia foi ruim...
Tinha bem pouca gente na sala, o que é ruim para um filme de suspense/terror, porque parece que você está sozinho, mas por outro lado é bom, porque ninguém vai ver você fechar os olhos de medo. Enfim, o filme começa com uma tempestade terrível, que destrói a janela do protagonista, e ele e o filho vão ao mercado na cidade comprar coisas para estocar. Quando um terrível nevoeiro chega e envolve toda a cidade uuuuuuuh incluindo o mercado, e um cara chega com o nariz sangrando e dizendo que há coisas no nevoeiro. Alguns saem do mercado e são mortos rapidamente. Uma mãe diz que deixou os filhos em casa, pergunta se alguém quer acompanhá-la mesmo com os monstros lá fora e sai sozinha. Em pouco tempo todos entram em pânico: tentáculos puxam um cara que abre um pouco o portão dos fundos, uma fanática religiosa começa a dizer que é o apocalipse e que ela é a mensageira divina, insetos gigantes quebram o vidro da frente e pegam as pessoas. Daí a turminha do bem planeja uma fuga do mercado, mas precisa encarar os fanáticos doidos. Antes que alguém diga que o filme é contra a religião, podemos lembrar que o inseto não mata a mulher mais religiosa. Para mim o filme(e provavelmente o livro também) é sobre a reação das pessoas a acontecimentos que elas não entendem. Há muita discussão no filme, as pessoas ficam toda hora achando que as outras estão falando aquilo só para desprezarem-nas, e as pessoas rapidamente entram no papo da fanática. Apesar de muitas cenas ugh!! o filme também tem muito diálogo. O motivos dos acontecimentos é bem... vamos dizer, não muito original entretanto semi-plausível e o final do filme(que não é o mesmo do livro) é bem controverso SPOILER enquanto no livro(segundo eu li) o fim fica em suspenso, com pai e filho viajando de carro, no filme a gasolina acaba no meio da névoa e as pessoas do carro decidem morrer por tiro a serem comidas. Como só tem 4 balas no revólver, o protagonista mata todos, incluindo seu filho, entra em desespero(lógico né) e sai do carro para ser morto por um bicho, quaaaaando chega na verdade um tanque do exército, o nevoeiro se dissipa, soldados passam com lança-chamas e ele vê no caminhão de sobreviventes a mãe que queria sair do mercado com seus dois filhos. Bem desesperador! Aí a gente pode pensar 'mas se ele tivesse esperado dois minutos!'. Esse fim foi realmente de terror FIM DO SPOILER.
O filme é bom, a idéia de vê-lo foi ruim porque à noite, enquanto eu era atacada por mosquitos e seus zumbidos não conseguia parar de pensar nele e no triste Abril Despedaçado.
Falando em coisas de suspense, li o mangá 20th Century Boys, do mesmo autor de Monster, Naoki Urasawa. Aqui, um grupo de amigos de infância descobre que suas brincadeiras e seu símbolo foram tomados por um tal de 'Amigo', que mata um(ou mais!) do grupo. A identidade do verdadeiro 'Amigo' é uma grande supresa, toda hora o autor faz parecer que é alguém, para depois mostrar que não. O esquema do mangá é semelhante ao de Monster: mocinho bonzinho, vilão traumatizado de infância que conhecia o mocinho, moça forte que luta pelo que quer, policiais e políticos corruptos e sedentos pelo poder. No entanto, 20th Century Boys me parece mais grandioso: a história caminha numa direção mais apocalíptica/sobrenatural e o mocinho vai descobrindo a força dentro de si. Muuuito bom! Recomendo a todos! E tem 22 volumes(mais dois do epílogo).
E hoje no banho escorreguei e caí, deixando minha mão direita num estado não grave, porém dolorido. A Chel me emprestou um negócio de colocar no pulso e estou conseguindo digitar e usar o mouse, mas quero ver para limpar a casa...

5 comentários:

Rachel disse...

uhuuu primeira; mas como assim vc viu nevoeiro sem mim...humpf não li os spoilers pq quero ver.Pelo menos sua semana foi produtiva do ponto de vista literário, o que não posso dizer da minha. Resolução terminar o livro que vc me emprestou hehehe

Luciana Omia disse...

nem falou pq machucou a mão, conta do hómi no banheiro, conta ahuuahhahuhua
momis o livro que vc me deu e mais pra profes mesmo

Unknown disse...

que ótima desculpa para não limpar a casa... e ainda lerei estes livros...

Anônimo disse...

o roteiro do filme do nevoeiro é do stephen king, o que havia me conduzido a piratea-lo, oooops, baixa-lo... a despeito dos (d)efeitos especiais que sempre exageram (nao sei pq eles nao aprendem q deixar subentendido eh sempre melhor!), o roteiro como sempre é excelente... recomendo... alias, adoro aquela louca religiosa... excelente interpretacao e um modelo para VARIAS pessoas com as quais convivemos... lamentavelmente...

Anônimo disse...

Mônicaaa achei vc!!! Passei pra dar um oi!!!hehehe Ahhhh boas melhoras pro pulso!