quarta-feira, 1 de abril de 2009

Interrompemos a transmissão urgente de fatos aleatórios e pseudoculturais de M para transmitir um mimimi da mesma.
Esses últimos dias percebi de verdade que é preciso pesar as consequências das nossas ações. Uma coisinha que a gente acha que é simples tempos depois se transforma em algo que merece um post gigante de uma pessoa morrendo de sono.
Fui tentar dormir agora e o que percebo? Sim coleguinhas, o gato fez xixi na minha cama. Pela terceira vez... em uns dez dias. Imaginem como estou feliz e bem-humorada/bemhumorada neste instante.
Tudo começou já faz umas semanas, quando o gato parou de usar a areia. Sabe-se lá porquê, mas sabe-se que ele começou a usar a areia do vizinho. Daí o cachorro da amiga da Chel fez xixi no pote dele(que eeeeeu lavei). E então o gato fez xixi nos meus bichinhos que tinham acabado de voltar da lavanderia e eu tive que mandar de novo. Alguns dias depois, ele faz xixi nas camisetas em cima da cama. Dessa vez achei melhor lavar na mão, e lá vou eu esfregar com sabãovanishvejaálcool e deixar de molho por um dia(não um dia direto, algumas horas, depois lavar de novo e molho de novo). E é claro que uma camiseta continua fedendo e irá para o lixo. Hoje, após um dia estafante de não fazer nada vou dormir e, surpresa de novo! Xixi de gato no travesseiro e no edredon. Deixei tudo no tanque lá fora, para levar para a lavanderia(de novo!). O foda é que da primeira vez eu já tinha perguntado pra Chel 'cadê a pá pra limpar o xixi do outro gato na areia do Didi?' e ela disse 'sumiu' e fim, nem procurou(essa era meio que responsabilidade dela, como a minha é colocar comida).
Antes que me venha mais um stalker que nunca comenta achar que estou falando mal do gato, já digo que não é isso. A questão é que quando decidi adotar o gato junto com a Chel achei que ia ser fácil, como era fácil cuidar das gatas da república. Dá comida, troca areia, leva no veterinário de vez em quando... às vezes o gato quer amor, você dá e fim. Mas que nada, nesses poucos meses de se tentar criar um gato de rua ele já deixou a gente sem dormir quando tentamos torná-lo um gato caseiro, trouxe baratas, pássaros pequenos e grandes mortos, e agora, xixi na cama. Embora, como tenha dito a Chelvis, possa ser também o gato do vizinho, aquele que eu já peguei comendo a comida do Didi. Se com o gato já estamos tendo problemas, imagina com filhos? Sério, tem que ter muito instinto de preservação da espécie ou medo de ficar sozinho na velhice para querer passar 9 meses com alterações no corpo para depois se arregaçar tendo o filho, passar noites em claro cuidando da coisinha que só cagacomechora, ensinar tudo que a criança curiosa quer, ouvir do filho que ele te odeia na adolescência e ser trocada por outra pessoa quando fica adulto.
E também achei que eu gostasse de gatos, mas era tudo mentira. Eles são certamente as criaturas mais fofas do mundo, mas a companhia deles não me alegra, e eu canso muito rápido de fazer carinho nele(ainda bem que gatos não lêem, ou eu estaria causando danos que precisariam de vários anos de terapia pro gato agora).
Bem, talvez isso fosse necessário para eu descobrir que realmente sou uma pessoa sem coração que não consegue gostar de bebês ou gatos ou coisinhas fofas indefesas. E não sei o que fazer. Obviamente não vou deixar de cuidar do gato só porque é difícil, mas também não sei se dá para tentar trancar ele de novo aqui dentro e não dormir por uma semana, ou trancar ele pra fora pra sempre com a comida e areia e água disponíveis para todos os gatos da vizinhança. Que falha de ser humano que sou! Mas tentarei manter um mínimo de dignidade não jogando o gato fora e inventando algum tipo de desculpa que não seja 'não tinha travesseiro nem edredon e morri de ódio de mim mesma' para não ir à aula de manhã.

6 comentários:

Josei disse...

Experiência de quem tem gatos e gatas: os machos são mesmo mais difíceis, porque eles marcam território ou, em outras palavras, fazem xixi por toda parte. Existem sprays em pet shop para evitar que isto aconteça. Eu nunca testei, porque o povo aqui de casa não me dá credibilidade e não sou eu que tenho o dinheiro, então... Mas deve resolver.

leo disse...

Sera que esta eh a questao? Bom, nao ha nada de natural em cuidar durante uns 18 anos de uma pessoa... o natural do instinto de conservacao da especie seria, no maximo, jogar no mundo um outro ser da mesma especie... todos os outros lacos se justificam por coisas outras que nao 'por' natureza... sugiro (eu, esse malvado!) que o gato seja castrado e que sua (a dele!) natureza seja respeitada (forma polida de dizer: deixe-o sempre fora de casa!)... beijao!

Samara disse...

Se vale de conforto (????) lá no céu dos gatos minha mãe vive limpando xixi de gato (dos machos)... Nao pode deixar a casa aberta q eles vão e mijam... Das fêmeas, só a Jade q faz xixi e cocô pra todo lado (tem problema, não é possível) kkkkkk Macho é bem pior...

Samara disse...

ah, nao sei se vai adiantar muito castrar agora... pra eles não marcarem território, têm q ser castrados bem novinho... ajuda, mas nao é a mesma coisa de castrar bem novo...

Kami Sal disse...

Eu tenho uma cachorra e duas gatas e as adoro, mas, às vezes, juro que me dá vontade de matar. Principalmente, quando miam a noite toda (para as gatas) ou começam a girar e latir inultimente e sem motivo (a cachorra). Mas na maior parte do tempo amo elas.
Quanto a crianças humanas, não me despertam nenhum sentimento. Alias, me irritam profundamente na maior parte do tempo porque são chatas, com cara de joelho e mal educadas (essa ultima parte é culpa dos pais). Pior todos acham que sou obrigada a gostar de crianças só porque nasci mulher. Aff...

Luciana Omia disse...

Isso se chama negação.