segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Você não precisa estar certo sempre

E no fim de semana fui para a cidade-sanduíche, comer, dormir e dar o presente de dia dos pais. Todo ano meu pai pede a mesma coisa: chinelos magnéticos. Mal demos o pacote ele já foi jogando pra longe o par antigo.
Sábado à noite foi dia de Bondencontro, com a presença de quase todas: claro que a Tachona não foi, apesar de ter sido quem propôs que nos encontrássemos. Conversamos, comemos, &c, mas é claro que a lei de murphy não me poupou(esses dias encontrei o Monsieur Rennó, e ele disse que eu sou enrolada e culpo o acaso. Não discordo muito dele...). Estava chovendo, mas não muito forte quando fomos para o ponto de ônibus, eu e Luty. E, de repente, cai o mundo sobre nós. Já completamente molhadas, voltamos para casa trocar de roupas. E eu, que sempre levo uma calça a mais e nunca uso não levei dessa vez e tive que ir de saia e salto u__u.
Quinta-feira assisti os dois filmes que encerraram o festival de cinema japonês contemporâneo da unipunk, Ninguém Pode Saber e Tekkon Kinkreet. Ninguém pode saber ganhou a palma de ouro pela atuação do menino mais velho que precisa cuidar dos seus irmãos quando a mãe, uma doida que nem deixa eles irem à escola, encontra um novo namorado e sai de casa, mandando dinheiro beeem de vez em quando. Além de ficar com raiva da mãe, ficamos com dó do garoto, que tem que cuidar dos três irmãos mais novos, administrar as contas da casa e ser uma criança normal, que tem suas necessidades de fazer amigos e se divertir. O filme tem aquele ritmo japonês lento, tem só um momento de música induzindo a choro, na parte mais dramática do filme mesmo. Vale a pena, assistam.
O outro filme é uma animação baseada num mangá que se chama Preto e Branco, o nome dos dois protagonistas. Tekkon Kinkreet é um trocadilho com Tekkin Concrete- concreto reforçado, segundo a Wikipedia. Tem uma hora que o Branco fala como o concreto é alguma coisa que eu esqueci agora, mas dava um efeito poético. Mas voltando à história do filme, é sobre dois amigos(Preto e Branco, com personalidades distintas como seus nomes) que moram nas ruas e cuidam das coisas da cidade dele até que uns gângsters aparecem e eles vão cuidar disso. Mas, como sempre, a sinopse básica engana. Primeiro que eles são muito fortes e praticamente voam, e o filme tem bastante sangue. Segundo que apesar disso o filme não é especialmente de ação ou aventura, mas sim sobre o relacionamento entre os personagens, e a possibilidade de amar em tempos de guerra urbana. Além disso a animação é muito boa, gostei demais da parte do sonho do Branco.
Terminei de jogar um dos episódios de Sam&Max! Segundo o 40>o, Sam&Max era um jogo 2D policial cômico de ir clicando nas coisas e descobrindo as pistas que caiu com a moda do 3D. A versão 3D não deu certo e eles decidiram ir lançando em episódios porque sairia mais barato. Eu joguei o episódio 104, Abe Lincoln must die. Além do Sam, o cachorro vestido de detetive e Max, o coelho psicopata terrivelmente divertido, todos os personagens podem falar coisas non-sense e engraçadas, se o jogador escolher isso. E tem as piadas sutis(?), como o presidente marionete, o governador ex-ator de tv, o pseudo-russo da loja de conveniência paranóico, &c. Tudo bem que eu travei umas duas vezes no jogo e tive que pedir a ajuda do tio Dos Santos, mas o resto eu pensei sozinha e me achei muito esperta por isso. Quero jogar o resto, eventualmente.
Sexta-feira o marcante foi ter deixado a máquina fotográfica cair no chão e com isso ferrar o canhão da lente e ter que mandar para a assistência.
Ah, finalmente terminei de ler Utopia, de Thomas Morus. Além de ser um grande clássico da literatura ele está na bibliografia secundária de uma das disciplinas que estou fazendo esse semestre. Todos vocês sabem do que ele fala né, o autor conta que encontrou um cara viajado pelo mundo que começou a contar sobre um país maravilhoso chamado Utopia onde tudo dá certo e todos respeitam a lei. Mas é obviamente uma desculpa para o Sr.Morus expor como devia ser o Estado ideal e criticar a ambição dos nobres e poderosos, inaugurando o socialismo e o comunismo(seja lá qual for a diferença entre eles, que eu já esqueci). Vocês também sabem que utopus vem do grego e quer dizer não-lugar(mas não é grega, ela foi cunhada por ele) e essa obra inaugurou o gênero utópico(se é que existe um, isso é controverso). Uma coisa que eu achei interessante é quando ele fala dos que descumprem a lei, que viram escravos e trabalham pro Estado. Pois bem, eles fazem o escravos utilizarem colares e anéis, tirando todo o status das pedras raras para que a população não sinta vontade de ter jóias e se mostrar por isso. E isso me lembrou o que eu estava lendo na Consolação da Filosofia, do Boécio, a Filosofia está tentando dizer ao Boécio que ser exilado não quer dizer que perdeu tudo, porque o dinheiro e o ouro são coisas que não têm valor em si: tanto que só notamos seu valor quando nos desfazemos deles.
E já que estamos falando de livros e o post vai ficar gigante e vocês vão poder ler aos poucos porque provavelmente vou demorar a voltar aqui e agora mesmo ninguém deve estar prestando atenção la la la la vamos falar da Bienal do Livro.
Ah não, antes disso teve o sábado passado à noite, eu, a Chel, a Blétis e o amigo da Chel, o... o... er, vamos chamá-lo de atleta de Tai chi. Fomos ao lugar que tem nome de bar, mas as pessoas vão mais para comer que para beber. O coquetel de frutas sem álcool que eu sempre peço tá tão mais caro, mas ele é tão gostoso *-*! E o escondidinho continua uma delícia, nham nham!
E agora, a bienal. Fomos eu, Chelvis e Blétis para a cidade cinzenta na manhã do domingo atrás de livros e livros. Foi fácil chegar, porque tem um ônibus fazendo o translado do povo da rodoviária até o local do evento. Tava cheio de gente, principalmente famílias sem ter o que fazer. Os estandes não estavam tão lotados, só os de auto-ajuda eheheh! E, nossa, como tinha estande de livro de auto-ajuda ou religioso! Além dos de comida no meio e até um da bovespa. Mas o mais cômico foi certamente o dos livrinhos de banca tipo Sabrina, os romances melosos que são todos iguais e em todos a mocinha ama e sofre. O cenário era de um castelo, e os vendedores estavam fantasiados de princesa, noiva, vampiro... e tinham até uma promoção, responda porque precisa de romance em sua vida. Eu e a tia Blétis morremos de rir, a Chel até ficou meio constrangida por rirmos na cara deles. Pena que minha câmera está na assistência, não pude tirar boas fotos disso. Nem do Ziraldo! Nem da turma da mônica, ou do cocoricó, ou dos backyardigans. E encontramos lá a A-lien e o Sephirot, que no dia anterior estavam na cidade-sanduíche.
A parte boa foram as promoções de alguns estandes e os estandes de livros internacionais *-* comprei tanta coisa com bons preços! E até comprei livros pro mestrado, olha que boa estudante eu sou que não compra só clássicos da literatura para se divertir. Voltamos com os pés doendo de tanto andar(e isso que só demos uma volta!) e com as costas doendo de carregar livro, mas é claro que valeu a pena. Agora so falta sair do computador e ir lá ler.

4 comentários:

Anônimo disse...

Primeira!
É, faltaram as fotos da Bienal. Espero que a B. Spears não apague as fotas do celular dela. O pior de tudo é saber que o brasileiro não lê mesmo e vai a uma bienal pra passear e comprar gibis... Eita mundo esquisito...
Tia blétis

Luciana Omia disse...

comprou turma da mônica versão mangá? ehuaheuaheuehauhe

Anônimo disse...

chiq
legal o novo header colorido tbm

Rachel disse...

nunca vi tanta auto-ajuda junta, pelo menos consegui catálogos, que é de grátis hehehe