sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vou tentar ficar, mas é em vão quando você está longe

Bem, hoje teremos um post sobre um assunto quase nunca comentado no blog: livros.
Quase nunca comentado por vocês, claro, porque eu sempre comento o que leio.
O primeiro deles é o sexto livro da heptalogia(?) Em Busca do Tempo Perdido, de Proust. Caso vocês tenham esquecido, no último livro o protagonista estava vivendo com Albertina em sua casa, não porque a amasse, mas porque sentia ciúmes loucamente da menina. Já no começo do sexto livro(eu poderia avisar que tem spoilers, mas vocês nem tão lendo) ela foge da casa(supostamente por não aguentar mais viver numa prisão) e... morre. É baseado em fatos reais, dizem os críticos, porque parece que o Proust teve um amante que ele amava muito e morreu do nada num acidente de avião(aqui ela morre a cavalo). Aí tem os tempos de ele ficar chocado, sofrer lembrando, e não muito tempo depois ele já começa a deixar de amar e as lembranças que ficam são só as boas. Interessante quando ele diz que só consegue dizer que perdeu uma pessoa querida quando não a ama mais mesmo. Outro ponto interessante é que o autor é gay, mas no livro ele é heterossexual e todo o resto que é gay. Enfim, só falta mais um livro para terminar e não se se fico triste ou feliz com isso.
Para a disciplina da unipunk li Rei Lear(eu sei, é vergonhoso não conhecer tudo de Shakespeare). Como o ómi é bão! Conta a história do Rei Lear e suas três filhas, duas delas bajuladoras e uma sincera. Então o rei divide o reino entre as duas bajuladoras e expulsa a sincera. Mas o rei não se toca depois que não é mais rei, e continua tentando reinar, e as duas filhas ficam com raiva e se unem(será?) contra ele. No fim os maus são punidos e metade do elenco morre, claro. Na discussão em sala falaram que a peça foi exibida no natal, e que isso poderia querer dizer que antes da vinda de Jesus o mundo estava em caos porque não tinha mais um rei direito. Bem, mais do que uma peça sobre os malefícios de se dividir um reino e fazer os filhos brigarem por poder, também é um belo discurso a favor da honestidade.
Para encerrar, um livro que eu comprei na loja do sorriso amarelo e com um selo de autoestima na capa, Baltazar Gracián, Manual de Prudência. Comprei porque já foi citado em sala como um livro de conduta 'cavalheiresca' do século XVII. É um dos livros que você vê que a editora não prestou muita atenção, principalmente por ter classificado como autoajuda. Além de se contradizer demais(primeiro diz que boa sorte e má sorte não existem, o que existe é prudência ou imprudência, depois diz que há alguns dias de má sorte e devemos aguenta-los, aí diz para usar de todo e qualquer meio para ser o primeiro, para depois dizer que não se deve trair o caráter por isso), o livro dá umas dicas que eu acho que não é muito autoajuda... do tipo 'a multidão nunca sabe de nada', 'seja uma pessoa diferente com cada um que você encontra', 'arranje um terceiro para fazer as coisas vis por você porque o povo sempre culpa a ferramenta e não o autor'. Gostei do livro, pena que não são todos os aforismas.
Não que eu goste de fazer drama(ha, eu!), mas ó da vida viu. Já estava me sentindo mal por não conseguir escrever um mísero texto de francês(não pelo francês, por não saber me expressar), aí quarta teve prova oral de alemão. Eu estava tranquila, porque sou uma Sprachengenie e falo melhor que, oi, todos. Daí o Herr Rennó faltou por motivos pessoais, e eu mudei de dupla. Só errei uma coisa(ok, errei várias vezes e é uma coisa simples), enquanto a menina errou isso, outras coisas e falou pior, e ficamos com a mesma nota, oito.
SIM ESTOU RECLAMANDO POR UM OITO OK, DEIXEM ME SER NERD, BJS.

2 comentários:

Josei disse...

Classificação de livros deve ser feita por pessoas que não os leram... Uma vez, eu li um livro sobre experimentos em comportamental que se chamava "Aprenda a ser otimista". Deve ter vendido horrores como livro de auto-ajuda.

Luciana Omia disse...

ok deixo