domingo, 12 de setembro de 2010

Lá na rua tem violência e nenhum lugar pra pendurar as roupas

Olá pra você cuja vizinha tem a cara de pau de deixar o despertador ligado de domingo às 6 da manhã e ainda apertando 'soneca' até às 8h.

Li um bocado de coisas(ou não) nos últimos tempos.
Finalmente terminei Moby Dick, justamente quando tava gostando mais dele. Engana-se quem pensa que o livro é sobre caçar baleias, que nada, é um monte de filosofia disfarçada de aventura. Que é o que deixou o livro mais interessante, é claro. Além disso tem uma sutil homossexualidade, embora o tio Dos Santos diga que é coisa da minha cabeça pervertida.
Também li Orlando, belíssimo livro da Virginia Woolf. É supostamente uma biografia de uma moça do século XVII que se vestia de homem, mas também uma homenagem a uma amante da autora. Aliás, o filho dessa amante parece que gostou bastante. Enfim, é sobre um homem que do nada se torna mulher e vive por 3 séculos, mas tudo isso é tratado como se fosse comum. O que é bom mesmo são as digressões da autora, claro. Uma parte que eu gostei bastante é que ela fala que a Orlando era boa com os criados, amava os animais e as plantas, tinha amigos, mas para a sociedade o único amor que a mulher pode ter é o de abrir as pernas, então ela teve que arranjar um marido.
E para encerrar, li Garota Interrompida, sim, o que baseou o filme que eu não vi. É realmente um livro interessante sobre uma moça contando como é ser considerada louca e a vida dentro de uma instituição. Parece que antigamente(nos anos 60) ser promíscua era um sintoma de problemas mentais. Espero que em alguns anos não gostar de sair também seja descartado. Ah, sim, o título do livro refere-se a um quadro do Vermeer, garota interrompida na aula de música, com o qual a autora faz uma belíssima comparação com sua própria vida interrompida.
De qualquer modo, estou com sono e volto ainda essa semana para falar de eventos & filmes &c.

0 comentários: