quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu te conheço, você me dá nos nervos

Vamos começar o post com as boas novas da maratona dos casamentos. Talvez vocês não saibam, mas domingo casaram a A-lien e o Sephirot e meus primos que namoram há dez anos, um na cidade sanduíche e outro na cidade cinzenta, e eu e minha irmã comparecemos aos dois.
O primeiro casamento, na cidade sanduíche, era às 9h e o MCDM ia nos levar de carro mesmo sem saber o caminho. Apesar de uma bronca da Luty por eu ter impresso os mapas na versão texto e não na versão mapa conseguimos chegar com antecedência. O dia estava fresquinho, mas ficaram reclamando de estar muito frio. Bem, ventando estava, tanto que uma hora o vestido da noiva subiu, hihihi. Caham. Eu, Luty e Funny fomos madrinhas chiquérrimas e aguardamos sentadas e jogamos bolha de sabão no casal. A-lien entrou ao som de Yume no Naka e e Accidentally in love, belíssima com seu vestido retrô anos 60 meets gothic lolita meets sapato rosa. O pastor era uma mistura de jornalista com livro de autoajuda e eu quase dormi, mas até que foi rápido. Na verdade tudo foi rápido demais. Quando nos demos conta, já era hora de ir embora :(((((((((((((((((((! Só deu tempo de ve-los dançando a valsa ensaiada com passos de bon odori e o buquê, que a Luty não pegou ohohohohoho! Bem, fomos pra casa e o plano era papis nos levar ao aerporto da Prainha, só que obviamente ele esqueceu e não atendeu o telefone e queria almoçar antes de nos levar. Chegamos com meia hora de antecedência ao aeroporto, que não é tão longe, e me decepcionou um pouco porque imaginava aeroportos como coisas enoooormes cheias de gente chique com mala de rodinha. O avião não era tão apertado e eu senti um frio na barriga subindo e descendo. Só não deu pra dormir porque a viagem foi super curta.
Já na cidade cinzenta, almoçamos salgadinhos do restaurante dos 28 minutos e de lá para a igreja onde meu primo ia casar. A cerimônia não teve nada de interessante além da mamis com formiga na bu falando o tempo todo e querendo atravessar a igreja pra tirar foto. A festa teve salgadinhos bons, especialmente um de catupiry com bacon, e uma janta japonesa(eca) com um filé mignon bizarro empanado em massa folheada. Dancei até cansar e comi os deliciosos docinhos da festa.
E agora vamos para o drama do post e da minha vida. Sexta feira, a caminho da rodoviária, me liga meu orientador, para dizer que meu relatório final foi reprovado e que eu tenho um mês para fazer outro e que se esse for reprovado também terei que pagar a bolsa de volta(na verdade não, porque isso não está no contrato, mas isso não é o mais importante). Ele ia mandar por correio o parecer, mas eu disse que ia viajar, e ficou por isso. Depois ele mandou um e-mail falando que eu não me preocupava, e que eu tinha que ter consciência disso e eu só respondi que tinha dois casamentos e precisava viajar. Falei com o Herr Rennó e ele disse que eu não deveria ter ido ao casamento, porque eu preciso gastar todo meu tempo melhorando o texto que tá horrível e a vida adulta é feita de escolhas assim. Aí fiquei com vontade de desistir, porque nem pensei em não ir aos casamentos, não nasci pra vida acadêmica, só quero traduzir a vida toda não importa se pra isso terei que trabalhar numa coisa chata oito horas por dia. Essa pressão tá me deixando louca, e eu não consigo ver o apoio dos outros como um apoio porque todo mundo me acha tão inteligente e espera tanto de mim e eu estou desapontando a todos não sabendo fazer isso direito.Mas também não quero desistir agora e olhar pra trás depois e me lamentar porque eu não tentei fazer nada difícil nessa vida e sou fraca e covarde, além de incompetente e irresponsável. Só tenho vontade de chorar e comer chocolate, embora comer chocolate não tenha me deixado mais feliz. A casa tá suja, eu não tenho tomado banho e eu me odeio por ter consciência dos problemas mas não efetivamente a vontade de fazer alguma coisa. Mimimimimi mimimi mimimimimimi. Vou dormir que ganho mais (ou não, caso sonhe com professores me perguntando porque não vou fazer doutorado).

2 comentários:

Kami Sal disse...

O aeroporto em questão é aquele que fica no meio do nada e não tem ponto de onibus, nem taxi?
E, bom, eu sei que a A-lien ficaria desesperada se uma das madrinhas faltasse ao casorio dela...
Acho que não tem problema você adiar tudo pra se divertir um pouco. A vida de adulto tem dessas coisas, um monte de responsabilidades, mas se você for responsavel o tempo e só fizer aquilo que é necessario, acabará surtando e não conseguirá fazer mais nada. Às vezes é bom deixar os problemas pra depois e só curtir o momento... Talvez, mais feliz e relaxada tudo pareça menos tragico.

Unknown disse...

Sempre leio. DETESTO comentar. Blog pessoal é assim: se você comenta um post, tá dando pitaco na vida alheia e oi, quem aqui tem mérito pra isso? Ninguém.
Mas lá vai.
Você é meio como eu, no melhor estilo "your wit is a blessing" e blablabla. Enfim, somos gênios, fazer o quê. *cof cof*
Mas o preço é grande: os padrões são altos. E somos os piores juízes ever. O mundo todo pode achar X ou Y, mas no fim das contas, é o que a gente acha que põe a gente no chão, ou no topo do mundo. É a gente. É você.
O meu pretenso pitaco é esse: esqueça os outros. E Senão, você vai sofrer 3 vezes: por você, por eles, e pela sua opinião sobre eles. Esqueça seus julgamentos E os julgamentos dos outros. E volte a trabalhar nos seus projetos, não como se eles fossem uma grande calamidade reprovada from hell, mas... Como algo novo. Um novo desafio. Veja as coisas com olhos frescos e acredite no seu julgamento, e no seu potencial.

Lembre-se que nós gênias podemos tudo. hohoho