quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Mas eu percorreria 500 milhas, e mais outras 500

E chegamos ao fim de mais um ano no blog! Apesar de hoje ainda ser dia 24, viajo para a cidade cinzenta amanhã de manhã e só volto em 2010.
Ficar na cidade sanduíche nunca é nada muito diferente: comida, computador, pai contando as mesmas histórias da infância e mãe reclamando do pai e da irmã. De natal ganhei dinheiro, e juntamente com a Luty(caso ela me pague) demos uma sessão no spa pra mamis e um violão pro papis. Surpresa, claro, então ouvirei mamãe reclamar eternamente que ela foi com uma roupa não arrumada a um lugar chique e papai dizendo que gastamos muito dinheiro com ele.
Terminei de ler o mangá de Tsubasa Reservoir Chronicle, e o seu irmão, XXXholic até onde foi lançado.Vocês sabem a história básica né, em TRC há várias dimensões paralelas, um mago do mal faz com que as memórias da Sakura se dissipem e guerreiros de dimensões diferentes com objetivos diferentes acabam indo atrás das penas. Desculpinha da clamp para reciclar praticamente todos os personagens de seus mangás com muitas cenas de ação e uma história MUITO maluca. Horrível. Já XXXholic é um mangá com personagens e histórias inéditas. Watanuki é um jovem colegial que de repente se vê empregado em uma loja espiritual pela bruxa Yuuko, a que deu aos viajantes de Tsubasa a capacidade de viajar pelas dimensões. Não é o melhor do clamp também, mas ao menos tem uma moral mais definida, como 'cuidado com o que deseja' ou 'não se sacrifique pelos outros pois eles se preocupam com você'. O ponto fraco é certamente a relação com o outro mangá.
Agora, comemoração dos 500 posts! Onde estávamos em:
post 1:Primeiro post na verdade é um 'nya', para testar o blog. reclamando do weblogger. Ainda tínhamos esperança de que ele voltasse à vida...(dezembro 2005)
post 23: é o post de 4 anos atrás do post passado. (dezembro 2005)
post 100: avisando que os títulos dos posts teriam música daquele dia em diante e avisando também da viagem de carnaval para o sítio do Herr Rennó. ( fevereiro 2006)
post 200: eu reclamando do calor do inverno e das coisas que queria ter feito e precisava fazer. Nada mudou... (setembro 2006)
post 300: bondencontro num recanto fora da cidade, um dos últimos, provavelmente. (fevereiro 2007)
post 400: post longo, com direito até a dolls e respostas aos comentários. Inclui festas de família, problemas hidráulicos e memória celular. (abril 2008)
Bem, além disso, gostaria de perguntar aos fiéis leitores quais os posts favoritos de vocês(se é que lembram de algum) ou algum teste que eu fiz, ou história minha sem noção.
A retrospectiva de 2009 é: indecisão-solia-mahjong-mestradoq-idiomas-internet-internet-internet-solia-plantsvszombies-timemanagementgames-indecisão-solia. Além disso emagreci, mas vou voltar a engordar tudo de novo em 2010, porque exercícios são coisas muito chatas, ou são legais e fodem meu pulso. Li Proust e me apaixonei, e recomendo a todos. Odiei ainda mais a humanidade, mas mesmo assim conheci muitas pessoas, algumas legais. Fui chamada de emo, esnobe e bonita. Amadureci, estudei, mas nunca o suficiente, e não é porque me cobro demais. Continuei a mesma em muitas coisas ruins também, e me dói pensar que serei assim para sempre e que talvez não queira mesmo mudar, não importa quantos anos passem e quantos posts pessimistas eu escreva.
Bem, não gosto de medir em anos bons ou ruins, mas espero que em 2010 eu resolva o que fazer da vida e faça direito. Aos leitores, que tenham uma boa vida, e decidam comentar em todos os posts.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

No natal passado, te dei meu coração, mas no dia seguinte você jogou fora

Acreditem ou não, este é o post 500 do blog. Após 4 anos de constante declínio na produtividade de posts, atinjo o marco semi milenar. Claro que eu poderia fazer um especial do blog, e farei, mas antes, o que fiz nessa semana.
Sábado fui à apresentação de flamenco da Chelvis, ainda meio morrendo do resfriado. O número dela foi bem bonito e complexo, o problema foi a apresentação de dança do ventre que aconteceu na segunda metade do espetáculo. Olhem pra minha cara e vejam se pareço gostar de ver moças rebolando as coisas no funk das arábias... Filmei e a amiga da chelvis da cidade cinzenta, vamos chamá-la de Lulu da Pomerânia, a Lulu tirou fotos com sua máquinha super chique dos eua, e vai vender os cds com fotos e filmes para as alunas.
Quinta-feira(com ou sem hífen?) fui assistir à uma apresentação única de dança barroca. Única porque a disciplina não será mais dada na unipunk. As pessoas não estavam muito a caráter, mas algumas tinham máscaras, e a música era ao vivo. Foi como nos filmes que retratam o século XVII, achei muito legal. Bem, a professora dançando foi, os alunos deixaram a desejar, quase lembrei das apresentações da educação física ehehe!
Mais à noite fui com o Violinista e o 6 na casa de... Deus, para conversar e ouvir música. Eles tocaram uma versão horrivelmente assustadora de Noite Feliz, arranjada por Alfred Schnittke. E depois ficaram improvisando altas coisas, pena que minhas pilhas morreram. Uma hora o 6 se entediou, ou ficou com dó de eu ser a única não música e começou a me alfabetizar.
Bem, 500 posts em 4 anos. Vamos fazer uma retrospectiva rápida. O que estava eu fazendo há exatamente 4 anos?
-2005 - indo ao amigo secreto do grupo de jovens fãs de animação japonesa da cidade sanduíche. Poxa... faz tempo mesmo...
-2006- formatura da tia Funny na cidade cinzenta. Bons tempos de festanças...
-2007- muitos filmes. Fim do curso da pós da cuspe do qual me lembro muito pouco hoje. Bons tempos de fim de graduação...
-2008-voltando para a cidade sanduíche e sendo pessimista, igual a esse ano. Ceia de natal com a Chelvis, que não quer fazer esse ano.
Algumas curiosidades:
-o blog começou no weblogger, e era meu e da Luty, mas ela desistiu porque queria confete nos posts dela e nunca tinha.
-Comecei a colocar letras de músicas nos títulos em fevereiro de 2006.
-Troquei de template inúmeras vezes, mas esses tempos cansei e só troco a imagem do topo.
- Tenho 44 marcadores(q/ nem eu sabia que eram tantos!), o mais usado é o de filmes, em seguida lei de murphy, e então vem livros.
-edit -reparei que um dos posts era só rascunho, então esse é o post 499. Post 500: resumo do ano e do blog, aguardem(ou não).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

É o humor que estou...

Daí que essa semana fiquei resfriada e de molho, fazendo absolutamente nada. Sério, que coisa horrível! Só assoar o nariz e ficar no computador. Não nasci para isso. Também não para trabalhar, mas enfim... aproveitei para atualizar os links, embora tenha esquecido de mais da metade deles. Aproveitei e fiz uma conta no famoso 'me adiciona', não que eu queira adicionar ninguém, mas para reunir links diversos.Para o post não ficar muito vazio, testes...




Your Sloth Quotient: 63% -- haha mentiiiira!!!

You're a pretty lazy person, and you relish in your own sloth.
While being lazy does feel good, you're missing out on the really good parts of life that take a little work.






You Are a Haunted House - eba!


You are a deeply complicated and sometimes deeply disturbed person.
You can't help but be attracted to the dark side of life - even when it's pretty gruesome.
In relationships, you are honest and real. So real that it's definitely a little scary.
You don't fake it or play along just to get along. And people either respect this... or deeply resent it
Your life is thoughtful, deep, and even philosophical at times.
You see the world as it is. You don't sugar coat anything.
Facing and fighting your fears is important to you. You believe that too much of life is whitewashed.
You're not too morbid... you just believe that you can't enjoy life without exorcising a few demons first!
At your best, you are brave, intense, and fearless.
Not only do you face the abyss head on - you challenge your friends to do the same.
At your worst, you are depressed and morose.
If you're not careful, your thoughts take over your mind... and they aren't pretty!






Your 80s Hunk is Jason Bateman - nem conheço


Back in the 80s, you would be a typical cute girl next door.
So it's no surprise your guy is the ideal guy next door.
You go for a guy who's sensitive, sweet, and sexy without knowing it.
You prefer to be with a guy who focuses his attention on you... not showing off!







Your Vocabulary Score: A-


Congratulations on your multifarious vocabulary!
You must be quite an erudite person. - aham /not


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Decore os salões com ramos de Ilex

Daí que hoje estou resfriada, menstruada e com estudos mega atrasados. Qual a primeira reação? Ir chorar na cama a tarde toda com um rolo de papel higiênico, é claro! Mas, como vocês sabem, decidi não ser mais uma criança mimada que chora sempre que as coisas não dão certo, e vim postar no blog para ter a ilusão de estar fazendo alguma coisa útil.

Vou esquecer de algumas coisas no meio do caminho, mas vamos lá.
Fui à feira do livro na cidade cinzenta, e nem comprei muita coisa, considerando que dois livros eu já li mas queria ter em casa e dois outros são presente. Encontrei e conversei com o magnânimo Herr Rennó, que ainda pegou um livro para mim na biblioteca(sim, eu só me aproveito dos meus amigos).
Na terçafeira(agora escreve junto?) seguinte foi a apresentação de roda de hamster. Fiquei nervosa mas no fim deu tudo quase certo. Um dos meninos foi pro lado errado numa hora, só que ficou parecendo que eu é que tinha errado. Perguntei ao Violinista se tinha sido tão ridículo quanto ele esperava, e ele respondeu 'muito mais' e que, no entanto, fora a melhor da noite. Fiquei até o fim, já que as apresentações da rachelvis foram todas no final, e sofri demais com as apresentações alheias, principalmente com as de pular corda, que o povo errou tudo. Também, quem é monitor dessa atividade né chelvis...
No fim de semana voltei à cidade cinzenta para o aniversário de uma pessoa palhaça que visita o blog e nunca comenta, portanto não darei parabéns nem muitos detalhes aqui. O que importa é que fomos ao boliche e eu, mesmo com problemas no pulso e não devendo jogar, joguei e fiz um strike e um spare \o/! Dormi no apartamento de uma moça que sempre cede a casa ao povo e fui embora domingo.
De filme, acho que vi mais coisa mas não lembro? Então o review ou resenha ou resmungo de hoje vai para Do começo ao fim, polêmico filme brasileiro sobre o incesto de dois irmãos. E só. Nenhuma atuação memorável, roteiro sem graça de filme romântico e buenos aires parece uma cidade sem graça. Até as bee que estavam no cinema falaram 'cabô? assim?' quando acenderam as luzes. Claro que é um filme inovador por tratar desse assunto como se fosse um filme romântico qualquer, mas essa virtude é o erro do diretor também. Sem tensão, sem história e tem aquelas coisas óbvias como falar do collor pra mostrar que hoje em dia eles são adultos, aí eles passam por um cemitério e a babá não quer deixar entrar porque morte não é coisa de criança e meses depois alguém morre, e uma hora a criancinha fala pra mãe nunca deixar prenderem eles numa gaiola, embora não se toque no tema do preconceito. O pior de tudo, porém, é quererem que eu acredite que os irmãos só se tocaram depois que a mãe morreu, quando o mais velho devia ter uns 27 anos. Enfim, só valeria a pena se as cenas deles pelados tivesse um com o pau duro ou algo assim.
Li Eterno Marido, do Dostoievski, pelo meu projeto de ler tudo que ele escreveu. É sobre um marido que vai visitar o amante quando a esposa morre. O título vem da descrição que o amante dá do cara, que ele é desses que nasceu para ter uma esposa e aguentá-la e sustentá-la. Pode parecer um drama, mas na verdade tem muito suspense, e os personagens não são óbvios. Duzentas páginas que passaram voando, recomendo.
Agora sim posso ir pra cama chorar e ter dó de mim mesma. Ou posso sair na chuva e comprar o chá de vick que minha mãe sempre fala para eu tomar quando estou resfriada. Ou posso jogar mahjong...


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tentamos ser fieis, mas estamos traindo

Quinta-feira vou à feira do livro na Cuspe, mas como hoje é o dia internacional do livro, que tal um post? Mesmo que vocês tenham sido todos putos e não comentado no post anterior.

Enfim. Aproveitei o feriado para terminar umas tarefas e coisas do mestrado, e também fui assistir 500 dias com ela, cuja trilha sonora possui duas (boas) músicas da Regina Spektor. A propaganda do filme é que não é uma comédia romântica, já sabemos de cara que o romance não vai dar certo, &c. Não acreditem(e aí vem spoilers). Basicamente o cara se apaixona, namora, mas a menina não tá assiiiim apaixonada e acaba. Ele fica arrasado, mas supera e termina conhecendo outra garota, fim. O amor ainda existe e é lindo e se não dá certo era porque não era a pessoa certa. Meigo demais pra mim, e além disso é aquela velha história da moça bonita conquistada pelo cara legal. Morram todos.
Além disso fui visitar com a Chelvis a Jayna e o Jayno na casa deles. Almoçamos em um restaurante vegetariano que não tinha lá muita opção em salada e de sobremesa algo igualmente saudável, chocotone com sorvete. Conversamos, vimos foto, tiramos foto, e fomos embora.
Hoje, lendo um artigo, me irritei demais. A moça escreveu 'AUTOR, op. cit.', mas não tinha citado nenhuma obra dele antes. Devia ter recortado de algum capítulo da tese e não se tocou. Grrr! Pelo menos tem uma bibliografia.
Assisti a mais filmes esses dias. O primeiro é 'A onda', filme feito para a televisão e que inspirou o filme alemão do ano passado Die Welle. Na verdade ele foi baseado em um 'experimento' feito por um professor de história dos eua. Os alunos ficavam perguntando como foi possível que os alemães deixassem hitler matar milhões de judeus, e como que não eram todos nazistas mas apoiavam o nazismo, &c. Então ele teve a ideia de disciplinar os alunos, e fazê-los sentirem como se fossem parte de um grupo. E o povo aceita muito facilmente e gosta, e convida outros alunos, até que começam a bater em quem não é do grupo e agir como os fascistas. Então o professor avisa aos participantes da onda que tudo é parte de um projeto maior e que irão conhecer o líder em breve. E o líder, tchanan, é um filme do Hitler, e assim ele ensina aos alunos. Só fiquei triste pelo aluno excluído que ia voltar a ser excluído. A moral da história(real) é que ninguém presta mesmo... ficam falando mal de hitler como se fosse o demônio, mas se estivessem no lugar dele fariam o mesmo, matariam/deixariam morrer qualquer minoria.
Assisti também Hedwig and the Angry Inch(cuja título aqui ficou 'rock, amor e traição', mais brega impossível), refilmagem de um musical meio cult. A história é cômica e dramática e principalmente bizarra. Hedwig é uma cantora(?) de punk(?)/glam que vai contando sua história através das músicas em pequenos shows de restaurante. Ela na verdade é Hansel, um rapaz que morava na Alemanha oriental, até conhecer e se apaixonar por um militar americano, que casa com ele e leva pro eua. Mas para casar, ele força o jovem a fazer uma cirurgia de mudança de sexo. A cirurgia não dá muito certo e ele acaba ficando com uma polegada de pênis(ahn-ahn)e é abandonado pelo marido. Em seguida se apaixona por um adolescente que o larga e ainda rouba suas músicas. Parece um dramalhão, mas é engraçado e tem boas músicas, como a abaixo. Além disso tem inspiração em uma parte do Banquete de Platão e Hedwig diz que foi chutado da universidade depois de apresentar um trabalho chamado 'You, Kant, always get what you want'.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sua presença domina os juízos feitos de você

Daí que essa semana foi a semana da primeira vez. Fiz altas coisas pela primeira vez.
Em ordem cronológica: segunda cortei o cabelo do Violinista, porque ele não queria pagar um cabeleireiro. Ele só estava com uns mullets horríveis, então taquei a tesoura de cortar papel e cortei. Até que ficou bom por ter sido a primeira vez, ele só reclamou de umas duas coisas depois. Depois, indo à unipunk bandejar de carona no carro do Seis, um carro bateu atrás, anotamos a placa e depois da janta fui pela primeira vez a uma delegacia. Como já era noite estava bem vazia e não muito emocionante, mas aprendi que policiais não gostam de piada nem sabem português.
Já na terça eu fiz biscoitos alemães, e eles ficaram bons! Ou as pessoas foram educadas. A opinião da Chelvis não conta porque ela é uma avestruz... Os biscoitos foram para a minha apresentação, já que na semana anterior eu faltei para ir ao show e tive a cara de pau de dizer que estava estudando(primeira vez que minto assim para uma escola também).
Bem, essa semana também assisti o primeiro Fama, para comparar com o segundo. O esquema do filme é o mesmo, mostrar a evolução dos alunos em pequenas cenas e terminar com a formatura. Só que aqui tem mais... problemas, eu diria. Tem o gay, o que não sabe escrever, aborto... e a cena do 'teste do sofá' acontece mesmo. Em compensação, tem uma cena gratuita de peitos e as histórias não são muito bem desenvolvidas também. Pelo menos a música tema toca durante o filme.
E na aula de tragédias o professor passou duas versões de Édipo Rei. A primeira tem texto do Yeats e é dos anos 50. O futuro capitão Kirk faz parte do coro e o Hal-2000 é o mensageiro de Corinto, olha que chique! A montagem é meio tradicional meio modernosa, todos usam máscaras e roupas no estilo antigo, mas o Édipo é todo dourado e a Jocasta prateada, e os que sabem da verdade usam branco, contrastando com o coro, que usa cinza/marrom. Achei lindo! A segunda montagem tem música do Stravinski e texto em latim que foi adaptado do grego primeiramente para o francês. Além disso o interlúdio(?) é na língua de quem estiver montando, como foi encenado no Japão, toda hora aparece uma japonesa muito louca e malvada que parece estar rindo do Édipo. E o mensageiro usa roupa de samurai, muito bizarro.
Finalmente terminei de ler La Disparition! É um livro francês cuja maior peculiaridade é não ter a letra 'e'. Às vezes o autor rouba e usa uma ou outra expressão em inglês, ou abrevia cortando o 'e', e em outras ele humilha, fazendo uma enumeração enorme, ou criando textos em inglês e em alemão. Mas o texto em si é sobre a Danação, ou melhor, começa com Anton Voyl(brincadeira com voyelle, vogal) desaparecendo e seus amigos se reunindo para saber o que aconteceu. Com o passar do tempo(ou das páginas) mais pessoas vão desaparecendo e vamos sabendo de uma história que parece irrelevante, mas não é. Vale bastante a pena! Não encontrei nenhuma tradução para o português, mas tem uma para o inglês, se não me engano.
E é isso aí. Post já está grande, vou poupá-los de minhas reclamações costumeiras de como nunca nada muda em mim e nunca vou conseguir ter uma alta autoestima.

sábado, 14 de novembro de 2009

Viu, mas não escreveu

É triste como as coisas mudam, mas nunca para melhor. Como o blog, por exemplo, tão abandonado e eu sempre dando desculpas por esquecer de atualizar...

No fim de outubro fui para a casa dos meus pais, dormir e comer. Assisti ao filme do Michael Jackson com a Luty e não achei graaaandes coisas. É como pagar para ver um dvd... tem uns extras de bastidores, Michael dizendo que precisa poupar a voz, enfim, só que a gravadora certamente vai ganhar mais dinheiro assim do que se fosse vender os dvds direto. Além disso também tivemos um bondencontro especial de halloween, com bexigas laranjas e copos pretos, no qual comemos e conversamos sobre a vida. Ó da vida adulta, pessoas já falando de empregos e casamentos e eu aqui vivendo de mestrado&internet só observando as pessoas normais e suas complicações, sem saber se um dia estarei completamente adaptada à vida em sociedade.
Daí que não é porque não apareço aqui que estou necessariamente muito ocupada na 'vida real'. As louças estão empilhadas, a casa uma sujeira... e eu posso culpar tudo no meu pulso dolorido! Olha só que fácil! No entanto, não parei de ir às aulas de roda ginástica, das quais terei que desistir inevitavelmente(talvez na próxima ida ao médico).
Assisti a versão nova de Fama nos cinemas. Sabem do que se trata né, um colégio especial de artes performáticas: dança, música, teatro. O filme tenta fazer um super panorama, desde as audições até a formatura na vida de uns 10 alunos, e nem preciso dizer que não dá certo. Fica tudo muito rápido, não vemos como eles superam seus problemas, só que superam(ou não). Além disso mudaram o cabelo de alguns, mas todos ficam com a mesma cara nesses 4 anos. O ingresso só vale pela Karen de Will&Grace, interpretando aqui uma professora de canto.
Além de não postar no blog e não arrumar a casa, quis ser ultra rebelde e fazer coisas irresponsáveis. Decidi na segunda-feira ir a um show na terça na cidade cinzenta, sem saber como ir ou como voltar. Graças ao meu perfil semifalso de orkut consegui gente pra me acompanhar de metrô/trem. Meia noite achei mais pessoas da cidade para ir junto. Terça de manhã consegui carona de carro. Quisera eu fazer algo emocionante e perigoso, mas quiseram os deuses que eu não me arriscasse nem matasse minha mãe do coração. Bem, a intenção é o que conta, não é mesmo? Chegamos lá uma hora antes de começar e estava bem vazio, até consegui ficar na grade. Às 22h começou Super Furry Animals, o pessoal não se empolgou, mas eu gostei de algumas músicas. Tocaram uma hora e saíram, e a esse ponto, a casa já estava mais cheia, mas ainda vazia. E então, Gogol Bordello! \o/! Gentes, cês não sabem o que é um show se não viram isso. Todo mundo pulando e cantando o tempo todo, as músicas todas emendadas e eles correndo de um lado pro outro do palco por duas horas! Valeu muito a pena, de novo! E ainda no fim do show os integrantes foram pro espaço entre o palco e a grade agradecer o público e pegar nas mãos do povo *-*! Quando saímos, a rua estava toda escura. Claro, era a noite do famoso apagão, e apesar do vocalista ficar falando que lá fora estava escuro mas que nós tínhamos luz eu nem me toquei que poderia ser isso. A casa de shows era o único lugar com gerador das redondezas, e após alguns minutos de filme de terror a luz já estava voltando em algumas ruas, e quando chegamos em Zefir a energia tinha voltado completamente.
Para completar a semana, mais música ontem, mas dessa vez clássica e em Pequenínea, com carona certa de ida e de volta. O foda de ir com músicos é que não tem com quem discutir se foi bom ou não. Para mim é tudo sempre lindo, mas para eles uns foram melhores que outros, um foi muito ruim, não sei o quê de não sei qual movimento é lindo, &c, &c.
E é isso aí. Vou ver se tomo vergonha na cara essa semana e arrumo a casa e ajeito os links.
Ahhhhhhhh sim. Estou no google wave e é a coisa mais inútil e divertida dos últimos tempos. Por enquanto só tenho editado &re-editado mensagens da Rachel. Se quiserem um convite(metade dos leitores já tem, mas enfim), mandem mensagem no msn, ou no plurk, ou e-mail, ou me segue e dá RT no post(ha).


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Procuro por prazer em lugares estranhos

Daí que nada de über emocionante me aconteceu na última semana, mas vim aqui postar para não ter que estudar agora à noite.
Bem, aproveitando o espaço, vamos para a seção 'a roda e a vida' de hoje. Como vocês sabem, fiquei algumas semanas de repouso, por causa dos meus ossos defeituosos. Para voltar, achei que ia ser pior, mas até consegui rodar sozinha uma vez. Estou bem, só que os outros obviamente estão melhores. Continuo com medo, e com consciência dele. Um professor disse para eu ir com bastante impulso, mas eu empaquei e pensei 'é porque você tem medo! Vai! Vai!'. Não fui com impulso o suficiente... ainda. E então todos aprenderam a ficar de pé na roda. Eu também, mas não soltei nem fodendo as mãos da roda. Não chega a ser dois metros acima do chão(ou é mais ou menos isso), mas eu já senti o choro vindo e o desespero na minha mente de pessoa com MEDO de altura. MEDO em caps lock porque certamente é patológico, já que rodas-gigantes me fazem chorar. Mas, porémcontudoentretantotodavia, em uma próxima oportunidade eu soltarei as mãos e vou tentar dar mais um passo em direção ao controle pessoal no descontrole da situação.
Vocês lembram de quando falei de Proust, e de como ele amava e se iludia? Então leiam isso.
Não é que de todas as pessoas do mundo só eu e Proust entendemos pistas erradas e fantasiamos com uma palavra ou um gesto. Mas não sei se é muito normal ficar só fantasiando e nunca se aproximar com medo de rejeição, ou imaginar que a pessoa vai te amar se você salvá-la da morte, ou você vai morrer e ela vai descobrir o que sente, esse tipo de loucura. Para piorar meu questionamento, comecei a prestar atenção no cd novo do Mika e fiquei ouvindo repetidamente as músicas tristes e bonitas, como essa: http://www.youtube.com/watch?v=NkZJ1I1NBJs .
O post já tá ficando chato, então paro por aqui na esperança de que algo realmente aconteça para vocês não terem que ler outro post emo aqui.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Estou esperando, odiando a todos

Atrasei o post, mas é tudo culpa da internet. A porcaria ficou intermitente o fim de semana inteiro, tivemos que achar o roteador e reiniciar várias vezes... o técnico da net veio, disse que não tinha certeza do que estava errado e reagendou para o dia seguinte. E claro que não apareceu. Só espero que a internet não morra de novo...

Semana passada não sei o que fiz além do usual, preciso realmente começar a anotar assuntos de posts. Ah, vi um concerto de cravo com flauta! No programa explicaram o início da música erudita como a conhecemos e, embora eu saiba que vocês tão nem aí, vou contar. De acordo com eles e com o 6, antes a música era só cantada, e então os músicos resolveram tirar as letras e para isso tiveram também que diminuir as notas, porque o canto gregoriano era composto de notas muito longas. Só que para compensar o tamanho, (e aí não entendi muito bem essa parte) começaram a fazer umas firulas com outras notas mas no mesmo acorde? Ou alguma coisa parecida. No começo era para imitar a voz humana, só de brinks, mas com o tempo foi ficando cada vez mais exibição de técnica e sons que só instrumentos fariam e tcha-nan, voilá música erudita.
No fim de semana, filmes, como sempre. Queria assistir Bastardos Inglórios com a Chel, mas ela é uma vaca e deu pra trás. Fui sozinha e cheguei atrasada, então decidi assistir outro filme antes, e acabou sendo Salve Geral, o filme brasileiro que querem indicar ao oscar. É aquelas coisas né, o rapaz classe média vai preso, tem toda aquela tragédia social das cadeias, a mãe acaba se envolvendo um pouco demais... eu gostei porque tem os dois lados, dos policiais e da sociedade e do pcc, e a Andreia Beltrão diz uma hora 'não quero ser a juíza de nada' e o filme tem esse clima mesmo.
Em seguida assisti Bastardos Inglórios, versão do Tarantino para a segunda guerra mundial. Assim como Kill Bill, é dividido em episódios, e tem mortes muito loucas, só que ao invés de sangue e membros voando, tiros, muitos tiros. O filme em si é uma grande vingança judia, desde o grupo de mercenários matadores de nazistas, até a operação Kino. As atuações estão realmente boas e eu invejo o Christopher Waltz por ele falar tão bem 4 línguas. Claro que não há grande dilemas de guerra, há uma e outra espetada sobre algum assunto, com muito humor, claro. Eu achei muito divertido, e adoro diálogos, cuja duração foi bastante criticada. Vejam! Não é a obra-prima, mas é Tarantino.
E em tempos de não-braço, assisti True Blood, as duas temporadas. Meldels, como odeio aquela protagonista! Nem sei como aguentei ver duas temporadas de uma série cuja protagonista é uma idiota completa. Ah sei, porque tinha muito sexo e homens pelados! Quer dizer, a série tem uma premissa boa de falar de preconceito e tudo o mais, mas no fim o que conta é isso, sexo. Falando nisso, taí um dos motivos para eu odiar a tal Sookie Stackhouse! Como ela é telepata, ficou até os 25 anos virgem porque sempre lia os pensamentos sujos dos homens. Mas o primeiro que ela não ouve ela já diz que ama e dá pra ele assim que pode, mas onde que isso quer dizer que ele não tinha esses pensamentos? E também na segunda temporada, como a existência de vampiros é possível, então tudo é, e até uma bacante aparece... imagina o que vão inventar pra terceira temporada. Torçam para alguma coisa interessante acontecer na minha vida para eu voltar a postar aqui em breve.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Não posso permitir que você manche meu orgulho

Daí que já é outubro e nem postei direito em setembro?

Mas agora que estou aqui, lá vamos nós contar essa história direito. Numa quinta-feira à noite meu pulso começou a doer enquanto escrevia. Achei que era só excesso de esforço- aula de manhã, roda na hora do almoço, aula à noite. Mas sexta piorou e fui ao pronto atendimento da unipunk, onde a muié disse que era tendinite e que eu precisava de repouso por alguns dias, &c &c. Marquei um ortopedista, que confirmou a tendinite e pediu mais exames. A dor melhorou e decidi escrever, aí a dor piorou, claro. Os exames mostraram que, na verdade, nem era tendinite, e sim síndrome do impacto ulno-carpal(que nome mais bonito não é minhas gentes); a ulna é menor do que deveria e a constante movimentação causou uma inflamação na cartilagem. Não tem cura(logo voltei ao computador e a escrever), a solução é fortalecer os músculos para que em breve o braço consiga fazer tudo o que deve sem doer. O médico disse até para eu voltar a fazer a roda alemã. Voltei e doeu pra caralho, acho que preciso de mais musculação antes...
Além disso, chegou o parecer do meu relatório. Antes de comentar o que está escrito nele e vocês rirem de mim, preciso contar a história de como o consegui e vocês poderão rir mais ainda. Bem, primeiro recebi uma carta avisando que meu orientador tinha recebido o parecer e que ele compartilharia o que fosse necessário(olha que terror isso). Só que eu lembrei que talvez ele não estivesse no país, e já fiquei com mil teorias de nunca poder ler o que acharam da tradução. Pedi ao Violinista que perguntasse quando ele estaria de volta(afinal, ele que foi avisado da viagem, não eu), mas ele também estava evitando nosso orientador por não ter passado na prova de mestrado. Na outra semana, encontramos o Professor-de-olhos-azuis-escuros que comentou inocentemente 'ah, eu conversei com o amado&idolatradodesorientadordevocês, ele ficou muito chateado por você não ter passado, e você sabe, ele viaja em dois dias porque a viagem dele atrasou &c &c', resolvendo nossos problemas de comunicação(eu sei, não posso ficar dependendo da sorte assim). Enviei um e-mail no mesmo dia pedindo o parecer, que foi enviado no dia seguinte. Agora respira povo, adivinha o que eu fiz no relatório parcial de mestrado? ERREI O TÍTULO. EM GREGO. Isso aí, podem apontar e rir e cair da cadeira e se perguntarem como algum dia acharam que eu era uma pessoa esperta. Sabe se lá como o relatório foi aprovado mesmo assim, e é isso aí, nada de dizer onde mais errei, o que precisa melhorar, &c. Agora que meu pulso está de volta(?) preciso revisar a tradução toda.
Ahn... filmes. Esqueci quais filmes assisti já. Lembro só de dois, Sequestro do Metrô 123 e Up!.
Sequestro do metrô 123 é bem, um filme de ação com uma pseudoreviravolta. Denzel Washington interpreta um funcionário comum do metrô, mas com uma arma na mão ele sempre vai parecer um policial, e o John Travolta sempre vai parecer um vilão louco. Como já esqueci o que queria dizer sobre o filme, sei lá, recomendo pra quem gosta de ação com uma meia história.
Up! é um filme que merece a atenção que está tendo. A história é aquele melodrama báááásico do velho rabugento que encontra a alegria de viver através de uma criança aleatória, com pitadas de humor, um vilão malvado e muita choradeira. Mas é bem feito, e as cenas do sol batendo nos balões e refletindo as cores e também as cores da Kevin são lindas! E a história, apesar de previsível e do início manipulador, é envolvente.
E... o template estava com problemas, mas a ajuda do blogger realmente ajudou e eu consegui arrumar. Porém, num momento de fúria apaguei os links, em breve refaço(aham). E é isso aí. No melhor estilo campanha de político, encerro o post prometendo posts mais frequentes e mais divertidos e com figuras e homens pelados.

domingo, 27 de setembro de 2009

A paz e eu somos estranhos faz tempo

Eu sei que não deveria estar aqui, mas vou tentar resumir o que tem acontecido comigo nessas últimas semanas.

Expoflora/filmes/livros/parecerdorelatório/filmes/ópera/livros.
E, é claro, tendinite, que agora parece ter atacado o outro braço, e nem se eu quisesse poderia ficar mais de meia hora na internet.
Quando estiver boa eu volto e... sei lá, posso postar coisas vergonhosas da minha pessoa para compensar a ausência de posts. Por ora vocês podem me ajudar indicando nos comentários o que eu posso fazer agora que tudo que eu gostava de fazer(ler&escrever&ficar no computador) dói.

sábado, 12 de setembro de 2009

Enquanto viver, brilhe

É incrível como eu sempre penso 'agora vou fazer tudo diferente' e acabo fazendo sempre a mesma merda. Digo que vou estudar e não estudo, que vou fazer exercício e não faço, que vou postar no blog e esqueço dele por duas semanas. E a desculpa é que no tempo livre(?) de postar no blog eu fiquei assistindo America's next top model no youtube. É isso aí, sintam vergonha alheia...
Mas nesse meio tempo aconteceram coisas, as quais já foram quase todas esquecidas.
Fui pra cidade sanduíche no feriado, mas não saí para quase nenhum lugar porque a Luty estava doente, e geralmente ela que me arrasta para todos os lugares. Comprei um guardachuva novo chiquérrimo com bolinhas e renda e temerariamente cortei o cabelo da minha mãe.
Terminei finalmente de ler Eu sou um gato, do Natsume Soseki. Estava lendo na livraria francesa, e ao chegar ao quase fim das 400 e muitas páginas vi que tinha página trocada. Quase morri, porque não tinha visto outro exemplar na... na... gôndola? estante? Mas um mocinho que trabalha lá achou outro livro e consegui terminar. Gostei bastante, sabe como é, adoro sátiras a acadêmicos. Quem quiser me dar, agradeço.
Também terminei(pulando alguns capítulos) um livro de História... aprendi coisas interessantes, outras nem tanto, mas o maior problema é que dá vontade de ler outros livros/artigos para pode citar com mais propriedade, e aí já viu, vou ficar presa a detalhes que no fim talvez nem sejam tão importantes.
E como sempre, vi filmes.
Tempos de Paz: filme nacional baseado em uma peça, sobre um imigrante polonês que intriga os oficiais brasileiros e precisa provar que não é um nazista. O filme vai indo mais ou menos, mas o final é bom, e compensa o ingresso.
Tempos Modernos: O famoso filme do Chaplin em que ele sai apertando todos os parafusos, imaginários e reais. O filme é meio mudo, meio falado, e há várias reviravoltas, quer dizer, nos filmes de hoje há um assunto e pronto, e nesse há várias coisas acontecendo, tipo novela mexicana. Gostei bastante, quero ver os outros dele também.
Uma Prova de Amor: Menina quer processar os pais por ter sido criada para ceder órgãos para a irmã mais velha, que tem leucemia. Se fosse isso tava bom, mas aí no fim toca muita música manipulativa e a razão é outra e vira um dramalhão, e não uma discussão sobre o assunto. É baseado num livro, e no livro o final é diferente mas não deixa de ser um drama. Veja se quiser chorar.
O post já está grande, mas como eu sei que não vou postar no meio da semana, falo agora mesmo. Na seção 'a roda e a vida' de hoje, o desespero. Porque na roda, assim como na vida, somos colocados em situações onde não temos o controle, e isso nos desespera(ou pelo menos a mim). E devemos aprender a ter calma e fazer o que deve ser feito, não chorar ou se desesperar achando que tudo está perdido. Eu fui a única a cair da roda, e foi justamente quando pensei que não ia conseguir, e então me soltei(inconscientemente?). Semana passada aprendemos a girar sentados na roda, cada um de um lado. E aí já sabem né, eu sou a mais pesada da turma e na hora da 'gangorra' ficava sempre no chão. Treinei depois com um professor, porque ele tinha todas as técnicas e conseguiu me deixar no alto. É claro que dava para ver claramente todo o esforço que ele estava fazendo, quase com a língua de fora. E antes que me venha uma magrela(i.e., Luty) dizer que se isso me incomoda eu devo emagrecer, já aviso que se fosse fácil desse jeito tava bom... geralmente pessoas que descontam as infelicidades da vida em comida se deprimem mais com situações assim, ao invés de usar para mudar. Mas o que eu queria mesmo é não me deixar afetar por isso e me aceitar como sou, &c, mimimi, &c.
Ah, preciso contar, sexta eu praticamente substituí o cravista num ensaio de música barroca, ehehe! Eu tinha ido assistir só e sentei do lado do cravo, claro. Então o violoncelista me pediu um 'lá'. E eu 'oi, não sei tocar nada?'. Ele me indicou onde ficava no teclado, é a terceira tecla das quatro que ficam embaixo das três teclas brancas de cima(não sei se é só naquele cravo, mas as teclas são pretas e as menores em cima são brancas, ao contrário do piano). E então eu fiquei apertando a tecla pelo resto do ensaio para que os músicos afinassem seus instrumentos. Até descobri que ir pra direita no teclado é aumentar as oitavas! Deveras emocionante.

eu lego. Preciso descobrir o que aconteceu com a coluna lateral do blog...

sábado, 29 de agosto de 2009

Prometa que quando a luz estiver se apagando você irá me salvar

E o que eu disse minhas gentes? Nada de novo em Zefir, além do básico de eu ter que estudar e arrumar a casa &c. E é por isso que eu já deixei um assunto para essa semana, olha só que menina mais precavida!
E aí que nesse semestre decidi fazer uma atividade extra interessantíssima e maluca: roda ginástica/roda alemã. Também conhecida como 'brincar de hamster' ou 'cirque du soleil' ou 'gaviões da fiel carnaval 2009'. E por que eu escolhi justamente isso? Oras, coleguinhas, é porque tenho medo dessa atividade. Já contei aqui da confraternização do kung fu da Rachelvis quando fomos brincar sem autorização nos aparelhos ginásticos... todo mundo girou uma vez, e foi assustador ficar de ponta cabeça. Pode parecer maluquice(além da usual) escolher uma atividade justamente por ter medo dela, mas a resposta exige apenas psicologia básica. Não quero mais ser tão medrosa com a vida. Tenho medo de altura, de escuro, de bichos, de mostrar os sentimentos, de não ser aceita, de tudo. Só que eu cansei disso. Quero ter coragem pra enfrentar as coisas do dia a dia sem pensar em chorar. Queria ter orgulho de ser eu mesma ainda nessa vida. Voltando às aulas, primeiro a gente treinou o balanço, ir de um lado pra outro. Depois ir maaais pro lado, com o professor girando, até ele te fazer dar uma volta. Em seguida, dar uma volta por si mesmo, e ainda dar uma meia volta e parar de ponta cabeça. Claaaaaaro que eu tava me cagando de medo, minha mão suava loucamente e eu até caí da primeira vez, mas a questão toda é não ter medo e segurar firme. Bem, não tão simples assim, já que eu saí toda moída da aula. Mas conforme o semestre for passando, espero conseguir dar mais voltas sem morrer de medo de cair, e que isso reflita em outras áreas da minha vida também.
Mas como Lady Murphy não consegue ficar muito tempo longe da minha vida, claro que coisas ruins aconteceram na semana. Quarta era o aniversário do meu papis, e eu pensei em fazer uma coisa diferente, tipo mandar um telegrama. Nos Correios, o rapaz diz que se eu mandar antes das 15h chega no mesmo dia, e não no outro, mas que eu podia pagar na hora que ele mandava mais tarde. Tudo bem então, e fui dormir empolgada, pensando que meu pai ligaria agradecendo e eu daria mais parabéns. E daí que obviamente nem pensei nisso na quarta; só na quinta, quando mamis ligou perguntando porque eu não tinha ligado que eu me toquei. Olhando no site, vi que os carteiros tentaram 3 vezes, mas sempre o destinatário estava ausente... mamis diz que não, que sempre tinha gente, mas eu sei lá em quem acreditar. Só sei que da próxima vez não vou inventar nada.
Só para não parecer que não fiz nada na semana(o que é a verdade), vou falar da tragédia que terminei de ler, Aias(ou Ájax), de Sófocles. Resumo rápido: Na guerra de Troia, após a morte de Aquiles, Aias fica enfurecido pelo fato de as armas de Aquiles irem para Odisseu e não para ele mesmo, que era o segundo melhor. Então ele tenta se vingar, atacando-os à noite. Só que Atena intervem, e faz o guerreiro atacar um rebanho. Quando ele acorda da loucura, percebe que o suicídio é a única forma heroica de lidar com a situação e se mata. Basicamente(e a interpretação obviamente não é minha) é sobre como se deve agir o homem, essa tragédia. Aias é punido pela deusa por se achar bom demais para precisar da ajuda dela. Odisseu é ajudado por sempre confiar na deusa e planejar as coisas com cuidado. Ele nem fica com raiva de Aias, como os outros, porque ele sabe que a vida humana é assim, inconstante, e que poderia ser ele em seu lugar.
E é isso aí, tô com sono, tchau.

domingo, 23 de agosto de 2009

O que a natureza negligenciou o fruto da moderna ciência irá prover

Hoje o post vai sair bem grande, até pode parecer que minha vida é interessante de algum modo.Quinta-feira eu decidi ir à unipunk, mesmo ainda doente(ou não). Acordei cedo, fechei a porta do armário com uma fita e saí. Vi a primeira aula que verei de ouvinte esse semestre, almocei tapioca de legumes e fui para a roda ginástica. Depois comi outra tapioca de legumes, meia quesadilla e fiquei lendormindo até a hora de ir pro alemão. Não sei o que jantei nesse dia, acho que na verdade foi frutas... estar doente me deixou sem fome. Aí cheguei em casa e... ouvi um miado. Do meu armário. O que eu fechei com fita às 9h. MEU, EU SOU MUITO IDIOTA, COMO EU NÃO VI O GATO NO MEU ARMÁRIO E DEIXEI ELE TRANCADO O DIA TODO?????? Claro que ele fez xixi loucamente e arranhou bem a porta, mas pareeece não ter sofrido outros traumas. Sério, eu não nasci de modo algum para cuidar de outras vidas. Aí eu me afasto das pessoas e eu que tô errada. Pelo menos nunca prendi ninguém no armário sem comida e sem água e sem amor.
Sexta à noite, num surto de sociabilidade(ou preguiça de estudar, decidam) saí com vários homens(uau) e aprendi a jogar sinuca. Quer dizer, aprendi as regras. Eu podia jurar que o jogo era só acertar o maior número de bolinhas nas caçapas, nunca ia pensar em par/ímpar, não poder acertar a bola dos outros e depois de tudo acertar a bola 1. Fiz muita diferença no time adversário, acertei pra eles uma bola muito difícil! Grego é mais fácil que isso, aff. Aproveitando o surto, sábado fui assistir a um ensaio da banda de um deles. É tipos rock com blues, e na primeira parte um teremin e um violino tocaram junto, e o som ficou muito louco. Ao vivo o teremin perde um pouco da mágica(estar meio desafinado ajudou nisso), mas mesmo assim não me arrisquei a tentar fazer algum som, porque se quem sabia tocar tava fazendo um som de bexiga esvaziando/mosquito, imagina alguém que nem entende de música. Depois fui passear em livrarias e terminei a noite assistindo a Brüno. Achei mais engraçado que Borat(bem, não que isso seja a coisa mais difícil do mundo), embora seja basicamente o mesmo esquema: o ator interpreta um estrangeiro indo pros estados unidos e, sendo um idiota, mostra como o país é idiota. Supostamente não é armado, mas aquela parte em que ele encontra um terrorista no oriente médio e diz que o Bin Laden parece um papai noel sem teto é muito arriscada pra ser de verdade. Como fui acompanhada por dois músicos eruditos, eles não reconheceram o Sting, o Slash, o Snoop Dogg ou o cara do Coldplay e eu me senti muito... pop, sendo que nem conheço tanto assim também. Domingo saí para comprar tênis, já que a porra de tênis de trezentos reais que comprei ano passado durou o mesmo que os tênis de setenta reais que eu comprava. Usei o método 'estou com sorte' do google: entrei na primeira(ok, segunda, porque na primeira ninguém me atendia) loja que vi, pedi sugestão do vendedor e serviu comprei. Pelo menos um dos tênis tem cadarço roxo... e se é para estragar em 6 meses/1 ano ao menos que eu não passe pelo saco que é ficar procurando. Aproveitei a passada lá pra assistir O Contador de Histórias, filme nacional sobre o garoto de rua que passou 7 anos na febem, fugiu mais de 100 vezes, usava drogas, roubava, e foi 'salvo' por uma pedagoga francesa. Alguns de vocês podem estar torcendo o nariz pensando que é mais um filme de tragédia social brasileira, mas, embora a história seja não ficcional o enfoque é bem mais leve. Não que os fatos sejam minimizados, o menino sofre muito sim, mas ele também tem muita imaginação e o filme tem bastante humor. De irrecuperável a famoso contador de histórias que adotou 13 crianças de rua ele só precisou de amor. E dinheiro, claro, para sustentá-lo. Tem uma hora em que a diretora da febem fala que, se pudesse, seria uma mãe para todos os internos, mas o que ela está fazendo lá é lutar em uma guerra já perdida para a pobreza.
Para encerrar o post... pensem em alguma coisa que só Lady Murphy faria por você num dia de chuva. Sim coleguinhas, perdi o guardachuva ¬¬! Fiquei tão revoltada que nem comprei outro... amanhã vejo como faço.
Depois de tanta coisa é capaz de eu passar umas duas semanas sem atualizar aqui. Ou não.
O teremin foi tão agudo que quebrou um copo? Podia ser. Ia ser mais legal que um rapaz tropeçar num copo que estava na porta...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

E eu nunca quero ser seu amiguinho, a falha abjeta

Bem, esse seria o post para dizer a vocês como estaria a unipunk pós férias suínas, como foi a aula de roda ginástica, &c. Mas futuro do pretérito por quê? Simples, porque fui acometida por um vírus! Bem, vamos começar o post pela semana passada, cronologicamente. Fiquei saindo para resolver maaais coisas da casa(parece que nunca acaba e que a casa vai ser nova pra sempre, aff) na sexta e no sábado a Chelvis disse para almoçarmos na badalada feirinha do C²xC². Comi batata suíça(maizomeno né) e quesadillas com sour cream. Na verdade não aguentei comer tudo e levei parte das quesadillas para jantar. No domingo eu queria ir ver a orquestra aqui na cidade do lado, Pequenínia. Só que precisava pegar um ônibus pro centro e outro pra lá, e a Chelvis, aquela medrosa, ficou com medo de dar tudo errado e pegar gripe suína e deu pra trás. Pois bem, que tal um cinema então? Ótimo, mas Chelvis perdeu o cu e o meu estava em outro bairro, então nem fizemos nada. Mais tarde a Jayna e o Jayno vieram aqui tirar o troço de metal que separava o meu quintal do da Chelvis e depois fomos ao mercado. Nessa hora eu comecei a me sentir meio estranha. Voltei correndo pra casa e pronto, febre, diarreia, dores no corpo... segunda de manhã ainda estava mal e fui ao médico. Ele me disse que era como intoxicação alimentar, mas não por uma bactéria, e sim um vírus. Alguma coisa assim. Mas ele enfatizou que não era gripe suína e que eu devia sair correndo de lá porque tinha muita gente com suspeita da doença. Além disso, sem tomar leite e sair de casa por 3 dias, de modo algum! Sim senhor né! Agora estou bem melhor, o remédio funcionou bem. Nos primeiros dias nem consegui dormir direito, e do alto da minha maturidade ficava me contorcendo na cama chorando pela minha mãe. Mas deu tudo certo, fiz compras pelo telefone, Rachel me deu remédio pra febre e dor de cabeça... só preciso lavar as louças e... o banheiro em si. Além de perder todas as aulas, amanhã ainda vou perder o concerto de cravo u.u mas enfim, é a vida né, nada dá certo.

Para preencher meus dias de enferma, acabei baixando Ranch rush, que é mais um desses jogos de 'adminstração de tarefas', em que você comanda um hotel/restaurante/loja/fazenda e precisa fazer de tudo pra os clientes, que vão se amontoando. Não consegui terminar o jogo ainda, mas eu culpo a doença, claro.
Outra coisa que fiz foi baixar o cd novo(bem, de junho) da Regina Spektor. O anterior já não era essas coisas, só se salvava Après Moi. Nesse então, affs, eu sou chata mesmo, gosto dela piano e voz, não cheia de instrumentos em estúdio. E ainda tem uma música em que ela soa como a Mallu Magalhães, meio manhosa pra cantar. Triste, mas tem versões de músicas que ela não tinha gravado ainda mas que eu já conhecia e gostava, como Dance Anthem of the 80's e Blue Lips.
E é isso aí. Melhoras pra mim!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O problema com abril, é o problema com maio, é o problema com junho e julho

Olha só como estou melhorando, dessa vez nem vou me lamentar por ter passado tanto tempo sem postar...

Bem, daí que semana passada fui para a cidade sanduíche, porque domingo foi o dia dos pais. Como sempre, consegui carona pela internet(é um yahoogrupo confiável gentes!). Enquanto esperava, parou um carro na frente de casa. Como eu não conhecia a pessoa oferecendo carona dessa vez, já fui abrindo a porta do carro. O motorista só olhou pra mim e fez sinal de negativo. Eu me afastei, meio assim, e logo chegou uma moça, por quem o rapaz estava esperando de verdade. Sou rainha em pagar micos, vocês já devem saber... meia hora de cólica depois, o carona de verdade chegou, um rapaz que estudou com a Luty no colegial e cuja irmã estudou comigo. Mundinho pequeno!
Na cidade sanduíche, fui ao Bon Odori com a minha família, e lá encontrei a Phunny e a A-lien. Estava vaziiiiio... tudo por causa da gripe de ficção científica(como diria a Josei). Até minha mãe estava com medo de ir. Lá um homem ficou se oferecendo para lavar as mãos de todos com álcool gel. Eu recusei, é claro. Só fui lavar as mãos em casa >:U! Bem, o evento em si foi bem calmo, dancei bastante. Do modo tradicional, óbvio... tem sempre um grupo de jovens que moderniza os passos, mas para mim isso faz perder o significado de cada dança... a colheita não parece mais colheita, o pescador não parece mais pescador... os antepassados deles devem estar se revirando.
Essa semana terminei de ver Som e Fúria, a minissérie que estava passando na tv há pouco tempo. É sobre um grupo de teatro, basicamente. O diretor antigo morre e o novo é um ator que foi famoso mas ficou louco. Gostei bastante, é difícil ver coisa divertida de verdade na televisão brasileira. Deve ser porque foi adaptado de um seriado canadense... até a segunda fase é meio apressada demais, porque adaptaram duas fases em uma. Assistam!
Por falar em Shakespeare, também li tragédias, mas gregas, para a disciplina que farei de ouvinte esse semestre(sim, é uma vergonha eu fazer mestrado nisso e não ter lido nem as tragédias mais famosas). Terminei a saga de Orestes... lembro de ter contado no weblogger a história e aqui de novo quando li Electra. Nem vou contar tudo de novo hein? Bem, Coéforas é basicamente a mesma coisa que Electra, só que dessa vez o protagonista é Orestes, o que veio para matar a mãe e o padrasto. Tem uma certa indecisão, porque apesar de ter o apoio de Apolo ele sabe que matar parentes é um crime punido pelas Erínias. No fim ele acaba matando, as Erínias surgem, fim. Já Eumênides é o julgamento de Orestes, devidamente arranjado por Apolo, e com a parcial juíza Atena. De um lado, as Erínias, filhas da Noite, que ficam buzinando na cabeça de quem mata um parente, do outro, Orestes, que não se arrepende em nada por ter matado a mãe, já que a mãe matou o pai primeiro. Eu achei o julgamento muito engraçado... Apolo diz que mãe não é parente, ela só fica grávida, mas o filho é só do pai, e por isso matar o pai é pior que matar a mãe. As Erínias respondem que Zeus então seria o maior criminoso, porque matou seu pai, mas Apolo e Atena dizem que Zeus pode tudo então fim, Orestes absolvido. Claro que as Erínias ficam putas, e sabe como Atena resolve a situação? Oferecendo fama e louvor! Que absurdo! Ela diz que se elas se tornaram Eumênides e virarem 'padroeiras' de Atenas toda a cidade vai amá-las. E elas aceitam!!! Eu lembro uma vez do professor de olhos azuis escuros dizer que Alceste era a única tragédia com final feliz, mas essa também é uma tragédia não-trágica. Quer dizer, só eu devo achar bem trágico trocar uma existência de aterrorizar as pessoas por gratidão de uma cidade...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quebrei as janelas do seu carro, mas isso não consertou meu coração partido

Daí que nem aconteceram coisas assim, interessaaaantes, mas não quero acumular com o fim de semana e fazer um post gigante só.

Segunda foi o aniversário da Jayna, e a Chelvis fez bolinho francês pra ela. Depois todos ficamos cheios de comida e decidimos ficar em casa(no caso a minha) fofocando sobre necrofilia e pedofilia, quer dizer, sobre muitas coisas. A Jayna e o Herr Rennö não quiseram jantar, mas Rachelvis, a avestruz, me arrastou para comer pizza com ela(não sem antes me fazer assistir ao último episódio daquela novela de mutantes, aff). Acabamos escolhendo uma de batata frita com presunto, que apesar de muito bizarra estava gostosa.
Agora vou fazer Deutsch Unterricht de terça e quinta em uma turma sem o Herr Rennö. novamente a professora gosta de atividades lúdicas e já mandou a turma fazer algum projeto que aprofunde os temas do semestre. Vocês não imaginam a animação que eu estou pra isso... pelo menos o pessoal fala melhor que a outra turma, talvez o ódio seja menor. Encontrei na escola o Mago da Montanha, com quem fiz faculdade também. Ele está em outro nível de alemão, mas a gente se encontrou na saída e ele me deu carona para casa mesmo morando do outro lado da cidade. Devia estar querendo conversar loucamente.
E na seção 'coisas a serem melhoradas', está a minha assertividade. Além de não conseguir dizer não a quase ninguém(xiu, não espalhem) e ter medo das pessoas, preciso ser mais convincente. Então da próxima vez não é 'a senhora gostaria de sentar aqui?' é 'por favor, sente-se no meu lugar, faço questão'.
Para encerrar o post, uma coisa inusitada: discussão sobre os últimos acontecimentos. Eu quase nunca falo dos problemas do mundo aqui, primeiro porque a intenção é ser um blog 'querido diário' e justamente por isso não faço propaganda dele, e segundo porque sempre leio artigos de pessoas que escrevem muito melhor do que eu e acabo achando desperdício postar uma coisa tosca. Mas aproveitando a falta de fofocas da vida com a minha raiva com a humanidade, vamos tentar. Um dos assuntos do momento é a discussão sobre o racismo, que nunca sai de moda, porque o preconceito também parece persistir eternamente. Nessa discussão sobre a necessidade do politicamente correto duas coisas que as pessoas falam pela internetz me irritam profundamente. A primeira é aquele argumento 'porque dizer 100%branco é racismo e 100%negro não é, e chamar gordo de baleia e gay de viado não é'. Irrita porque ignora toda uma história, e não é questão de se fazer de vítima, é porque o racismo existe muito até hoje e ter orgulho de fazer parte de um grupo de pessoas que é malvisto é uma forma de se aceitar como é. Sabiam que no último censo só 10% da população se declarou negra? Isso não quer dizer que todos podem ser racistas porque eles são racistas com eles mesmos, quer dizer que estão tão divulgada a ideia de que ser negro é tão ruim que eles preferem negar. Além disso oi, gordura e homossexualidade não são 'raças' e sim... características que podem ser encontradas aleatoriamente em qualquer ser humano, e é preconceito sim, e pode render processo. Outra coisa que me irrita é quando falam que todas as piadas são baseadas em preconceitos, então se for eliminar uma que eliminem todas e acabem com o humor. Não que eu seja especialista nisso, mas já li alguma coisa sobre riso, e há trocentas causas de riso além de ridicularizar uma pessoa por estereótipos. Que tal riso por repetição, por imitar um animal, por polissemia, por surpresa... E também, quando eu tinha 12 anos eu brigava com uma professora para ela não contar piadas de português e de loiras. Ela até dizia 'eu tinha uma piada pra contar, mas a M não gosta'(porque será que nunca fui de muitos amigos?). E eu não mudei até hoje, continuo achando de mau gosto. Mas e daí né, daqui a um tempo a discussão vai morrer pelas internetz e vão achar algum outro tema polêmico para brigar, só que então eu nem vou ler os comentários das pessoas para não morrer de raiva, fim.

sábado, 1 de agosto de 2009

Gastei meu dinheiro tentando te agradar, agora eu quero de volta

Ok, podem xingar! Bem, não é como se estivessem me cobrando um post, mas sinto como um dever moral a atualização do blog, mesmo ele tendo tão poucas visitas e menos comentários ainda. Depois da entrega do relatório e do trabalho queria ter vindo aqui,  mas eu e Chelvis acabamos decidindo meio de última hora por mudar de casa. E aí, sabem como é, corre atrás de casa nova, empacota as coisas da casa velha, procura pintor, paga pintor, compra armário, mesa, capacho de entrada, decide quem fica com o quê, faz a mudança, organiza casa nova... um inferno. Eu disse da outra vez que nunca mais queria mudar por causa das caixas(e olha que dessa vez tinha mais caixa ainda) e mudei em um ano e meio; dessa vez vou me abster de comentar sobre o cansaço porque é capaz que mude de novo em um ano.

Enfim, me dei ao luxo, no entanto, de tirar um fim de semana de folga na cidade cinzenta, encontrando meus miguxos virtuais. Como o cartão de memória da minha máquina foi pro saco mesmo, decidi comprar outro lá. Fui com o MCDM na famosa feira do rolo e saí com uma máquina nova. Ela é boa, mas não tem controle de... de... iso negativo? tempo de exposição? O evento em si foi legal, muitas conversas, fofocas, amarrar os cadarços e sair pulando, mais fofocas, falar mal de quem bebe e fuma... e fui tão boa moça que até lavei as louças domingo na casa da vó de uma deles.

Além disso... filmes, isso! Assisti ao sexto filme do Harry Potter com a Chelvis, mas não o 3D. Se bem que nem precisava, o filme é cheio de efeitos especiais do começo ao fim. Não achei horrível como disseram, até que foi fiel ao livro... não que eu lembre muito dele, claro, ehehe! Assisti também ao filme Inimigos Públicos, que é desses cujo título não foi muito bem escolhido. Seria para retratar o agente Melvis Purvis atrás do ladrão de bancos John Dillinger, e é isso, mas sei lá. Boas atuações, Johnny Depp não faz um personagem completamente bizarro, mas o filme parece que não quer dizer nada. É um filme biográfico, tudo bem, mas só isso. E também achei o romance brega...

E é só. As aulas na unipunk foram adiadas, mas aulas de idiomas voltam essa semana já, então talvez eu tenha mais coisas para contar aqui.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

As coisas querem ser coisas que na verdade não são

Terminei o trabalho que faltava, já empacotei todos os livros, mas nada de descanso. Amanhã é dia de viagem e depois mudanças/carretos. Mas como a preguiça manda, vim aqui postar ao invés de encaixotar o resto das coisas.

Nesses dias menos pessoas tem entrado procurando por aquela música que é versão de uma música em inglês, cujo nome é melhor não digitar para não atrair mais buscas. No entanto, parece que bizarrice é contagiosa e duas buscas chamaram a minha atenção. Uma delas dizia 'lugar que venta livro de lenta de vanpiro'. Sério. Como alguém com esse português quer ler um livro? Não queria dizer isso, mas tinha que ser fã de vampiro. Tenho altos preconceitos com fãs de vampiros e elfos -cofrachelviscof-. A segunda busca era 'se nascemos para morrer porque nascemos'. Taí uma busca entre o emo e o filosófico que respondo com gosto: não sei. Não acho que a vida tenha alguma missão especial, mas também não acho que é por isso que todos deveriam se matar(todos deveriam se matar por outros motivos). Minha 'filosofia de vida' seria mais para 'já que estamos aí, vamos tentar fazer direito'.
Apesar de estar cheia de coisas para fazer enrolei tive tempo para assistir a primeira temporada da nova séria da tv cultura, Tudo que é Sólido pode Derreter, do mesmo diretor do famoso video do youtube 'tapa na pantera'. É sobre uma adolescente que ao ler os livros de literatura pra escola começa a imaginar os autores e comparar com sua vida. Ela estuda em uma escola pública, mora com o pai vendedor e a mãe psicóloga, tem um melhor amigo, uma amiga, gosta do rapaz popular, não vai com a cara da aluna popular. Achei muito bem feitinho, divertido e instrutivo, tem até citação do original. E eles não fazem um resumo do livro, para que alunos preguiçosos vejam a série ao invés de ler, é mais para suscitar o interesse dos jovens. A música de abertura também é muito boa, já baixei do site da tvcultura usando meus míseros conhecimentos hackers.
Sabem que já quase me sinto uma nova mulher menos problemática. Agora que estamos de mudança precisamos deixar a casa como estava antes, incluindo a torneira do meu banheiro que estava solta faz tempo. Ao invés de chamar um encanador logo de cara, eu, burra, achei que podia consertar sozinha com superbonder ou durepox. Na loja o rapaz disse que não ia funcionar, e que o melhor seria usar silicone. Tá bom então, comprei o silicone e fui pra casa. Obviamente não consegui colar nada, só lambuzar a pia. Mas não chorei, me rendi e liguei para o encanador. Ele disse que estaria em casa 'em uma hora', que se transformou em quase três horas. Ele chegou no meio do meu almoço, mas pelo menos consertou rapidamente.
E daí tem o problema com a câmera. Como vocês sabem, tenho uma câmera fotográgica über amadora e modelo antigão da sony. Esses tempos o cartão de memória começou a embucetar, e eu não achava a causa. Segundo os fóruns de internet, o problema foi ter colocado o cartão de memória em um leitor de cartões. Para ver se o problema é da câmera ou do cartão, tive que testar com outro cartão de memória. Fui em uma loja e pronto, problema de novo. A vendedora falou que talvez fosse possível que minha câmera não aguentasse mais de 1gb, porque o modelo dela era antigo. Era só o que faltava, estava planejando gastar o dinheiro de aniversário nisso e minha câmera não pode? Mas google me disse que a câmera suportava até 2gb, e se deu pau com outro cartão é porque a câmera está com problemas. Mas eu não vivo sem minha câmera! Confesso que dessa vez eu fiz um pequeno drama, mas decidi comprar uma câmera nova com meu fundo desemprego(que é como eu chamo minha poupança). Tem gente que precisa de roupas novas, ou sapatos novos, ou um celular moderno, eu só quero livros e eletrônicos que funcionem.
Pronto, agora que sou uma pessoa adulta, madura & responsável que se desespera menos com as coisas, resta fazer as pessoas acharem isso também. Em soliaonline, o fórum internacional que eu frequento, estavam brincando de adivinhar as idades. Pois bem, uma adolescente de 15 anos achou que o rapaz de 19 tinha 26, e eu, com meus 24 anos, tinha 17. Será que pelo blog, se eu não dissesse que fazia mestrado, iriam pensar que eu sou adolescente também, porque sou cheia de crises? Não que eu viva pela opinião dos outros, mas às vezes é bom ser levada a sério.... e não, ninguém leva adolescentes a sério.
E por hoje é só, pessoal.
edit: header novo \o/ Fonte mais divertida e de brinde meu belo rostinho photoshopado. Fiquei com uma cara de tonta...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Eu sou quem eu sou quem eu sou, bem, quem sou eu?

M, sua vadia, segunda não é mais final de semana! O que posso fazer, caros leitores, nunca se pode prever exatamente como as coisas serão.
Mas enfim, vamos falar da minha agitadíssima vida social em virtude do meu aniversário. Meu primeiro parabéns veio obviamente da Rachelvis, que ficou acordada até a meianoite só para poder finalmente entregar os presentes. Ganhei um cachecol roxo, um abajur de fibra ótica e um troço de bolinhas que ficam batendo, também conhecido como pêndulo de newton. Durante o dia de sábado recebi algumas ligações e muitos parabéns virtuais, claro. Almocei fora com a Chelvis, e depois ela fez um bolo com cobertura de brigadeiro. Descobrimos que bolo que acaba de sair do forno pode derreter velas de cera...
À noite a Jayna passou em casa com o Jayno para comer pizza e bolo. Tirei altas fotos do bolo, mas nenhuma ficou boa, infelizmente. Preciso achar o tripé para tirar fotos sem tremer.
Domingo eu e Chelvis fomos a uma festa junina tradicional, na rua da tia da Jayna. Tinha um monte de gente vestida a caráter, comida típica e até uma banda. Alugaram uma cama elástica também, mas não pude brincar. Comi demais e dancei quadrilha também. Nossa, fazia muuuito tempo que não dançava quadrilha! É muito divertido. Fiquei ajudando na brincadeira da bexiga ao alvo e até ganhei uma prenda no sorteio.
Domingo finalmente terminei de ler Jacques, o fatalista. Que saudade eu estava do Diderot! Gente, o ómi escreve muito bem, me diverti horrores com o livro! Diz a introdução (escrita pelo Bobby Ramone) que o livro foi muito criticado por ser uma cópia do Cândido de Voltaire. Bem, ambos trazem um protagonista que só se fode mas um acredita que vivemos no melhor dos mundos possíveis e outro que está tudo escrito lá em cima. Mas o papel do narrador de Diderot Voltaire nunca faria igual! Jacques está a cavalo com seu amo tentando contar a história de seus amores. Mas não sabemos de onde vem e para onde vão (e você sabe para onde vai, leitor?), e toda hora acontece alguma coisa que interrompe a história. O narrador até fala 'se isso fosse um romance a pessoa a cavalo ali seria o capitão de Jacques. Mas não é'. É lindo gentes, duzentas páginas que passam voando cheias de humor.
A música do título é 'Dancing Nancies', do Dave Matthews Band. Ela foi por um tempo minha música tema por causa do verso '23 and so tired of life, such a shame to throw it all away' e pode-se dizer que a marca dos meus 23 anos foi a minha emice indecisão com a vida. O refrão diz 'could I have been anyone other than me' e é basicamente sobre as escolhas da vida e como 'dark clouds may hang around me sometimes but I'll work out'. Não que oh, agora tenho 24 anos sou adulta, madura & responsável de um dia pro outro, mas é o que eu quero pro ano vindouro. Até os 25 anos quero ter defendido o mestrado e decidido o que fazer da vida depois dele. Ou não.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Eu já me coloquei em tantas situações caóticas

E cá estou eu quebrando minha palavra de novo! Como se vocês não soubessem que isso ia acontecer... mas agora o próximo que fizer minha mãe entrar no blog terá as tripas arrancadas pela boca com uma colher de chá, fiquem avisados. Por falar em gente entrando no blog, alguém comentou na minha caixa da verdade do orkut que eu sou emo, só reclamo e não faço nada. O que é estranho por dois motivos, um que é um perfil mezzo fake e eu só adiciono gente que conheci pela internet, e dois porque nunca passei o endereço do blog pra elas, então não teriam como saber do meu lado ultradramático. A Luty(uma das únicas a saber da existência do blog e do orkut) jurou que não foi ela, então não sei quem poderia ser, além de uma pessoa com um bom domínio do português. Mas também ó, foda-se, se eu só reclamo no blog pare de ler ok, beijos! Chega dessa vida de se diminuir pelos outros, quero(um dia, no futuro) superar meus traumas, não aumentá-los.
Enfim, minha über interessante vida. No fim de semana passado fui à cidade sanduíche para a festa de quinze anos da filha da minha prima. Foi uma festa bem tradicional, ou seja, tinha quinze meninas com o mesmo vestido fazendo par com quinze meninos com a mesma gravata, e toda aquela cerimônia. Falei pra minha mãe que foi bom eu ter ganho um nintendo 64 e não uma festa, porque que não teria quinze amigas para chamar, e de jeito nenhum ia chamar alguém de quem não gostasse. Lá no balcão de bebidas eles vendiam bebidas alcoólicas para os adolescentes, mas perguntaram pra a minha prima de vinte e quatro anos se ela tinha dezoito... eles deviam estar trabalhando bêbados. No fim da festa, depois das valsas e homenagens, começou a 'discoteca' e tocou aquela música 'piriguete'. Minha mãe, que nunca tinha ouvido a música, horrorizou-se, é claro. 'Que é isso?'- 'Música, mãe' - 'mas e essa letra???' - 'é tipo funk.'-'e não é funk?'- 'não, é reggaeton' -'é o que?' -'reggaeton. Deixa pra lá'. E ficou fazendo careta até a música terminar. Para sorte dela e azar da Luty fomos embora pouco tempo depois, no meio da Lady Gaga.
Minha família aproveitou e deu os presentes de aniversário já naquele fim de semana. Da minha tia e dos meus pais ganhei um pijama, quer dizer, ganhei um pijama de cada, totalizando dois pijamas fofos de frio. Da minha irmã ganhei um mensageiro dos ventos e a segunda edição do método de grego com catchup, cortesia do garçom da lanchonete árabe. Também escolhi no mercado o bolo mais doce e cheio de glacê, e a Luty comprou e fez brigadeiro em lata.
Nessa semana fiquei ainda mais de mal com a vida e enviei o famigerado relatório, além de resolver coisas relacionadas à casa nova.
Hoje acordei menstruando litros, odiando a tudo e a todos e querendo passar o dia jogando mahjong. A Rachelvis ficou insistindo para que almoçássemos fora, e como achei que ela queria me alegrar aceitei, para ela não passar o resto do dia tentando me animar com outras coisas. Estava tão mal que até saí mais arrumada. Chegando no centro, quem encontro no ponto de ônibus? Sim, herr Rennó estava lá nos esperando, e algum tempo depois, chega a Jayna! Palmas para a Chelvis, caros leitores, finalmente ela conseguiu mentir sem dar na cara! Almoçamos no Joaneti, famoso bar-restaurante da cidade. Comi um salmão tão gostoso *-*! E não paguei nada! E até ganhei um vale-pizza! Depois ficamos andando um pouco pelo centro, e de lá para o apartamento do namorido do Herr Rennó. Conversamos a tarde toda e depois a Jayna e o Jayno nos trouxeram até em casa. Ver os amigos funciona mesmo, estou menos mau humorada do que antes. Até posso pensar em passar o aniversário fazendo outra coisa além de chorar as pitangas por não ser metade do que eu poderia ser, &c, &c.
Culturalmente, queria ter terminado um livro grande e cheio dos assuntos, mas só consegui terminar um curto e não tão interessante com menos discussões. Chama-se 'o desertor' e é um poema heróico- cômico, em que situações mais 'baixas' são tratadas como se fossem épicas. Então tem os deuses ajudando as pessoas, uso de símiles, descrições das batalhas, &c. O enredo é engraçadinho: a Ignorância conduz universitários preguiçosos ao campo para trabalharem, por causa da reforma da educação do marquês de pombal.
Acho que é isso... posto ainda no fim de semana para comentar sobre meu emocionante aniversário.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aviso

Oi.
Não sei se já disse isso aqui, mas eu que ensinei minha mãe, que não tem escolaridade básica completa, a usar msn e a pesquisar receita no google. Mas ela não sabe usar direito, às vezes começa a escrever na parte de 'busca de contatos' do msn, se não entrar automaticamente ela não entra, e ela não sabe que links começam com http://.
Por isso não acreditei quando ela disse que entrou aqui no blog 'por acaso', procurando no 'googlo'. 'Procurando o que mãe?' 'Não sei, já estava lá'.
Então esse post é para mandar tomar no cu o filho da puta que achou uma boa ideia mandar pra minha mãe o link de um site onde eu sempre posto quando a vida está uma merda. Se eu posto aqui sob um pseudônimo e não uso o nome das pessoas é porque não quero que todos fiquem sabendo não é? Essa também é a razão de eu não sair por aí divulgando o blog em nick de msn ou em outro lugar. Porque é O MEU LUGAR DE DESABAFO. E se estou postando aqui é porque não quero ligar para os meus pais e deixá-los imensamente preocupados achando que sou uma pessoa infeliz, e que eles fizeram tudo errado. Não que eles tenham sido os pais modelo de acordo com a cartilha, mas os meus problemas emocionais quem tem que resolver sou eu, agora que sou uma adulta não tão racional mas muito paranóica. Quem decide o que contar da MINHA vida sou eu. "Se não quer que divulgue não escreva na internet", alguém pode dizer. E é isso aí. Vou mudar de blog e de pseudônimo e de tudo e só vai achar quem eu autorizar por e-mail. Muita coisa me irrita, mas pouca coisa me tira do sério... como isso.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Nunca me falaram do fracasso que eu ia me tornar

Eu juro que não é minha intenção postar no blog só quando não estou de posse completa das minhas faculdades mentais, mas fazer o quê, de tempos em tempos(ou quase sempre) eu faço alguma besteira enorme e preciso desabafar em algum lugar. Mas, vamos retroceder e falar sobre livros primeiro.
˙ɹɐƃnl ɯnƃlɐ ɯǝ ɹɐɟɐqɐsǝp osıɔǝɹd ǝ ǝɯɹouǝ ɐɹıǝʇsǝq ɐɯnƃlɐ oçɐɟ nǝ (ǝɹdɯǝs ǝsɐnb no)sodɯǝʇ ɯǝ sodɯǝʇ ǝp 'ênb o ɹǝzɐɟ sɐɯ 'sıɐʇuǝɯ sǝpɐplnɔɐɟ sɐɥuıɯ sɐp ɐʇǝldɯoɔ ǝssod ǝp noʇsǝ oãu opuɐnb ós ƃolq ou ɹɐʇsod oãçuǝʇuı ɐɥuıɯ é oãu ǝnb oɹnɾ nǝ
Respirem fundo porque o post de hoje é grande!
Da lista de 'livros para ler no banheiro', terminei um livro de poesias do Vinícius de Moraes, que também está na lista 'nunca é tarde para conhecer a literatura brasileira'. Não tenho muitos comentários sobre o livro, gostei de alguns poemas, de outros nem tanto, e tem aqueles que vocês todos conhecem, como a rosa de hiroshima, desculpemmeasfeiasmasbelezaéfundamental, era uma casa muito engraçada, &c &c. Meu favorito, claro, é o soneto do gato morto(google nele gentes, o post já está bem grande).
Da lista de livros de fora da faculdade, finalmente terminei a heptalogia Em Busca do Tempo Perdido, de Proust. O sétimo livro, O Tempo Redescoberto, é e não é um encerramento típico de romance. Porque o autor conta como estão todos os personagens da obra, quem morreu, quem acabou casando com quem... mas também ele encerra o livro descobrindo sua vocação de escritor e descrevendo seu método de escrita(o qual, segundo os críticos, é o que ele fazia mesmo). Uma das notas de uma tradução diz que fizeram um estudo (!!) e viram que as frases dele são mesmo duas vezes mais longas que as frases dos outros romances. Alguns podem pensar que as milhares de páginas são uma enrolação, mas ele tem um jeito muito envolvente, ao menos para mim. Além das belíssimas descrições de paisagens, as descrições psicológicas são bastante detalhadas, o que é o mais divertido, porque ele sempre acha uma razão escondida para as pessoas fazerem as coisas. Um trecho bastante interessante é quando, na primeira parte, dedicada à descrever a primeira guerra mundial, ele comenta sobre os salões das senhoras da época, todas muito politizadas. Na aparência, é claro, pois(deixe-me ver se consigo citar de cabeça) estavam mais preocupadas com a falta de um tipo de bolinho do que com a invasão da França pela Alemanha, e, ao ler o jornal, preocupadas, comentando sobre as últimas notícias, um sorriso deixava ver que no fundo ela estava mais preocupada com o bolinho que conseguira. Ah, na minha cabeça soava mais bonito. Imaginem isso, mas escrito por um escritor, não por uma blogueira 'querido diário'.
Nossa, dá pra fazer postagens inteiras sobre os livros, a visão dele de amor, de como ele foi o primeiro procrastinador da história, ou de como ele suspeita que todos sejam gays no livro, porque ele mesmo era na vida real. Para encerrar, já que vocês(exceto o Herr Rennó) nem vão ler os livros mesmo, digo que ele redescobre o tempo no passado. Nas pessoas, nas lembranças que elas tem das coisas, aí está o tempo puro, e a literatura serve como tradução disso.
Já de livros da área, li as traduções do meu amado&idolatrado desorientador das Electras de Eurípedes e Sófocles. Não sei se estou ficando menos burra mais esperta, mas não achei tão difícil de ler como achei as outras traduções. Enfim, vocês conhecem a história(principalmente quem conhecer a síndrome de Electra). Agamêmnon caçou na terra errada e teve que sacrificar a filha para conseguir ganhar na guerra de Tróia. Sua esposa, Clitemnestra, se aproveitou para fazer o amante matá-lo, dizendo que era por causa da filha. A outra filha, Electra, ficou contra a mãe, e mandou o irmão pra longe, para que ele não fosse morto pelo padrasto, e esperou ele voltar para vingar o pai. Já falei da saga no blog, incluindo as Erínias e... peraí, acho que foi no weblogger, não aqui. Mas enfim, são duas belas tragédias, e embora digam que não é para comparar, prefiro a força e o drama de Sófocles.
E agora, preparem os olhos para o mimimi.
Tem o mestrado. E tem a tradução do mestrado. E tem eu enviando aos poucos pro meu orientador. Daí tem o relatório. E a tradução, inteira, no relatório, sem ter mandado pro professor antes. Ok, podem chamar de idiota agora. Se antes eu já pensava que ele me achava uma burra, agora tenho certeza que deve me achar burra e... não sei, sem noção. Não que ele esteja redondamente enganado nas duas instâncias, mas nunca é legal que alguém que você admira pense isso de você, e com razão ainda por cima. Toda vez que eu acho que eu posso melhorar e fazer as coisas direito eu faço alguma coisa errada. E hoje, enquanto comia um bolo trufado sabor sensação, tive uma epifania: não comi porque o bolo ia me dar um grande prazer e eu ia esquecer a imbecil que sou, comi como uma punição, só pra depois eu me culpar por não caber nas calças. Mas como constatar sem agir é praticamente inventar desculpa para errar, vou mudar. Mesmo. Mas só depois que essa barra de chocolate branco acabar...
(Por outro lado, boas notícias! Em breve o blog vai mudar... aguardem)

sábado, 20 de junho de 2009

Não quero realmente conhecer alguém que foi feito para este mundo

Esses dias estava revirando os arquivos do blog, e me senti mal por dois motivos. O primeiro e mais óbvio é porque eu vi que desde sempre reclamo de procrastinar as coisas e não estudar o suficiente. E não é modéstia, é porque realmente não faço isso. O segundo é que mesmo assim eu postava quase todo dia em 2006! Sério, minha vida já foi mais emocionante... ou eu já fui mais falante.
Bem, quanto a minha semana, a única coisa mais postável foi a festa junina dos educadores físicos, nessa quarta, à qual fui obrigada a comparecer pela Rachelvis, uma das responsáveis pela barraca dos doces. Tínhamos combinado de ir com a Jayna, mas como esta é uma vaca préhistórica, disse que só podia ir e ficar uns 5 minutos. Mas vocês sabem como é festa da unipunk, nada começa na hora, e ficamos esperando a Rachelvis jogar truco, depois a barraca(que na verdade era só uma mesa) chegar... no fim a Jayna foi embora sem comer os bolos(aliás sua coisa, vi que você entrou no blog e não comentou, trate de comentar ou não estarei na festa da pipoca). Quando finalmente a mesa chegou nem pude comer bolo, porque ninguém pensou em pegar troco e eu tive que sair por aí trocando dinheiro. Aproveitei pra mandar correio elegante cantado pra Rachelvis... durou uns 20 segundos e ela não se irritou, mas pelo menos passou uma pequena vergonha em público. Antes que me mandassem trocar mais notas de dez reais, parei para conversar com amigos de amigos, olha só que poço de sociabilidade eu estava naquela noite! Descobri que a) só gente estranha se relaciona com gente estranha e b) sou um dos 'caras' mesmo. Passou uma menina peituda e os rapazes ficaram olhando um pro outro por um tempo, até que eu disse 'podem falar na minha frente, não ligo' e eles 'porra, que peitão! e é magra a menina!'. Não ligo mesmo, se tivesse passado um ómi bão por lá eu também comentaria... e é claro que não passou, só tinha adolescente por lá, nem parecia festa de universidade. Lady Murphy devia estar dormindo naquela noite, já que quando os moços foram embora Chelvis tinha terminado também de vender os bolos, e fomos para casa.
Como vocês provavelmente não estão interessados nas notas de rodapé da minha tradução, vou falar sobre a memória, esse trem esquisito. Sempre confiei muito na minha, já que há diversos fatos dos quais lembro detalhadamente mesmo que contenham coisas que me envergonhem( e olha que tem tanta coisa assim minhas gentes, mais ainda do que eu posto). Daí a Luty me lembra do dia em que bati a cabeça no telescópio do observatório e faço ele mudar de lugar, tudo bem que já faz uns... 15/14 anos, mas eu esqueci! Claro que não sou Funes(do conto do Borges, leiam que é bom), mas coisas assim eu geralmente lembro. E nessa semana o Violinista disse que já me deu um toblerone, e que eu me espantei porque era um chocolate caro(que coisa de pobre, achar toblerone caro). Mas q/ mew, como posso ter esquecido que já ganhei um chocolate caro, ou melhor, como posso ter esquecido que já comi um chocolate caro de graça? (antes que venham com comentários engraçadinhos, disse-me ele que o presente foi por causa daquela história[preguiça de achar o link, só sei que foi em 2006] do carinha que me pagou uma hora de monitoria em chocolates) Fui ver no blog, e não postei isso, mas até aí, tem muita coisa que acontece e eu não posto(ha!). O que suscita outra questão: porque não postei sobre isso na época? Não consigo lembrar. Dizem que você é o que lembra, o que é uma pena, porque queria ser uma pessoa que ganha chocolates caros por saber grego clássico.
Para encerrar, trivia do blog: quando os títulos dos posts viraram letra de música?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Matrimônio, matrimônio, isso é lá com Santo Antônio

Aproveitando a minha dor de cabeça, que tal um post no blog?
Nesse feriado fui para a cidadessanduíche comer e dormir descansar e ver a família. Não fiz nada de útil, como sempre, mas estou com vontade de contar.
Sábado fomos a uma exposição de dinossauros que está tendo no cinema da estrada. Primeiro achei que era brinks, porque mew, como assim o nome científico do dinossauro é baurusuchus salgadoensis? Mas depois o MCDM foi perguntar o deus google e ele disse que uma criança na década de 80 que descobriu a ossada na cidade. Mas no fim era tudo pra vender bichos de pelúcia de dinossauro. Pena que não tinha de velociraptor, se não eu comprava.
Em casa fizemos fondue com um aparelho pobre e ganhado em bingo, tanto que a cerâmica queimou. Quer dizer, achamos que tinha queimado, mas era só fuligem, e dá para usar novamente. Se bem que eu duvido um bocado que meus pais vão fazer só pros dois...
O bolo de Santo Antônio da paróquia estava tão gostoso... e ninguém em casa achou medalhinha ou imagem do santo, embora certas pessoas coflutycof quisessem de todo o jeito, ahahaha!
Já na cidade dos ventos, assisti ao mais famoso filme de suspense de todos os tempos, Psicose. Achei que a cena do chuveiro era o ápice do filme, mas que nada, é só o começo! A música é realmente assustadora, do começo ao fim. Não tenho certeza, mas deve ser também o primeiro filme a focar no aspecto psicológico(ou melhor, o primeiro a fazer isso muito bem) do assassino(dã, se chama psicose né). A gente acha que é uma coisa, e daí, OH! É algo mais complicado e assustador. Gostei bastante, apesar de ter me dado dor de cabeça até agora...
Aproveitando a falta de assunto do post, vou divagar sobre um dos meus milhares de passatempos internéticos: distributedproofreaders(eu ia colocar link, mas tá fora do ar agora). Não lembro se já falei dele no blog(o vinho acabou com minha memória, como diria o tio Dos Santos), mas acho que ninguém liga se eu repetir. O project gutenberg vocês conhecem, é o que disponibiliza na internet textos de domínio público. Mas como ele transforma livros de papel em textos digitados? Via dp! Primeiro uma máquina 'lê' o livro e transforma em textos, porém, há livros antigos demais, ou com uma fonte diferente, e ela pode ler errado. E é aí que entram os voluntários, comparando uma página com a outra, corrigindo, eliminando números de página, &c. Se eu não me engano tem umas 4 fases até o 'smooth reading', que é quando uma pessoa lê o livro como lazer, para ver se acha algum erro, e depois ele é disponiblizado. Eu acho divertido ficar caçando erros da máquina nos textos... uma vez peguei um texto em alemão até, mas nem devia, porque as correções feitas pelos revisores vem com comentários no idioma do texto. Além disso tem uns textos em português antigo, e eu adoooro ficar comparando com o atual, de quais palavras a grafia está diferente, como se usava tal expressão, essas coisas de gente nerd maluca. Chega agora né! Até algum dia, leitores!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Fique longe de romantismos, pois é por aí que o amor costuma começar

Chega de drama nesse blog! Estou falando sério, esses posts emo estão me deixando mal. Não sou assim gentes, juro! Sou só uma pessoa que odeia a humanidade e tem um pouco de senso de humor, não uma vítima do mundo. Cheeeeegaaaaaaa AAARRRGHHHHH!
Bem, só comentando uma última coisa ruim da minha vida: quebrei uma das lentes de contato. De novo. Como saí da fase emo não vou nem dizer que não quero mais comprar lentes e que não vale a pena ficar gastando tanto dinheiro com uma pessoa desastrada como eu. Vou ver com meus pais o que fazer. No domingo, depois de quebrar a lente, ainda estava na fase emo e decidi encher a cara. Tomei uma taça de vinho, achei HORRÍVEL e fiquei vermelha, muito vermelha, e com calor. Daí dormi. Uma das coisas que eu não entendo é como o povo pode beber meia garrafa disso, ou uma inteira, só pra, sei lá, esquecer os problemas da vida, ou liberar geral, ou qualquer coisa assim. Uma taça pra nunca mais, anotem isso caros leitores(foi mal movimento xstraightxedgex, mas não vai se repetir).
Sábado porém, foi um dia legal. Jayna finalmente veio em casa e fizemos fondue de queijo e de chocolate. Fondue é tão gostoso! Usamos os dois réchauds da Chelvis, um para cada sabor. Eles ainda estão na pia... eu ia lavar, mas a Chelvis disse que não precisava. Vamos ver se até domingo vão estar lá, ehehehe!
E eu estava toda mimimi =~~~~ porque não estava conseguindo escrever textos pro francês né, mas acho que era só fase. Ainda bem, porque uma das únicas coisas das quais me orgulho é ser muito boa em aprender idiomas novas, praticamente a melhor que conheço /modéstia [off] on. Sem isso, eu seria... uma desastrada sem inteligência prática, cheia de sarcasmo e ódio pra dar.
Na falta do que dizer aqui, fiquem com uma imagem biita de solia:

É meu avatar pós Ghostmas. Quero uma roupa de dragão ao vivo!! E suspensórios arcoíris! E pinças enormes!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vou tentar ficar, mas é em vão quando você está longe

Bem, hoje teremos um post sobre um assunto quase nunca comentado no blog: livros.
Quase nunca comentado por vocês, claro, porque eu sempre comento o que leio.
O primeiro deles é o sexto livro da heptalogia(?) Em Busca do Tempo Perdido, de Proust. Caso vocês tenham esquecido, no último livro o protagonista estava vivendo com Albertina em sua casa, não porque a amasse, mas porque sentia ciúmes loucamente da menina. Já no começo do sexto livro(eu poderia avisar que tem spoilers, mas vocês nem tão lendo) ela foge da casa(supostamente por não aguentar mais viver numa prisão) e... morre. É baseado em fatos reais, dizem os críticos, porque parece que o Proust teve um amante que ele amava muito e morreu do nada num acidente de avião(aqui ela morre a cavalo). Aí tem os tempos de ele ficar chocado, sofrer lembrando, e não muito tempo depois ele já começa a deixar de amar e as lembranças que ficam são só as boas. Interessante quando ele diz que só consegue dizer que perdeu uma pessoa querida quando não a ama mais mesmo. Outro ponto interessante é que o autor é gay, mas no livro ele é heterossexual e todo o resto que é gay. Enfim, só falta mais um livro para terminar e não se se fico triste ou feliz com isso.
Para a disciplina da unipunk li Rei Lear(eu sei, é vergonhoso não conhecer tudo de Shakespeare). Como o ómi é bão! Conta a história do Rei Lear e suas três filhas, duas delas bajuladoras e uma sincera. Então o rei divide o reino entre as duas bajuladoras e expulsa a sincera. Mas o rei não se toca depois que não é mais rei, e continua tentando reinar, e as duas filhas ficam com raiva e se unem(será?) contra ele. No fim os maus são punidos e metade do elenco morre, claro. Na discussão em sala falaram que a peça foi exibida no natal, e que isso poderia querer dizer que antes da vinda de Jesus o mundo estava em caos porque não tinha mais um rei direito. Bem, mais do que uma peça sobre os malefícios de se dividir um reino e fazer os filhos brigarem por poder, também é um belo discurso a favor da honestidade.
Para encerrar, um livro que eu comprei na loja do sorriso amarelo e com um selo de autoestima na capa, Baltazar Gracián, Manual de Prudência. Comprei porque já foi citado em sala como um livro de conduta 'cavalheiresca' do século XVII. É um dos livros que você vê que a editora não prestou muita atenção, principalmente por ter classificado como autoajuda. Além de se contradizer demais(primeiro diz que boa sorte e má sorte não existem, o que existe é prudência ou imprudência, depois diz que há alguns dias de má sorte e devemos aguenta-los, aí diz para usar de todo e qualquer meio para ser o primeiro, para depois dizer que não se deve trair o caráter por isso), o livro dá umas dicas que eu acho que não é muito autoajuda... do tipo 'a multidão nunca sabe de nada', 'seja uma pessoa diferente com cada um que você encontra', 'arranje um terceiro para fazer as coisas vis por você porque o povo sempre culpa a ferramenta e não o autor'. Gostei do livro, pena que não são todos os aforismas.
Não que eu goste de fazer drama(ha, eu!), mas ó da vida viu. Já estava me sentindo mal por não conseguir escrever um mísero texto de francês(não pelo francês, por não saber me expressar), aí quarta teve prova oral de alemão. Eu estava tranquila, porque sou uma Sprachengenie e falo melhor que, oi, todos. Daí o Herr Rennó faltou por motivos pessoais, e eu mudei de dupla. Só errei uma coisa(ok, errei várias vezes e é uma coisa simples), enquanto a menina errou isso, outras coisas e falou pior, e ficamos com a mesma nota, oito.
SIM ESTOU RECLAMANDO POR UM OITO OK, DEIXEM ME SER NERD, BJS.